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cantinho da casa

cantinho da casa

que tarde de sábado!

Hoje, às 06:30h, a minha gata decidiu acordar-me.

Miava, miava, eu perguntava " o que queres?", ou "shiu! cala-te!" (o meu receio é que os mios dela acordem os vizinhos).

Entrou no quarto e senti o nariz perto da minha cabeça.

Disse-lhe, batendo com a minha mão no edredão: "deita-te ali!"

Ela adora deitar-se aos pés da cama, mas há algum tempo que não vem para o quarto.

Pasado uns quantos minutos, calou-se.
Tentei voltar a adormecer.

E acordei com o despertador.

Tinha aula de Pilates às 10:00h no ginásio. E foi muito puxada. Mas é para isso que lá estou.

Depois da aula, tomei banho, lá, e quando já estava pronta para vir, decidi sentar-me no sofá, o bar estava cheio e eu também já tinha tomado café) deixei-me estar com o telemóvel a ver as notícias, ler alguns blogues. Foram 30 minutos de sossego.

Vim para casa.

Tinha o almoço adiantado, pus a roupa a lavar.

Enquanto almoço, o sol entra pela janela da sala, é um consolo olhar através dos vidros, ver sempre a mesma paisagem, e deixar-me levar pelos pensamentos.

Ora, quando o sol entra pela janela, vê-se bem a sujidade dos vidros.

Há muito que quero lavá-los,mas com a chuva era impossível, ou se estava sol, nesse dia não dava, tinha outras coisas para fazer, ou não me apetecia fazer este serviço que a empregada há muitos anos não faz. Ela pega num pano, nem sei se é seco, se húmido, passa-o nos vidros até onde os braços chegam. E ficam pior.

Eu sei que nunca usa o limpa vidros porque fui eu que o usei quando comprei,em tempos, e o nível é sempre o mesmo. E eu não lhe digo nada. Ela está muito limitada nos movimentos. Eu entendo, e deixo passar. É uma boa pessoa, confio nela, faço eu o serviço pior quando posso ou me apetece.

Então, decidi limpar os vidros.

Eu tenho cinco janelas com dois caixilhos, logo cada uma tem quatro vidros, logo são 20 vidros.

Limpei 4 janelas. Ficou uma por limpar. Os vidros da varanda são mais fáceis. 

Estive hora a limpá-los.

Depois, aspirei o colchão e o quarto.

Fiz a cama.

Passei para as outras divisões. Aspirei tudo.

Passo a mopa de móveis nas portas e nos roupeiros.

Limpei a casa de banho.

Foram mais 3 horas que levei a fazer isto.

Tomei um chá por volta das 18:15h.

Liguei o pc.

Quando me sentei para escrever qualquer coisa, acabei por escrever sobre este dia, percebi que estava mesmo cansada.

Que tarde de sábado!

Ainda não liguei o televisor. Está sempre desligado durante o dia.

Hoje, dá o jogo Braga-Estoril. Vou ver.

A minha amiga Mafalda não foi a Leiria, porque não tinha companhia.

Eu disse-lhe que eu até ia,mas não nos autocarros que o Braga disponibilizou para os adeptos.

Se fosse, ia por minha conta.

Mas só hoje soube que não ia, porque ,demanhã,no sofá do ginásio, perguntei-lhe se já estava a caminho.

Ganhe quem ganhar, que seja um bom jogo.

Bom fim-de-semana.

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Já agora, e porque há algum tempo que não tenho  publicado a música de sábado, fui ao Porto ver Candlelight Queen e Coldplay, os músicos são portugueses, de Aveiro, mas não encontrei no youtuve nenhuma gravação.

Fica esta:

 

 

"Pois... "

A propósito de um comentário neste post:

"Pois... mas o meu esqueleto e afins anda a queixar-se!", ri-me  porque  comentei que olhasse por si, ao mesmo tempo que também comentava com os meus botões que enquanto ele estoura o corpo na apanha da azeitona, eu estouro o meu a fazer total condicionamento no ginásio.

