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cantinho da casa

cantinho da casa

fui turistar pelo centro do país

" turistar" ,palavra que copiei do nosso último, saí na sexta-feira, tinha autocarro às às 09:15h  ( a Rede Expressos está muito bem equipada), o primeiro destino era Fátima. O autocarro estava atrasado 15 minutos, vinha dos Arcos de Valdevez, atrasou, também, no Porto, pelo que a chegada a Fátima que seria às 12:10h, foi às 12:45h.

Tinha autocarro para Leiria às 14:00h, por isso a minha passagem por Fátima não foi a que eu desejei, mas deu tempo.

Não fui em promessa, fui porque tinha feito projectos de ir um dia que não estivesse muito calor dar um passeio por uma das cidades do centro do país, escolhi Leiria, que conhecia só de passagem em 2018.

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Ora, em Fátima, no grande recinto que podia estar à vontade, sem a máscara, aproximei-me do espaço onde compramos as velas.

Os balcões têm de tudo, velas grandes e pequenas com os respectivos preços. Não há vendedores. Peguei nas que queria e, de repente, ouço alguém falar para mim. Uma mulher contava as velas que eu pegava, e fazia a conta. Fiquei baralhada. Voltei a fazer a conta das velas que tinha na mão, e o dinheiro que devia introduzir na caixa, diz ela : o dinheiro é para pôr neste copo (que segurava na mão), porque o dinheiro é para os pobres.

Parei a observá-la. O seu aspecto duvidoso fez-me dó, não por ser pobre, mas porque percebi que se aproveitava das pessoas para lhe darem dinheiro, e aproximando-se de mim, insistiu que eu devia pôr o dinheiro no copo,que o dinheiro é para os pobres, que " está ali escrito, veja", apontando para um qualquer lugar onde vi que estava outra mulher que andava atrás das pessoas a fazer o mesmo.

Virei-me para ela e disse:" o dinheiro vai para esta caixa, não vou pôr nada no copo. E se a senhora quer dinheiro, eu dou-lhe o que eu entender, não lhe dou o valor das velas".

Intoduzi as moedas na ranhura da caixa, e tirei do porta-moedas 70 cêntimos e meti no copo dela.

Fiquei a remoer por dentro.Como é possível esta gente querer enganar as pessoas? Como se eu fosse acreditar que todo o dinheiro que entra nas caixas fosse para os pobres. O Santuário tem despesas com a cera. E se a comissão dá dinheiro aos pobres, acho muito bem, mas estas pessoas não deviam estar ali a massacrar os fiéis que o dinheiro é para eles.

Entretanto, fui pôr as velas no tocheiro,segui para a Capela das Aparições. A missa estava quase no final. Deixei-me estar sossegada, contrariamente a muitas pessoas que não respeitam o silêncio de quem quer estar a reflectir ou rezar, assim como de quem celebra a Eucaristia.

Quando saí da Capela, e logo a seguir ao tocheiro, não vi as mulheres, mas mais à frente, ouvia-se falar alto. Um grupo dos tais pobres discutia, não percebi nada do que diziam, presumi que fossem imigrantes.

Segui o meu caminho, não fosse haver zaragata.

Não sou contra pedirem esmola, mas achei estranho aquelas pessoas ficarem atentas ao que os peregrinos compram e dizerem o que eu ouvi.

Às 14:30h, estava em Leiria.

 

 

 

 

fim-de-semana

prolongado,  vou matar as saudades da capital,  mas parece que a chuva vai acompanhar-nos, segundo a meteorologia.

tenho muito para visitar, espero que não seja demais, como na cidade dos arcebispos.

entretanto, estão agendados os posts deste fim-de-semana.

talvez uma ou outra fotografia dos lugares que poderei visitar em Lisboa. 

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este sábado

continuo em casa desde quinta-feira, não fui à praia como pensara, na próxima semana vêm dias bons,irei,com certeza.

este sábado, estive a coser umas rendas numa blusa, que adoro, e que já tenho há alguns anos, e uma colcha  de crochet às tiras, com mais de 40 anos, que a minha mãe fez, que,com o uso, algumas estavam descosidas, não punha na cama porque não gostava de a ver assim, mas também dava-me alguma preguiça cosê-las. e hoje foi o dia.

