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cantinho da casa

cantinho da casa

mais uma do hospital privado

18h20, ao balcão do hospital privado, uma jovem reclamava a marcação de uma ecografia para o seu filho, bebé, que, segundo percebi, a funcionária tinha marcado para ser executada neste hospital, a criança estaria em jejum por 4h, desde a hora do almoço.

As técnicas ter-lhe-iam dito que a criança não podia fazer aquele exame ali, pois teria de ser na sede, uma vez que lá há uma médica de imagiologia pediátrica, e que amanhã ela estaria na sede, que falasse com as meninas do balcão e remarcasse o exame para amanhã.

A jovem estava zangada, deviam ter visto isso, está a criança sem o lanche desde as duas horas, e porque é um bebé, deviam ter mais respeito, pedia que resolvessem  o assunto na hora, que queria o exame para amanhã sem falta, o erro foi deles,  tinham obrigação de fazer o possível para que a criança fizesse o exame.

A funcionária não sabia o que dizer, foi falar com a responsável do balcão. O exame só era possível na próxima terça-feira.

A jovem, educadamente, barafustava, que não queria mais nada com este hospital, que lhe devolvessem o dinheiro que havia pago pelo exame, que não dava o NIB pois se o  pagara  antes de o fazer, eles tinham de lhe devover o dinheiro, também na hora, não ia esperar pela transferência.

E com a sua insistência, deram-lhe o valor em dinheiro.

Então o que aconteceu?

Quando foi marcar o exame, a funcionária seleccionou-o no  para um determinado médico, mas considerou como um exame para um adulto, não verificou que se tratava de um bebé.

E assim fez a  mãe perder tempo, e a criança, que até estava bem disposta, estava sem comer o seu lanche desde as duas horas.

Eu ri-me. Não da jovem nem da criança, mas porque aconteceu exactamente o mesmo comigo no exame que vou fazer amanhã. Este não é feito neste hospital, mas na sede.

E andamos nós, os utentes, a perder tempo.

O mais caricato é que esta semana fui lá quatro vezes e ouvi várias reclamações dos utentes, ao mesmo tempo que verifiquei que os funcionários, todos jovens, não sabem o que fazer nem dar respostas. Nota-se alguma falta de preparação, e nisto o hospital só perde.

 

foi um dia quase não

Há dias que tudo corre bem, outros menos bem e fico passada, por vezes, sem paciência.

Hoje, fui buscar o sobrinho neto ao colégio, a mãe foi ter comigo para o levarmos ao centro de saúde.

Não havendo lugar por perto para estacionar o carro, saí  com o bebé, a consulta estava marcada, e tinha um número de ordem, queria dar entrada, entretanto.

Com o bebé no meu colo, esperei atrás da linha amarela do chão, a senhora que devia atender-me estava ocupada com um utente, eis que chega o meu número, dirijo-me ao balcão, entrego o papel da consulta, diz-me ela: " é com aquela colega, mas depois de a atender tem de tirar a senha".

Não percebi o que quis dizer com isto, visto que o papel tinha um número e eu estava com um bebé no colo.

Ok, voltei para trás da linha amarela, uns minutos depois sai a pessoa que estava a ser atendida, a funcionária pede-me para me aproximar, entrego-lhe o papel da consulta e diz-me: " qual é o número do utente?"

Antes de sair do carro, a minha sobrinha passou-me os documentos de saúde, passei o bebé para o braço direito, a mão esquerda na à minha carteira, consigiu descobrir o cartão de vacinas e entreguei-o:

" Não tenho o cartão comigo, a minha sobrinha foi estacionar o carro, mas o livro das vacinas tem o número do utente".

Com cara de poucos amigos, diz-me ela: " o bebé não tem cartão de cidadão? E a senhora devia ter tirado a senha".

Insisti que não tinha o cartão, que a sobrinha tinha ido estacionar o carro, logo que ela chegasse, dava-lho e perguntei se tinha tirar a senha à mesma ao que respondeu: " claro que sim, mas eu agora estou a fazer o serviço por si e não devia".

Fiquei muito chateada, a sala estava cheia, eu estava com o bebé no colo, tratou-me como uma ignorante, sentei-me numa cadeira. 

A minha sobrinha chegou, pedi-lhe para ir à funcionária mostrar o cartão do menino, pois eu já estava a ferver.

Quando expliquei o que acontecera ficou furiosa, comentava: " é por estas coisas que prefiro o privado" ( mas o menino precisa de ter médico de família no serviço público, foi para isso que marcamos consulta).

