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cantinho da casa

cantinho da casa

sobre o respeito

tinha um post agendado há algum tempo, decidi publicá-lo hoje, a propósito da rubrica a Liberdade de..., sobre um caso que aconteceu no início do mês de Novembro de 2019, aqui no prédio:

 

 

 

“não faças aos outros o que não gostarias que fizessem a ti”

O conceito que tenho de liberdade começa , primeiro e acima de tudo, no respeito por mim própria.
Tento não impor a minha opinião sabendo que a do outro pode ser diferente da minha, e de modo a não causar danos evito situações de desrespeito quando percebo que os outros pensam que estão a ser lesados e reagem de forma negativa, promovendo a discussão que não leva ninguém a lado nenhum.

Há cerca de dois meses, no logradouro que dá acesso às garagens deste prédio, um carro desconhecido estava estacionado junto ao prédio, de tal forma que impedia que os carros dos donos das garagens passassem.
Estranhei.
Uns dias depois, encontrei a vizinha do terceiro andar ( uma família que não re(age) porque não quer problemas com ninguém, como eu não quero, prefere ficar quieta e deixa que tudo aconteça, mesmo que em seu prejuízo) perguntei se o carro era de algum familiar seu, respondeu-me que não, que era de um familiar do inquilino do r/c.
O carro ficava, e fica, estacionado junto ao prédio, cedo pela manhã, até ao final da tarde.
Este andar não tem garagem, desde sempre foi-nos dito que o inquilino não tem direito a estacionar o carro no logradouro, a não ser que os donos das garagens permitam.
No quarto dia, esperei que o dono (a) do carro viesse tirá-lo . Via-a aproximar-se, abriu o portão. E perguntei se o carro lhe pertencia.
Respondeu-me que sim.
Perguntei por que razão estaciona o carro num lugar privado, já que é uma pessoa desconhecida no prédio e na zona.
Não foi mal educada, mas respondeu-me de forma arrogante com" a minha irmã autorizou-me a estacionar, fale com ela".
Fi-la entender que a irmã não tem  liberdade de mandar estacionar o carro sem falar com os inquilinos, que era uma falta de respeito para com estes, sobretudo porque ninguém pedira autorização para um desconhecido estacionar o carro .
Continuou a insistir que a imã a autorizara, que me entendesse com ela.
Perguntei-lhe o que faria se ela estivesse no nosso lugar se visse um carro de um desconhecido ocupar o espaço de acesso à sua garagem.
Fiquei sem resposta.
No pára-brisas do carro estava um papel escrito pelo vizinho do terceiro andar a alertar que, nesse dia, não conseguira passar com o seu carro, fora obrigado a deixá-lo na garagem, pedia que estacionasse o carro de forma a permitir a passagem das pessoas do prédio.
Nesse mesmo dia, à noite, depois da minha viagem à Maia, sem ter jantado, a inquilina  do r/c, a madame do baton vermelho ( já escrevi alguns post a seu respeito ), acompanhada do marido, tocou à minha campainha para "discutir" o caso do carro estacionado.(Noto que ela não foi "discutir" com o vizinho do andar de cima sobre aviso no pára-brisas do carro, veio discutir comigo porque a suposta irmã lhe ligou a fazer queixa de mim por tê-la advertido que o carro não podia estar estacionado num lugar que é dos donos das garagens).
Trazia o contrato do senhorio, metia-o à frente dos meus olhos para eu o ler, insistia que tem direito ao lugar no logradouro, que ligara à advogada, que lhe confirmara que o lugar é também seu, que ali estaciona o carro quem ela quiser, seja irmã, amiga, ou qualquer outra pessoa.
Fi-la perceber que vivo nesta rua desde criança, nunca "discuti" com um vizinho, sempre houvera harmonia e entendimento entre todos, ter uma discussão por causa de um carro era ridículo.
Fez algumas insinuações ( como se eu fosse fazer alguma coisa ao carro), e reafirmou a sua posição de que o carro ficaria ali :"é só durante a semana, ao fim de semana não ".
Quando referi que era uma falta de respeito não ter subido as escadas para pedir autorização aos três inquilinos que têm garagem, o marido, finalmente, falou , dizendo que de facto fora falha deles, que deviam ter dado uma satisfação.
Ela insistia no seu direito ao espaço e que o carro ia continuar ali estacionado, que há espaço para todos.
E foi então que desisti.

