no parque
Há meses que não íamos ao parque.
Quando o sol decide dar o seu sorriso e a convidar-nos a sair de casa, dá nisto...
Enquanto a criança brincava, a tia avó fotografava as árvores e os aviões.
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Há meses que não íamos ao parque.
Quando o sol decide dar o seu sorriso e a convidar-nos a sair de casa, dá nisto...
Enquanto a criança brincava, a tia avó fotografava as árvores e os aviões.
que o próximo é de São João, a confusão vai ser muita, e as crianças devem divertir-se sem empurrões.
E como a minha intenção de ir para a noite de São João é zero, então, fomos os trêspara o parque das diversões.
No barco
Na montanha russa
No carrocel
Nos carros de choque ( ele adora!)
Domingo de manhã - Centro da cidade
Bombos e gigantones
Almoço: bifanas e as farturas, no Parque da Ponte
Capela de São João
Fomos para o coreto saltar, dançar, e tirar fotografias.
De tarde, depois da sesta dele.
P.S.:
As bifanas estavam boas.
Do lado oposto, estavam as farturas.
A sobrinha disse-nos que as farturas da Sandra eram muito boas.
Fui comprar apenas duas, com açúcar e canela.
Eu e a minha irmã não comemos.
A Sandra deu-me três.
Decidi comer uma.
A mana comeu metade de uma.
Soube-me muito, mas muito bem.
Há mais de 20 anos que não comia farturas.
Fim de semana para se divertir na montanha russa, nos carros de choque, no barco, no carrocel.
voltei aos Jardins do Mosteiro de Tibães.
que hoje é o Dia da Felicidade.
E felicidade é um sorriso no rosto de uma criança quando o adulto o deixa brincar na terra.
Tinha o parque infantil do outro lado da rua, mas viu este monte de terra das obras que se fazem nos passeios, e aqui ficou .
Quando a mãe chegou, o entretenimento continuou.
Imaginem a felicidade do miúdo, com a roupa, as mãos, as sapatilhas sujas de terra.
Ė disto que ele gosta.
Vi, de manhã muito cedo, porque acordei e não voltei a adormecer, no telemóvel, o doodle sobre Almada Negreiros,
e perguntei-me o que tinha a ver com Dia das Crianças, que seria normal um doodle sobre elas.
Mas no telemóvel abria-se a página da wikipédia, e tudo o que diz respeito a este grande escritor e pintor, cujas obras vi em exposição em Lisboa e no Porto
Liguei o pc e está aqui o título:
E porque hoje é o Dia das Crianças, um texto deste autor, sobre e para elas:
Almada Negreiros, in "O Regresso ou o Homem Sentado"
imagem daqui
continuo a bater na mesma tecla de que as crianças são as que mais saem prejudicadas deste confinamento.
O meu sobrinho neto é uma criança de rotinas. Desde bebé.
No colégio, tem actividades de música e ginástica, almoça pelas 11h30, 12h00, depois tem a sesta.
À tarde terá outras acividades lúdicas, a partir das 16h00 brinca com os colegas e as auxiliares.
Costumo ir buscá-lo pelas 17h00, damos um passeio pelo centro da cidade, ou trago-o para minha casa, brincamos os dois, a mãe vem ter connosco depois do teletrabalho ( desde Março de 2020 que assim é).
Se no primeiro confinamento foi complicado gerir o tempo do teletrabalho com a criança, e eu tive de gerir o meu para dar apoio à mãe, cuidando menino, este confinamente tem sido mais difícil para nós.
Umas vezes, vou para casa dela, brinco com o miúdo, ora no quarto dele, ora na sala onde a mãe trabalha. E lá estou eu a ouvir a conversa com os colegas de equipa, as reuniões, e a criança ouve a mãe a falar e tenta chamar a atenção para si.Ou pega nos carrinhos e vai brincar com eles na mesa onde a mãe trabalha.
E vou eu buscá-lo, ou chamo-o, para brincarmos, jogarmos à bola ( que ele adora),mas nem sempre está para me aturar.
E ontem foi um dia complicado. O tempo estava de chuva, não deu para sair com ele, andar no triciclo, desviá-lo da atenção que requer da mãe.
