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cantinho da casa

cantinho da casa

o sonho

Conheço um senhor brasileiro, com raízes portuguesas.

Veio para Portugal à procura do sonho de uma vida melhor e mais tranquila.

Está cá há cerca de seis meses e ainda não conseguiu emprego.

Foi um problema ter a carta de condução, mas está resolvido.

Uma altura, em conversa sobre as eleições no Brasil, disse-me que se o Lula ganhasse, e por muito pouco, os brasileiros iam dividir-se e o mais provável seria  uma guerra civil.

Lula ganhou.

Os bolsonaristas  estão revoltados, não aceitam o vencedor.

O senhor brasileiro disse-me, nessa conversa, que se houver "guerra" regressa ao Brasil e vai lutar.

E com esta declaração fiquei a saber que ele é apoiante de Bolsonaro.

Há algum tempo que não o vejo, não sei como está a vida dele por cá.

Só a minha amiga MA sabe pormenores.

 

 

foi perdedor, mas vencedor

ficou em terceiro lugar, por muito pouco de passar Ana Gomes.

Mas ganhou votos, muitos votos de quem não se esperava 

E o seu discurso foi nojento, como os discursos de Bolsonaro.

Os olhos brilhantes de felicidade de, segundo palavras suas,  ter recebido mensagens de congratulação  de vários cantos da Europa e do mundo.

E evoca, e evocou, o nome de Deus em vão.

Preparemo-nos para o futuro.

VERGONHA!

 

Os olhos postos em...

Todo o mundo com os outros olhos postos nos EUA, mas os meus estão  mais preocupados com os números de hoje da COVID 19, não esperava que de ontem para hoje subisse mais do dobro.

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Imagens do Instagram do Sapo

 

Fui , hoje, ao ginásio, fiz a aula com máscara, uma senhora que estava atrás de mim também usou.

Com este pico, e que vai continuar a subir, vou pensar seriamente se voltarei ao ginásio .

Tenho muito receio, já não confio em ninguém.

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Hoje, é o aniversário da minha sobrinha, mãe do "meu menino" .

Não há festa.

Fiz um bolo de bolacha (esqueci as velas) vamos buscar o menino ao colégio e lanchamos juntas.

Depois, vão jantar a casa do pai/avô. Só eles.

Estranhos dias, estranho ano, estranho mundo.

 

"tenho de escrever o meu nome?"

Às 13h fui votar.

Na minha secção a fila era pequena, contrariamente ao que aconteceu nas última eleições. Talvez porque decidi ir mais tarde, depois do ginásio.

De repente, já estava eu dentro da sala,  surge da cabine de voto o rosto de uma senhora, nos seus 70 e muitos, que pergunta:

" Tenho de escrever o meu nome ou só devo pôr a cruz?"

Os membros da mesa não ouviram a pergunta, respondi eu imediatamente: " Só a cruz".

" Ah, está bem", respondeu.

Olhei para a fila atrás de mim. Todos sorriram.

Comentei com o meu decote: " Não quero acreditar no que ouvi!  Como é possível a senhora fazer uma pergunta destas?! Será que nunca votou? Estará esquecida de como se vota?"

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já votei!

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À entrada da escola, muitos eleitores juntavam-se, cumprimentavam-se, procuravam a sala onde tinham de votar.

Nunca em tantos anos que fui votar, vi a  minha secção de voto com fila de espera. O normal seria esperar cinco minutos.

A antiga escola não existe, é agora, no mesmo espaço, uma escola  nova, com boas condições, percebe-se melhor, penso eu, ou  talvez por que juntaram as  freguesias, e vendo os corredores cheios, grande afluência às urnas.

Hoje, contrariamente ao habitual, estive 25 minutos à espera de colocar a cruz naquele quadradinho pequeno, mas cheio de signigificado para o país.

Só não vi, que me lembre, e pela primeira vez, a menina (o) que pedia o voto sondagem à boca das urnas.

Posso estar enganada com o que vi, mas acredito que as pessoas, desta vez, apesar do tempo péssimo que está, estão conscientes que hoje é um dia importante para decidirem o estado da nação.

 

 

o dia de votar

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A partir do dia que fiz 18 anos, sempre estive presente na 1ª secção de voto da freguesia que pertenço e  achuva ou calor  nunca me impediram de estar presente.

Por cá,  está um tempo péssimo. A chuva e as rajadas de vento fortíssimas poderão acomodar quem estava na dúvida de se deslocar às assembleias de voto

A meteorologia convida os cépticos a ficarem na cama, no sofá, na preguiça do lar. Mas não se esqueçam, até às 19 horas o vosso voto precisa de entrar na urna.

Quem lá está para vos receber espera com muita paciência...por que o voto é um direito e um dever.