Há alguns meses que ando meia despassarada com o que faço,mas não com o que é de responsabilidade,.
Não sei se é a idade, embora eu sinto que estou bem da cabeça, conduzo bem, tenho consciência do que faço, mas há pequenas coisas que percebo que ela funciona mal, ou será cansaço, ou talvez todo este estado da situação do virus, em que tenho tido muito cuidado mas vejo pessoas das minhas relações infectadas e fico preocupada..
Não sei.
Por exemplo, na segunda-feira passada, fui dormir a casa da minha irmã.
Tinha-a levado a casa. Na rua onde vive, paga-se o estacionamento, mas atrás do prédio tem um caminho que dá acesso às garagens, quem é de fora e chega primeiro, de manhã cedo, estaciona o carro e vai à sua vida, regressando ao final do dia para voltar para casa.
É uma sorte arranjar estacionamento.Se não consigo, vou depois das 19.00h para casa dela, tiro o bilhete para o dia seguinte, no caso de sair depois das nove.
Então, na segunda-feira, levei a minha irmã a casa, mas ficamos um pouco de tempo a conversar dentro do carrro.
De repente, ela diz que o homem que está a aproximar-se vai tirar o carro que deixa estacionado nas traseiras do prédio, comento de imediato que vou estacionar o meu, ficava para o dia seguinte, ia a casa e regressaria ao final da tarde, traria a minha mochila. Até porque na terça-feiraa ia de manhã cedo, de comboio, para o Porto e quando regressasse, levaria de carro para casa.
Tudo perfeito.
Leva-me cerca de vinte minutos a fazer o percurso a pé da minha casa à da minha irmã.
Levava dois sacos, que por sinal não estavam muito carregados.
Cheguei a casa dela para cozinharmos, não sei o que de repente precisei que se fez luz no meu cérebro e lembrei-me que não levara a mochila com o pijama, os cremes, a pasta e escova de dentes, enfim, essas coisinhas do nosso dia-a-dia.
A minha irã passou-se. Lamentava, mais que eu, porque ia ter de voltar a casa, porque não levava o carro, eu insistia que ia a pé, que o carro ficava estacionado pois perderia o lugar e no dia seguinte teria de ser ela a pôr a moeda de hora em hora, ou então, levava o carro para a minha garagem e teria ela de fazer o caminho de volta a pé.
E lá fui eu a casa buscar a mochila.
Eu estava de rastos de cansada. Foi um dia cheio. Deitei-me cedo.
Terça-feira, fui de comboio para o Porto,cheguei à estação de Campanhã e fui levamtar dinheiro, precisava de carregar o bilhete de metro. Fiz a operação e. de repente, saem-me quatro notas de vinte euros e uma de dez. Pensei que a máquina estivesse avariada e me desse mais dinheiro que o que eu queria ( trinta euros).
Eu detesto ter muito dinheiro na carteira, uso o multibanco para quase tudo, guardei o dinheiro e voltei a meter o cartão na máquina para conferir quanto levantara.Vi no écran que de facto estava registado os noventa euros. O que aconteceu?
Em outros levantamentos, em vez de marcar o número três, marquei o nove.
Depois, pensei que em vez de pagar a consulta com o cartão pagaria em dinheiro, mas também lembrei-me que se a consulta de higiene oral pago noventa euros, a de ortodontia certamente seria muito mais, logo, teria de usar o cartão multibanco porque o dinheiro não chegava. E comentava para mim que ando tola da cabeça, que só faço asneiras, que preciso de sair do meu ambiente e dar um giro e descansar... Mas para surpresa minha, e depois de estar na consulta quse uma hora, a assistente acompanhou-me ao elevador e disse que podia descer ao r/c e ir embora porque não tinha nada a pagar.Yeah!
Meti-me no comboio, cheguei a horas de ir buscar o carro e ir ao colégio buscar o sobrinho neto que tem aula de natação. É outra tarde do caraças! Preparo-o para a aula.
45 minutos depois, voo buscá-lo, dou-lhe banho, lá no ginásio, visto-o: " agora vou vestir as calças, levanta a perna, digo eu enquanto bebe o sumo que levo, agora levanta a outra... e por aí fora".Arrumo a roupa no saco, à pressa, pois ele foge para o corredor, vou a correr atrás dele, trago-o para a minha beira.
E levo-o a casa.
Venho para a minha, tomo um banho somente para relaxar.
Se consigo reservar a aula de Pilates, para a quarta-feira, sabe-me tão bem este bocadinho de tempo, é o meu dia grande.
À tarde, vou buscar o miúdo ao colégio.
Ora ontem, não me apetecia fazer jantar, comi um prato de sopa, um pão com queijo e maçã cozida, que adoro nesta época do ano.
Sentei-me no sofá a ver o Ricardo Araújo Pereira, depois passei para a RTP2 ( dos canais que passa séries e filmes que gosto), passo depois para a SIC para ver a novela Bom Sucesso, apenas por que sou fã de António Fagundes.
Mas de tão cansada que estava, e há noites que adormeço e quando acordo a novela já era, aconteceu ontem.
Quando acordei, a gata miava, andava atrás de mim.
Óbvio que pensei que ela queria comer. Antes de me deitar ponho um pouco de comida seca no prato.
E foi então que me lembrei que não tinha comida para ela, em casa. Tinha na garagem.
Eram 00:50h e eu tinha de sair de casa e ir à garagem buscar o saco que deixei lá na altura em que comprei duas embalagens, porque estavam em promoção, e para não subir as escadas carregada com as compras, o que não preciso de imediato, deixo-as na garagem.
Desci as escadas, liguei a lanterna do telemóvel, abri a garagem, peguei n embalagem, fechei a garagem, e voltei para casa.
Imaginava o que seria não ter nada e a gata miar a noite inteira.
Hoje,depois do almoço, tinha de sair com o carro, que estava na garagem, e quando vou para meter a chave na fechadura, a porta estava encostada. Significava que, à noite, eu convencera-me que a fechara à chave. Mas não. Abri a porta, a garagem estava intacta. O carro é velho, do mal o menos, mas estão guardados uns electrodomésticos e uma carpete que valem um bom dinheiro. E não são meus.
Uma amigaminha ligara-me a dizer que tinha tangerinas, limões e batatas para me dar , como estava com o carro, não vinha carregada, passei hoje em casa dela.
Vim para casa, estacionei-o em frente à porta da garagem, amanhã tenho de sair cedo, não tenho de perder tempo a abrir e fechar, fechei o carro e vim para casa.
Quando cheguei casa, mudei de roupa, gosto de andar confortável, e fui lanchar.
Quando me lembrei do saco, não o vi na cozinha.
Procurei pela casa, e nada, "teria ficado fora da porta", pensei, abri-a, e nada.
E depois de tanta procura, lembrei-me que quando subia as escadas não senti o peso do saco. "Pronto! Deixei-o no carro!", comentei para os meus botões.
E desci as escada e fui ao carro buscá-lo.
Felizmente,dentro de casa, a minha cabeça não tem esquecido de verificar se está tudo bem: as toneiras fechadas, o gás desligado, o ferro, quando o ligo, antes de sair de casa e de me deitar.