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cantinho da casa

cantinho da casa

as filas não são só para o supermercado

... infelizmente por nossa  culpa..

Em Março,quando o pai da minha amiga M faleceu ( doença não covid), o panorama na entrada do cemitério era este:

A minha homenagem foi o meu silêncio dentro do carro.

Depois do cortejo fúnebre passar o portão do cemitério, foi fechado.

Quatro homens estavam cá fora com máscaras nas mãos, presumi que haveria outro funeral.

E nesse curto espaço de tempo que estive no carro,chegaram quatro carros fúnebres. Esperavam a sua vez para entrar.

Um entrou, sem ninguém para a cerimónia,os outros ficaram à espera.

Só quando saíu o grupo do funeral do pai da minha amiga, entraram os outros carros, em que estavam apenas duas pessoas a acompanhar.

E foi então percebi e senti a dor das imagens que vira nas notícias ( deixei de ver) dos funerais  das vítimas do Coronavírus.

Dez meses depois, o panorama é este:

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(imagem que fui buscar ao blog do último)

 

 

 

os saldos pós Natal

na verdade, os saldos começaram antes do Natal.

Talvez os preços não fossem de saldos verdadeiros, mas eu comprei umas calças com 40% de desconto, posso dizer que foi de saldo.

Hoje de manhã, depois do ginásio, fui para os lados do  Braga Parque, mas não para lá ir, o trânsito estava caótico quer à ida, quer à vinda.

Por volta das 16:00h, saí de casa, não só porque precisava de arejar a cabeça, estive vários dias sem sair, mas também porque precisava de ir à lavandaria.

Todas as lojas de roupa tinham fila, umas mais que outras, com predominância na Bimba & Lola, na Zara, na Massimo Dutti, na Purifcación Garcia.

O tempo é de aguaceiros, está frio, tinha os pés e as mãos  gelados. Vim para casa.

O Natal é para isto: troca de roupas, procura de "pechinchas" ,filas à porta, confusão nas lojas.

Eu fujo deles.

E de ajuntamentos.

 

 

 

 

 

O país

não trabalha?

Fui ao Braga Parque por que tinha mesmo de ir, muito trânsito para o centro comercial, sigo para o parque exterior mais afastado do centro, estava cheio, fui estacionar o carro bem longe, arranjei um lugar numa rua sem arrumadores .

Entrei no centro e fiquei parva. Uma multidão de gente  passeava, tinha de pedir licença para passar, um autêntico fim-de-semana.
A restauração repleta, as lojas também, filas enormes para pagar. Entrei na Primark, muitos espanhois por cá, junto às caixas tinha o que eu queria, peguei, e nem dois minutos esperei. Paguei e saí da loja e do centro.

Ainda pensei procurar  numa qualquer loja de marca uma peça de roupa para oferecer à minha irmã que faz anos este mês, mas a confusão era muita.

Perguntei a mim mesma " hoje o país não trabalha?"

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À beira de um ataque de nervos

 

Agosto, dia quente e abafado, mas de chuva, férias, emigrantes, famílas completas com filhos no centro comercial deixam-nos "à beira de um ataque de nervos".

A minha sobrinha precisava de ultimar alguns assuntos pendentes, antes de ir para o Porto, e que podia resolvê-los no shopping.

Fui ter com ela. Precisava de quem tomasse conta do António (o meu sobrinho neto carioca), que, já o disse aqui neste cantinho, é uma criança educada e porta-se muito bem.

Óbvio que mudou de ambiente, anda à vontade, está mais traquinas, mas cede ao que nós dizemos.

Já passava da hora do almoço dele e resolvemos almoçar lá.

Filas extensas, a minha sobrinha foi comprar picanha e feijão preto (o miúdo adora) e trouxe uma sopa para ele.

Fui procurar uma cadeira de bebé, consegui com alguma facilidade, mas as pessoas não enxergam nada. São egoístas, ocupam as mesas com jornais para que ninguém se sente nos lugares ao lado.

Quatro adolescentes, que já tinham almoçado ( perceberam que eu estava a atenta às mesas que ficavam vagas), brincavam com os copos da coca-cola e observavam-me e ao bebé, sentado na cadeira, que dizia"qué sopinha".