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Hoje, não fiz as aulas habituais, fui a TC, e pensando que ia ficar toda partida, porque os discos que a professora escolheu para a aula indicavam 5kg ( nem pensar!), quem quer usa o que ela escolhe para a aula, quem não quer usa os mais leves, e sendo eu magra, escolhi os de 2,5kg.

Para o peso que tenho mesmo assim pensei que iam dar cabo dos meus ombros e das costas, à medida que variava os exercícios.

Pelo contrário, estou aqui rija que nem um pêro.

E sou a mais velha das 30 pessoas que fazem esta modalidade.

Contudo, confesso, fico pior das costas e ombros com certos trabalhos que faço em casa, ou com o peso dos sacos das compras do supermercado.

E a propósito do meu peso, quando os materiais a usar, além dos halteres de mão, discos e do step, também há os halteres para os tornozelos.

Quando tenho de os usar, por mais que  ajuste o velcro e puxe a tira para apertar no fecho, quando faço os exercícios, eles escorregam pelas pernas. 

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imagens daqui

 

 

 

coisas desta manhã

Acordei com o vento e a chuva, por volta das 5h00.

Pareceu-me ouvir coisas a cairem.

Hoje de manhã, o miúdo veio cá para casa, antes das oito, a mãe tinha de estar na empresa a esta hora.

Fui levá-lo à escola por volta das 8h20.

Fora da porta vi uns pedaços de azulejo no chão.

Quando cheguei, olhei para cima, junto à minha janela via-se que faltavam dois.

Apanhei alguns pedaços.

Vai ser difícil encontrar iguais, mas que vou pôr lá no sítio,vou.

O trânsito aqui na zona está impossível, e já que estava com tempo para ir mais cedo para o ginásio, saí de casa.

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Por volta das 13h00,uns raios de sol fizeram-me ir à janela espreitar o que teria feito cair os azulejos, e vi que a fita que os rematava, tinha descolado, pelo que, com a tempestadedanoite,os pequenos rectângulos caíram.

Olhei o parapeito e fez-me nojo .Estavam pretos da humidade da chuva que tem caído.

Ontem, a empregada esteve cá em casa.

Ela já nem limpa os vidros das janelas, podia  pelo menos limpar os parapeitos.

Há anos que não usa o limpa-vidros.

Pega num pano, que nem sei se está seco ou húmido, e passa pelos vidros.

Quando está sol, vêem-se as manchas do pano.

Sou eu que os limpo quando o tempo está bom..

Então,e já passava da hora do almoço, peguei no cif, num esfregão verde, e fui limpá-lo.

E já que estava com a"mão na massa" passei por todos os parapeitos das cinco janelas desta casa, que,mesmo sem  humidade, limpei-os.

E fui almoçar.

Quando o miúdo veio cá a casa de manhã, queria ver a gata.

Foi aos sítios onde ela costuma estar, não a viu.

Perguntava-me: " a Kat?"

Nem eu sabia dela.

Antes de ir para o ginásio, e porque não a encontrava, pus uns snacks, que ela adora,no prato.

Ela não apareceu.

Já estava a ficar preocupada, até que apalpei a roupa da minha cama, e senti-a.

Quando me levanto, atiro a roupa para o fundo da cama.

Eu sabia que ela tinha dormido aos pés, não me lembrei que a roupa a teria tapado.

Cheguei do ginásio e a porta do quarto estava como quando saí.

São 14h20, ela continua lá.

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Está lá porque me apeteceu que ela ficasse no quentinho, mas não gosto de deixar a cama por fazer até estas horas.

Os snacks continuam no prato,vou tirá-la do quente.

 

 

 

 

 

 

 

 

Flowers - zumba

Há três semanas que não ia à aula de zumba.

Hoje, voltei lá ( a 3ª, para mim).

