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cantinho da casa

cantinho da casa

não custa, mesmo, nada

sobre o amadurecimento

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Estou  de acordo, e porque procuro, salvo algo em contrário que posssa acontecer, de imediato uso o nº9.

Não custa nada, e eu peço que o façam comigo.

Há muitas pessoas que carecem destes hábitos, que eu cumpro, e gosto que cumpram comigo.

Alguns elementos da minha família falham na pontualidade, e avisar com antecedência.

Sou paciente, mas também desespero.

Marquei, pessoalmente, há cerca de 10 dias, e ficou registado na minha memória que tinha cabeleireiro no dia 30. 

Há pouco,liguei a confirmar se está correcto o dia e a hora.

E está.

 

de novo, a minha angústia

Em 2008 aconteceram graves comportamentes com o meu vizinho do 1º andar,  que maltratava a mãe, deixava-me completamente angustiada e sem saber o que fazer, a não ser chamar apolícia, que vinha a casa dele, mas nada fazia,ou podia fazer.

Em 2009, escrevi este post.

E daí para cá, fui escrevendo outros sobre ele, sobretudo quando havia ruído forte em algum apartamento, quando se tratava de obras. Era o fim do mundo com os insultos e os pontapés que dava na porta.

A mãe foi para um lar, penso que em 2009, na altura que eu fui à Segurança Social e falei com uma Assistente Social, e ele ficou a viver sozinho.

Entretanto, soube que a mãe faleceu, talvez em 2017, não estou certa, porque foi-me dito por um vizinho.

Ora se ele era doente, com tendência para a esquizofrenia, com o tempo ele piorava, mas nunca, que eu soubesse, até hoje, ele desse sinal que precisava de ajuda, ou que estivesse a ser tratado por algum médico.

E digo até hoje porquê?

Há algum tempo que, à tarde, quando desço as escadas e passo à porta dele, ouvia-o a falar, não percebia o quê nem tão pouco se tinha alguém em casa, saía  do prédio, desligava o botão, embora, por vezes, tenho receio de passar à porta dele, não sei porquê, até porque ele evita os vizinhos, e na rua, se me vê ou algum dos outros, dá a volta ao quarteirão, vem para casa quando nós já entramos nas nossas. 
Por vezes, cruzámo-nos nas escadas,não há um cumprimento entre nós.

Da hipotética conversa que poderia estar a ter com alguém, ou ao telefone, também, passei a ouvir que ele falava sozinho e emitia uns sons esquisitos, que eu não conseguia perceber.

Ele tem uma voz forte, consigo perceber um ou outro palavrão, até que num dos dias, abri a minha porta e ouvia-o a falar alto, a dizer " que chatice, hihihihi!"  e repetia umas quanstas vezes. Depois parava por uns breves minutos.

De repente, ouvi-o dizer: "Merda, tanta merda.Esta casa de banho é só merda!"

O meu coração batia fortemente, eu tremia,  não podia fazer nada.

Estava dentro de casa, era com ele próprio que falava.

Masontem, foi pior, muito pior.

Estava aqui no meu sossego, quando o ouço cantar, coisa que nunca ouvira  ( ele adora ópera e, à noitte, sobretudo, até por volta da meia-noite, todos o prédio ouve, quiçá deve delirar, porque a ópera para ele ter de ser num volume alto).

De repente, ouço uns sons esquisitos que saíam da boca dele.Entrei em pânico.

Calou-se.

Passados cerca de dez a quinze minutos,voltou ao mesmo.

Abri de novo a porta, junto às minhas escadas, era ele cantor baixo, interrompia e saíam-lhe umas palavras que me pareceram da língua alemã, mas o tom de voz era de tal forma esquisito que me fez lembrar Hitler. Juro!

Fechei a porta, fui para o whatsapp desabafar a minha angústia com o grupo da família.