Disse-lhe que fizesse o que quisesse, há mais inquilinos no prédio, que só eu dou a cara ( há cerca de dez anos acontecera o mesmo autorizando que uma colega de trabalho estacionasse o carro), que não me metia mais no assunto, os outros inquilinos que se pronunciassem.
Antes de descer as escadas acentuou " o carro fica ali e fica muito bem, ai se alguma coisa lhe faz".
E assim o carro, que é um carrão, estacionado 9h por dia, e porque a passagem é estreita, obriga-nos a várias manobras.
O meu carro é pequeno passa com alguma dificuldade, mas os carros dos inquilinos são largos e compridos. Lamentavelmente, eles não têm coragem para fazer alguma coisa.

Entretanto, falei os donos ( herdeiros) do apartamento cave, vamos tentar uma reunião com o senhorio do r/c, saber se deu permissão a que o carro fique estacionado o dia todo, junto ao prédio, e resolver a questão da poluição que há anos ela provoca perto da minha garagem, e porque os falecidos donos desse apartamento nunca tiveram coragem de falar porque não queriam problemas com a madame( um assunto para contar, um dia destes).
Tudo isto porque em dezembro passado nas ruas do centro da cidade, e a minha também, activaram os parcómetros que estiveram parados por algum tempo. A inquilina achou que devia solucionar o problema da suposta irmã.
Entretanto, vim a saber que a pessoa não é irmã, será amiga do casal.
A ser verdade ou não, impôs o que pensa ser seu de direito.

Se me respeito a mim própria, não posso violar a liberdade dos outros mas também não devo permitir que violem a minha.

 

ai, as obras!

O inquilino do 3º andar aproveitou os trolhas por cá, tratou da obra na sua garagem, também.

De tarde, com a empregada em casa, não me apetecia conversa, saí para ir ao cinema ( que não fui), carro estacionado junto à garagem, diz-me  o trolha patrão:

- Por que não põe o piso da garagem com tijoleira?

- Tijoleira?! Mas  para isso teríamos de alcatroar o caminho até às garagens. Os carros trazem terra nas rodas, não se justifica. 

- O senhor A também vai pôr. Fica o serviço bem feito e completo. Paga-me a tijoleira quando quiser. Dinheiro não me preocupa.

- Mas senhor J, acredite, se este piso fosse alcatroado, justificava-se, mas em paralelo...

- Em minha casa é igual, e olhe, mesmo que traga alguma terra, uma mangueirada de água limpa tudo. Este piso está inclinado, ponho-o impecável. 

Eu contrapunha dizendo que não tenho dinheiro, que não sei se valha a pena o investimento, até que... "dou-lhe o meu consentimento, ponha, faça o que quiser".

E desta forma vou pagar o dobro do que estava orçamentado. 

 

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é preciso ter lata!

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ontem, quando cheguei do passeio ao Gerês, antes de entrar no gaveto que dá acesso à minha garagem, por cortesia, deixei entrar os três familiares, um deles conheço, o cunhado da vizinha do r/c, a madame do batom vermelho. 

Ora eles passaram, não agradeceram, pararam à entrada do portão da rua, a conversar. Eu, com o carro a trabalhar, esperava que suas excelências se  desviassem. Bastava encostarem-se ao muro e deixavam-me passar.

Calmamente, em passo de caracol, continuaram a sua "caminhada" até às traseiras do prédio. 

Devagar, atrás deles, resmungava comigo própria a passividade propositada dos gajos . Mereciam que acelerasse e os assustasse para se desviarem.

Quando, finalmente virei, para estacionar o carro em frente à garagem, a minha, pararam a conversar... E foi então que vi uma moto  estacionada  mesmo em frente à porta.

Aguardei que subissem as escadas de acesso à casa da madame.

Como não tinha intenção de guardar o carro porque saíria hoje de manhã cedo para o ginásio, estacionei o meu carro bem colado à moto.

Como se nada nem ninguém estivessem ali, subiram as escadas da casa e entraram.

