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cantinho da casa

cantinho da casa

# fique em casa 12

publicado no post anterior, desafio dos pássaros, a meio da tarde  recebi uma chamada de um número que não faz parte dos meus contactos. Não costumo atender,mas como recentemente o telemóvel desligava-se e foi de novo formatado, perdi alguns contactos,  resolvi atender.

A pessoa foi directa a dizer o meu nome,não reconheci a voz, perguntei quem falava.

Ela estranhou a minha pergunta, até que a voz soou a alguém que não ouvia há muito,muito tempo.

Gostei de a ouvir? Sim.

Gostei de alimentar a conversa ?Não.

Por que a ouvi durante 1h20m? Porque já foi uma amiga e não é mais há uns anos. Mas por algum  respeito que ainda tenho por ela,ouvi-a.

E porque tão cedo não volto a ouvi-la...espero eu.

 

 

 

nem queria acreditar...

mais uma tentativa de consulta de neurocirurgia, marquei na passada segunda-feira para hoje, às 18:00.

Comentei comigo que, desta vez, iria correr bem, eis que  às  09:25h recebo uma chamada, vejo o indicativo 22, reconheci o número, comentei " mais uma que não vai acontecer". Atendi, deixei a pessoa falar até que entro a descarregar, com educação, porque eu compreendo que estas pessoas estão a passar a informação, e expliquei que esta era a quarta consulta que era cancelada.

Pediu desculpa em nome do hospital,  disse-me que ia dar conhecimento das minhas reclamações, que vou ter resposta a esta, que sempre que precisasse que alguma coisa que a procurasse, que me elucidaria de tudo o que fosse necessário... Sugeriu-me outra data, mas eu não quis marcar nova consulta.

Nem quero pensar mais no assunto.

fiquei com os nervos em franja

Precisava de marcar um tratamento, que falei neste post, visto que hoje a médica estava ao serviço, liguei para o hospital por volta das 14h10.

Um minuto e treze segundos depois, sem que alguém atendesse, a chamada caiu.

Entre as 14h10 e as 16h05 não parei de ligar. Tinha de conseguir falar com alguém.

À 10ª tentativa tenho sucesso. Pedi para ligar a especialidade. Cerca de um minuto à espera, eis que do outro lado atendem. Expliquei o que queria, respondeu-me que esperasse um pouco porque precisava de ver se já havia lista de marcações.

Com a música igual a muitas outras e que irritam os nossos ouvidos, esperei mais dois minutos. Estava a prever que iria ficar sem resposta. E não é que a chamada caiu?

Liguei mais cinco vezes até que alguém atendesse. "Bingo!". Expliquei o que queria e o que acontecera com a chamada e diz-me: " A senhora está a ligar para o geral. Eu vou passar a chamada mas deve marcar o número 123" .

Apontei-o, enquanto esperava que passasse a chamada. Mais um minuto e, caiu.

Voltei a ligar, agora para o 123. Tocou, tocou. Um minuto e onze depois ( dei-me ao trabalho de registar o tempo do toque de chamada ) aconteceu o mesmo.

Insisti, mais uma vez. Estava tão possessa, que praguejei, e muito.

De repente, ouvi uma voz do outro lado.

Expliquei que tinha ligado imensas vezes e que numa delas conseguira falar com alguém que por sua vez passou para o serviço, que falei com uma pessoa que me pediu para aguardar,  mas o tempo de espera era longo e a chamada caía.

Mais uma vez, esta passou a chamada para a especialidade e eis que consigo, finalmente, o que quero.

Mas não valeu de nada. Informou-me que a doutora entrega o calendário hoje ao final do dia, só é possível marcar amanhã, depois das dez horas.

E aproveitei para manifestar o meu descontentamento, também.

Pedi desculpa, mas ia fazer uma reclamação à administração porque em Agosto ligara muitas vezes e sem sucesso; que uma pessoa perde a paciência porque não atendem e se atendem passam a chamada que uns minutos depois cai.

