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cantinho da casa

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o preço dos medicamentos

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Se pudesse evitá-los, seria óptimo, não sendo possível, devo aceitar o  que médica(o) aconselha ou decide que tenho de tomar.

Ano passado, fiz uma densitometria óssea, a médica de família aconselhou-me tomar um medicamento para a osteoporose. O médico fisiatra dizia que é tudo treta, que não tomasse, que faço exercício fisíco, deixou-me ainda mais indecisa se havia de tomar ou não, dei um tempo até à consulta de ginecologia e pedir conselho à jovem médica, em quem confio. Aconselhou-me a tomar a medicação pelo menos durante 2 anos. Com acesso à ficha, passou-me nova receita de tudo o que tomo actualmente, e vários exames que devia fazer, ou seja, um check up ( colonoscopia, endoscopia).

Feitos os exames, voltei à consulta, há cerca de 15 dias, falamos deles. Queixei-me da dor na anca e da minha ida à urgência, que o ortopedista disse que a dor que sinto não lhe parecer nada relacionado com esta especialidade (os exames assim o disseram), prescreveu as ecografias ginecológia, bexiga e partes moles ( fiz hoje) para tirar dúvidas.

Com a receita por aviar, eis que um dia da semana passada, volto a verificar os encargos mínimos dos medicamentos, escrevi sobre o assunto aqui, de repente, observo o fundo da página, que nunca lera, reparei que tem um link para o site do Infarmed onde se pode verificar o preço dos medicamentos.

Ora qual não foi o meu espanto, descubro que a farmácia habitual vende-me o medicamento ( o que tenho de tomar durante 2 anos) mais caro, numa lista de 20 com a mesma composição.

Foi o mote para comparar o valor que  pago de todos os medicamentos que preciso, e que são rotina há anos.

O que acontece é que antes de as prescrições passarem a ser informatizadas, o  médico escrevia o nome do medicamento, seguido da  sua composição, a farmácia aviava-o pelo nome, excepcionalmente o genérico, ou de outro laboratório, se não tivessem o prescrito.

Agora, são poucos os que trazem o nome, as receitas são prescritas com o nome da substância, vai-se à farmácia que, salvo raras excepções, pergunta ao utente se quer o mais barato, vende o mais caro.

O "meu"  medicamento tem o PVP de 18 euros. Com a comparticipação fica por 11,20 euros, uma caixa dá para 4 semanas, é tomado um por semana,  na última receita trouxe as caixas prescritas, não necessito para já de mais.

Voltando ao assunto Infarmed, entrei no site em pesquisa de medicamentos, bastou-me escrever o nome  da substância, abriu-se uma lista de medicamentos com as mesmas características e cujo valor aparece por ordem crescente.

Fiquei de queixo caído.

O medicamento que me fornecem na farmácia é o último da lista, o mais caro de todos.

Tomei nota na receita os vários nomes de medicamentos para pedir na  farmácia um dos mais baratos.

Fui hoje aviar uma parte, devido à validade da prescrição, deixei o acima referido para mais tarde porque tenho para um mês e a sua validade vai até Julho.

Entregue a prescrição, o funcionário da farmácia repara nos nomes dos medicamentos que tirei do site do Infarmed, e o que não preciso para já, pergunta-me qual deles quero.

Respondi que esse ficará para o próximo mês, queria uma caixa da Sinvastatina e as duas do outro porque ao pravo de validade  acaba início do mês de Fevereiro.

Mostrou ter ficado chateado, e sou cliente da farmácia há anos, perguntou com alguma arrogância, que Sinvastatina queria.

Respondi que não sabia visto que já levei de vários laboratórios, que me desse uma delas ( o preço não é alto, embora já tivesse pago mais de 2 euros).

Pediu-me o cartão de cliente, veria na ficha a última que trouxera.

Já em casa, verifico a  factura. A Sinvastatina que trouxe é a que vem com o valor indicado na prescrição, 1,74 euros.

Então, a partir de agora, sempre que tiver de comprar medicação, e antes de aviar a receita, procuro neste site, os nomes dos mais baratos.  Não mais me levam por lorpa.

Andamos alheios a muita coisa neste país, damos mais importância às coisinhas que são notícia explosiva, aos  comentários estúpidos nas redes sociais, esquecemos que pagamos impostos, temos deveres, mas também direitos. Darem-nos a possibilidade de escolher entre vários produtos iguais ou semelhantes o que queremos,  é um dever cívico.

E o preço dos medicamentos é dose!