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cantinho da casa

cantinho da casa

MiraDouro

O comboio que circula todo o ano entre o Porto e Pocinho, aguçou-me a  vontade de voltar a subir a margem do Rio Douro, como fizera nos anos 90 com um grupo de trabalho.

Só que na altura embarcamos em Penafiel.

Os autocarros seguiram viagem pela outra margem, esperavam-nos no Pinhão ( ou seria Pocinho? Não me recordo) a visita era a Foz do Côa e descíamos o Douro de autocarro.

Em 2014, com duas amigas, fizemos um programa de cruzeiro. Incluía autocarro do Porto à Régua, e almoço no barco na descida do Douro.

Ora, tinha intenção de repetir a subida do Douro, de comboio,pensei no feriado do dia 25 de Abril, com regresso no sábado.

Dois dias eram suficientes para visitar Pinhão e a Régua, e as horas do regresso, também de comboio, eram as que nos convinham.

Raramente faço reservas Alojamento Local mas, desta vez, o que vi na Booking pareceu-me estar de acordo com o que procurava.

Apanhamos o comboio em Ermesinde. E se já tinha muitos estrangeiros, mais encheu à medida que parava em todas as estações...Feriado bom para passear.

Não havia espaço na carruagem que viajavamos.

O comboio Miradouro surpreendeu-me.

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Esqueci de dizer que tinha pensado ir ao Pocinho, mas quando comprei os bilhetes e me disseram que por ser feriado o penúltimo comboio da tarde não circulava, e tendo programado um passeio de barco no Pinhão, desisti.

E arrependi-me.

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Chegamos a Pinhão, fomos ao café cujos donos eram os do alojamento, sendo o check-in às16:00h, deixamos lá os nossos sacos.

Gostei muito da decoração deste espaço.

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Os anfitriões eram jovens simpáticos, e prestáveis..

Passamos num restaurante para almoçar, estava cheio.O cheirinho da comida era bom de mais, reservamos uma mesa para o jantar.

Fomos ao cais, tinha um café-snack, almoçamos por lá.

Fomos explorar a zona, e uma vez que eu fizera a reserva do passeio de barco para a última hora de saída, às 17:00h, faríamos o check-in depois.

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Eu tinha umas dicas sobre o que ver em Pinhão, sigo este blog e este, sempre que quero dar um passeio cá dentro.

Andamos pela beira rio, subimos até à Ponte de ferro, o vento era muito forte, tiramos as fotos da praxe, voltamos para trás.

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Vimos um letreiro que indicava a Quinta da Roêda, sabíamos que podiamos andar por lá, ou se quiséssemos ir a uma prova de vinhos teríamos de marca a hora.

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Como eu não estava interessada em provas, e porque só bebo, às vezes, em festas ou almoços e jantares, estava fora de questão entrarmos.

Apareceu-nos no caminho a Quinta do Bonfim.

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Subimos e descemos alguns trilhos, mas não arriscamos os de maior desníveis.

O sol estava quentinho, apesar do vento que fazia.

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Descemos em direcção ao cais, estava na hora do passeio de barco.

Gostei muito.

Apesar do vento em algumas partes do rio, foi um passeio agradável.

 

 

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Ofereceram-nos um copo de vinho do Porto.

Eu molhei os lábios, pousei o copo no banco que, com uma rajada de vento, caiu.

Depois de uma hora de passeio, fomos buscar as nossas bagagens ao café e dirigimo-nos à casa.

Mas antes, ainda fomos fotografar a mercearia/bar da estação.

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Um alojamento com dois quartos, uma sala, cozinha razoavelmente equipada, tinha um terraço agradável nas traseiras, que não estava arranjado. É certo que o tempo não era de verão, não convidava a usufruir dele.

A casa não superou as minhas expectativas, sobretudo porque o preço que paguei não correspondia ao que eu pensava ser o AL que gostei de ver nas fotografias.

Fomos jantar.

