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cantinho da casa

cantinho da casa

"Eu gostaria de fazer um alertar para um tema controverso..."

Sou pouco facebookiana, continuo a manter a minha página porque tenho lá alguns bons amigos,e porque o contacto deste desafio ( ainda activo)  é feito por lá.

Hoje, fui informar que o livro  do mês foi enviado para o correio,encontrei nesta página ,este texto que despertou a minha atenção.

Costumo acompanhar um familiar à terapia numa clínica de fisioterapia,na Maia, clínica essa frequentada por crianças com síndromes,sem síndromes, jovens, idosos, qualquer pessoa que precise de recuperação.Pessoas que vêm  dos vários cantos do país, e do outro lado da fronteira.

E é neste lugar especial que dou conta das muitas crianças com necessidades físicas ( cognitivas) especiais. Entendo o quanto é importante integrá-las e serem aceites pelos outros, nomeadamente pelos adultos.

Muitas foram as vezes que lá entrei e apeteceu-me fugir por ver o sofrimento das crianças E o que leva os pais a procurarem este tipo de fisioterapia, e digam e/ou pensem o que quiserem mas  estas alternativas são fundamentais para estas crianças. Falo porque sei. Ando lá há dois anos.

Então, decidi partilhar este texto convosco, para vos dizer que a minha experiência nestas idas à Maia têm sido fundamentais para perceber o quanto é urgente e importante integrar as crianças com necessidades especiais com as outras crianças,quer seja na escola,quer no parque infantil,nas actividades de fim de semana com os  pais, nas festas dos amigos da escola, nos tempos livres.

E todos sabemos que estas crianças, no que se refere à brincadeira, à música, à natação,são mais extrovertidas,são únicas. 

Cabe a nós,adultos, aos pais, aos educadores, a missão de  explicarem aos seus filhos, sobrinhos, netos, sobrinhos netos,que estas crianças têm algumas diferenças e que precisam de conviver,de brincar,de serem aceites por todos.

Ah! E são crianças que dão muito amor aos outros.

da página do FB deste senhor, o texto:

Eu gostaria de fazer um alertar para um tema controverso...
Se os teus filhos não convivem com crianças com necessidades especiais na escola e nunca os ensinaram que nem todos são iguais, talvez devas investir 10 minutos hoje à noite para lhes explicar isso, porque, embora eles possam não conviver atualmente com essas crianças na escola, eles certamente vão encontrá-los nas suas vidas no futuro.
À luz dos eventos frequentes sobre a exclusão de crianças com autismo de participar em viagens escolares e de crianças com Síndrome de Down serem expulsas das aulas de dança porque não conseguiam acompanhar o ritmo, sinto a necessidade de compartilhar isto. Há meninos e meninas que ninguém convida para festas de aniversário. Existem crianças que querem pertencer a uma equipe, mas não são selecionadas porque é mais importante vencer do que incluir essas crianças. Crianças com necessidades especiais não são esquisitas ou estranhas, elas só querem o que todos os outros querem: serem aceites!
Estás disposto a copiar e colar este post no teu mural sem compartilhá-la, como eu fiz, por todas as crianças especiais por aí?
❤️💜🧡💛💚💙🖤
Por favor, ensinem os vossos filhos a tratarem de igual forma todas as crianças! Todos precisamos de amor e bondade...
 

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Quem me ler e quiser partilhar na vossa página do FB ou nos vossos blogues, fico grata.

 

"é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança"

dizem, " até que essa criança tenha necessidades especiais. Esse é o limite"

No fim de semana passado, pediram-me para ver o vídeo abaixo.

Quando li o título, fiquei de coração apertado, sabia que escutaria um discurso muito, muito sensível e que nem todos os pais querem ouvir e aceitar.

Sei de pais e mães que ignoram que o seu filho seja uma criança especial.

Também conheço eles, os homens pais, que fazem tudo pelos seus filhos, que se sacrificam para lhes dar a qualidade de vida que merecem, independentemente de as suas crianças terem um síndrome,  atraso de desenvolvimento, ou simplesmente porque são apáticas, ou hiperactivas, procuram ajuda e informação para que  as terapias necessárias as preparem para o futuro, limitado ou não, e que este seja risonho e igual ao das outras crianças "normais".

Mas também sei, e conheço, eles, os homens pais, que minorizam ou ignoram as dificudades das suas crianças, saem de cena quando percebem que elas são especiais, que precisam de terapias, paciência, resiliência, atenção e muito, muito carinho.

E deixam-nas  a elas, as mulheres, sozinhas.

Há algum tempo, uma amiga minha, que vive no Brasil, contou-me que o marido de uma sua amiga a deixou quando foi diagnosticado ao filho um PEA ( Perturbação do Espectro Austista).

Sozinha, viu-se confrontada com um eterno problema, que nunca imaginaria fosse ter, entregou-se ao filho com todo o amor, procurando ajuda e as pessoas competentes para aprender a interagir com o seu filho.

Há muitas crianças com doenças raras que, desde cedo, têm as terapias necessárias para que possam crescer e desenvolver a autonomia, interagir com as outras crianças; nas creches, nos jardins de infância, mais tarde na escola. Outras há que não têm acesso a nada, por desconhecimento dos pais (ou porque estes não querem aceitar /ver que a sua criança é especial), ou por questões económicas que não lhes permitem recorrer às clínicas privadas, estas capazes de responder às necessidades das crianças e que os hospitais públicos não conseguem, por vezes, por falta de técnicos, e sobretudo porque não aproveitam a logística que têm à sua disposição, raramente usada, porque o tempo para cada criança é limitado.

É esta a solidão das mães especiais.