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cantinho da casa

cantinho da casa

na tasquinha

Um pequeno grupo de mulheres da aula de Zumba: eu, bracarense, uma angolana, de Luanda,  uma Argentina, de Buenos Aires, e cinco brasileiras, de várias cidades, numa tasquinha de São João.

Fomos cedo, porque a procura é grande.

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Na mesa em frente à nossa, quatro senhoras idosas, bem divertidas.

E nós, divertidas estávamos.

Nesta tasquinha havia azeitonas e broa, e aqui ficamos, uma vez que nas que viramos antes, não tinham esta delícia de entrada.

Vieram as sardinhas assadas para a mesa, acompanhadas de batatas cozidas. Várias travessas com salada de pepino, pimento, cebola e tomate.

Vinho, água, coca-cola, panachê para mim.

Pergunta da jovem funcionária:

-pode ser uma caneca?

Fiquei a olhar para ela. Nunca bebi panachê servido em caneca.

-Sim,- respondi.

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Tinha mais seven-up que cerveja, como eu gosto.

Conversa sobre maridos, filhos, doces, o que fazem de profissão, o que gostam nos portugueses.

Uma das senhoras idosas, percebendo que eram brasileiras, virou-se para trás e perguntou se gostavam de sardinhas.

A resposta foi óbvia, e esclareceram-na que no Brasil também comem sardinhas e festejam o São João, mais conhecido pelas festas Juninas.

E trautearam umas quadras lindas, que eu desconhecia.

Foi um almoço muito interessante.

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Pronto! Comi as sardinhas deste ano.

E não bebi todo o panachê da caneca.

 

coisas do meu dia

Apeteceu-me ir de autocarro para o ginásio, tinha uma aula de Zumba (já escrevi que há mulheres de todas as idades e umas quantas para cima dos 60 ... que são fãs desta modalidade?).

Tento apanhar os movimentos, e alguns até já sei, deixo-me ficar atrás, e, bora zumbar!

Uma dada altura, vem uma música árabe, a professora tira de um saco uns tantos lenços de quadril para usarmos na dança.

Eu não fui buscar.

Tinha o telemóvel pousado, sem som, quando a música começou, peguei nele e fiz sinal à professora se podia filmar.

E assim foi.

3m10 de dança.

No final da aula, a professora deu-me  o contacto do Instagram e enviei o vídeo pelo whatsapp.

Ora, depois de enviar, a professora inclui-me no grupo de Zumba.

E as mensagens já  são muitas.

E costumam combinar almoços.

Sabem como são as mulheres, né?

Parece-me que, de quando em vez, vou passar a ir a estes encontros do grupo da Zumba.

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Quando saí do ginásio, passei na Worten para ver micro-ondas. Tinha uma lista de marcas, da Deco Proteste, com preços acessíveis, que para o que eu quero, servem  perfeitamente, e que me ajudou na escolha..

O meu é da Worten, tem cerca de 16 anos, percebi que mais dia menos dia ia avariar. Ele fazia um ruído que eu não gostava, ontem, ouvi um som tipo estouro, assustei-me, desliguei-o, e não me servi mais dele.

Então passei na loja para ver os da marca, mas não encontrei.

Perguntei à funcionária, disse-me que a Kunft é, agora, a sua marca.

Eu quero o mais básico, só uso mesmo para aquecer sopa ou uma refeição.

Estive a pensar não comprar nada, mas o hábito e a praticabilidade do micro-ondas facilitam a minha rotina na cozinha.

Quando saí da loja para apanhar o autocarro de regresso a casa, saía ele da paragem.

O próximo era 20 minutos depois.

E resolvi vir a pé.

Perto de casa, passei no supermercado para comprar alguma coisa para o almoço, não dava tempo para descongelar nada, acabei por trazer vários produtos que não só estavam em promoção, como tinha saldo em cartão, e, óbvio, aproveitei.

Quando peguei no saco, estava super pesado.

De mochila às costas e com o saco das compras, depois de uma aula de zumba e de fazer cerca de 3km a pé, é dose.

E eu já não sou uma menina, né?

Amanhã, vou tratar do micro-ondas.

 

 

 

 

mais um sonho de Natal

idealizados por estes companheiros, Jose;  Isabel; Olga , e que se tornou uma realidade para todos os que participaram com  o seu conto.

Grata aos três, que trabalharam ao longo do ano para que este livro, que vai ter a sua apresentação oficial, no próximo dia 3 de dezembro, na Ericeira (gostaria de estar presente, mas neste fim de semana não posso), fosse publicado antes do Natal.

Parabéns a todos os participantes.

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#fiqueemcasa 20

Foi, hoje, um dia cheio de trabalho, sobretudo na cozinha.