Então, fez de tudo o que uma criança faz quando está farta de estar em casa, de brincar com os brinquedos. E ele é criança para estar bastante tempo com os carrinhos, sem incomodar ninguém.
Depois, tem a televisão, que ajuda a entreter, mas cansa, também.
E tem as almofadas do sofá, que as atira para o chão, deita-se em cima delas, ou então sobe para o sofá e faz as piruetas inimagináveis para uma criança de três anos, desafiando-se e a quem está por perto.Ele é um menino de desafios. Gosta de fazer o mais difícil. Gosta mais disso de que fazer certas actividades, como desenhos.
Mas é uma criança tranquila, e meiga, e tem as suas horas de dormir.
Ontem, fartou-se de fazer corridas no corredor da casa, com o carrinho de brinquedos do Ikea. Primeiro com os brinquedos que lá estavam, depois sem nada. E ria-se, e dava o sinal de partida, emtrei na brincadeira dizendo: um,dois, treês. E advertindo-o para correr com calma.
Quando acaba o teletrabalho, a mãe dedica o tempo que tem até à hora do banho dele, e de jantar, para brincar ou fazer actividades com cartolina, ou desenhos, ou jogos.
Com aquela brincadeira da criança, que estava excitada de tanto correr, a mãe comentou comigo que à noite com certeza que ia cair na cama de sono com tanta brincadeira.
Por volta das 22h00, a mãe ligou-me , desesperada, porque o miúdo, que vai dormir por volta das 20h30, não adormecia. E que, de cada vez que ia ao quarto, e tentava adormecê-lo ( e ele é uma criança que se deita e adormece logo), e pensando que estava a dormir, ia para a sala porque queria trabalhar um pouco, ele acordava e choramingava, ou aparecia na sala a choramingar.
E isto aconteceu várias vezes, e no preciso momento que ela falava comigo.
E ela desabafava que já estava farta de confinamento, que isto é muito mau para as crianças, que só tem um e é complicado, quanto mais quem tem dois ou mais filhos, está em teletrabalho, e ainda tem de os ajudar nas aulas online.
E eu muito calada. Não sabia o que dizer, sinceramente. E ela sabe que estou do seu lado.
A minha sobrinha é grata pelo que lhe faço, eu sei. Mas há horas que são dela, outras que são minhas, e eu também fico cansada disto tudo.
Se todos pensassemos que temos de ser uns para os outros e se cumprissemos, o mínimo, as regras de higiene , a distância de segurança durante esta pandemia, certamente, não estaríamos tanto tempo confinados.
Quero ter esperança de que dentro de um mês estejamos a desconfinar, mesmo que faseado, e que os primeiros a saírem deste "buraco" sejam as crianças.
A ML, deixou-me a pensar por muito tempo com o comentário que escreveu neste post : "Não percebe e está a perder um ano da sua infância".
Tencionava cumprir o " fica em casa" e assim fiz toda a manhã.
Contudo, não estava bem sabendo que a sobrinha poderia estar em tele trabalho ,e com um menino que só quer atenção, provavelmente as coisas poderiam não estar a correr bem.
A criança costuma brincar com os carrinhos depressa se cansa e prefere brincar,por vezes,com tupperwares, caixas, e tudo o mais que não sejam os brinquedos.
Ora, depois do almoço, e sem ter qualquer contacto dela, saí( mora perto de minha casa) e fui ver como estavam as coisas.
Ainda bem que fui!
Ela interrompia constantemente o trabalho,ele queria atenção.
Arrumei os carrinhos espalhados pelo chão, brinquei um pouco com ele,até que decidi trazer o menino para minha casa.Ela preciava de se concentrar.
Brincámos os dois( a minha gata tem uns ciúmes loucos,miava, dei-lhe comida húmida para a tirar da sala), rimos muito porque lhe pedia que atirasse o urso de peluche ( o boneco que ele adora levar para a cama para adormecer) que ele o faz com mestria,o peluche ganha velocidade e cai em qualquer canto da sala,hábito que tem de o fazer onde quer que esteja: casa,carro,comboio.
Passou o dia depressa.
Evito sair de casa mas enquanto for possível ajudar nestas pequenas coisas,fá-lo-ei...Mas com muito cuidado.