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Contrariamente ao habitual, que esgota, hoje estavamos seis mulheres.

Comentava a professora que tinha sido convidada para dar uma aula, ontem, nos Bombeiros Voluntários. 

Mais de 50 mulheres ( alguém questionou como podia os BV ter 50 mulheres, o que alguém respondeu que seria a nível do concelho) fartaram-se de dançar, ficaram entusiasmadas.

Isto a propósito de os homens não procurarem estas aulas.

Lembro-me que no ginásio que frequentei há alguns anos, havia dois ou três homens que iam a estas aulas.

Neste ginásio, nunca os vi.

Ora com tantos anos sem zumba, perdi muito do ritmo, embora eu goste de dançar, mas as músicas pesadas e ruídosas da América Central e do Sul andam aí, e nem sempre gosto de uma ou outra.

Vai dando para descontrair, e é isso que me leva a ir à zumba, evitando saltos, pois claro, que a idade já não permite brincar com os ossos..

Flowers é a que tem tido grande sucesso.

E eu gosto.

 

 

 

 

Voltei à aula de Zumba

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Há oito anos, escrevi isto.

Estava convicta de que há 10 anos deixara de frequentar as aulas de Zumba.

Em 2016, fui experimentar uma aula de antigravity, no HP.

Amei, logo mudei .

Mas neste ginásio nunca fui a uma aula de Zumba. Não porque não me apetecesse, mas ia adiando. Até hoje.

Num domingo de Dezembro passado, vou à hidroginástica, a professora, brasileira, que não sei o nome, no final da aula perguntou-me se fazia outras outras modalidades, e perante resposta afirmativa, desafiou-me a ir a Zumba, nem que fosse só para me divertir.

Ora, ontem, tomei a decisão de ir à aula de hoje.

Como levo o sobrinho neto ao colégio, a aula é às10:30h, dá tempo para tudo.

E fui.

Antes da aula ainda fui caminhar no tapete.

Ela ficou muito contente quando me viu,  a aula começou e, para surpresa minha, estavam quatro senhoras nos 70tas.

Duas delas, que conheço das aulas de Pilates, dançam muito bem, certamente que frequentam esta dança há algum tempo.

As outras duas, diria que estão lá para se distraírem. Elas não sabem dançar, uma delas perde-se no estúdio, tanto está à frente, como, de repente, está atrás.

Mas é assim mesmo: divertir, rir, dançar, bater palmas, vibrar, distrair o cérebro.

Fiquei no fundo da sala, precisava de ver os passos de quem estava à frente, e seguir os gestos da professora.

Acho que correu muito bem.

O estúdio estava cheio, a maioria era mulheres mais novas, mas o certo é que as cotas, como eu, estavam divertidas e  estiveram bem na dança. 

Pena que as músicas sejam demasiado ruidosas, muito latino-americanas e brasileiras, e da nova geração. Daquelas que surgem de repente quando passa um condutor com o volume da aparelhagem do carro no máximo, assustam qualquer um de nós que passamos na rua, ou a conduzir, embrenhados nos nossos pensamentos.

No final da aula a professora disse-me para voltar.

Entretanto, as minhas sapatilhas do ginásio estão velhinhas ( há anos que não as calçava)

Já estive a ver nos sites, e nas promoções, o que quero, mas o meu número está esgotado.

E assim, voltei à dança. A dança que esta menina, que eu gosto muito, adora.

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(no antigo ginásio, eu, de top preto - foto de 2014)

 

Entretanto, ontem,  e porque há mais de três anos, por causa da pandemia, não me lembrava como era, fica aqui a imagem do morcego:

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que fui buscar à internet, que fizemos na aula de aerial training.

Também, enquanto estava na inversão, lembrei-me que me safava no cenário invertido no " Vale Tudo" da SIC.

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foto de 2017

gestos que caem bem

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Eu acho que, apesar de cota, tenho o dom de ser delicada com as pessoas.

