Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cantinho da casa

cantinho da casa

#fique em casa 6 - sábado de poesia ... e de recordações

 O Sapo desafiou-nos.

Eu não sei escrever poesia. Fui à estante, escolhi um dos livros do tempo de estudante, peguei numa antologia editada em 1965, e adoptado no estudo do Português no então Liceu que a minha irmã frequentou.

Abri o livro numa qualquer página. Nessa página tinha uma folha de papel dobrada em quatro.

Abri-a.

Era uma carta para a minha irmã que, na altura, estudava em Londres.

Não me recordo de nada disto. Até estranhei a caligrafia, mais perfeita, mas só podia ser a minha( e tem um erro de ortografia).

A carta foi junto com uma encomenda.  Quando a minha irmã regressou teria guardado neste livro.

O poema  da página é de Gomes Leal, " O VelhoPalácio"

IMG_5895.JPGIMG_5894.JPG

a carta:

IMG_5899.JPG

IMG_5897.JPG

Perguntei-me como é que só agora descobri isto.

Há doze anos que ela nos deixou, mas vou ter o prazer de a mostrar às filhas.

 

à oitava foi de vez

Conforme escrevi aqui, o hospital marcou uma consulta para esta segunda-feira, ao princípio da tarde. Liguei no mesmo dia de manhã a pedir que a consulta passasse para última hora de consultas, tinha uma viagem ao Porto com probabilidade de cancelar caso não chegasse a tempo.

Fui ao Porto, tudo correu bem, não apanhámos muito trânsito, cheguei a horas, fui para o Hospital. Esperei cerca de quinze minutos ( desta vez acreditei que teria a consulta, havia mais pessoas para a especialidade).

Um médico jovem e simpático ouviu o que me levou a procurá-lo, viu a ressonância magnética, explicou-me o que se passava com a minha coluna, confirmou que tenho bicos de papagaio.

Não tendo, agora, dores, não há necessidade de operar, talvez quando for velhinha, até porque, disse " a sua coluna está a envelhecer".

Resolvido e esclarecido o que queria, não esqueci que tenho de escrever uma carta à admninistração a expor o que aconteceu com as sete consultas marcadas e das quais nenhum médico compareceu, e porque ainda não recebi a resposta a esta reclamação.

 

 

 

 

coisas do meu dia # esquecimento

open-carta.jpg

 

Sempre fui uma pessoa cuidadosa com a pontualidade e responsabilidade em tratar os meus assuntos pessoais, por vezes dois a três meses antes do prazo acabar, e ao ponto de resolver os da família quando esta os deixa chegar ao limite.

Também falho, e esta cabeça não é excepção, sobretudo quando se trata de algo que é tratado de x em x anos.

Ora, na sexta-feira, numa troca de mensagens no whatsapp com a minha amiga M em que ela me dizia que tinha ido revalidar a carta de condução, ontem, ao jantar,  veio-me à mente a conversa, de repente lembrei-me de verificar o prazo de validade da minha.

E contrariamente ao que pensava, o seu prazo de validade expirou há cinco meses.

Nem queria acreditar! Os documentos andam sempre comigo, tinha revalidado o cartão de cidadão antes do prazo limite e a carta de condução foi esquecida?!

Acabara de chegar da praia, comentara com a minha sobrinha que iria ver os meninos durante a semana.

Carro na garagem, vou tratar da sua renovação, está fora de questão visitar os meus sobrinhos netos.

Não foi descuido, foi esquecimento. O tempo passa depressa demais, tinha a noção de que a revalidara há poucos anos.

 

 

NÃO QUERO MORRER…..

Uma carta com data de fevereiro passado, recebida hoje, no meu e-mail, julgo ser de conhecimento de muitas pessoas, sobre um assunto que me toca e aos milhares de portugueses que se encontram em situação precária, " não quero morrer..."a carta de Júlio Isidro, aqui, no meu cantinho.