A minha sobrinha, já estava a ficar descontrolada.

Com o tabuleiro na mão, procurava uma mesa. Ninguém lhe dava o lugar, isto é, mesmo que o lugar ao lado estivesse vago, diziam que não, até que lá conseguiu na mesa ao lado duas jovens que foram simpáticas e disseram que podiamos ocupá-la.

Ninguém quer o lugar de ninguém, mas caramba, quando vejo alguém que procura um lugar, sou a primeira a dizer para se sentar ao meu lado.

E já agora, ó MEO, nas vossas lojas não há filas prioritárias?

A minha sobrinha, grávida de cinco meses,  esteve ontem e hoje mais de 30 minutos para ser atendida. Nenhum funcionário a chamou, nem sequer as pessoas que aguardavam nas filas lhe deram prioridade. E ontem, ela estava com o bebé.

Haja humanidade!

Sei que no Brasil (porque a minha amiga Lia me contou, aquele(a) que não der prioridade a um(a) idoso(a)e/ou grávida, está sujeito a pagar uma multa. São rigorosos.E a minha sobrinha confirmou-o,hoje).

Almoçamos naquele barulho característico dos shoppings. Antes de seguir para o Porto, o miúdo ainda foi ao nodi dizer um adeus (quem diria que vinha a Portugal e gostar tanto do nódi, ahahaha!).

Mais uns dias de férias com os avós paternos e o pai, que chega hoje ao Porto, e voltarei a vê-los na segunda quinzena, antes de regressarem ao Rio.

É assim o mês de agosto, cheio de emigrantes, confusão nos parques, nos shoppings, em todo o lado.

Aguardo setembro e a serenidade dos dias quentinhos na praia a que este mês já nos habituou.

 

O bacalhau de Natal

No Pingo Doce, fez com que o acesso ao hipermercado provocasse filas intermináveis no trânsito.

Eu não fui lá, mas soube.

Fui caminhar para o lado oposto àquele, e passei no Continente para comprar comida para a gata.

Filas de espera nas caixas de mais de 10 minutos (e dizem que não há dinheiro.É ver os carros cheios de tudo).

De regresso a casa, soube, por telefone, que a campanha do bacalhau do PD acaba hoje.

Na quinta feira passada tinha passado no supermercado perto de casa  e não havia nada. A funcionária comentou que devia estar lá de manhã cedo, se queria arranjar bacalhau em promoção, ou então passar no hipermercado uma vez que neste, vendiam às toneladas e repunham as bancas. E advertiu-me: "venha logo de manhã, se quer ter bacalhau, pois tem sido uma autêntica feira!"

Mas como não falto ao trabalho para conseguir estas "pechinchas", não quis saber da promoção para nada.

Ao princípio da tarde fui fazer umas pequenas compras e vi que as pessoas rondavam a banca do bacalhau. Aproximei-me e vi que só tinha do especial (11,98 euros /kg).

E diz uma idosa senhora: "Hoje de manhã, ainda as portas não estavam abertas,já havia confusão. Nem se podia escolher o bacalhau, tal era a ganância das pessoas. Eu ainda levei dois, mas agora, menina, não há mais. Sabes que "eles" têm de ganhar. Amanhã não vai faltar bacalhau".

Sorri e pensei: "Já vivemos tempos difíceis e nunca nesta casa, os meus pais correram às compras para açambarcar, quando sabiam que os preços iam subir. Sempre se comprou o necessário para o mês . E a família era grande.

Não fui educada para isto. Pago mais caro, eu sei, mas confusão, não!

E com tudo isto, ainda não comprei o "fiel amigo" para alimentar 14 pessoas (e não está a família toda), para a ceia de Natal.

 

 

 

 

 

É mesmo

deste país?

Sim, é. Porque quanto mais dinheiro o governo (re)tirar dos bolsos dos contribuintes e utentes, mais o país se afunda, porque há-de chegar o tempo em que não vamos ter quem nos visite.

Ontem foi em Vilar Formoso, hoje no Algarve...

Lamentável.

Ah! A gasolina vai aumentar mais 1,5 centimos a partir de 2ª feira.

O senhor das finanças é rápido em tomar decisões. Só é "slow" quando se dirige aos portugueses.