ainda o meu vizinho
Faz amanhã um mês que escrevi este post
Desde esse dia que o comportamento doentio do meu vizinho tem vindo a piorar muito.
Todos os dias, à tarde, depois de dar o seu passeio pelo centro da cidade, e certamente comprar alguma coisa para comer, que entra em casa e é o descalabro.
Fala alto, diz as coisas mais descalabrosas, fala muito mal e para alguém que não existe dentro de casa; relata um jogo de futebol, porque ouço-o, tal e qual como se ouve na televisão, ou na rádio, falar em "passa a bola", e no, imagine-se, Palhinhas". Tudo proferido em voz alta, muitas das vezes o discurso é desorganizado e perturbador.
E muito mais diz que eu não percebo.
O silêncio no prédio é grande quando ele, aos berros, diz o que lhe vai na cabeça.
Depois, durante largos minutos, o que certamente passa além das paredes, que têm ouvidos, do andar do lado,coisas como: " maçonaria da meeerda", ou, " é o que é", ou palavras e frases em que a merda e o cu, são repetidas vezes sem fim, e obriga esse alguém que não existe a repetir o que diz e a dizer:"ok? está ok?".
Um dos dias da semana passada esteve neste resgisto até às 23:30h.
Quando o meu irmão me disse para comprar uns auscultadores para não ouvir os berros dele, ou para abstrair-me de tudo, que não é fácil, porque tenho pena dele, passei a serenar um pouco e a partir do momento que percebi que ele está neste registo durante uma hora, àsvezes mais, sai de casa, e quando volta, reinicia a conversa, e que ele não passa disto. Nunca ouvi partir alguma coisa.
Também percebi que, durante os delírios, abre a porta de casa, limpa os pés no tapete, entra e fecha a porta, continuando aos berros.
As noites têm sido de descanso, e e as manhãs são serenas.
Tudo começa depois da hora do almoço, para já.
Neste momento em que escrevo este post, está a passar-se.