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depois de várias dias atentar ligar para a clínica dentária, para marcar nova consulta, e após ter enviado um e-mail há uns dias, ontem, recebi a chamada.

há um grupo restrito de médicos a trabalhar, está difícil remarcar consultas, a médica higienista não está na data que propus, perguntaram-me se poderia ser outro médico. aceitei.

mas.... há um mas. as consultas têm um acréscimo de 15€ para a desinfecção dos materiais, perguntaram-me se aceitava.

óbvio que aceitei,o que iria dizer eu?

em conversa com um familiar, lembrei-me de contar sobre o telefonema

na verdade, ele também pagou a mais esse valor na consulta que teve no hospital privado. 

então,quando for à minha consulta, de 100 € que vou pagar, receberei de troco 5 €.

é que nesta clínica cada consulta de higiene pago 85 € .

vou duas vezes por ano ( às vezes vou a Lisboa) , é dose pagar 160 €!

em treze anos que vou à clínica, nunca faltei a uma higiene oral. quando abriu no Porto,  passei a ir uma ou outra vez,  evito fazer uma longa viagem.

bom sábado

 

 

 

 

 

 

 

 

 

do fim de semana prolongado

Começou na 5ª feira, no comboio Alfa.

Desta vez, o  meu lugar não era ao lado da minha sobrinha, que ocupa o lugar destinado a mães com bebés, e pessoas deficientes em  cadeira de rodas,

Enquanto não chegava a pessoa que iria ocupar esse lugar, sentei-me com o sobrinho neto no colo.

Um senhor, na casa dos 80, aproximou-se e perguntou se eram aqueles os nossos lugares,.

A minha sobrinha explicou que não, que o meu era o da frente e que se o número dele era a seu lado, se quisesse oferecia-lhe o lugar da janela, pois facilitava movimentar-se quando precisasse da minha ajuda.

Simpatica e humildemente, o senhor disse que não e que poderia trocar o lugar com o meu.

Nós aceitamos. Uma criança que não pára de brincar, não o incomodaria se trocássemos.

Sentou-se, então, no meu lugar, e sempre com gestos simpáticos, dizia olá ao menino, conversava connosco, até fez questão de oferecer das bananas que levava consigo, que tinha muitas e não as comia todas, acabamos por aceitar, o menino comeu uma.

Contou que nasceu aqui em Braga, que fora trabalhar para Lisboa era ainda muito jovem, que casou, que a esposa é de Vila Verde, que viera de propósito, como o faz todos os anos nesta altura, ao cemitério pôr flores na campa dos familiares.

Um senhor que faz  duas viagens no mesmo dia de 3h30 de viagem para prestar homenagem aos familiares defuntos é de louvar, comentara a minha sobrinha.

Na chegada, o senhor levantou-se, veio desejar-nos boa estada, despediu-se do menino e a minha sobrinha trocava comigo palavras de gratidão por encontrar uma pessoa tão simpática e humilde. 

A viagem correu bem, o menino não dormiu, fartou-se de brincar connosco, chegamos a Lisboa, pedimos um Uber e fomos para casa.

Mal o condutor pára o carro nos semáforos perto de casa, ouço a minha sobrinha dizer que alguém estava a fazer marcha atrás e ia bater no carro. Eu não percebi, o senhor  não podia avançar, o carro que queria sair estava em cima do passeio, até que o sinal  verde abriu, virou para a outra via, parou o carro e ouço a minha sobrinha dizer: "Eles estão a agredirem-se, eu não saio do carro, pode haver aqui rixa, eu tenho medo".

E foi então que vi três homens aos berros com o condutor que queria sair do estacionamento. Estávamos no meio da rua, o condutor Uber saiu do carro, ajudou a minha sobrinha a sair, estava ela com o bebé no colo, e ela só dizia " por favor chamem a polícia, isto é grave"

Saí do carro, puxei por ela e disse para ir para o passeio. E ela pedia para chamarem a polícia que eles estavam a agredir-se.

Queria sair dali o mais rápido possível, tirei as malas do carro, e reparei que dois dos homens estavam a desafiar-se, nariz com nariz, e insultavam-se.

De uma farmácia perto, e com a minha sobrinha a insistir que alguém  chamasse a polícia, vêm as pessoas à porta, o condutor Uber acalma-a, tiou o que faltava da nossa bagagem.