Depois o meu desagrado com a informação que prestaram. Que no último tratamento, em Dezembro de 2016,  a doutora me dissera para voltar em Outubro; que quando quis marcar disseram-me que a doutora dá o plano em Agosto, e para ligar nessa altura, dois meses antes de ela entrar ao serviço; que quando liguei em Agosto só depois da sétima tentativa conseguira falar com alguém e as datas dos tratamentos estavam preenchidas; que só em Setembro sabiam se a doutora dava novo plano para Novembo e Dezembro; que nunca em dois anos que liguei para o hospital acontecera algo semelhante; que estava a ver que no dia que a doutora fosse fazer os tratamentos ( uma vez por mês) iria fazer cerca de 20 km e falar pessoalmente com ela porque isto de ligar vinte vezes e não ter  resposta não tinha sentido.

A senhora respondeu-me que eu tinha razão, que fizesse o que entendesse.

E pedi desculpa pelo desabafo, mas mesmo assim iria apresentar a minha reclamação à administração.

E vou.

E amanhã de manhã, a partir das 9h30, vou agarrar-me ao telefone.

Preciso de ter a minha marcação.

 

tu cá tu lá

Call-Center.jpg

 

 

Estava preparada para enviar por mail umas cópias de uns documentos, quando o telemóvel tocou.

Convicta que era o trolha (não me lembrei que tenho o seu nome nos contactos) que combinara comigo vir cá ontem e não veio, preciso de um orçamento para obras na garagem e pintura da sala, atendi o telemóvel. 

Quando ouvi uma voz  vibrante e simpática demais, para meu gosto, de uma mulher, pensei " Caramba, estou tramada!"

Então foi o desenrolar de uma conversa tu cá tu lá como se de duas amigas se tratasse.

Perguntou-me de que zona do país eu falava, respondi, e então: "Ah, e tal, vivi aí em Braga, adorei, mas depois tive de regressar à minha cidade. A sua cidade é muito bonita e blá, blá, blá".

E eu desviava o telemóvel do ouvido, porque desenrolou uma quantidade de merdas que não me interessava saber.

Gente, quando convincentes, deitam tanta coisa de si da boca para fora.

Às tantas, depois de  a deixar descarregar a conversa e porque precisava de enviar o e-mail, interrompi-a e disse que não estava interessada no produto.

"Ah, e tal, porque agora mudamos o nome, as coisas funcionam de outra forma, e tal."

Eu insistia que não queria nada, que já tivera duas experiências que resultaram em nada, que não queria, e blá,blá,blá.

Volta a explicar-me que era diferente,  pergunta-me o que foi que correu mal nas vezes anteriores.

Ansiosa por a despachar, e porque não quero MESMO o produto, resumidamente contei.

E regressa à conversa anterior...

Já nem a ouvia. E escrevia na minha agenda " estou farta de ouvir a conversa ao telemóvel da gaja do... que agora é outra coisa qualquer" até que, de repente, indirectamente, a mulher queria o meu NIF.

Eu não me manifestei, volta a usar as mesma palavras e respondo-lhe:

" se tem aí o meu NIF, porque está a pedir-mo?"

"ah, não sei se está a entender, eu não tenho o seu NIF. Eu quero que a senhora Maria V me diga para ver aqui na ficha o que foi que aconteceu naquelas duas vezes que lhe foi recusado o produto".

Não lhe disse que não lhe dava o NIF ( a conversa estava a ser gravada). Mas insisti que não queria nem estou interessada no produto, e se um dia quiser entrarei em contacto com a empresa.

Quando finalmente percebeu que não lhe daria o NIF (era o que faltava!) acabou a conversa ( que estava a ser gravada) dizendo que fora um prazer falar comigo, que fui muito simpática, que agradecia do fundo do coração a minha simpatia. E desligou.

Eu entendo o quanto estas pessoas precisam destas chamadas para ganharem a sua comissão. Muitas foram as vezes que o fiz para as ajudar.

Mas depois vinha a carta a informar-me que não era possível ter o produto.

Lamento. De coração.

 

 

 

 

 

 

 

 

"12 e 13 de Maio foram dias únicos"

Estava a ler o blog em destaque sobre este dia 13 de Maio e já preparada para comentar, o telemóvel tocou.