Se tivessse de meter o carro na garagem, teria de lhes pedir para tirarem a moto que obstruía a entrada.

Outros familiares da madame  viram a cena, sabiam que o veículo não devia estar ali. Ignoraram-me.

Saí do carro, fechei-o e vim para casa.

Havia festa em casa da madame do batom vermelho.

Quando tudo estava sossegado, fui à janela e vi que a tinham tirado do lugar, estava encostada  ao portão da minúscula garagem de arrumações do vizinho da cave.

De manhã, continuava lá.

O sol é de mais nas traseiras do prédio, o carro fica muito quente.  De manhã fui ao ginásio, quando cheguei estacionei-o dentro garagem.

Dia de aniversário da Mafalda, à tarde, fui beber um copo com as minhas amigas. E saí de carro.

Ao final da tarde tinha compras de supermercado para fazer, cheguei a casa por volta das 20h.

Decidida a guardar o carro na garagem, deparo-me, novamente, com a moto em frente à portão.

Saí, abri o ruidoso portão e meti-me no carro esperando que alguém enxergasse e a tirasse dali.

Ninguém do r/c veio à janela. Fosse eu a vizinha do prédio ao lado, faria alarido, caíam o Carmo e a Trindade, mas como não quero confiança com esta gente, buzinei.

Das escadas surgiu o rosto da madame do batom vermelho que disse qualquer coisa a alguém que, imediatamente, também das escadas, levantou-se um dos três homens da cena de ontem, que as desceu, desviou a mota, virou-me as costas e subiu de novo.

Guardei o carro na garagem, fechei o ruidoso portão, vim para casa.

Nenhum deles pediu desculpa por ter o veículo a obstruir a entrada.

A madame não tem carro, não tem garagem, não tem direito a qualquer pedaço de gaveto de acesso às garagens. Se tivesse carro, 

teria de pedir autorização a todos os inquilinos, donos dos apartamentos, para estacionar o carro junto ao prédio.

Sabe disso, mas abusa.

Quando vai acompanhada do marido, passa por mim, não me cumprimenta. Fá-lo, sim, quando  sozinha e se não puder evitar.

Retribuo-lhe com a mesma moeda. Não quero conversa, não quero confiança. Detesto esta mulher. 

 

os chicos-espertos

 

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que deixam os carros estacionados em frente ao portão que dá acesso às garagens do prédio, na hora em que as crianças da escola estão prestes a sair. Até aqui, tudo bem, "só" temos o trabalho de descer a rua, até ao portão de saída da escola e perguntar de quem é o carro x que está estacionado em frente à garagem y.

Mas hoje foi pior.

Saio de casa para ir buscar a Sofia, vejo dois carros estacionados, com os quatro piscas ligados, que impediam que eu saísse. Abri o portão e reparei que dentro de um deles estava uma pessoa.

Fui buscar o carro e esperando eu que quem estava dentro, que certamente ficou lá para tirar o carro caso fosse preciso, ia tirar o carro, deixou-se estar.

Carro a trabalhar, caminho impedido, deixei-me também ficar e ver o que ia acontecer.

Finalmente sai de dentro uma senhora que fala para mim, de longe. O motor do meu carro não permitia que eu a ouvisse, mas esperei que ela se aproximasse. Eu deixei-me estar dentro do carro. Afinal eu não tinha de fazer nada.

Decidiu aproximar-se, diz qualquer coisa que não percebi, aproximou-se mais um pouco e com o maior descaramento diz ela:

- O carro estorva?"

-Como?!, interroguei, indignada - A senhora não vê que não posso sair? Tem de tirar o seu carro para eu passar.

- Ah! O meu marido vem já e não me deixou a chave, não posso tirar o carro. O outro carro deve ser de algum senhor que foi à escola buscar o filho - comentou.

Volta para o carro, pega no telemóvel. 

Enquanto isto, eu esperava. Ela,ora olhava para um lado da rua, ora para o outro, à espera de ver de onde ele vinha.

Peguei no telemóvel e avisei a Sofia que ia demorar uns minutos.

De repente, aproxima-se uma criança e um senhor. Este vê-me dentro do carro, não faz nada.

O marido da senhora chega, também.