À tarde, o bebé estava com febre ( há virose no colégio, estão muitas crianças doentes), fomos para a urgência de uma clínica pediátrica.

Compreendo que não é fácil lidar com os utentes, há de tudo,  mas também não custa nada tratarem estes com alguma simpatia, sobretudo quando se trata de crianças.

Não quero mais nada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

fui à EDP

porque recebi uma carta que pensei haver engano e que tinha a ver com este post aqui.

Também aproveitei para reclamar a reclamação que fiz aqui.

Estava à espera da minha vez, quando o número de senha que aparece no ecrã era de uma cigana, nos seus 55, acompanhada da filha.

Mantiveram-se de pé enquanto eram atendidas. Não passou um minuto quando de repente, a mãe desata a insultar o funcionário, que se mantinha calmo a olhá-la e a explicar que tinha de assinar o papel.

" Ladrões, filho da p***, car****, ide roubar o car****, ladrões, quereis dinheiro, não vou assinar o papel. Eu paguei, filhos da p****..." e continuou as descarregar o vernáculo nojento e sujo.

Eu detesto este tipo de situações fiquei nervosa, incomodada, preocupada, um pouco assustada, até.

Todas as pessoas que aguardavam a sua vez olhavam-nas. Acho que não queriam acreditar no que estava a acontecer. Toda a Loja do Cidadão ficou alerta.

Por vezes penso que esta gente saca de uma arma e atira.

Chega a minha vez, precisamente para o funcionário que fora insultado.

Sentei-me. Ele olhava para mim, calmo. Eu, nervosa por que via a cigana a meio do corredor e continuava a insultar, não disse nada enquanto ela não se calou.

Ela desapareuceu de vista, expliquei a minha presença ali.

Tratou do assunto e diz-me:  " Está resolvido. Não há mais nada que possa ajudar?"

Foi quando respondi: " Sim! Quero fazer uma reclamação a uma reclamação sobre o serviço Funciona."

Expliquei o que se passou. Olhando o cpmputador, responde ele: " A resposta à sua reclamação ainda está em aberto."

" O quê?", perguntei.

" A resposta à sua reclamação está aqui registada e ainda está em aberto."
" Significa que ainda vão responder", comentei.

" Sim".

" Mas a devolução da chamada já vai há três semanas, a reclamação à reclamação foi há 15 dias. É isso rapidez?", perguntei.

" Tem de aguardar", voltou a dizer, sorrindo.

" Muito bem. Aguardo mais uns dias. Se não responderem, volto cá"

" E se tiver alguma avaria, embora tenha de ligar para o serviço Funciona, venha cá e veremos o que podemos fazer".

Uma chamada que deveria ser devolvida em dois dias, nunca veio. A reclamação feita, pessoalmente, está em aberto. Já lá vão 15 dias, quando tal, e a correr bem, lá para 2017.

E é isto.

o balcão que não existe

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No Jornal da Noite da SIC passou a notícia do fecho de, penso que 200, balcões do Santander Totta.

A propósito disto, na segunda-feira, fui tratar de uns assuntos, quis fazer o pagamento das despesas, que tinha de ser em dinheiro.  

Feitas as contas informei que ia levantar dinheiro na caixa multibanco. Deixei a mala e os documentos na mesa da senhora, saio muito contente porque ao lado do gabinete tem um balcão, isto é, eu pensava que tinha, porque fiquei parva a olhar para o que é agora uma loja de óptica.

Entrei no gabinete e comentei: " O  balcão já não existe! Passo aqui com frequência e não reparei nisso"

Bom, lá tive que percorrer um túnel para peões ( que detesto) para levantar noutro balcão num rua perpendicular à avenida.

Cheguei lá meti o cartão, digitei o código, o valor. Esperei o dinheiro, que não saiu.  O cartão volta, no ecrã dizia qualquer coisa como " operação indisponível ". Fiquei parva a olhar, porque na verdade nada indicava que não tinha dinheiro.

Voltei a repetir a operação, aconteceu a mesma coisa.

Abri a porta do balcão para me certificar que lá dentro teria outra caixa multibanco. Não tinha. Apenas duas da instituição bancária.

Chateada porque já estava a perder muito tempo e tinha um compromisso para o meio-dia, lembrei-me que na mesma rua, a cerca de cem metros há dois balcões juntos, de bancos diferentes.

Levantei o dinheiro, voltei ao gabinete e comentei: " Passo aqui tantas vezes, não dei por nada que o balcão aqui ao lado fechou, e do outro lado, que tinha dois bancos agora só tem um e não consegui levantar o dinheiro. Tive de voltar para trás, porque me lembrei dos outros dois junto do hotel."

