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cantinho da casa

cantinho da casa

coisas desta sexta-feira

Sexta-feira é o dia de levar o sobrinho neto ao colégio.

Deixei o menino no colégio, fui às compras ao supermercado Froiz, sito, no Retail Center. É um supermercado que não há no centro da cidade, ficam os dois nos arredores. Gosto da limpoeza, do atendimento, dos produtos deste supermercado.

Caíam uns pingos de chuva que deram para molhar  a estrada e o carro, mas nada demais.

Feitas as compras, liguei a ignição, e de repente, vi um fumegar que vinha de cima do capot. Fiquei logo alerta.

Desliguei a ignição. Pensei que se saísse da grelha poderia ser do depósito da água, mas também pensei que seria condensação devido à chuva.

Não cheirava a queimado, a temperatura estava normal, mas o fumegar continuava.

Abri o capot, estava tudo normal, reparei que um tubo canelado tinha um fissura, isto é, estava rompido.

Não pensei mais. Liguei para a oficina, expliquei o que se passava, disseram-me que não podiam ver o carro, estavam com muito trabalho, que chamasse o reboque que levaria o carro para lá.

Quando chegou o reboque, e foi muito rápido, o senhor foi ver o carro e disse que era normal aquele tubo estar rompido, que o problema não era dali, que de certeza que precisava de água. 

Eu respondi que o carro tinha estado na oficina há pouco tempo, que o carro tem muitos anos e nunca fui eu que tratei de pôr água, sempre  deixei que a oficina se encarregasse de tudo.

O carro foi embora, e fiquei ali, sozinha, longe de casa.

A sobrinha queria ir buscar-me, mas eu disse que não viesse, que pediria um táxi.

Entretanto, não tinha o número de táxis, fui a pé, com as compras, até perto do Braga Parque, lá poderia apanhar um táxi.

A cerca de 200m do centro comercial, reparei numa paragem de autocarro, vi o  horário, vi que passa perto de casa...mas era no senttido inverso.

De repente, vem o autocarro, parou, perguntei para onde ia: " avenida central",respondeu o motorista.

Meti-me no autocarro, saí na primeira paragem desta avenida que ficaa cerca de 400m de casa.

Saco das compras( qb pesado) num braço, de x em x minutos passava para o outro, desde a entrada no autocarro até chegar a casa, foram dez minutos. 

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Ouvi na rádio do carro que vem uma vaga de calor para o início da semana,  mas as noites serão frescas ( tinha de ser, ainda é cedo para as noite quentes).

"um tempo excelente para ir até à praia" , comentei.

Se não fosse a gata, que não sai de casa, e o colégio do menino, alugava uma casa e passávamos um mês ou dois por lá ( a casa da sobrinha está  alugada até abril, senão ia de  borla).

Com a proibição de sair do concelho, não arrisco, o que me deixa desanimada. Também pensei ir durante a semana, mas receio que a polícia ande  a jeito.

Eu não desobedeço às regras de emergência e do" fique em casa", mas não falta quem o faça e tem uma sorte do caraças.

E eu tenho saudades da praia, daquele  pinhal, dos almoços na varanda, de ouvir os pássaros,de andar a brincar com o sobrinho neto junto à piscina, no escorrega, pelo meio dos pinheiros,da floresta encantada dos meus sobrinhos netosque estão longe do país.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

confinamento ao fim de semana

faz, quem tem negócio, o que pode para não perder dinheiro.

fui a pé ao cemitério, de manhã, no regresso estava perto do cabeleireiro, decidi passar lá e marcar tratamento para a próxima semana.

entretanto,lembrei-me de perguntar até que horas está aberto ao sábado de tarde,respondeu-me que está fechado.

achei estranho, sei que costuma trabalhar quando tem marcações.

de repente,lembrei-me que nos fins de semana de confinamento, é obrigatório fechar às 13 horas.

o meu sobrinho neto precisa de cortar o cabelo, mas  levá-lo a pé demora tempo,fica distante de casa, ir de carro é difícil conseguir estacionamento, é o sábado de tarde o ideal.

e diz-me ela: " agora, fechamos ao sábado de tarde, mas abrimos ao domingo de manhã, e à segunda-feira,que tinhamos o nosso dia de descanso, vamos abrir o salão, precisamos de recuperar estes dias sem trabalhar."

é grande o esforço e o sacrifício, abdica-se de tudo, quem precisa de sustentar afamília.

e a prioridade aos idosos?!

Agora que estamos em casa, ligo a televisão para estar a par das notícias.

De  manhã, na SIC Notícias, no Opinião Pública, uma senhora de 80 anos falava ao telefone.Vive sozinha, vive num prédio onde não tem ajuda de ninguém, o seu vizinho fechou-se em casa, usa canadianas para se movimentar.

Um dia destes, foi ao Pingo Doce, em frente a sua casa, a fila era grande, e pensando que teria prioridade, e tendo recorrido ao facto de ser idosa, foi-lhe rejeitada ( não foi dito se foi alguém do supermercado que não lhe deu prioridade ou quem estava à frente na fila)  tinha de ir para o fim da fila.

Com as dificuldades que tem de estar de pé,  à espera da vez, decidiu ir para casa.

O seu telefonema para a SIC era no sentido de pedir auxílio.

Fiquei zangada com o que ouvi.

Fosse eu que estivesse na fila,  e nem que tivesse de discutir com as pessoas ou com quem estivesse a controlar a entrada, tenho a certeza que a senhora entraria, e pediria à primeira pessoa da fila que ajudasse a senhora a fazer as compras.

E à saída,eu iria ajudá-la levá-las a casa.

Tanta solidariedade e na hora de aflição, as pessoas tornam-se egoístas.

Que tristeza.