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cantinho da casa

cantinho da casa

água é fonte de vida

 

A falta de água é uma ameaça.

Com a falta de água e as chuvas torrenciais que leva a cheias, devemos arranjar soluções rápidas como, entre muitas:

-reflorestar as margens dos rios;

-evitar desperdício;

-utilizar de forma consciente a água que gastamos no dia-a-dia;

-tratar os esgotos.

Verifico que quem mais água desperdiça são as Câmaras.

As torneiras do cemitério desta cidade são do pior material que há, isto é, os seus componentes são tão fracos que a água sai a jorros, e quando há vento espalha-se por todo o lado.

É preciso "fazer jogadas" para que ela caia fluída para dentro do regador.

Substituir o vedante, quase sempre é a solução.

Esquecem-se que todos pagamos a água que gastamos e a que eles desperdiçam.

 

" Roupa dos Brancos Mortos"

A reportagem que passou no Jornal da Noite da SIC, de ontem, fez-me repensar o modo como tratamos o que não usamos:

Cerca de 70% da roupa que doamos para caridade e depositamos nos contentores acaba em África. O mercado de roupa em segunda mão é antigo e pode até ser visto como sustentável. Mas a falta de qualidade da chamada fast fashion e a quantidade de roupa que consumimos criou um gigantesco problema ambiental e social.

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Não é segredo para ninguém que apenas uma parte da roupa doada é escolhida para agasalhar os pobres e despojados. A maioria é exportada, entrando assim na indústria mundial do mercado de roupa em segunda mão.

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fotos SIC

Reconheço que em tempos comprava roupa fast fashion, que gostava, não tirava as etiquetas até decidir se vestiria a peça, e caso achasse que afinal não queria, devolvia, trocava por outra.

Ou então, se a usava naquela estação, e no ano seguinte não gostava dela, ou não tinha nada a ver comigo, dava-a.

Compro peças de boa qualidade, que duram uma vida, que vou usando conforme a vontade de vestir ou não nessa estação. Até porque fico mais esquisita à medida que os anos passam, e usar  hoje o que usei em tempos, não quero, sobretudo quando a peça foi moda naquele ano e já não interessa mais.

Então, separo o que está utilizável para dar a alguém, que sei que vai usá-la, ou deixo no contentor de roupa, ou entrego no colégio que o meu sobrinho neto frequenta, e que é encaminhada para uma instituição de solidariedade..

Há dois anos que ando na onda das t-shirts, compro-as de marca, na feira, ou em lojas fast fashion que, mesmo que use só na época, sei que no ano seguinte, se não as vestir, uso-as em casa.

As que estão fracas,  fico sem saber o  que fazer porque acho que pô-las no contentor é deixar o velho ou rompido para as pessoas necessitadas, e isso não é correcto, mas também não tenho coragem de as pôr no lixo. Assim como o calçado em pele que estava guardado, a pensar  que na época seguinte iria usá-lo, finalmente perdemos o amor por eles foram  os  sacos de botas e sapatos de salto alto, meus e da minha irmã, para o contentor.

Ficaram umas sandálias novas, que estão no saco de roupa que vou dar a uma jovem brasileira a quem vendi um sofá, no ano passado, e que merece tudo o que  está em bom estado.

Ora, depois de ver o programa de ontem, fiquei a pensar nas t-shirts usadas que não quero pôr no lixo nem no contentor, mas que merecem ser reutilizadas. 

Gasto muitos discos desmaquilhantes, que vão para o lixo depois de usados, há muito que pensara  cortá-las para esse fim, mas às vezes a preguiça ultrapassa a vontade de pôr mãos-à-obra, deixava para depois.

Hoje foi o dia de pegar numa delas e cortar.

Verei o resultado, logo que as coser à mão.

 

o champô sólido

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quando li este  post  do blogue da Rute, fiquei curiosa em  experimentar  o champô sólido ,também com o objectivo de respeitar o ambiente, usando o mínimo de plástico possível, fui na onda e comprei.

Achei caro, partindo do princípio que não iria  ter a durabilidade dos outros champôs.

Após cada utilização guardava-o numa caixa de plástico para que não secasse.

Gostei do resultado nas primeiras lavagens.

O que não gostei neste champõ foi que, com o uso, desfazia-se nas mãos, ficava melado e em pedaços, desperdiçava produto, achava que o cabelo não ficava como  antes.

Chegou a hora de comprar novo champô, estava indecisa entre continuar com este ou voltar ao líquido. Depois de várias idas à loja de produtos capilares e ver as marcas, optei pela embalagem mais pequena do champô líquido da marca que uso há anos.

Pensei na Lush, para experimentar o sólido, mas  não há a loja ( já houve)  na cidade.

 

as faturas em papel vão deixar de existir

alguns hipermercados já fornecem via e-mail ou pela aplicação, vou aderir de bom grado.

Fico farta de tanto papel.

E o mesmo devia ser aplicado aos cupões de promoções que enviam para nossas casas, a maioria das vezes utilizáveis numa data longa,  grande parte dos produtos eu não gasto, guardo-os na gaveta, nunca mais me lembro deles. Além disso, há uma máquina na entrada do super e hipermercado que lê o cartão e nos dá a conhecer se temos alguma promoção, evita-se imprimir papel à toa caso não tenhamos nada.