Todos entram nos seus carros e nenhum deles fez um único gesto ou veio pedir de desculpa pelo incómodo.
A espera levou-me mais de dez minutos.

Se fosse a vizinha do lado, não dizia nada. Buzinava e fazia estardalhaço, ou chamava a polícia.

 

Estacionamento proíbido

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Todos os dias, desde setembro, que duas senhoras que trabalham no apoio domiciliário a idosos, vêm fazer a higiene a uma vizinha do prédio do lado.

A hora de elas chegarem é por volta das 11:00h e saem 30 minutos depois.

Mas estas duas senhoras têm o hábito de estacionar o carro mesmo em frente ao portão de acesso às garagens do prédio(as casas ao lado não têm garagem).

Acontece que, e para já à sexta-feira, vou à aula de bodybalance e chego por volta das 11:20h a casa. Como é de esperar, o carro impede a minha entrada para a garagem.

Nos primeiros dias, buzinava, buzinava, e elas não queriam saber.  "Qem quiser que espere. Estamos a prestar um serviço, não vamos largá-lo agora" , penso eu que elas deviam pensar e/ou comentar uma para a outra (mulheres são lixadas umas para as outras, acreditem)

A primeira vez, fui tocar à campainha do meu vizinho da cave, porque elas andaram algum tempo a cuidar da esposa, mas agora esta vai para o lar de dia, deixaram de lá ir. Ninguém me abriu a porta, e foi quando mais tarde soube que vão para a vizinha do lado.

Até que uma das vezes, depois de buzinar e de 15 minutos à espera delas, saí do carro e disse-lhes: "Eu não posso estar aqui à espera que as senhoras acabem o serviço. Por que razão uma das senhoras não vem tirar o carro?"

"Desculpe" foi a palavra da condutora.

Isto aconteceu mais duas ou três vezes, até que voltei à carga e disse-lhes: "Isto já é demais. Amanhã, por favor deixem o carro estacionado em frente à árvore porque além de não impedir a entrada para a garagem não pagam multa (a minha rua tem parcómetros).

Não sei se para que "tenhamos consideração",  um dia destes e pela primeira vez, vi que tinha uma folha A4 no tablier virado para fora e que dizia qualquer coisa como "Ao serviço do apoio domiciliário".

O que teria acontecido foi que deviam ter dito alguma coisa aos superiores e pensaram que resolviam o assunto, isto é, estacionam como querem  e quem quiser que espere, porque pagar estacionamento, não. Dá prejuízo à instituição.

Mas estacionando o carro em frente à árvore a coisa é idêntica. Porquê?

Porque elas estacionam-no mal e a traseira ocupa metade da saída do acesso à garagem e quem entra e/ou sai, depara-se com o mesmo problema.

A sorte delas é que eu nem sempre chego à mesma hora do ginásio e as coisas têm corrido bem, e o vizinho de cima só sai de carro depois do almoço.

Ora hoje, já nem me lembrava das senhoras, mal dou sinal para entrar para a garagem lá estava o carro estacionado, mas não junto à árvore, estava, sim, em frente ao portão. Olhei o relógio: 11:30h

Decidi não buzinar e esperar algum tempo. Nada.

Buzinei uma vez. Nada.

Passados cerca de cinco minutos ouvi uma porta a abrir.

Não olhei para elas.

Metem-se no carro e seguem. Nem um  sinal de pedido de desculpa

Sou uma pessoa muito paciente, não gosto de arranjar conflitos, nunca chamei a polícia para rebocar o carro quando algum esperto(a) o estaciona por breves minutos, segundo eles, e não entendem que  não podem o podem fazer. E há limites.

No tempo em que a vizinha do 2º andar do prédio ao lado ia à janela e via alguém a estacionar onde não devia e/ou deixava mal estacionado, era um pandemónio. Mal educada qb (eu ficava mais envergonhada que ela). E não tinha paciência. Chamava a polícia e resolvia o problema.

Essa senhora faleceu, mas deixou uma herdeira que é igualzinha a ela ... ou talvez pior. Tem a mania que é a dona do prédio. Mas não é.

 

 

 

 

Estou lixada!

como se não bastasse ontem, hoje, não me sentei para me calçar, dobrei-me, apertei as botas, passo a escova e quando me levanto "ai, que dor!"