Sentamo-nos, foi-nos de imediato sugerido o menu de degustação, 22,50 euros por pessoa, com bebidas e sobremesa incluídos.

Nem vimos a carta, aceitamos a sugestão.

Na verdade cada prato que vinha para a mesa estava muito bom.

Alheira, costela em vinha de alho, caldeirada de cabrito, feijoca.

Sem dúvida alguma que o prato que brilhou foi a costela em vinha de alho.

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Só que à noite é tudo pesado, praticamente provamos o que tinhamos na mesa, eu pensava que talvez devessemos ter pedido um prato, mais leve, da ementa.

Funcionários simpáticos que passavam de quando em vez e perguntavam se estavamos a gostar.

Claro que sim.

Mas se o cabrito fosse para a mesa antes da costela, talvez não apreciassemos o primeiro, que superou as nossas papilas gustativas.

Depois, veio a feijoca.

Comemos muito pouco. Os nossos estômagos não aguentavam mais.

E mesmo assim, o funcionário insistiu que comessemos a sobremesa.

Para fazer a vontade, que era pouca, trouxe uma salada de frutas ( nada de especial, sobretudo porque tinha maçã e eu não gosto deste fruto na salada, e tinha pouca variedade) para partilharmos.

Fui eu que a comi praticamente, mas na taça ainda ficou fruta.

Antes de pagarmos, comentamos com o funcionário qual o prato que mais gostamos: costela em vinha de alho.

Decidimos ir até ao cais, não havia ninguém, estava muito frio.

Regressamos a casa.

Foi uma noite mal dormida.

Dos comentários que lera, a maior parte de anos transactos, e na época de Verão, eram positivos. Pelas fotografias.condirmeu que nesta estação devem apostar mais no arranjo das casas.

No dia seguinte, passamos no café, despedimo-nos dos anfitriões, mas não fiz comentários.

E apanhamos o lindo comboio para a Régua.

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Próximo destino: Régua

 

 

 

 

 

 

em viagem

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O miúdo,que está habituado a dormir a sesta, eu e a mãe estamos cansadas, e ele além de não adormecer, não nos deixa dormir um pouco.

Costuma ir de carro, adormece na viagem, aqui, zero!

Obrigada, Sapo, pelo destaque.

Bom fim-de-semana 

Desliga a Televisão

A propósito deste programa de entretenimento que vi no passado sábado na RTP1, um dos sketches foi sobre a religião ligada ao Brasil, e este fez-me lembrar a viagem que fiz  no comboio urbano, na semana passada, ao Porto.

Em frente a mim sentou-se uma jovem bonita, piercing no nariz, vários brincos/ piercings nas orelhas. Vestida de preto, mala de estudante na mão, sorriu.

Logo a seguir, um homem que nos perguntou se nos incomodava sentar-se ali. 

A jovem respondeu que sim, eu também. E sentou-se ao meu lado.

O comboio sai da estação, e o homem começa a dizer umas coisas para a jovem. Nada de provocações, elogios, mas umas palavras que eu não percebi, que ela comentou, e vi que era brasileira.

O homem começou então a falar.

Nasceu em Braga mas há muitos anos que vive em Gaia, que estava reformado, que trabalhou, e casou, em Gaia, e por lá ficou. E que desde que se reformou que gosta de vir almoçar a Braga.

Disse qual era o restaurante e perguntou-nos se sabíamos onde ficava. A jovem disse que não, e eu, que tinha dito ser de Braga, comentei que sabia qual era a rua, mas não o restaurante. Ficou admirado, dizia que é um bom restaurante ( percebi que é um daqueles que serve diárias), mas não dei grande importância. Contou  o que come ( quase sempre bacalhau porque adora ) ,que bebe uns copos, quanto paga, o prazer que lhe dá vir uma, duas , três vezes por semana, almoçar.

Perguntei se vinha encontrar-se com os amigos de Braga, ao que me respondeu que não.

