Pena que o turismo cá dentro seja caro para o português.
Há 2 anos que tenho ido para Espanha, gastei muito menos do que nos anos anteriores em Portugal.
E por que é o Dia Mundial do Turismo, publico o que o meu irmão mais novo partilhou no grupo da família , e agora que os filhos são adultos, vai com a esposa para lugares que há muito desejava conhecer.
Alojadas em Lanzada, não fizemos praia nas que se estendiam para o lado direito e esquerdo do hotel, em frente ao mar, porque estão mais expostas ao vento.
Tranquilidade, e muitos passeios pelas várias praias da Galiza, foi San Vicente do Mar a eleita.
A minha amiga N passara férias nesta praia, já lá vão 30 anos, desafiou-me para passarmos alguns dias, lá queria voltar ao lugar onde fora feliz, e onde tinha de ir à cabine telefónica, que existe ainda, para ligar aos pais a informar que estava bem... Outros tempos.
Metíamos pelos caminhos entre as casas e os pinheiros.
E a paisagem era maravilhosa.
Pequenas praias que as rochas protegem do vento, sol quente, água fria mas ao mesmo tempo deliciosa porque se formavam pequenas lagoas onde as crianças estavam à vontade a tomar banho e a brincar. Óbvio que me banhei nelas.
De manhã, o público era maioritariamente com idade para cima dos 40 até aos 70, 80... que se reuniam naquele bocado de água que lhes dava até aos joelhos e cavaqueavam por ali até à hora do almoço.
Reunidas as tralhas, ficava a praia semi deserta.
Por voltas das 16:00h mudava o público, vinham os casais com filhos pequenos.
Às 17h00, juntavam-se os adolescentes.
Um grupo considerável concentrava-se no passadiço, alguns metiam-se debaixo dele, outros deitados na areia a conversar e com música a acompanhar.(Provavelmente encontravam-se todos os anos no verão naquela praia, como na minha adolescência nos anos em que os meus pais alugavam casa por um mês, era o reencontro com os amigos que vinham de outras cidades):
Depois, vinha outro grupo, mais pequeno, que ocupava sempre as mesmas rochas. Estes também faziam o mesmo dos mais velhos que estavam de manhã na praia: juntavam-se no mar a conversar, tomavam banho, voltavam para as rochas. Alguns sacavam do cigarrro ( não faziam como os adultos que guardavam as pontas dos cigarros em garrafas de cerveja, mas depositavam-nas na areia).
No meio destes, e porque a hora da sesta passara há muito, chegavam os pais de 40 e 50; e os avós; e os grupos de jovens rapazes e raparigas de 30 que se deitavam na areia a conversar.
Era demais, e continuamente, os adultos, os jovens, e crianças que subiam os rochedos e sentavam-se lá no alto a ver a paisagem ( que tenho a certeza que seria fantástico).
A água era muito llimpa, não tinha a areia pó que há aqui no norte, mas abundavam as algas.
Era um prazer tomar banho naquelas " lagoas".
Passava das 20h00 quando o sol se punha por trás das árvores e uma parte da praia ficava à sombra, era então a hora de pegar nas coisas e regressar a casa.
Mas os jovens ficavam por lá.
Já passaram muitos anos que eu ficava na praia até depois das oito. Foi este o ano que voltou a acontecer.
Este lugar era especial.
Regressávamos ao hotel, a cerca de 8 km, e do quarto em frente ao mar, tinhamos o maravilhoso pôr-do-sol para ver e fotografar.
Gosto de ver a novela da SIC, embora passe um pouco tarde, deixo a gravar quando tenho de me levantar cedo no dia seguinte.
Ora, a propósito de uma fotografia e dos vários vídeos que recebi da sobrinha que anda a viajar com o marido e os filhos por Mato Grosso, agora pelo Pantanal, pensei que aquela onça que aparece na novela fosse alguma montagem, e que este felino estivesse em extinção. Mas estava enganada, não estão em extinção e viram várias. E soube que são as maiores do mundo.
Estavam fascinados com as onças, e eu vi-as no vídeo.
E como seria de esperar, a fotografia de uma delas.
Há dias, publiquei isto, tive um favorito, ninguém deixou qualquer sinal de que leu, talvez porque seja assunto desinteressante, que para mim não é, porque quando alguém precisa de mim, o pouco que posso ajudar, ou doar, faço com coração.
Não estou a condenar ninguém, mas um , uma , nos comentários, seriam suficientes para deixarem-me feliz.
Sou pessoa de ajudar quando acredito em quem pede ajuda para ajudar as pessoas com grandes dificuldades e/ou problemas familiares graves.
E mesmo que digam que pode ser manipulação, e se eu tiver contribuido, penso: " ajudei. se foi mal aplicado, a consciência há-de doer a quem se aproveitou de nós"
Hoje de manhã, estava numa cavaqueira com a minha irmã, ela tinha o televisor sintonizado na Rádio Comercial, e de repente chamou-me a atenção a voz que falava num pedido de ajuda, e que me pareceu ter a ver com este.
Mas não. Quando ouvi o nome Gustavo Carona, e o pedido que fez nas redes sociais, ao mesmo tempo que desafiavam os ouvintes a contribuirem para atingirem o valor, 50 000€, tendo como tempo limite as 11h00, contei à minha irmã o que se passava.
Fui à página do Instagram do médico, e na bio o valor ultrapassava os 20 000€.
Às 10h30, quando lá voltei, tinha atingido o valor desejado. E as doações entravam.
Por volta das 13h00 o Gofundme registava mais de 60 000€.
Faltam as transferências bancárias, o meio que usei para doar.
A sorte de alguém está mudada,
E há a desta jovem, que já está, também, a ser mudada, graças à Carmen, a mãe.imperfeita, que tem o coração do tamanho do mundo.