E como se não chegasse o que aconteceu ontem, 4ª feira é o dia que tenho mais livre de compromissos, pelo que vou sempre por volta das 17:30h buscar o sobrinho neto ao colégio.
Chovia, seria melhor levar o carro. Meti a chave na ignição, o carro não deu sinal de si ( há cerca de três semanas fui jantar fora, quando fui levar a minha amiga a casa, parámos a conversar dentro do carro, quando pus o carro a trabalhar, tivemos de o empurrar para que ele pegasse e eu pudesse chegar a casa. Como desde então a bateria sempre funcionou, e hoje de manhã ainda fui ao ginásio, não o levei à oficina, teria de acontecer ), agora de tarde, bateria, Zero!
Pensei levar o carrinho dele, lembrei-me que o plástico ficou no carro do avô, impossível trazer o miúdo ao colo, são cerca de 15 minutos a pé.
Liguei para a mãe, que não atendeu.
Tomei a decisão de ir a pé até ao colégio, pediria um táxi que nos traria a casa.
E assim foi.
Quando pedi ao taxista para parar o carro em frente ao portão que dá acesso às garagens do prédio, ele não o fez, deixou-se estar na via, depressa dei-lhe o dinheiro para pagar e no mometo que me entregava o troco, ouviram-se os carros atrás de nós a buzinar insistentemente.
O taxista disse: "Não se preocupe, eu não tenho pressa, deixe-os buzinar".
Os condutores insistiam nas buzinas, até que eu saí do carro com o menino, o guarda-chuva ( que estorvava demais) e a carteira.
O taxista seguiu rua abaixo e quando passei à frente do primeiro carro e pedi calma, que tinha uma criança ( dois anos) ao colo.
O gajo (desculpem, mas é assim que merece ser tratado) gesticulava para mim, mete a primeira e segue rua abaixo, eis que no carro atrás daquele, uma mulher ( gaja) manda uma buzinadela, baixa o vidro, olho para ela que e diz " Tenha calma, não! Há lugares para estacionar, por que é que ele não estacionou lá?"
Virei as costas, não lhe respondi, não valia a pena dar conversa a gente desesperada.
Isto aconteceu no máximo dois minutos.
Eles até tinham razão,não custava nada o taxista estacionar nos lugares vagos,mas quando me viram com a criança ao colo não deviam ter resmungado comigo. Mas também não fiquei muito incomodada, porque foi rápido.
Ora de manhã, a confusão de trânsito aqui na rua é demais. Há uma escola do primeiro ciclo, a rua é estreita, muitas vezes os pais deixam os carros em frente aos portões dos prédios, vão deixar os filhos na entrada da escola e, no meu caso, sou obrigada a esperar que venham tirar o carro para eu sair. E não resmungo.
Quando vou ao ginásio, levanto-me mais cedo para evitar este pára, arranca, na rua.
Estes chicos-espertos que resmungaram comigo, hoje, são pessoas que trabalham aqui na zona ( CTT, Finanças, Registo, Hospital, Escola Secundária) sabem que esta rua tem horas de trânsito lento na entrada e saída das crianças da escola, porque diabo foram protestar comigo.
Oh, gente impaciente!
Fico grata por ter cinco sobrinhos netos, e embora dois os veja uma vez por ano, outros dois vêm no Natal e no verõ férias, o mais novo, o bebé, tenho o prazer de estar com ele diariamente.
Hoje, o F, 4 anos, um menino muito malando e meigo, no seu brasileiro bem carioca, que nos faz rir, lavava as mãos, e com a expressão sorridente e meiga que faz, diz-me:
- Não sei si vou suportar ir para o Brasiu, tia L.
—Porquê?— perguntei.
— Porque no Brasiu faz muito calor e eu não vou suportar.
— Gostas mais do frio de Portugal?
— Sim. Gosto mais do frio.
— Mas F, a próxima vez que vieres de férias vai estar calor em Portugal.
— Mas eu não sei se vou suportar,— repetiu.
Estas férias de Natal foram espectaculares para eles ( na próxima semana regressam a casa), o tempo esteve, e está, bom, foram poucos os dias que estiveram cá na cidade, passaram-os no sossego da casa da praia, que eles adoram.