 

{#emotions_dlg.meeting}

 

Apareceu, por mão amiga, este texto de Júlio Isidro que dá para este fim de semana dar ânimo a todos os que bem pensam sobre o nosso futuro.

 

 

NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!!

NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO  PARA  JÁ SABER TUDO!

 

Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.

E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.

Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente,  ordenadamente, no respeito  das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.

Sou dos que acreditam na invenção desta crise.

 

Um “directório” algures  decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.

Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz.

Parece que  alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.

Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à estrita e restrita sobrevivência.

Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado  que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho.Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.

Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro  entre os medicamentos e a comida.

E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível.

A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o miagre da multiplicação dos pães.

Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de  sair de casa,  suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se  de sangue , 5% dos sem abrigo têm cursos superiores, consta que há cursos superiores  de geração espontânea, mas 81.000  licenciados estão desempregados.

Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho.

Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada”  faz um milhão de espectadores.

Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros.

Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a boçalidade.

Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas  há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados.

Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes.

Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…

Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?

E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.

Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.

E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.

Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.

E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…

Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno- almoço e almoço.

E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome , envergonhadamente , matar a fome dos seus meninos.

É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.

 

Júlio Isidro

Quando a preocupação

não nos deixa dormir,  vem-se procurar a morada destes senhores, que é mesmo em frente à minha casa, mas noutra rua, para às 9 horas estar à porta dos CTT, mesmo ao lado, também, deixar a carta com a justificação pormenorizada, disto e disto, e não perder tempo (???), como ontem de manhã, antes de a AT abrir, numa longa fila de espera era eu a 37ª  pessoa para o IUC.  40 minutos de espera o visor ainda marcava o nº3. Não podia faltar ao trabalho (ontem entrava às 10h), desisti.

Espero que esta carta, DEFINITIVAMENTE,  resolva o assunto e não tenha eu de pagar o IUC de um senhor que faleceu há 4 anos.

O meu dia vai ser longo.

Um ótimo dia para vós.

 

 

 

 

 

 

 

Braga já boicota os blogs???

 

 

Tenho recebido vários e-mails de pessoas de Braga a informarem-me sobre o boicote que fizeram ao blog farricoco, a propósito da publicação do que este bloguista edita sobre notícias fulcrais para e sobre o s Bracarenses, notícias estas retiradas dos jornais da cidade, quer seja de texto quer seja de imagens.

Hoje recebi mais um e-mail, cuja imagem retirei do referido blog.

Pergunto: Já não há democracia em Portugal?  Nem tão pouco em Braga, a cidade mais socialista do país?????
Não quero perceber de política, mas dói-me o que se passa aqui por Braga.

Tenho um amigo bracarense que vive há muitos anos no Brasil, sabe do muito que se passa aqui em Braga através de outros amigos.

Um dia destes recebi um e-mail dele,  que transmiti ao bloguista do blog farricoco.

Leiam o texto que recebi.

 

"Esse bandido acobertado pelo povo de Braga e cujo nome é Mesquita Machado
acabou com a Av. Marechal Gomes da Costa, pois os presumidos canteiros de
flores que lá colocaram são de péssimo mau gosto e de paisagismo (ZERO) e para
complicar é provável que venha a enfraquecer a festa de são João, pois o povo ficava
a andar nessa avenida para cima e para baixo e agora a avenida foi entulhada com
rectangulos e esquisitos canteiros, das duas uma. Ou o povo deixa de andar na
avenida ou de propósito ficam a andar em cima das flores e com isso o corrupto
Mesquita embolsa mais dinheiro com a comição que vai cobrar de quem for reparar
os estragos do presumido jardim.
*
Ó povinho froxo esse de Braga, que deixam delapidar o seu património e ficam calados.
*
O prédio histórico e que havia de ser tambado pelo património cultural foi vendido para os
Espanhóis, que o estão a destruir com a descaracterização do interior do mesmo, de
que serva a casca do ovo se já se foi a gema e a clara.
*
Não sou terrorista e nem espírito para tal tenho, mas que se morasse aí, calado não ia
ficar."