Resposta dela: " O daqui do lado fechou. O utro só tem as máquinas a funcionar. Não reparou que o balcão está lá mas não tem funcionários?"

"Como? Há tantos anos ali, fecharam este também?", perguntei estupefacta.

" O balcão existe, mas não tem funcionários."

Há pouco, entrei no netbanco e quando dei uma olhada  ao extrato, quase me deu um colapso.

O dinheiro que não saiu na caixa multibanco aparecia nos movimentos.

Mas depois serenei.

A correcção foi feita de imediato.

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O serviço de saúde

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Na unidade de saúde familiar da minha zona, todos os funcionários que lá trabalham, e incluo a minha médica e o enfermeiro que me aplicou a vacina do tétano, são muito simpáticos, muito atenciosos, e o serviço, se não houver atraso, funciona muito bem.

Ontem, tive consulta às 17:40h, informei a funcionária que tinha vacina marcada para as 19:15h, teria de esperar 1:15h por aquela, se houvesse uma vaga, poderia antecipar a hora.

A médica de família é a coordenadora da unidade, sempre me atendeu muito bem, expliquei-lhe o que me levou lá (a espera de uma consulta de cirurgia vascular do hospital público,  há um ano e meio), ela comentou o que poderia ter acontecido, e  para não haver perda de tempo, seria melhor fazer outro ecodopler,o anterior já tem dois anos,  e iniciar um novo processo.

Acabada a consulta, e quando já estava a chegar ao balcão de atendimento, ouço uma voz de homem que me chamava.

Olhei para trás. Com a minha médica, estava um jovem enfermeiro disponível para me aplicar a vacina.

Mas antes, e foi a primeira vez desde que me lembro de tomar as vacinas do tétano que alguém me fez um longo inquérito que era registado no computador.

Deu-me a vacina, e diz " em 2025 volta cá".

E eu comentei "2025?! Ui, estou velha!"
"Está nada! São apenas dez anos".

Mas o que eu queria dizer é que 2025 parece uma data longa. Esquecera-me que estamos em 2015 e dez anos passam depressa.

Estou muito satisfeita com o serviço desta unidade familiar. Ou ontem tive sorte.

 

 

Oh, quem diria!

Fui à praia, muito cedo.

Vendo a meteorologia, e as probabilidades de amanhã chover, decidi ir hoje.

A meio do caminho, na auto-estrada, já se via o nublado no mar.

A 2 km era cerrado, completamente. "Oh, quem diria!"

Cheguei às 9:30h, fui para a esplanada à espera que o sol tivesse força suficiente para afastar o nevoeiro.

Estava fresco e, contrariamente ao habitual, levo sempre um casaco. Mas hoje esqueci-me.

Por sorte, levei uma écharpe grande que não costumo usar na cidade, gosto de usá-las na praia.

Então, "agasalhei-me"  nela, pois a fresco da manhã era qb.
Mas o nevoeiro vinha para o interior, encobria o sol.

Na expectativa que o sol sorrisse por voltas das 11h, ia lendo um dos meus livros de verão.

Decidi ver o mar. Muitas crianças brincavam na praia, a maré vaza, mas mal se vislumbravam as pequenas ondas.

Subi o passadiço. Um funcionário da câmara de Esposende, com uma enxada puxava a areia do passadiço para a praia.

Parei e meti conversa com ele, sobre os estragos do último inverno (a praia está muito mais pequena e tem muitas pedras), o tempo que tem estado neste mês de julho:  "Com vento. Ontem ninguém aguentava aqui com a nortada e hoje, prevê-se chuva" dizia ele. "E a praia está assim porque o mar leva, o mar traz e não vai faltar muito tempo que o mar vai destruir tudo isto. As casas que estão por aqui destruiram a praia. Há muito que se fala nisso, mas ninguém prestou artenção".

Contei das caminhadas que eu e os meus amigos fazíamos pela beira-mar de Apúlia a Ofir,e o areal extenso de praia que havia.

Mas já lá vão muitos anos.

Fui na direção de Apúlia, o sol ia sorrindo, mas o nevoeiro teimava não nos deixar gozar a praia.

Fui comprar polvo e pescada.

Na padaria em frente, comprei o pão doce que eu adoro (nesse tempo a minha mãe costmava comprar para o nosso lanche) . 

Recordações pequenas dos belíssimos verões que lá passei.

Voltei à estrada e, uns quilometros além, o sol brilhava.

 

 

 (imagem da web)