Vinha sempre sozinho, e não se encontrava com ninguém, que os amigos são interesseiros, que não tem amigos, que gosta de andar sozinho.

A jovem ouvia tudo, mas as suas expressões mostravam que a maioria das palavras que ele dizia não entendia ( de vez em quando eu piscava-lhe o olho e sorria),  não só porque ele falava depressa e dizia palavrões ( nada que ofendesse), mas também porque misturava os assuntos: a familia, Braga, os cartões urbanos que o levam para onde ele quer.

Era um homem simpático, fazia-nos rir, e ria-se do que contava.

Uma dada altura, falou da esposa, que mudou para outra religião,  que vai para aquelas igrejas que gritam e sacam o dinheiro aos pobres; que em tempos iam de autocarro para Lisboa; que foi várias  vezes com ela para os encontros, mas como ele não se interessa pela religião, embora respeite todas, que era uma fantochada, deixou de ir; que os pobres  vão à procura de milagres; que a casa do Bispo é grandiosa; que a esposa é importante na igreja, mas ele não se mete no assunto, porque se o dinheiro que gasta é dela, está tudo bem, que faça o que quiser.

Estavamos  em Ermesinde. Às  tantas, fala sobre o Brasil, de o povo ser fanático nestas religiões. A jovem intervém dizendo que não frequenta essa religião, e diz o homem :" Ó, c*%&#+o que você é brasileira!".

A jovem ri-se, e comento eu:" Só agora é que o senhor percebeu que ela é brasileira?!"

O homem pediu desculpa, ela respondeu que não tinha importância, que ele estava a ser simpático, estava a gostar da conversa.

Na verdade, eu também estava a gostar de o ouvir.Era um homem puro naquilo que dizia. E respeitador.

Quando chegamos a Campanhã, ela despediu-se de nós, que íamos para a estação de São Bento, e disse que teve muito prazer em nos conhecer.

Chegados a São Bento, o senhor pegou no saco que trazia e disse-me que dentro dele tinha oito quilos de arroz.

Comentei com os meus botões :"será que não há arroz nos supermercados em Gaia?"

Despediu-se, e cada um de nós seguiu o seu caminho.

Por acaso, eu ia para Gaia. 

 

viajar na CP

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Tenho uma vaga ideia de já ter feito um post, há poucos anos, sobre a CP e a falta de revisor, sobretudo em viagens de longo curso. Mas não o encontrei.

Ora, no Domingo, no Alfa que saiu de Lisboa às 14:00h com destino a Braga, praticamente cheio, não apareceu o revisor.

O " vizinho do lado" comentou com o companheiro que ia na outra fila, quando chegamos ao Porto, exactamente o que eu pensei, e acrescentou " a CP sabe que ninguém viaja sem bilhetes".

Na segunda-feira, fui ao Porto, no comboio urbano, lá estava o revisor.

Mas no regresso Porto - Braga, não apareceu ninguém.

Acho que não tem a ver com isto.

 

 

 

 

 

Liga Europa

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depois de um fim de semana de calor, ontem, em Lisboa, estava frio, apanhamos o comboio  das 16:00h,  em Santa Apolónia. 

Chegamos à Gare do Oriente, ouviam-se cânticos masculinos, olhámos pelas janelas, vimos uma malta de jovens e homens mais velhos que entravam no comboio.

Estranhei. Lembrei-me das eliminatórias da Liga Europa, pensei que fossem para o Porto.

Carregados de grades de cerveja e bebidas brancas, andavam pelas carruagens à procura dos seus lugares.

Muita confusão( nestas alturas devia haver polícia a controlar este movimento), uma língua diferente da britânica, mal se percebia o que diziam até que ma lembrei que seriam os Escoceses do Rangers que jogavam em Braga e que ganhou ao SCB há uma semana, hoje era a eliminatória, dizia-se que viriam mais de seis mil adeptos do Rangers.

