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cantinho da casa

cantinho da casa

sobre o cigarro na praia

Temos andado por  praias  pequenas, afastadas do rebuliço das grandes que por aqui abundam. Reparamos que ninguém  deixa as pontas dos cigarros depositados na areia.

A minha amiga fuma,  leva um pequeno frasco de vidro para as pôr as pontas no lixo.

Quando viemos  para a praia onde fica o hotel, demos um passeio pela zona pedonal, junto à rampa de acesso à praia, cheia de banhistas, deparamo-nos com este cartaz:

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Continuamos o nosso passeio e no regresso vimos duas senhoras que saíram da praia para fumarem o cigarro e depositaram as pontas no recipiente.

Quando fomos a Sanxenxo,  o mesmo tipo de  cartaz nas principais ruas, muito limpas,  a praia cheia de banhistas, não nos apercebemos de alguém que  estivesse a fumar.

A minha amiga  aguentou até às 20h15 hora que saímos da praia, fumou quando encontrou um caixote do lixo com  o recipiente para os cigarros.

Não se vê em lado nenhum uma ponta de cigarro no chão.

Na minha cidade, grande parte dos caixotes do lixo de rua têm esses recipientes. E as pontas abundam pelas passeios ,  os funcionários da Câmara  passam o aspirador,  mas o hábito que temos continua.

À entrada do hotel em que estamos alojadas, há um caixote do lixo e o recipiente para as pontas dos cigarros.

Forma-se ali um grupo de fumadores com quem a minha amiga conversa.

As praias que frequentamos, mais pequenas, quem fuma leva uma garrafa. 

Admiro e gosto de ver as praias limpas e as ruas muito limpas.

A minha cidade  precisa deste exemplo de civismo para ser ainda mais autêntica .

 

a falta de civismo nos jovens

fui buscar o sobrinho neto ao colégio, no final da rua passo por uma mãe, ou avó?, com um rapaz nos seus onze anos.

ele com a máscara a tapar orosto, ela com a máscara debaixo do queixo.

percebi que ela resmungava

quando passava por mim, dizia: "estou cheia de calor, tenho de andar com esta merda,já não se aguenta mais"

 

vinha para casa, avenida da liberdade,sinal abriu para os peões,dois jovens na casa dos dezoito anos, nas suas bicicletas ultrapassam  os peões, tivemos que nos afastar

na esquina da rua vinham do outro lado as crianças,em fila, que saíram da escol, com as auxiliuares,quase as atropelavam.

diz uma das auxilares: " estes rapazes não podem andar de bicicleta no passeio. já têm idade para andar na estrada"

ao longe vi que eles pararam à porta de um café.

aproximei-me deles.

ambos sem máscara.

disse-lhe: " vocês não podem andar de bicicleta nos passeios"

diz-me um deles: "o quê'?

repeti.e questionou-me: " quem lhe disse que não podemos andar nos passeios? onde é que isso está escrito?"

repeti que não podiam e que na idade deles devem andar na estrada

viraram-me as costas e desataram a pedalar, pelo passeio, indiferentes a quem circulava.

procurei na net e é verdade: só as crianças com menos de dez anos podem andar de bicicleta nos passeios.

estamos a desconfinar a conta-gotas mas parece-me que não estivemos dois meses em casa. 

a cidade está cheia de pessoas, desde os mais jovens aos mais velhos.

eu saí para ir buscar o menino ao colégio.

 

 

as multas

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Comentava a minha irmã que, na rua onde mora, com estacionamento pago, tem reparado que há talões de multas deixadas no chão.

Achei estranho, nunca vi nada aqui na minha rua, também com estacionamento pago.

E de repente, diz: "olha aqui uma no chão!"

Isto aconteceu à porta da minha casa, junto à árvore.

Com as pontas dedos pega no pequeno saco de plástico que a protege da chuva.

Fiquei sem palavras. Nunca vira tal cena.

Hoje, cheguei do ginásio, olhei o chão, lá estava a multa no meio das folhas molhadas.

Falta de dinheiro? 

Uma coisa é, com certeza: falta de civismo.