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cantinho da casa

cantinho da casa

um pedido de ajuda

Mesa-de-Voto.jpg

imagem daqui

 

fui votar, a  fila para a minha secção de voto era um pouco extensa, mas andava bem.

atrás de mim, estava um senhor idoso, cuja filha o amparava. 

quando estava perto da porta, teria três pessoas à minha frente, disse ao senhor que lhe dava a minha vez.

o senhor agradeceu. a filha disse que não era preciso.

ouvi alguém dizer que ia buscar uma cadeira para o senhor.

eu insisti para ir à minha frente, e foi quando a filha pediu à mãe, que já tinha votado noutra secção, para ficar com ele, e quem estava à minha frente  deixou-a passar.

e foi então que percebi: a filha ia votar, os pais teriam de esperar por ela.

e a verdade é que a cadeira para o senhor não apareceu.

atrás destes, estavam mãe e filha.  a mãe pelos setentas,  ouvi-a cumprimentar alguém e perguntar: " em quem "botaste?". sem ter obtido resposta, a filha desviou a conversa.

quando chegou a minha vez, entrei.

a mesa eleitoral era composta por mulheres jovens (  há anos que eram sempre os mesmos rostos, estava na hora de mudar ), fiquei satisfeita com a mudança.

estava eu a entregar os três boletins de voto, umas das jovens da mesa disse à senhora dos 70as que já podia ir, ao que ela comenta: "eu não sei como fazer, se precisar vocês ajudam-me".

todas as jovens da mesa olharam para mim.

é que os meus olhos deviam ter expressado surpresa com o que ouvi.

respondeu uma delas: " vá, e logo se vê"

apeteceu-me dizer: " não sabe, dobre os boletins e meta-os na caixa".

saí da sala. 

não possso  entender porque a família não esclarece a senhora de como se processa  o voto; ou lhe digam como fazer no caso de ficar confusa. e/ou se acham que não é capaz, é preferível não levá-la, na minha opinião.

isto só acontece comigo

um pequeno caso sério

que me irrita de verdade são os tupperwares que guardamos nos nossos armários da cozinha.

À medida que não os usamos vamos encaixando-os uns nos outros. Contudo, quando precisamos de um temos de os tirar todos, quer seja o grande que está no fundo, quer seja um médio, que anda lá pelo meio, e aqui é que o diabo torce o rabo, tiramos os pequenos para chegarmos aos médios, ora cai um, depois aquele não dá, muda-se, volta-se a encaixar tudo de novo, é um desespero, na minha opinião.

Depois, há as tampas que ocupam espaço e se os nossos armários, como os meus, que não são xpto e não têm aqueles organizadores ou estantes giratórias de arrumação, há que arranjar uma solução prática e que não estorve os outros utensílios de cozinha.

No meu caso, meti-os em cestos e acomodei-as em prateleiras mesmo à mão para não ter de os tirar dos armários.

Ora, eu não gosto de ter tupperwares de mais nem de menos, tenho-os de todos os tamanhos, mas sou sincera, detesto-os pelo trabalho que dão em os arrumar.

Quando a Sofia almoçava cá em casa, e sobrava comida, levava-a para casa nos ditos cujos. Trazia na mochila, se fosse pequeno, e quando lhe apetecia vir carregada. Ou então, quando ia a casa dela, trazia-os eu.

Esta treta toda porque li neste blog uma história muito engraçada sobre este utensílio de muito uso nas casas portuguesas, porém capaz de pôr os nossos nervos em franja, como os desta que escreve este post que confessa ter-se habituado à ideia de que o que vai não tem retorno..

Há anos que no Natal  a história repete-se. Os tupperwares com as sobras que vão para casa dos sobrinhos ficam lá para sempre. Se não ficam, certamente que os levam para casa das mães que, por sua vez, dizem que não lhes pertencem mas não sabem de quem são ... e ficam a encher os seus armários.

Este Natal, só um sobrinho levou as sobras. Com elas foram os melhores tupperwares e os que mais uso lhes dou. 

Pensei, então, comprar novos para os substituir.

Os sobrinhos nem sempre vêm a casa, gostam demais do Porto, mesmo assim achei por bem esperar algum tempo.

Deu-se o caso de este fim de semana entrar no FB para saber se havia alguma novidade disto, estava ele, o meu sobrinho, online. 

Se por um lado queria falar-lhe dos ditos, por outro, e os rapazes não lhes dão a mínima importância e esquecem-se do que é de quem, não queria ser chata.

Escrevo, não escrevo... Escrevi.

E tive a resposta:

 

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 Afinal, também para eles, ter tupperwares em casa, é um pequeno caso sério.

 

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