E na verdade eram muitos os adeptos no comboio, embora na nossa carruagem não estivesse nenhum, mas a corrida para o bar fazia-se por esta.

Como a carruagem ficava mais à frente da nossa, deixamos de os ouvir.

Mas em Coimbra o comboio parou cerca de quinze minutos, a polícia fez uma visita às carruagens, alguns adeptos tiveram de sair do comboio, não seguiram viagem, levou-os para serem identificados. Pelo que  soubemos, alguns deles fumavam dentro do comboio.

A viagem seguiu, e a corrida ao bar continuava.

Quando chegamos a Braga, ouviram-se de novo os cânticos, gerou-se confusão porque o comboio saía de novo para Lisboa às 20:00h.

As pessoas que queriam entrar  impediam a saída dos que chegavam, até que atrás de nos ( as últimas a sairem) ouviu-se uma voz que avisava que toda a gente devia estar fora do comboio, as funcionárias da limpeza tinham de o limpar.

Respondemos que estavamos de chegada, não de partida, e eis que quando passávamos junto às carruagens dos escoseses, viam-se latas e garrafas  espalhadas nas pequenas mesinhas dos bancos, no chão, por todo o lado.

Hoje, depois do almoço, fui à fisioterapia, passei perto do centro, ouvia-se de novo os cânticos, via-se junto à fonte da Arcada  as bandeiras, música e muitos,. mas muitos escoceses nas esplanadas e nas ruas.

A polícia por perto, os copos espalhados na beira da fonte, só via escoceses à minha frente. Era, agora, uma multidão deles.

No regresso da fisioterapia, numa da ruas paralelas, iam já, a pé, para o estádio.

E junto à Arcada, o "lixo" de copos de plástico, latas e garrafas de cerveja eram demais.

Muito bebe esta gente jovem e menos jovem.

E o Rangers continua na Liga Europa. O Braga ficou pelo caminho.

"Aqui nasceu Portugal"

Dizem com muito orgulho os Minhotos de Guimarães, rivais também dos Minhotos de Braga, embora para mim somos todos portugueses não há cá rivalidades, isso é só no futebol, que também acho ridículo, mas é um facto que os Vimaranenses são vaidosos porque a sua cidade é o berço da "naçon", dificilmente aceitam perder, ou ter menos que os outros, quando um tem, eles também querem ter.

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A minha amiga M tinha-me convidado para ir com os alunos a Guimarães. O plano era a visita ao Paço Ducal e Castelo, subíamos o teleférico até à Penha, almoçávamos por aqui, seguíamos à tarde para o Bom Jesus,  subíamos no funicular, os miúdos (adolestcentes, na sua maioria) iriam andar de barco, os autocarros esperavam por nós, seguiam para a escola à hora de os miúdos apanharem os transportes escolares para casa.

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Raramente recuso os convites da minha amiga M, disse que sim, bastava dizer o dia do passeio para não marcar nada para o dia. E nas férias da Páscoa avisou-me que seria dia 27, hoje, portanto. 

Levantei-me às 7h00, roupa destinada para passear, mal acordo e vejo o tempo que fazia, estava a chover, altero para uma roupa mais quente. Grande azar! Ontem ainda tinhamos um calorzinho agradável, pensei que a chuva viesse para o final do dia.

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Já estava no carro à minha espera, quando cheguei, fomos ao lugar habitual de trocas de boleias, já estavam alguns colegas à nossa espera, seguimos para o encontro com os alunos.

Feita a distribuição dos miúdos pelos autocarros, fizemos a pequena viagem até Guimarães, a chuva não era intensa, mas estava frio, sabia bem mais uma camisola aconchegada ao corpo.

 

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Chegamos a Guimarães, os miúdos iam comer um lanchinho, estão sempre com fome (passam o tempo a comer merdices( gomas, rebuçados, chiqueletes, batatas fritas...) antes de entrarem para o Paço. No largo já se viam muitos turistas, eu ansiava um café, felizmente tinha um em frente ao monumento, senti-me mais confortável com a cafeína.