Como seria de esperar, eu tinha de fazer queixa, tinha de ir à polícia ( que não se mete nisto), procurar ajuda na Segurança Social,  porque se lhe acontecer alguma coisa mais grave as critícas caem em cima dos vizinhos que sabem que ele tem perturbações mentais e ninguém fez nada.

O vizinho do 3º andar, uma pessoa muito educada, com quem raramente me cruzo, e que eu procurei há cerca de três semanas para lhe contar o que ouvira durante uns tempos, dissera-me que iria perguntar na Junta de Freguesia onde pertence o café dele, e que dir-me-ia como fazermos.

Ora, hoje de manhã, senti que não valia a pena incomodar o meu vizinho, passei na Junta de Freguesia desta zona, e expliquei às duas senhoras que me ouviram tudo o que se passou desde 2008, quando a mãe era viva, e depois de ficar sozinho.

Uma delas comentou que este caso já tinha sido referenciado, que a SS interveio, mas ele disse que não precisava, nem queria, ajuda.

Aconselharam-me a ir à SS, deram-me dois nomes de duas Assistentes Sociais.

Entretanto, uma delas pediu-me que esperasse um pouco, ligou do seu telemóvel para alguém.Ouvi-a a relatar o que se estava a passar.

Uma dada altura, ela  diz que vai passar o telemóvel para mim. E falei com a senhora, do outro lado do telefone, mais uma vez,quase tudo o que contara às duas senhoras.

Ela vai contactar a SS e o Delegado de Saúde, e tentar que se consiga fazer uma avaliação e, se possível, interná-lo.

Este homem é um caso muito grave de esquizofrenia e precisa urgentemente de ser tratado.Garanto.

Diz o ditado que "quem não está bem que se mude", pelo que. no ano de 2021, solicitei um mediador imobiliário para avaliar o  meu apartamento, pensei vendê-lo e alugar um mais pequeno.

Desisti da ideia porque os alugueres são muito altos, e comprar um, 80 a 100  mil euros mais caro, não compensava vender este.

Aguardo o desenrolar deste caso.

Para isso, forneci o meu contacto móvel.

 

Como a ginasta Simone Biles desafia as leis da física

 

Como  Biles faz para se manter esticada durante o giro?

 

 (Foto: Escola de Educação Física e Esporta (EFFE) da USP/Divulgação)

 

O mortal é um salto em que os dois pés passam por cima da cabeça e voltam à posição original. Ele possui variações. Uma delas, o carpado, entrou para imaginário brasileiro por ser característica da ginasta Daiane do Santos. Nele, a acrobacia é feita com o corpo dobrado em umângulo menor que 90° e as pernas esticadas. Outra, ainda mais difícil, é a estendida, em que o corpo simplesmente não é dobrado.

 

Para quem não entende ( o meu caso) como funcionam as leis da física de Newton aplicados nos saltos dos atletas nos Jogos Olímpicos,  no caso a excelente Simone Biles e a lendária ginasta Nadia Comâneci, aqui fica um texto que explica o que acontece quando o corpo gira sobre si mesmo, assim como um interessante exemplo de como as leis Spears,  forças produtivas e improdutivas que influciam os comportamentos.

 

 

"Liberdade é uma coisa, permissividade é outra"

Quando os filhos pequenos querem controlar os pais, sobretudo quando há uma irmã(o) bebé, fazem de tudo e sabem como chamar a atenção dos seus (pro)genitores.
Tenho verificado este comportamento no meu sobrinho neto em relação aos cuidados que a mãe tem de dar ao bebé, quase sempre na hora do almoço e quando o vai deitar, em que arranja maneira de chamar a sua atenção, falando alto, batendo com o garfo na mesa...

Por mais que a mãe o repreenda e diga que o vai castigar, só quando vê o desespero dela, cala-se. Depois, pede desculpa. Ele sabe quando e como pedir a atenção da mãe.

Um exemplo disto, está no excelente post que a blogger equilibrosa intitulou de "A Geração de Reizinhos".