Fico farta do desperdício de papel e plástico que os supermercados e hipermercados nos dão.

Ontem, comprei petingas. Poucas, porque só eu como. E comprei pescada.

Quando cheguei a casa, fiquei de boca aberta.

As  poucas petingas vinham numa grande caixa de plástico e esta dentro de um saco de plástico.

As pescadas, que vinham num saco de plástico, poderiam vir acondicionadas na embalagem das petingas.

Se tivesse prestado atenção, teria dito à funcionária que não usasse a caixa, mas os sacos de plástico.

Os supermercados e hipermercados são os maiores desperdiçadores de plástico.

A minha forma de poupar, quando vou ao mercado de rua de frutas e legumes, é pôr tudo num ou dois sacos. Na hora de pagar, separo tudo em cima do balcão da caixa registadora, o funcionário pesa, à vez, os produtos e eu volto a juntá-los no saco.
Óbvio que não misturo os morangos com as batatas ou cebolas e cenouras.
No mercado municipal, as vendedoras conhecem o meu sistema de poupança, já me disseram que todos deviam fazer o mesmo que eu.

Há  bastante tempo que reparo que não se vêem os folhetos das promoções que os supermercados deixavam nas nossas caixas de correio, a maioriria das vezes espalhadas no primeiro vão das escadas.  Aqui no prédio ninguém os levava para casa, sempre fui eu que os recolhi e levava-os para o ecoponto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

os prazos de validade

Sempre que vou às compras, tenho atenção aos prazos de validade, sobretudo dos lacticínios.

A manteiga é um dos produtos que menos gasto cá em casa, logo, quando a compro, faço as contas ao tempo que poderei gastá-la dentro do prazo, ou até uma ou duas semanas depois da validade, e porque gosto de a ter no frigorífico para alguma emergência à falta de margarina para algum bolo ou cozinhado.

O que acontece é que a maioria das vezes que ponho manteiga no pão, uso a Mimosa ou a Matinal, é quando faço torradas ou apetece-me aquecê-lo um pouco.

Quando os sobrinhos andavam no 1º ciclo, e mais tarde no secundário, nas escolas aqui da zona, almoçavam  comigo, por vezes comiam manteiga com pão e não pão com manteiga, ela gastava-se rapidamente.

Agora, são inúmeras as vezes que, quando me lembro de ver o prazo de validade, como foi o caso desta última embalagem, chega a passar um mês e, como é óbvio, vai para o lixo. 

Um produto que compro de longe a longe é a massa folhada, que adoro. Tenho o cuidado de ver o prazo, mais uma vez faço contas ao tempo que poderei cozinhá-la, compro normalmente duas embalagens.

Nas férias de Natal, a Sofia almoçou comigo,usei uma das embalagens. Sabia que deveria cozinhar a outra o mais breve possível, mas mesmo que passasse uns dias da validade, não havia nada a temer.

Hoje, pensei fazer  um prato  de massa folhada com bacalhau e espinafres ( adoro este legume) com molho bechamél ( que faço na hora).

Quando a tirei do frigorífico, reparei que o prazo de validade acabara há 9 dias. Não me preocupei, visto que há produtos que se aguentam por mais uma ou duas semanas, não estava empolada, nada a temer, pensei.

Abrindo a embalagem para estender a massa, esta rachou em várias partes. Não me recordo de alguma vez  ter acontecido isto, vim procurar na net. Mas não encontrei nada que me fizesse entender que o facto de ela rachar fosse sinal de estragada.

Continuei o meu cozinhado e quando decido pôr o recheio na massa, peguei nela, cheirei-a. Parecia-me boa. Virei-a, volto a cheirar e, dedididamente: " vai para o lixo!"

Amassei-a entre as minhas mãos e, infelizmente, deitei-a para o lixo, ao mesmo tempo que comentava para o meu decote: " Isto não pode ser, Maria. Tu não és mulher de desperdiçar nada. Tens de ter cuidado com o que compras. Em vez de comprar duas, compras uma. Se precisares de alguma coisa urgente, tens um supermercado à tua porta".

E o que fiz com o recheio?

Cobri a travessa de pirex com molho béchamel, coloquei o refogado de espinafres e as lascas de bacalhau em cima desse molho, pus uma fatia de pão de mistua em cima do refogado, cobri-o com o restante molho, e foi ao forno.

Não gosto de encher o prato e detesto que me sirvam enchendo o prato de comida. Ponho no prato o suficiente, sirvo-me as vezes que me apetecer.

Comi tudo.

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Numa semana foram para o lixo, metade de uma embalagem de manteiga, os cogumelos acabados de comprar, ontem, e a massa folhada de hoje.

Não posso, nem devo, repetir isto.

Mas quando vem alguém a casa e quer manteiga e não tenho, sinto-me mal.

 

 

 

 

Sempre que almoço

na cantina da escola, dói-me ver a grande quantidade de comida que fica no prato, e que vai para o lixo, porque os meninos não gostam do peixe, da carne estufada, do arroz de feijão, de... Mas gostam de gastar dinheiro em bolos, lanches, sumos.

E a maioria deles tem subsídio escolar.

Dói-me imaginar que muitas crianças gostariam de comer o que estas deixam no prato.