praias que já foram praias
Passaram cerca de 12 anos, a praia de Cepães, Esposende, tinha um extenso areal, boas dunas, durante a maré vaza os rochedos convidavam os adultos à procura do mexilhão e das estrelas-do-mar, enquanto as crianças banhavam-se nas pocinhas.
Agora, a praia tem um areal pequeno ( a Câmara tem vindo, há alguns anos, a reestruturar estas praias do concelho), a norte cheias de pedras (jogas), dificultam o acesso ao mar e, na maré alta, batem fortemente nos pés, tira-nos a vontade de um banho de mar; e para passear pela praia, nem as havaianas nos ajudam.
Tenho saudades dos dias de Setembro, antes do regresso às aulas, metia os sobrinhos, Diogo e Sofia, no carro, íamos para esta praia, sossegada e com espaço para a brincadeira, foram deliciosos dias de fim de Verão.
Saí do passadiço, entrei pelos caminhos com flores e pinheiros, e borboletas lindas que não consegui fotografar, para subir as dunas e observar a pequena praia doutros tempos de lazer.
Soube que a esplanada que, outrora, no início da Primavera e até meados do Outono, antes de o bar fechar a época de praia, íamos um grupo de amigas, aos fins-de-semana, comer os nosso cachorros ou sandes, acompanhados de um fino ou cerveja, usufruíamos do sol, fosse a temperatura fresca ou quente.
Várias épocas depois, passei lá, o café estava fechado.
De quando em vez, nos fins-desemana de sol de Outono e Inverno, passava por lá, tirava as fotografias ao mar, àquele lugar sossegado, apresentava, então, o café, o exterior degradado.
Soubera, num dos jantares com as minhas amigas, que o bar abrira, convidava as pessoas à preguiça do sol, às bebidas frescas, aos almoços na esplanada.
Está, de facto, um espaço simpático e confortável. Brevemente, passarei por lá para um almoço ao sol.
Descobri que toda aquela praia se une às praias para Norte e Sul pelos largos e robustos passadiços de madeira. Adoro passadiços.
Depois de Agosto, irei fazer as minhas caminhadas, quero ver até onde estes vão.
Pelo caminho um simpático cão vinha atrás de mim, à espera que lhe desse atenção.
Parei para tirar umas fotografias a estas flores vermelhas, a par dos seus donos, passaram à minha frente.
Uns passos além, voltou para trás e veio ter comigo.
Fiz uma parte destes, apenas para tirar fotografias e lembrar aquela praia afastada da confusão das Marinhas, ver em que estado ela ficou, devido à erosão e o que o homem fez de mal ao longo dos anos, para que tudo isto acontecesse.
Estas praias vão, certamente, desaparecer.