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Infelizmente, a maioria dos miúdos não sabe estar em lado nenhum. Foi-lhes pedido que não falassem alto, mas não escutam, não querem saber, corriam dentro das salas do Paço, tocavam os objectos, foram chamados à atenção várias vezes não só por nós como pelos funcionários do edifício.

Nunca tinha visitado o Paço, fiquei fascinada  não só com o exterior, mas também o interior sobretudo as tapeçarias, que muito gosto.

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Ao lado, fomos para o Castelo. Adoro muralhas, castelos, torres, tudo o que seja alto, e seguro, para poder apreciar tudo o que está à volta e fotografar.

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Mais uma vez aqui, andei pelas muralhas, mais uma vez aqui foi preciso repreender os miúdos, algusn com 14/ 15 anos, que faziam das suas diabruras como se estivessem no pátio da escola a brincar.

Os estrangeiros seguiam com cuidado e olhos abertos, não fosse algum dos miúdos ter ou provocar alguma queda.

E sem me conhecerem de lado algum, repreendia-os, dizia que era uma inspectora contratada para os vigiar.

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Pela hora do almoço fomos para, e diziam eles o "telesférico". Muito miúdos demorámos bastante tempo metê-los nas cabines. Vários casais estrangeiros atrás daquele infinito número de crianças, um deles perguntou-me onde podiam  comprar os bilhetes, ( que era no mesmo local onde se entrava para as cabines), tiveram de esperar que a criançada entrasse para comprarem os seus bilhetes, e enquanto isso não acontecia, estava eu no fim da fila para que nenhum miúdo ficasse de fora,  o casal que estava atrás de mim meteu conversa e soube que eram Mexicanos, tinham começado a visita a Portugal pelo sul, subiram até Lisboa. Já tinham visitado Coimbra e Fátima, subiram até ao norte do país, e daqui desceram passando por Caminha, Cerveira, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Braga, Guimarães. Voltariam a Braga , queriam ir ao Santuário do Sameiro, já tinham visitado o Bom Jesus, iriam para o Porto. 

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Entretanto, entrei para a cabine com a minha amiga M mais três miúdas que estavam histéricas com a subida e o que viam.

Do lado oposto, virava-me para poder fotografar a cidade lá do alto.

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Gostei, ignorei a altura, o que estava por baixo de nós, o percurso e sobretudo porque se percebe que este já precisa de manutenção. Quando pus os pés em terra foi um alívio.

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Já na Penha, o sol brilhava, os miúdos estenderam as tolhas nas mesas de granito, abriram as marmitas com o farnel, almoçaram a correr para irem para a brincadeira.

Eu e a M sentamo-nos a comer as nossas sandes, as outras colegas tinham farnel.

O comboio de cidade estava no local para ganhar dinheiro, era ver os miúdos pagarem 1 euro para dar a volta ao espaço da penha, uma alegria, pareciam bandos de pardais à solta. Dizia eu que o dia estava ganho com estes miúdos.

Fui visitar a igreja da Penha.

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16horas metemo-nos à estrada, íamos dar o prazer de algumas crianças subirem o fincular do Bom Jesus, experiência que nunca tiveram.

Mais algazarra, todos excitados à medida que o funicular subia.

 

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Lá em cima, foram directos aos gelados, seguiriam para o lago para andarem de barco. Cada bilhete custava 1,50 euros por 15 minutos. A excitação era maior quando se meteram nos barcos, à vez, alguns atreviam-se a fazer algumas piruetas, as colegas tinham de berrar para  que tivessem cuidado.

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Felizmente nada aconteceu, mas é um risco e uma reponsabilidade para os adultos estes passeios e terem de tomar conta de cerca de 150 adolescentes e levá-los para casa direitinhos.

 

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Ora eu ficaria pelo Bom Jesus, não precisava de ir à escola com a minha amiga M, um ex-colega reformado ia buscar uma das colegas, vinha com eles.