Às vezes, por distracção, ou porque estou a pensar na vida, não faço o que tenho, obrigatoriamente, de fazer: entrar numa loja ou outro lugar e dar o bom-dia /tarde / noite, e ouvido-o do outro lado, peço desculpa e retribuo o cumprimento.

Tirando isto, tenho gestos que muitas das vezes não me competem a mim, mas à(s) outra(s) pessoas com quem me cruzo.

Já foram muitas as vezes que, entrando no elevador do ginásio, sobretudo para descer, e se eu pressionei o botão para subir e/ou abrir-se a porta para entrar, se há pessoas está atrás de mim, aproveitam a descida, o elevador tem espaço para seis pessoas, e entram.

Mas quando saímos para o parque de estacionamento, acontece de tudo: passam à minha frente sem pedir licença; fazem o festo para eu sair primeiro; sou eu que convido a que saia quando levo a mala e prefiro sair depois, já que tenho de a puxar e não quero estorvar o passo de quem vem atrás de mim.

Depois há uma porta que temos de empurrar e que se fecha se a largarmos.

Ora, aqui também há de tudo: quem segura nela e espera que quem vem atrás possa sair e não bater com o nariz nela; e quem pouco se incomoda com isso, larga a porta e quem está atrás, senão se acautela, bate mesmo com o nariz  ( estou a brincar,mas pode acontecer)

E eu nunca faço isso.

Ora, hoje, esperava o elevador, aproximou-se um rapaz .

Quando entrei, ele entrou, também. Teclava no telemóvel naqueles breves segundos que demora a descer.

A porta abriu-se, ele passa à minha frente, abre a tal porta e larga-a.

A porta bate com força.

Empurrei-a. O rapaz entrava para o carro estacionado perto dela.

Estive para lhe dizer que precisa de ser delicado, visto que não foi correcto passar à minha frente, ( já estou habituada a que isto aconteça),  sobretudo porque não teve a delicadeza de segurar a porta para eu sair, ou até eu impedir que ela fechasse e pudesse sair. Felizmente, há quem o faça: segura a porta e só quando saio, larga-a.

De nada valeriam as minhas palavras, fiquei calada.

Se alguém que me dá a vez para sair do elevador, peço licença, saio, e agradeço.

Assim como não deixam que a porta se feche para eu sair, e agradeço o gesto.

São pequenos gestos que caem bem a todos nós.

À 4ª feira vou ao ginásio, e faço duas aulas seguidas.

A primeira tem umas quantas senhoras, umas mais novas que eu, que costumam passar à frente na fila  esperam que a professora abra a porta, são as primeiras a entrar...mesmo que sejam as últimas a chegar.

Há anos que isto acontece, nunca comentei nada. Cheguei a comentar quando entravamos no estúdio, algumas pessoas  iam de imediato escolher um lugar na sala, pousavam, e pousam, a toalha no chão, para guardar o lugar, passavam à frente de quem estava a pegar num colchão, empurravam as outras e eu sentia-me "lesada" porque achava que era incorrecto fazerem isto. E remungo entrdentes, quando isto acontece.

Eu vou para qualquer lugar, que não seja à frente, porque nos dias mais quentes o ar condicionado está ligado, farto-me de espirrar e fico com frio.

Depois do verão algumas pessoas deixaram o ginásio, outras novas entraram, e vendo que no corredor já estão pessoas que fazem fila, quando a porta é aberta para entrarmos, passam à frente dos da fila.

Até que  num destes dias, falei.

Cheguei ao espaço junto ao estúdio, estavam duas senhoras sentadas, e, de pé, mas do outro lado, junto à parede, um senhor.

Chegaram as senhoras do costume, juntaram-se em grupo, olharam para as que já estavam lá, eu, inclusive,até que a professora abriu a porta e de rompante elas querem passar à nossa frente.