Vejo o nome. Nem queria acreditar!  A minha colega e amiga Ni?! E lembrei-me que no ano passado, neste mesmo dia 13,  ela ligou-me.

Atendi e saiu-me um olá cheio de alegria, e diz ela sem demoras :"Tinha de te ligar. Tu sabes que os dias 12 13 foram mágicos para nós."

E as lágrimas caem-me do olhos, como caem agora que escrevo este post.

"Tu sabes que estes dias foram únicos para nós as quatro. A procissão das velas foi mágica, uma noite  de devoção única, e no dia 13 o Adeus a Nossa Senhora de Fátima fazem-me arrepiar quando recordo. Não achas que é mesmo de arrepiar?

"Sim", respondo eu. "Nem imaginas o quanto choro enquanto te ouço falar. Ontem à noite, antes de me deitar, lembrei-me desta maravilhosa e mágica noite do dia 12.  Só quem lá vai sabe dizer o que sente. O silêncio, o respeito, a fé, a devoção das pessoas, são impossíveis de contar."

"Acho que vamos ser velhinhas e todos os anos vamos recordar estes dias que passamos nós as quatro, em Fátima. E eu tinha de te ligar para te dar um abraço."

"Obrigada. Estou emocionada porque tu também és única."

E a conversa continuou, por breves minutos, com os desabafos de como andam as coisas por lá.

Acabamos com o envio meu de beijinhos para as ex-colegas, principalmente para as amigas de coração, com quem partilhei desafios, desabafos, brincadeiras, "raivas" mas sempre com a ideia de dever cumprido.

Dia 13 de maio, vai ser um dia bom. Fiquei tão feliz com esta chamada.

 

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( as quatro amigas, Maio de 2013) 

 

 

Sem luz

 

Há dois dias que não há luz na minha rua, tem sido a luz de uma garagem de estacionamento público que ilumina somente o início da rua, até às 22 h, hora de encerramento.

Há uma escola primária que está fechada para férias, mas tem o jardim de infância, no recinto ao lado, que está a funcionar, que fecha por volta das 19h.

Há as finanças, há o registo predial, há os correios, há muitas pessoas que passam na rua, que são iluminadas pelos faróis dos carros que a descem, ou pela luz da garagem

Na quarta-feira passada, fui ao jantar de Natal da escola, cheguei a casa por volta das 2h, (felizmente não levei o carro) a colega que me trouxe, teve de parar o carro de frente para a minha porta de modo a que eu pudesse introduzir a chave na fechadura, abrir a porta e entrar.

Ontem, fim de tarde fui à janela espreitar a rua e estava novamente às escuras.

Pensei que alguém tivesse ligado à EDP, mas pelo que me percebi, não. Por que razão?

Há pouco, cheguei a casa da minha caminhada, peguei no telefone fixo e liguei para as avarias.

E como sempre, a conversa gravada:

(...)

- Se é avaria em casa, marque x; se é avaria na rua, marque y ( e eu marquei)

- Se a avaria na rua é só de um candeeiro marque x, se for metade da rua, y, se for a rua inteira, marque z (marquei z).

- A chamada vai ser atendida por um colaborador.

Atende-me a colaboradora, faz umas perguntas pessoais (nome e morada) pede que explique o que se passa.

Pede-me um ponto de referência da rua.

Dou-lhe três (a rua x, a escola secundária e as finanças).

Pergunta-me se pode ficar com o contacto móvel no caso de necessitarem de algum esclarecimento.

Ok, tudo feito.

Agradece a comunicação ( quando alguém comunica a avaria e se outro alguém faz o mesmo, informam-nos, daí ter percebido que nenhum morador fez a comunicação. Estão à espera que a EDP descubra?)

Falta saber se vêm resolver a avaria. Estamos em fim-de-semana, esta rua é de passagem para o centro e passam aqui muitos jovens da noite.

Se com a iluminação que há na rua, que não é demais, por vezes, tenho receio, imagine-se sem ela.