No maciço da Calcedónia
7:00 h levantei-me para preparar a minha mochila, as sandes de panados de perú, alface e tomate, os sumos e a água, tudo na mochila térmica que me ofereceram no aniversário (muito prática esta).
Não levei agasalhos. Calças, T-shirt, sweat e casaco , em algodão.
O meu grupo foi numa carrinha de 8 lugares. Seguiram-nos de carro, uma senhora e os dois filhos.
Chegámos a Covide por volta das 9:15h, preparámos a subida.
Um dos meus colegas emprestou-me um casaco de malha polar. Todos estavam mais agasalhados e, à cautela, aceitei. Atei-o à cinta. Mas não foi necessário. 100 metros andados, já transpirava.
Garrafa de água e a máquina fotográfica na mão esquerda, bastão na direita a subida foi dura.Sempre que aparecia uma pedra mais alta, alguém que fosse mais à frente, agarrava-me a mão para que eu subisse com mais facilidade.
Os batimentos cardíacos estavam mais acelerados, respirava fundo e ora mais à frente, ora mais atrás(quando parava por momentos para tirar fotografias), concentrava-me na caminhada e naquilo que para mim era um desafio.
Devo dizer que em Covide, juntou-se ao grupo um "grande" guia: um cão. Pequeno, rafeiro (tinha coleira), dócil, foi caminhando, quase sempre, à frente ou junto ao grupo.
Pensámos que seria por um alguns minutos, mas não. O fiel amigo fez todo o percurso connosco.
Chegámos à fenda. Não estava nos planos entrar e subi-la. Eu e as outras 2 mulheres do meu grupo não queríamos. Os homens estavam decididos, a senhora e os dois filhos também.
Fizemos o cálculo do tempo que demorariam a subi-la e encontrarem-se com os que ficavam. Seria cerca de 1 hora , tempo demais para quem esperava. A temperatura do corpo baixava e não era conveniente pararmos tanto tempo. Além disso, alguns dos elementos do grupo tinham compromissos de tarde, o que atrasaria o regresso.
Desisitiram os aventureiros. Ficou combinado entre eles a subida da fenda numa outra altura.
Uns metros mais à frente, sentámo-nos a comer o nosso farnel. Hummmm! Que bem que soube!
Um dos colegas levou um termos com café (um homem da terra do café, previne-se).
O nosso fiel guia, sentado junto a uma das colegas, teve direito a um pedacito de panado.
Depois do descanso e do abastecimento, preparámos a descida.
Oh! Se a subida custou pelo esforço, a descida custou pelo cuidado em não escorregar (escorreguei 3 vezes, nada de ter magoado, mas a 1ª umas silva espetaram-se na mão esquerda. Ninguém me viu sentada a tirar os picos , um a um. E ria-me ). Levantava-me e seguia caminho.
Cruzámo-nos com um pequeno grupo de escuteiros do Gerês que subiam o maciço. Segundo o meu colega, era mais difícil subir por aquele trilho.
O equílibrio e as dores nas pernas estavam a dar sinal. O colega que organizou o passeio, de vez em quando olhava para trás e dizia: "põe o bastão à tua frente. Ele pode contigo. Depois avanças".
Chegámos ao final do trilho. Um pequeno curso de água fresca regalava os nossos olhos. Ouviam-se já os pássaros.
Olhámos para trás. "Havíamos descido tudo aquilo?", perguntava a mim mesma.
Cerca de 820 metros foram subidos/descidos, porque não entramos na fenda, caso contrário seriam mais...
E o nosso fiel amigo chegou ao seu destino.
Entrámos na carrinha e uns metros mais à frente pararíamos para beber umas minis.
Convencidos que o cachorro ficava no lugar onde havíamos deixado a carrinha, não, estrada fora, veio atrás de nós.
E ficou lá na entrada do café. Penso que era lá a sua casa.
Depois desta experiência pergunto: "e a minha coluna?"
A resposta está na voz do meu colega: "ela vai agradecer-te deste passeio saudável."
Com uma máquina vulgar, algumas das 150 fotos que tirei.
Mais aqui.
no caminho para a subida
vista do granito
os que vinham atrás
a entrada da fenda (de longe)
entramos? não entramos?
o nosso fiel guia
descanso do fiel guia, e o homem do café e da laranja(lol)
Portugal em destaque
vista de Covide
a descida
água fresquinha
tronco em forma de mulher
a chegada