E digo eu: "Então a fila não é para se cumprir? Quem chega primeiro não tem o direito de entrar?"
Respondeu de imediato uma das que fica sempre à frente:"Tem razão.Vocês estavam aqui, façam o favor, entrem. "

Todos os olhos caíram em cima de mim. 

E comentei: "Já se sabe que "há aqui lugares cativos", porque é que também querem passar à frente dos outros?"

Na semana seguinte, estava eu na fila,  quando foi aberta a porta diz uma delas " Vá, está na fila, temos que deixá-la entrar."

Sorri. Fiz-me de sonsa, e entrei na sala.

Mas não resulta.

Hoje, entraram, foram escolher os lugares, atiraram as toalhas e, mais uma vez, em cima das pessoas que já pegavam neles, põe-se de ao lado e, já está!

Até neste gesto não respeitam: da pilha de colchões, pegam aos três de cada vez para as amiguinhas que "nos seus lugares cativos, dizem": " Traz três ou quatro", ou: "Olha traz um para mim, também". E não se dão ao trabalho de cada uma  ir buscar o seu.

É isto que temos.

Ou sou eu que estou mais chata que nunca?

 

 

 

coisas do fim de semana e de alguma má educação

Escrevi sobre o aumento no próximo ano, da mensalidade do ginásio, aqui, mas tenho mais para contar.

Na passada quinta-feira, feriado, fui a uma aula de Pilates à hora do almoço.Vou passar a ir a esta aula, uma vez que não tem muitas pessoas, gosto do professor que, antes da pandemia, dava aula com a bola de Pilates, que eu também  gostava por ser diferente.

Falei-lhe nisso antes de a aula começar, ele disse que era uma boa ideia, e uma vez que o material existe, está na altura de o usar, que ia falar com a CEO.

A aula começou, eu fiquei à frente na sala, ao meu lado direito uma mulher, que,ao lado do colchão tinha o telemóvel e as sapatilhas.

Um dado momento, reparei que ela não fazia os exercícios, permanecia sentada a teclar no telemóvel.O professor olhou para ela, que nem deu por nada, percebi que ele não estava a gostar da cena.

Uma dado momento, pousou o telemóvel, acompanhou-nos no exercício, mas imediatamente pegou nele e voltou a teclar.

Ela não se dava conta de que estava a desconcentrar-me, e quem estava do outro lado, e ao professor, em frente a ela.

O professor muda para outro o exercício, olha para ela, e, de repente, pôs as mãos nos olhos e comenta que não consegue concentrar-se. Volta a olhá-la, ri-se para nós, e mais uma vez, diz que precisa de se concentrar. Ela, de cabeça baixa, escrevia, e não o ouvia.

Ele não teve a coragem de a chamar à atenção. Ele tomou fôlego e começou o novo exercício.

Apeteceu-me dizer-lhe que saísse da aula e fosse teclar fora dali, mas não me cabia a mim fazer isso.

E pensava para mim que esta gente não enxerga, que é uma falta de respeito e de educação. 

Uns segundos depois, sem que desse por nada, ela pousou o telemóvel, olhou para o que o professor estava a fazer, retomou o exercício e até ao final da aula não pegou mais no telemóvel.

A aula acabou às 13:30h, o ginásio fecha às 14:00h, fui buscar as minhas coisas ao cacifo. Quase todas as pessoas estavam de banho tomado, e, de repente, quando saía, estava ela sentada no banco, super descansada, a teclar no telemóvel.

Isto faz-me lembrar que, um destes dias, a minha irmã contou-me que se esqueceu que o ginásio fecha às14:00h ao domingo e dias feriados, estava nas máquinas, tiveram de a chamar para sair  porque estava na hora de fechar. E eu, como é óbvio, "ralhei" com ela. Há anos que fecha a estas horas e ela comentou que não sabia?!

Procuro ir à hidroginástica ao Domingo, sobretudo se não tenho compromisso para ir tomar café, ou dar um salto à praia com a sobrinha, ou os meus irmãos, e/ou nos dias de chuva, como o de hoje.

