pelo caminho do pinhal
Esta é uma das pequenas estradas de Ofir integrada na Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende.
Há uns quantos anos ( sou chata, eu sei, porque já fiz várias participações à GNR de Esposende) que, mal chega o bom tempo, vêem-se as viaturas ocuparem o espaço para os peões, obrigando a que estes circulem pela estrada.
Lembrei-me que escrevera um post sobre o assunto e descobri aqui.
Durante o inverno vamos a Ofir, passeamos por este pedaço de área sossegada, e verificamos que em alguns pontos puseram pilaretes, limparam o pinhal, e há fitas entre pinheiros que supostamente impedem o estacionamento de viaturas,que não resultam,porque chega a época balnear, volta tudo ao mesmo: a selvajaria dos estacionamentos.
Entretanto, esqueci,não vale a pena estar a chatear-me, até porque a GNR confessou que não tem como controlar isto.
Ora, no domingo passado, a sobrinha fez a festa de aniversário do filho mais velho.
Havia um almoço, enviou-me uma mensagem a pedir que fosse mais cedo porque precisava de ajuda.
O meu irmão também ia cedo, fui com ele.
Pensando que chegaríamos por volta das 11:00h, esquecemo-nos que há obras na ponte de Fão, tivemos de esperar até entrarmos na recta de Ofir.
O que não esperavamos era ver uma cena que veio confirmar que ninguém quer saber de ninguém, o que importa é que haja um lugar para estacionar " o meu carro".
Mal entramos na pequena estrada de acesso ao condomínio, deparamo-nos com três carros parados à nossa frente.
Do lado esquerdo tem pinhal e o caminho dos peões, do lado direito é pinhal com algumas vivendas.
Só que vimos o que nunca víramos: pela primeira vez, para nós, estavam três carros estacionados e inclinados na berma do lado direito, porque suas excelências certamente pensaram, e bem, que as autoridades não passam lá.
E o que nunca vimos e aconteceu: um(a) condutor(a) entrou de gás naquela recta e foi contra um dos carros estacionados na berma.
Ora, os que estavam atrás não podiam passar. A estrada estava ocupada pelo carro que bateu.
Tinham chamado o reboque, precisava de ser desempedida.
Quem estava à nossa frente disse que tínhamos de ir de marcha atrás até à entrada e seguirmos pelas torres de Ofir ,virar à direita ( conhecemos bem o lugar) que tem sinal de proibição, mas como são poucos metros, saíamos um pouco à frente do acidente.
Entretanto, havia mais carros atrás do nosso.
Disse ao meu irmão que fazia aquele bocado a pé, estavamos perto da casa da sobrinha.
Uma senhora fez o mesmo, e fomos a conversar sobre a selvajaria que há nesta zona do pinhal.
Quando cheguei a casa, a sobrinha tratou de imediato de ligar ao marido e filho,que tinham ido às compras, para seguirem o percurso pelas torres.
E avisamos todas as pessoas que vinham para a festa.
Uma hora, ou mais, depois, a sobrinha que vinha do Porto contou-nos que a GNR estava no local, foi ter com eles e contou o que se tem passado ao longo dos anos com os estacionamentos indevidos.
Que não hácivismo, que tiram os pilaretes mais antigos e gastos pelo tempo, estacionam como querem, ocupando a via dos peões, também.
A resposta foi: " temos mais que fazer que andar aqui a vigiar os estacionamentos".
À hora do pôr-do-sol, a temperatura estava muito agradável, fui à praia. A distância é pequena, no percurso vi várias viaturas estacionadas no caminho dos peões ( aqui é um total abuso). E se chamar à atenção que não devem estacionar porque a via é lugar de passagem de peões, ainda se riem na nossa cara.
A Câmara de Esposende tem de reforçar o caminho dos peões e a área protegida com mais pilaretes.
A GNR,nem vale a pena comentar.
A proxima vez que lá for, vou fotografar um pequeno espaço de pinhal que não tem o pilarete do caminho dos peões, e há sempre um chico-esperto que estaciona lá o carro.
É isto.