Aproveitei o forno ligado ,fiz um bolo.

Aspirei. Coloquei as cortinas nos lugares.

Passei as capas das almofadas decorativas, passei as  toalhas, mas a roupa de cama e de vestir ficaram no cesto.

Depois de tomar um chá, sentei-me no sofá para ler um pouco,mas estava tão cansada  que, de comando na mão, saltava de canal em canal, não vi nada que me agradasse.

No Jornal da Noite da SIC, passou esta lindíssima música cantanda em português por um grupo holandês, que me lembrou que, algures no tempo, a ouvira ao vivo.

Na altura  fiquei emocionada, mexeu muito comigo.

Hoje, desafinada que sou, cantei-a com eles.

Matutava quando e onde a ouvira.

Sabia que a ouvira várias vezes com as mesmas pessoas.

E fez-se luz!

Seria o ano de 1995, os colegas formaram um coro,ensaiavam na Gulbenkian.

Eu não cantava, ia assistir, algumas colegas também. No final, íamos beber um copo.

O grupo era formado por homens e mulheres ( vou recordar estes anos com a minha amiga Mafalda),  o maestro era professor de música e maestro de uma banda filarmónica. Foi aí que eu ouvi.

Houve um espectáculo, não me recordo onde.

Foi com eles que aprendi a gostar da canção, que estava esquecida, relembrada, hoje, por Rogrigo Guedes de Carvalho.

 

Há mais em português cantadas pelo grupo.

 

 

 

 

Dia Mundial do Livro

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(imagem daqui)

Parece que foi ontem que o 1ºDesafio de "O Livro Secreto"    que a MJ lançou na blogosfera em 2015,  e que teve a adesão de muitas bloggers, e o entusiasmo foi tal que seguimos com o dobro de bloggers para o 2º Desafio, em 2017, passaram três anos e já em 2018 a responsabilidade de continuar o desafio foi entregue, e muito bem, à mulher que mais livros lê nesta blogosfera, a Magda do blog Stone Arts Books.

Estando o 2º Desafio prestes a chegar ao fim, foi perguntado aos elementos do grupo  se tinham interesse em continuar para o 3º Desafio. 

Confirmados os nomes dos livros que cada elemento do Grupo deseja partilhar ( e ao que parece há bons livros para ler),  foi desta forma que enviei hoje o 1º Livro Secreto do 3º Desafio de Leitura que, a continuar bem e de boa saúde, será até quando quisermos que dure.

Lá diz o ditado " ler é o melhor remédio" e sendo eu uma leitora de fases, além do livro que me acompanha nos meus momentos de relaxe,  " deixei-me de coisas e participei"  neste desafio que veio obrigar-me a ler, pelo menos,  um livro por mês.

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Obrigada

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à MJ pelo 1º desafio de leitura que lançou há dois anos," O Livro Secreto" que com sucesso e sem percalços de maior, e com novos leitores interessados, seguimos para a 2ª e longa edição.

No início de 2017, o número leitores duplicou, novos e bons livros viajam neste 2º desafio.

É com muito orgulho que faço parte deste 2º Grupo de leitores que se esforçam por cumprir a leitura do livro que chega às suas mãos, cada um com histórias que nos fazem rir, chorar, detestar, e que nos enchem a mente de conhecimento, de reflexões, de exemplos de vida.

Quero agradecer de forma especial a esta blogger, pela escolha do seu livro, cuja história me tocou de uma forma tão intensa, tão fundo no coração e na mente, tão cruel e verdadeira, tão cheia de luta e sofrimento, tão cheia de esperança.

Hoje, chorei. Chorei a cada queda, a cada viagem, a cada sofrimento, a cada vingança.

Hoje, chorei ao reencontro.

"A Outra Metade de Mim" é, sem duvida alguma, Brutalmente Belo, a frase de Publishers Weekly, que acompanha a capa deste livro da autora  Affinity Konar, publicação da Bertrand Editora.

Fevereiro, um novo mês, um novo livo, uma nova história.

Obrigada.

coisas do meu dia

Estava eu na fisioterapia, deitada de rabo para o ar e enquanto a técnica auxiliar fazia a massagem à perna esquerda, falava-se de baptizados e festas de aniversário de casamento.

Tudo começou quando, na cama ao lado, a dona Dores, 88 anos, que faltara ontem à fisioterapia, e comentei que não a vira, respondeu que tivera o baptizado de um bisneto.

Às páginas tantas, a técnica diz que o marido é agnóstico e que de certeza que não quer festejar os 25 anos de casamento, porque não gosta de festas, que não é homem para estas coisas. Eu comento que se ela lhe pedir ele até aceita, e vem à conversa as casas de festas, o dinheiro que se gasta, volta a conversa para o baptizado do bisneto da dona Dores, que a festa foi muito bonita, que os pais da criança não são casados, e tal.