Quando passei no chuveiro antes de entrar  na piscina, estava um senhor, que costuma fazer a aula, no jacuzzi a falar alto em tom de protesto.

Olhei para ele, que dizia: "eu não ando aqui a pagar para vir ao ginásio e a água da piscina estar fria".

Estavam pessoas na água, não tantas quantas nos outros domingos, e o homem continuava a protestar e dizia que não entrava naquela água.

A professora não era a mesma, mas conheço-a de substituir outros professores, estava de costas para a piscina a escolher a música para a aula.

Quando entrei na água: "Nossa Senhora! Que fria!"

Mas deixei-me ficar.

A professora começou a aula, ouvia-se o homem a falar com outras pessoas que provavelmente desistiram de fazer a aula. A música alta, mesmo assim não abafava a voz dele, que incomodava.

Eu comentava para a miúda que estava do meu lado esquerdo que era uma falta de educação estar a acontecera aula e ouvir-se a voz dele a resmungar.

A professora decide mudar a música para dar uma aula mais activa de modo a que não arrefecessemos.

Vinte minutos depois, ainda se ouvia o homem a falar.

Às tantas, a professora vai na direcção do jacuzzi, levou o dedo ao nariz para ele se calar.

Aproximou-se dele, teria dito que estava a incomodar, mas ele erguia o tom da voz.

Dentro da água, continuavamos o exercício, mas todos olhávamos para o lado do jaccuzzi.

A professora voltou para o seu lugar em frente a nós, e sem comentar nada continuou a aula.

O homem esteve dez minutos calado. Ouviu-se, de novo,a voz dele.

Passaram outros dez minutos, porque às onze horas, vimo-lo sair do jacuzzi, acompanhado de uma senhora, que seria a esposa.

Exceptuando a música, a professora, e nós, os vinte minutos que faltavam para terminar, correru bem.

Quando a aula acabou, a professora explicou que provavelmente teriam feito a limpeza dos filtros e a água arrefeceu.

Fosse ou não, para mim, foi que por ser domingo, e para pouparem no gás, teriam diminuído a temperatura e "esqueceram-se" que hoje havia aula.

Estava fria, sim. Custou-me um pouco a fazer a aula, mas quem estava na piscina não saiu antes dela terminar.

Fui ao cacifo buscar as toalhas e os produtos de banho, quando vou para uma das cabinas, suponho que há 30, para tomar o meu banho quente, e tem vindo a acontecer desde há quinze dias, ao Domingo ( os outros dias não sei porque faço as aulas e tomo banho em casa), os filtros de escoamento da água estão entupidos, os nossos pés nas havaianas ficam encharcados de água. E a juntar a espuma do champô, nenhuma delas escapa à água que se acumula e não vai para lado nenhum.

Ouvia-se as senhoras a protestar que nunca nada aconteceu igual, que não sabem porque ainda não está resolvido o problema, que só se preocupam em aumentar a mensalidade.

E eu acredito que o problema não será do ginásio, porque nunca aconteceu nada disto, talvez seja fora, nos tubos de saneamento, é a Agere que tem de tratar de ver onde está o problema.

Aconteceu, e acontece, várias vezes no ano, aqui na rua, alguém deve ter problemas de entupimento, vem o camião da Agere, os trabalhadores vêm às traseiras do meu prédio, abrem a tampa de saneamento e a longa mangueira é empurrada até ao lugar onde está o problema, e os jactos de água tratam do resto.

Perante estes acontecimentos do fim de semana, amanhã, depois de levar o menino ao colégio, tenciono passar no ginásio e contar o que se passou.

O senhor tinha razão, mas não tinha o direito de estar a incomodar o trabalho dos outros. Caladinho, no jacuzzi, que é bom e raramente consigo um lugar para mim, melhor usufruía dele.