Dei um jeito na coluna, custa-me a conduzir, a andar, já tomei um comprimido.

Espero que passe, caso contrário, logo, na fisioterapia, o médico vai dar consultas, terei de falar com ele.

Shit!

E estou mais que lixada, também, quando abri a garagem, olho o chão e estavam 10 pontas de cigarros mesmo no meio da entrada, alguns com as marcas do baton da madame do rés-do-chão.Estou lixada!

E pensei que isto tinha dado resultado ( tenho uma pequena sensação de que ela despeja as pontas de cigarros ali, de propósito, em frente à minha garagem, mas não pode ser, coisas minhas!)

De três garagens do prédio, é a minha que sofre a porcaria de quem não tem cinzeiros dentro de casa?

Bolas! Hoje, estou virada do avesso.

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 (são dez  pontas,mas chegam a ser mais)

 

 

Bingo! A madame do baton vermelho percebeu...

 

 

O carro parado e dentro da garagem entre setembro e novembro, ia de de dois em dois dias "aquecer o motor" , e só nessa altura via as pontas de cigarro aqui e aqui comentadas, até que no início de novembro, quando já podia conduzir, aconteceu isto.
Neste mesmo post escrevo isto:

"Na sexta-feira passada, fui à garagem, mais uma vez, para ligar o motor e enquanto este trabalhava, fui varrer umas quantas pontas de cigarro, cinco das quais com marca de baton vermelho, para o lado das escadas da madame do baton vermelho. (Que raiva! As pontas de cigarro continuam a acumular-se em frente à porta da garagem, mas não quero conversa com a madame do baton vermelho. Entretanto, no dia seguinte, verifiquei que ela apanhou-as. Presumo que tenha percebido a mensagem)."

Tinha comentado este assunto com a minha irmã que, por sua vez, comentou o seguinte: "Provavelmente, ela não faz de propósito. Vem da rua a fumar e antes de entrar em casa (quase sempre o faz pelas traseiras)  atira as pontas para o mesmo sítio e não deve ter a noção de que acontece sempre junto à tua garagem. Se ela as apanhou quando viu que estas acumulavam-se junto às escadas, percebeu que alguém teria varrido e com certeza não vai voltar a atirar as pontas para o chão".

Aceitei o comentário, nunca tinha visto o caso por esse ponto de vista e, à medida que o tempo passava, ia buscar o carro, olhava a entrada e não tinha pontas de cigarro.

"Bingo", o objectivo foi conseguido! A madame do baton vermelho percebeu a mensagem.

Agora, tenho a entrada da minha garagem limpa dessas malditas pontas que tanto tempo leva a decompor-se no ambiente.

Um dia destes, quando saía de casa, cruzei-me com ela e o marido: "boa-noite", trocámos...mas ela disse-o com os olhos postos no chão.

Eu sorri para mim própria.

Ai, a bateria!

O meu carro está na garagem desde o dia 13 de setembro (quase dois meses), uma ou duas vezes por semana ligava a ignição deixava o motor trabalhar.  

Quando fui tirar a tala, há três semanas, o médico avisara-me que devia estar quinze dias sem conduzir.

Comecei a fisioterapia e depois de cinco sessões, das vinte que tenho, a mão ainda estava muito "empenada" não senti necessidade de conduzir, até porque faço o percurso a pé.

Na sexta-feira passada, fui à garagem, mais uma vez, para ligar o motor e enquanto este trabalhava, fui varrer umas quantas pontas de cigarro, cinco das quais com marca de baton vermelho, para o lado das escadas da madame do baton vermelho. (Que raiva! As pontas de cigarro continuam a acumular-se em frente à porta da garagem, mas não quero conversa com a madame do baton vermelho. Entretanto, no dia seguinte, verifiquei que ela apanhou-as. Presumo que tenha percebido a mensagem).

Voltei à garagem arrumei a vassoura, desliguei o carro e saí para a fisioterapia.

Como a recuperação está a ver-se, esta semana fiz os meus planos a contar pegar no carro e voltar ao ginásio e à minha vida normal.