Alguém disse que já tinha chamado a polícia, o condutor Uber seguiu o seu caminho, e eis que vemos o condutor do carro fugir, ao mesmo tempo que os outros dois  o insultavam de filho da p*ta e chamavam-no de cobarde  por fugir deles.

O meu coração batia forte, fomos para casa assustadas, a minha sobrinha muito mais porque saíra do carro Uber do lado em que se dava a discussão.

O que foi que aconteceu?

O homem que fugiu estacionara o carro no lugar com placa,  com registo de matricula, de estacionamento para deficiente e como o proprietário vira o lugar ocupado, provocou a discussão. Juntou-se outro homem, insultavam-se e espalhavam murros pelo que infrigira o sinal,  foi quando ele se meteu no carro e tentou fugir mas como estava o carro Uber atrás não o fez e voltaram à discussão. Quando viu a oportunidade de se escapar, sem sequer obedecer ao sinal vermelho, ó rodas para que te quero, fugiu.

Pela primeira vez em Lisboa vi e assustei-me com este tipo de cena que poderia ter sido grave.

Estavamos cansadas da viagem, o menino adormeceu logo após tomar o leite, fomos dormir, também.

De manhã cedo fomos buscar o carro que alugáramos para esses dias, balcão cheio de turistas, saímos de Lisboa em direcção a Alcochete.

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O outlet estava a meio gás, a tempertura agradável,  não choveu, fomos às compras. Ela que procurava um bom agasalho não encontrou nada que gostasse, eu que não tinha intenção de gastar dinheiro em roupa, comprei um blusão ( tenho uma história para contar, no próximo post).

Comprámos artigos de maquilhagem, fomos conhecer o centro de Alcochete. 

Fomos procurar um dos restaurantes que o Robinson aconselhara, o que queríamos estava a fechar, procurámos este dos que me sugeriu. 

E almoçámos bem.

Um passeio pelo centro, verificámos que não faltam restaurantes e que as ementas são variadas e apetecíveis.

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No regresso a Lisboa, e com ameaça de chuva,  a fila para entrar no Freeport era imensa, os carros estacionavam fora do parque, foi certeiro termos ido de manhã.

Pensamos ir ao El Corte Inglês ver umas roupas para o menino, esqueceramos que era feriado, fechava às 20:00, não deixaram entrar.

Cansadas que estávamos, fomos para casa.

No dia seguinte o destino era Évora, que eu não conhecia.

 

outono de chuva

Bebaixo de muita chuva, protegida por uma capa que comprei em SanXenxo há cerca de 25 anos, botas de pele até ao joelho, calças de malha dentro das botas, cumpri a missão de todos os anos, e porque amanhã o cemitério estará cheio de pessoas a fazerem o que eu fiz, hoje, sem ninguém, tinha a água por minha conta, lavei as campas dos meus familiares, pus as flores.

Apesar de a temperatura ambiente estar agradável, o frio que a capa provocava na nuca causava algum desconforto, fez-me falta um lenço para o agasalhar,nque eu pensara levar mas achara desnecessário ( por que diabo não escutei a voz do meu coração que me dizia para o levar?) .

Marcara cabeleireiro para amanhã, vou de mini-férias para a capital, nos planos está uma visita a Évora, que não conheço, cheguei a casa tomei um banho quente, lavei o cabelo, desmarquei o cabeleireiro, fui ao Porto, cheguei a casa às 21h.

Vou estar ausente da net e do blog para ler os textos do Desafio dos Pássaros, espero que este fim de semana prolongado seja em grande, apesar de se prever chuva para todo o país....Chuva bendita, que tanta falta faz.

Bom feriado.

 

 

 

 

desabafos

Há coisas que estão à frente dos nossos olhos e enquanto não temos certezas de nada, o nosso preocupado coração faz-nos entender que, aconteça o que acontecer, há muito amor para dar e receber.

Pena que as nossas cabeças sejam um marasmo de porquês.

Gostei do fim de semana em Lisboa, não gostei, de todo, de rever Cascais, mas valeu a pena visitar a Casa das Histórias de Paula Rego.

 

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(nascer do sol,  rio Tejo do lado direito)

 

Cascais

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adorei esta Vespa

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a menina distibuía convites para uma bebida num catamaran

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um mural especial

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 Casa das Histórias de Paula Rêgo

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