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"Como quiser, sua alteza!" - foi só o que me faltou dizer pro meu filho no fim de semana passado. Eu não sei explicar exatamente como chegamos neste ponto, mas o fato é que, num estalar de dedos, saquei quem estava no comando. E não era eu. E não era a primeira vez. Desde que meu príncipe, digo, meu filho, nasceu, estou em alerta para fazer minha autoridade e a necessidade evidente de diálogo entre pais e filhos andarem lado a lado. Tudo precisa estar em equilíbrio, isso é fácil entender. Mas não é mole: a qualquer escorregada - e quem não escorrega? -, as proporçōes se desarranjam, e fica difícil saber qual cenário é mais comprometedor.

No sábado, deixamos de fazer uma visita matinal aos avós porque ele queria brincar em casa. Depois, de tarde, deixei de ir numa festa junina encontrar quem eu queria e comer uma canjica quentinha porque ele estava mais interessado em rever "Toy Story". No domingo, antes dos dedos estalarem e eu enxergar o que se passava, já íamos repensando o plano de fazer um lanche fora de casa porque ele não queria. Vossa majestade, 3 anos, não estava com fome.

Existe uma lista de explicaçōes para o fato de nós, bem intencionados pais de agora, estarmos cedendo em grande medida aos caprichos dos nossos filhos. Muito tempo fora de casa - e pouco tempo com eles - talvez seja o principal. Tentamos compensar, como se uma coisa fosse substituir outra. Aqui em casa, porém, acho que pesa muito a chegada do irmão, e o impulso quase orgânico que sentimos de fazer o mais velho se sentir prestigiado, considerando o prestígio natural que um recém-nascido tem. De qualquer forma, pode chamar de culpa. É ela que nos faz expandir os limites do diálogo e deixar o "eu não quero" virar "eu não vou".

O que me preocupa não é a perda da autoridade pela autoridade - não sou mandona, acredito imensamente na construção de uma relação familiar saudável em torno do diálogo, e fico aflita só de ver determinadas relações construídas em torno do autoritarismo vazio. A questão, aqui, é que, considerando a necessidade de proteção e de comando que uma criança tem, vejo claramente: não estamos ajudando em nada quando deixamos que escolham tudo, desde a pasta de dente que vão usar até o lanche da família. Existem escolhas de criança e escolhas de adulto. Me dá imenso prazer vê-los fazer suas escolhas, e isso acontece todos os dias, desde as primeiras semanas de vida. Mas não é razão pra eu deixar de tomar as decisōes que competem a mim. 

Liberdade é uma coisa, permissividade é outra. E é um desafio enorme, no tumulto do dia a dia, diferir as duas. Mas permissividade faz mal, deixa uma conta cara para a família - e a sociedade - pagar e pode até transformar a liberdade em caos.

Como?!

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O chumbo provoca "problemas emocionais"...

 

"A retenção sanciona, penaliza, não se reconhecendo o seu carácter pedagógico", sublinha um relatório deste órgão consultivo do Ministério da Educação, hoje divulgado."Potencia comportamentos indisciplinados, fruto de uma baixa auto-estima e desenquadramento em relação à turma de acolhimento, o que dificulta ainda mais a aprendizagem", adianta o CNE, frisando a "manifesta ineficiência e ineficácia" do chumbo


Quando os pais ensinarem os filhos quais os valores que fazem deste país uma nação valente e imortal, quando houver respeito pelo trabalho dos professores, quando o Estado reconhecer o imensurável trabalho destes, quando não se punir quem provoca o mal estar nas escolas e enquanto as direções meterem a cabeça na areia com receio de retaliações, o comportamento indisciplinado e a baixa auto-estima dos alunos desenquadrados prevalecerá.

A punição sempre existiu, a retenção existe para quem se balda e não quer nada da escola.

Acabar com os chumbos é premiar os alunos baldas e uma penalização para os  alunos trabalhadores, para os assíduos, para os educados, sejam estes médios ou bons alunos.

Nenhum professor chumba por prazer.

Não é justo.