De repente, a técnica auxiliar pergunta-me sobre os meus sobrinhos, ao que respondo que só uma casou e baptizou a filha, no mesmo dia do casamento e porque o marido fez questão em casarem.

E que os meus sobrinhos não ligam nada a religião, embora fossem baptizados e fizessem a primeira comunhão, mas uma delas não quis andar na catequese não fez nenhuma comunhão. E que um tio foi pai e convidou-a para madrinha da filha ( ainda não houve baptizado). Ela ficou muito feliz pelo convite e foi quando eu comentei que ela não podia ser madrinha visto não ter feito qualquer comunhão e o crisma, que me respondeu que não queria saber disso, que arranjaria maneira de falar com o padre e que seria madrinha e ponto final.

Contando eu isto, eis que a dona Dores, deitada na cama, entra na conversa e com o seu jeitinho de idosa diz: " Ela não pode ser madrinha. Se não fez nenhuma comunhão nem foi crismada, não pode ser. Que carago! Que raio de educação os pais lhe deram? Não pode ser. Ela não pode ser madrinha"

De repente comento eu " na minha ingenuidade": "Sou sincera. Não sei por que não há-de ser madrinha. Sou católica, fiz as comunhões e o crisma, mas não concordo que a igreja dificulte as coisas..."

E a dona Dores, repito, com o seu jeito crítico, volta à carga.

Desato a rir. Tentei abafar as gargalhadas. A técnica auxiliar escondia o rosto de tanto rir do meu riso.

A dada altura, não conseguimos abafar as gargalhadas que nos saíam sem querer.

Às tantas, diz a técnica para a dona Dores:

" O meu filho tem 19 anos, foi baptizado, fez a comunhão mas disse que não queria ser crismado. Eu não o vou obrigar, logo ele também não pode ser padrinho de ninguém".

Aí a dona Dores calou-se. 

E as nossas risadas voltaram só de recordarmos as palavras da senhora.

Já na rua, ria-me sozinha de pensar na cena.

Que duas!

 

Subia o Arco da Porta Nova, onde àquela hora ( 15h), e diariamente, me cruzo com grupos de estrangeiros que irão, cetamente,  para o autocarro que os vai buscar e seguirem viagem.

Descia a rua um divertido grupo de raparigas (não consegui perceber se seriam estrangeiras ou portuguesas universitárias) quando, de repente, uma das que vem à frente levanta o braço e diz algo como:  "woww!"

Todas páram. Os estrangeiros que seguiam atrás, páram, também.

Simulando um laser intocável, levanta uma perna, avança alguns centímetros, a que estava ao seu lado faz o mesmo, e viram-se para as outras e fazem o gesto para continuarem a andar.

Desatam às gargalhadas as companheiras, todos os que ouviram aquele "woww!" e eu que subia a rua e me cruzei com todos eles.

Falei para o meu decote: " Hoje a tarde está a começar bem!"  

Segui o meu caminho a rir de cada vez que lembrava as cenas desta tarde.

Relaxei no SPA do ginásio com um dos dois tratamentos  de rosto que estavam em "dívida" desde Abril e eu não sabia.

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bem-vindos à escola

a S, a jovem de 40 anos  que nasceu nesta rua onde vive (mos), pertence a uma geração de putos, agora pais, que no Verão brincavam na rua até à meia-noite, ou quando os pais os chamassem porque já eram horas de regressar a casa, tem uma filha de 6 anos.

ontem encontrei-a à porta de casa.

está de férias, parou para conversarmos um pouco.

falou-se da escola do 1º ciclo, em frente às nossas casas, que está parada há um ano à espera de obras ( parece uma escola abandonada há muitos anos, uma tristeza) e desde então o 1º ciclo tem aulas nos contentores num espaço da escola EB 2/3 que fica a cerca de  500m.

quando lhe perguntei como reagiu a filha a este primeiro dia de escola, respondeu-me que estava excitada e ansiosa.

e contou que, estando pais e filhos na sala de aula para a recepção aos alunos, de repente ntra na sala um grupo de candidatos à Câmara, de um determinado partido.

os pais ficaram estupefactos com a presença do grupo nas salas dos miúdos do 1º ano.

quando perguntei pelo menos tinham alguma coisa ( lápis, borrachas, autocolantes)  para oferecer às crianças, e ela respondeu que não tinham nada, apenas entraram cumprimentaram os miúdos com o " bem-vindos à escola", e saíram.

crianças de 6 anos que estavam ansiosas por conhecer a professora e a escola, era inadmissível, dizia ela, que a direcção permitisse que grupos partidários andassem a fazer propaganda dentro das escolas.

 

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