Lembrei-me de fazer o pecurso a  pé do Bom Jesus até ao lugar onde deixara o meu carro. E se o pensei, pus em prática. Despedi-me de todos os professores, voltei ao funicular fiz a descida, e meti pés ao caminho estrada abaixo.

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O vento era frio, mas estava sol, em 45 minutos estava junto ao meu carro, segui para casa.

A M perguntara-me se estava arrependida de ter ido. 

Óbvio que não. Nunca visitara o Paço Ducal, nunca fora ao Castelo, fora à Penha em criança, e apesar de ter ido várias vezes a Guimarães, uma cidade simpática e que gosto de verdade, ficara pelo centro da cidade.

Os vimaranenses têm orgulho em dizer "Aqui nasceu Portugal" e  honra seja feita, têm os seus monumentos bem conservados, dignos de receberem os mais altos representantes do país e do estrangeiro.

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de manhã rende melhor

Fui ao Porto para uma consulta de higiene dentária.

Costumo marcar as consultas para as 11h/11h30, mas desta vez decidi marcar para as 15h.

Fui no comboio das 12h30, apanhei o Metro para a Casa da Música, 14h20, a hora da consulta a chegar,  fui comer uma tosta mista a um café perto da clínica.

O café não estava cheio, mas percebi que as pessoas tinham sido servidas, os dois funcionários entravam e saíam para a esplanada, estava a ver que não iria conseguir comer, esperei dez minutos que viesse alguém atender-me.

Ouvi alguém ao balcão dizer que estava uma senhora (eu) há muito tempo à espera de ser atendida, aproximou-se um jovem a quem pedi que rapidamente arranjasse uma tosta mista, tinha muita pressa.

A tosta não demorou muito, comi-a a correr, não bebi nada, fui pagar ao balcão e dirigi-me para a clínica, eram 14h50,  queria passar o fio dentário e escovar os dentes.

Meia hora com a boca aberta, o que mais detesto é o flúor com um sabor amargo, a vontade de engolir e ter de  aguentar chegar a água à boca e bochechar, a médica que limpa os cantos da boca, a máscara de  pestanas que esborrata as pálpebras, saio de lá quase com a sensação de que a base que pus de manhã já era, o rosto deslavado, penso na falta que faz uma maquilhadora que nos retoque a maquilhagem (era bom, não era???).

Tinha feito planos tomar café na Foz, há muito que lá não vou.

Se na minha cidade estava uma boa temperatura, no Porto sentia-se um vento fresco, quando saí da clínica, do lado da foz, o céu estava cinzento e a temperatura descera um pouco, eu vestia um casaco de malha, pensei no vento e no frio, desisti, fui na direcção contrário, tomei café, fui para  Metro, saí no Bolhão e dei uma volta pela Rua de Santa Catarina, cheia de turistas jovens que vestiam roupas de Verão, comprei duas camisolas de manga curta, imagine-se, duas cores que raramente uso, azul bebé e rosa claro para vestir nestes primeiros dias de Primavera com um casaco de malha ou algodão.

Saí da loja, ainda ia a tempo para o comboio das 18h15 que não pára em todas as estações, chegava às 19h a Braga. Que sono tive durante a viagem!

A Sofia tinha vindo a Braga para uma consulta, liguei-lhe, já estava a caminho de casa,  regressava ao Porto depois de jantar, esperei por ela para lhe dar um abraço, uma vez que no próximo fim de semana fica pelo Porto, tem muito que estudar, sairá com a Tuna na próxima semana, pelo feriado, tem ensaios, também, dei-lhe um abraço e regressei a casa, mais uma vez, rota de cansaço.

E cheguei à conclusão que não marco futuras consultas para a tarde. Voltarão a ser de manhã, ficarei com tempo para à tarde fazer os meus passeios pela Invicta.

A próxima será em Lisboa, mas um dia destes meto-me no comboio e vou passear pela Foz.