Ontem, fui de novo à garagem e quando entro a minha boca diz: "Ai, a bateria! E agora?"

Entrei,meti a chave, a bateria dá sinal de si mas muito muito fraca e sem a força necessária para que o motor arranque.

O que acontecera? Na sexta-feira deixara a porta do lado direito aberta, a luz ficou ligada, descarregou a bateria.

Como resolver? Pedir aos familiares? Se estão a trabalhar e como o final da tarde agora é noite, não me apetece chatear ninguém.

Com o assunto por resolver, hoje, quando saí da fisioterapia (que frio que estava, apetecia um casacão de malha bem quente) fui à oficina.

Amanhã o carro vai sair do seu estado letárgico, vai à inspecção (os mecânicos da oficina fazem-me este favor e não pago nada por isso) e volto à minha rotina a quatro rodas, agora que o tempo é de outono de chuva e frio. Brrrrr!

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A Madame do batom vermelho, take 2

 

 

 

As pontas de cigarro continuavam, e continuam,  a "acumular-se" junto à porta da minha garagem e, um belo dia, peguei na vassoura. Uma a uma, varri-as para o apanhador e guardei-as num saco de plástico, que ficou junto ao caixote do lixo que tenho na garagem. (devem cheirar mal, mas não as pus no lixo até...)

Por vezes, e se a madame do batom vermelho está por casa e vê a "cena" que propositadamente faço quando abro a garagem para tirar o carro, qual jogador de futebol, chuto as que estão ali ao meu alcance para o lado da escadas dela.

Sou paciente, mais dia menos dia eu descobria quem as lança para o chão.

O marido da madame do baton vermelho trabalha na Agere, não se me punha a hipótese de o casal poluir o ambiente (se bem que ouço coisas que não agradam ao ambiente, nem ao vizinho que vive na cave).

E já lá estão umas quantas, recentes, fresquinhas,  porque eu vou todos os dias tirar o carro.

"Quem será?", perguntava-me, olhando para os andares do outro lado do prédio onde, no 3º andar vive um moço cinquentão, fumador, que raramente está em casa.

Ora há minutos atrás, depois de lavar a loiça, fui à janela das traseiras. Com uma temperatura tão agradável, deixei-me ficar. Subitamente, olho para baixo e vejo alguém sentado(a) nas escadas com o telemóvel na mão esquerda e o cigarro na mão direita.

Rapidamente desliguei a luz da cozinha e fui para a janela. O braço era de mulher, não se via a cabeça.

Uns minutos depois,  pessoa levanta-se e vejo a madame do batom vermelho. Entrou em casa.

Como estava às escura, ela também, não vislumbrei o lançamento da ponta acesa.

E pensei: "será que apaga o cigarro dentro de casa e lança-o para o exterior?"

Os vizinhos são pessoas serenas, boa gente.

Falar com a madame do batom vermelho, não quero. Falar com o marido, nem pensar (parece-me ser controlado pela esposa)!.

Pôr um letreiro na porta da garagem, como pensara aqui: " parece-me que neste prédio não há cinzeiros dentro de casa", não tenho como afixar/prender.

Então, vou repetir o que fiz antes, mas num dia que eu pressinta que ela está em casa.

Vassoura na mão, vou juntar as pontas todas que estão prostradas em frente à garagem, junto as que tenho dentro do saco e vou depositá-las nas escadas dela.

E que não me chateie a beleza. 

Não sou mulher para discutir com os vizinhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Urgente

 

 

 

cortar o meu cabelo, mas com um tempo destes, não vale de nada ir ao cabeleireiro.

Parece que, finalmente, embora por poucos dias, vamos ter algum sol.

Estou farta de estar em casa, detesto o centro comercial nestes dias, não tenho paciência para ouvir aquele eco característico deste espaço.

Mas como hoje é dia de Reis, há que desmontar a árvore, pôr as decorações nas caixas, guardar tudo na garagem (e esta precisa muito de ser arrumada, mas só gosto de o fazer em dias de sol).

E porque falei em dia de Reis, lembrei-me que ontem, aqui, li esta deliciosa frase sobre o Pantera Negra:

 

  "Eusébio partiu no dia 5 porque tinha encontro marcado no céu para o Dia de Reis."