"Down dog"
Já referi várias vezes neste cantinho que pratico, duas vezes por semana, Pilates e Body Balance, atividades que gosto, libertam-me de stress e ensinam-me a controlar a respiração e a postura do corpo.
Na primeira trabalhamos, essencialmente, a respiração e a postura; na segunda, uma combinação de Ioga, Pilates e Tai Chi, trabalhamos a coordenação, a flexibilidade, a postura, a respiração e o alongamento do corpo, exigindo concentração da nossa mente.
Em setembro passado fui vítima de uma queda que me fez interromper as minhas atividades por dois meses.
Comecei com hidroginástica, que não exigia grandes movimentos do pulso e regressei às outras atividades cerca de três meses depois, quando tinha autorização médica para fazer todo o género de exercícios que , segundo o mesmo, obrigasse o pulso a trabalhar.
Seis meses depois, ainda tenho alguma dificuldade em apoiar a mão direita no chão. Em Body Balance, um dos exercícios que mais me custa fazer é na posição de downward dog, ou down dog, para os professores, quando a perna direita está dobrada, junto ao braço direito, e tenho de levantar a perna esquerda, imprimir força e levá-la até junto do braço esquerdo. Esse movimento de levantamento da perna obriga-me a fazer força na mão direita, contra o chão, para que a perna fique posicionada. Sinto algum desconforto, recorro à opção que é mais confortável: apoiar o joelho no chão, junto ao braço e levantar-me.
Com a perna direita isso não acontece porque a força vai para a mão esquerda.
Mas ontem, à hora do almoço, aconteceu algo que me pôs danada contra mim própria (sou sempre a mesma distraída e as coisas acontecem).
Ligo o computador, entro na página do Sapo e leio a notícia da queda do avião da Germanwings.
Reparo que era hora das notícias (que só vejo ao jantar), vou ligá-la, pego no comando e movimento-me para trás, sem me lembrar que tinha a mesinha da sala atrás de mim. Vou contra ela e caio de costas, batendo em cheio com o pulso esquerdo no chão. E que dores!
Fiquei assustada: " Raios, era o que me faltava ter partido o direito, vai ser agora o esquerdo!" comentei com os meus botões.
Não consegui levantar-me porque tinha de apoiar a mão direita no chão, arrastei-me até ao sofá, apoiei o braço nele e levantei-me, indo de imediato buscar gelo para pôr no pulso que estava inchado e doía-me bastante. Depois, fiz uma massagem com Voltaren e a coisa passou.
Hoje de manhã, fui à aula de Pilates. Um dos exercícios consta em posicionarmo-nos de 4, fazer força com as mãos contra o chão e, à vez, levantamos a perna e o braço contrário.
E o que aconteceu? As minhas duas mãos, à vez, não suportaram a força que tinha de imprimir e aguentei poucos segundos nesta posição. O meu corpo tremia com o esforço que fiz para me manter em equilíbrio.
Mas aprendi que, quando temos dificuldade em apoiar as mãos no chão, devemos fazê-lo com os punhos fechados, pois facilita a execução do exercício.
Entretanto, já tinha pensado comprar protetores de pulsos e verificar se as minhas mãos suportam a força dos exercícios, mas esqueço-me de os comprar.
No sábado tenho consulta de ortopedia, vou pedir conselho ao médico para o uso deles.