713 - Folhados
Que raiva! Sento-me relaxadinha no sofá, tento ver um filme ou o que passa na TV e adormeço.
Ontem, depois de lavar a louça do almoço, disse à miúda que ia descansar um pouco.
Deitei-me na cama e "aterrei". Coisa rara!
De repente, acordo. Senti passos. A miúda veio ver-me. Mas eu estava acordada.
Deitou-se ao meu lado. Uns minutos depois dormia sossegada. E eu voltei a adormecer, também.
Depois, acontece o que é costume acontecer nas noites de Verão. Adormeço no sofá. Pode estar a passar o programa mais interessante que os meus olhos não aguentam. Mas, de manhã cedo, acordo e não volto a adormecer. Depois ando aqui pela casa, a tecer.
Hoje, pensava ir à aula de hidroginástica, que nesta 1ª quinzena, é às 10 horas da manhã. Como não conseguia adormecer, liguei o pc e fui ver meteorologia par as praias do Norte. Vento NE. Sol.
Esqueci a hidro e resolvi ir à praia.
Fomos para Ofir. A Sofia gosta mais desta praia, pois o mar é sereno e quase sempre tem bandeira verde e/ou amarela.
Óbvio que à hora que chegámos era pouco provável arranjar estacionamento perto da praia. Então decidi estacionar o carro no primeiro lugar que visse na rua que dá acesso à praia. Prefiro andar a pé.
Fomos para longe das barracas, para um espaço de guarda-sóis e onde eu tivesse a certeza(?!) que não ia ter vizinhos por perto.
A água estava um pouco fria, mas soube bem o banho.
O Sol não estava quente demais, o vento estava sereno, a praia apetecível a umas boas horas de relaxe.
Como sempre, tenho de jogar à bola com a catraia.
E a maré subiu...Fomos obrigadas a mudar as tralhas mais para trás. Os banhistas, portugueses que falavam "franciú", jogavam à bola junto ao mar que teimava em invadir as toalhas. A praia, àquela hora, estava cheia.
Mais um banho. Agora, com maré cheia, a água estava mais apetecível. E o cheiro a mar era delicioso.
São dias como o de hoje que me fazem ir à praia.
Por volta das 16 horas, decidimos regressar a casa. Porém, como a fome era qb, decidi comprar os folhadinhos de Fão. São deliciosos!
Foi a primeira vez que entrei naquela casa antiga, face à estrada "A pastelaria Fãozense". Sabia que os folhados daqui são os melhores. Mas como fica num lugar perigoso para estacionar, costumo ir à Rita Fangueira, especialista em folhados e deliciosos bolos caseiros.
Pedi dois folhados e um café. A senhora, muito simpática, disse que os folhados estavam a fazer e tinha uns que estavam muito baixinhos e não os vendia. Eu disse que não havia problema, porque só queria dois.
Foi à cozinha e regressou com um prato e os dois folhados, com óptimo aspecto. Pousou o prato no balcão e disse: "Ofereço os folhados. Estão muito baixos, ofereço-os". Fiquei estupefacta a olhar para ela. Respondi: "Mas eu quero pagar. Além disso eu quero levá-los para casa. Não vou comer aqui." (já estava tão sem jeito que nem quis comê-los lá).
Serve-me o café, pega no prato e entra na cozinha. Uns minutos depois, vem com uma caixa dentro de um saco de plástico.
Entretanto, vejo uns saquinhos de plástico com rebuçados caseiros e pergunto à miúda se quer trazer para casa, visto que ela não gosta de folhados.
Peço à senhora um saco e então esta diz-me: "Estão aqui 4 folhados. Dois paga e os outros dois ofereço-os."
E fez a conta. Paguei, peguei no saco, agradeci a atenção, e saí.
E os folhadinhos estão uma delícia.
A próxima volto lá.
Se os da Rita Fangueira são bons, estes são divinais!
As famosas clarinhas de Fão
(imagem retirada da net)
Os divinais folhados de Fão
(foto tirada com a minha máquina)