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cantinho da casa

cantinho da casa

decidi que

não ligo a televisão à hora das notícias nesta altura em que o país arde.

Era eu jovem, já se viam os incêndio que queimavam florestas por todos os lados, sobretudo na Península Ibérica.

Cada ano que passa mais se agrava este escaldar de notícias sobre os incêndios.

E como o Verão significa calor e floresta queimada, não quero ver a desgraça das nossas árvores a arderem.

"Matou-se" o pinhal de Leiria, inundou-se o solo de eucaliptal, é neste tempo quente que se apagam os incêndios com a pouca água dos rios que muita falta nos faz .

Esquecemos num ápice a catástrofe que foi o ano de 2017.

Mario Quintana escreveu, 

"Nesses tempos de céus e cinzas e chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes"

 

 

 

 

estendem os braços como se implorassem

e ninguém (os animais são outra coisa...vão à vida como se nada fosse), e o verão chegou um pouco atrasado, neste país à beira-mar plantado, de fumo e destruição, se compadece:  e elas ficam sós, sempre sós.
 

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As árvores crescem sós. E a sós florescem.
 
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
 
Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
 
Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
 
E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
 
Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
 
As árvores não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
 
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
 
Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
 
Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.

António Gedeão

 

 

 

o furacão transformou-se em chamas

Ofélia, o furacão que se prevera afectar os Açores, veio para o Continente.

Os Açorianos bateram palmas de alívio. Vento e chuva foi o que resultou, nada que não estejam habituados nestas ilhas do nosso Atlântico.

Nós, por cá, corríamos contra o vento, contra os incêncios que mataram pessoas, que mataram florestas, que incapacitaram os bombeiros de fazer mais e melhor pela nossa floresta.

Tenho vergonha do que se está a passar neste país, tenho vergonha de constatar a incompetência de quem governa este país, tenho vergonha de saber que há quem queira ver estes país a desertificar-se, tenho vergonha do pouco que vi da minha janela, ontem à noite.

Tenho vergonha.

O furacão transformou-se em chamas. Mais uma vez, ontem, Portugal ardeu.

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imagem da minha cidade, Braga

tigres à solta

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macacos, dinossauros e outros bichos, na selva dos estampados dos vestidos da nova coleção de outono 2016, que vestem os manequins das montras Bimba & Lola e H&M, cá do burgo.

 

Bimba & Lola

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 H&M

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Nos anos 90, os estampados florais com aves da amazónia foram moda e na altura comprei um tecido em tons de verde e castanho que levei à modista para fazer um vestido.

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Nas provas que fiz, gostei.

Depois de pronto, vesti-o poucas vezes. Detestava ver-me dentro de uma floresta tropical.

No ano seguinte, dei-o.

Estampados que cansam, não são para qualquer mulher, não me vejo, de modo algum, num vestido Bimba & Lola ou H&M.

Aliás, não gostei de os ver nas montras.

 

 

 

 

irrespirável

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o ar na cidade cinzenta e do cheiro a queimado dos incêndios que se estendem pelo distrito.

logo de manhã já se ouvia o helicóptero na sua tarefa de tentar apagar o mal que os homens fazem à floresta.

lamentável

 

Gosto do verão

Gosto de comidas leves,  bebidas frescas, das noites calmas em casa ou na esplanada, do mar, do campo, das férias.

Lamentavelmente, o que mais me aflige é o calor.

Calor, faz-me pensar em natureza, montanha, incêndios.

E neste país cheio de sol, receptivo ao turismo, às coisas boas da vida, eis que uma vagazita de calor é o suficiente para que a floresta fique em chamas.

Há quantos anos vemos este "fenómeno", quase sempre com mão assassina?

Louvo os muitos homens que lutam contra as extensas chamas, com muitas horas de trabalho incansável, e, quando elas ficam quase extintas, o senhor vento faz o favor de mudar de direção e deitar mais achas à fogueira.

As zonas mais belas vão ficando tristes, cinzentas, desérticas, mortas.

Não há perdão,  e a natureza, mais cedo ou mais tarde, trata de vingar-se do homem.

Fica aqui o meu apoio a todos os bombeiros e habitantes das zonas consumidas pelas chamas.

Eu gosto do verão, sem incêndios.

 

 

 

Dia mundial da floresta

 

 

 

Há dias ofereceram-me dois pequenos vasos com uma semente em cada um deles,  para plantar no dia mundial da árvore.

Andando por aqui a saltitar encontrei estas imagens, e o link de um livro de um escritor  Australiano, que me parece ser muito interessante.

Com o tempo seco que tem  estado por cá, com o verão a chegar, cada dia que passa torna-se um flagelo para as populações que lutam pelas suas árvores, os seus terrenos, a sua fonte de vida.

Portugal está "a caminhar" para a desertificação.                                                                         

Cabe-nos proteger  o interior, as nossas árvores, o nosso país. Porque o nosso canto não é só mar e praia.

 

 

 

 

Floresta ProNatura

Uma árvore,uma marca, uma floresta... 

 

 

 

 

 

 

Por favor votem no link abaixo indicado, para ganharmos uma boa quantidade de árvores para plantar na nossa serra da Cabreira. Incitai os vossos amigos e conhecidos a fazê-lo para superarmos Mangualde que está muito próxima de nós. Obrigado pela vossa disponibilidade e colaboração com a Serra da Cabreira.

O ProNatura é um projecto desenvolvido pela ANEFA, com o objectivo de contribuir para a conservação da natureza, visando a diminuição dos impactos negativos causado pelos fogos florestais, através da reflorestação de áreas ardidas e degradadas ou da criação de novos espaços florestais.

As acções do ProNatura desenvolvem-se a nível nacional, em áreas identificadas pelos Concelhos que adiram ao projecto.

O Município de Vieira do Minho, procedeu à inscrição dos baldios de Espindo, Vila, Vale e Quintã, e Campos, que manifestaram o seu interesse em participar neste projecto.
A atribuição as árvores é feita por um parceiro da ANEFA, neste caso,a Toyota, que tem desde 2006 uma campanha intitulada "1Toyota, 1 Árvore". Todos os anos escolhem 3 áreas diferentes onde serão entregues plantas para reflorestação. Vieira do Minho é uma das  localidades contempladas, juntamente com Pedrógão Grande e Mangualde.
A quantidade de árvores que cada área recebe está dependente de uma votação no site da Toyota, onde qualquer pessoa pode escolher o local onde gostaria que a Toyota oferecesse plantas florestais. A localidade mais votada recebe cerca de 3 000 árvores.
A votação decorre até ao dia 31 de Janeiro de 2012 e pode ser feita através do seguinte link:                                                                                           


http://www.toyota.pt/inside_toyota/environment/um-toyota-uma-arvore/registo.aspx

Se puderem, votem e divulguem!