Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cantinho da casa

cantinho da casa

carros Mega Oferta

A semana passada, recebi uma mensagem de um empresa de venda de automóveis que me convidava a visitar o espaço, neste final de mês, com  oportunidades de compra de carros a que chamam de Mega Oferta.

A primeira vez que recebi uma mensagem, achei estranho porque o meu carro não é do grupo da marca. Mais tarde lembrei-me que quando há cerca de três anos bateram no meu carro, a companhia de seguros indicou-me o serviço de oficina com quem tinha acordo, logo, esta ficou com os meus dados, daí receber estas mensagens.

Como não estou interessada em comprar carro, o meu velhinho ainda tem rodas para andar, reencaminhei a mensagem para um familair meu, que precisa muito de um carro. 

Disse-lhe  que gostaria de ir com ele ver as oportunidades.

E hoje, fomos.

Muitos carros para venda, quase 50 vendidos desde quinta-feira.

O senhor que nos orientou, foi muito simpático, levou-nos directamente para um carro novo que está com uma "promoção" de 3 600 do valor inicial.

Mas mesmo assim é caro para o valor que o meu familiar pretende dar. Noto que ele ia na expectativa de ver um carro de serviço ( bem caros) ou em segunda mão.

Reparei num, já vendido, por um preço muito bom, estava dentro do que ele pode pagar.

O senhor foi fazer a simulação para uma prestação baixa, e com entrada no valor (uma entrada razoável) que o meu familiar  propôs. A mensalidade é confortável, mas ele está indeciso.

Eu não opino nem influencio.

Todos os carros custavam mais de vinte mil euros, independentemente de serem novos ou usados. Alguns ficava um pouco abaixo do valor com a oferta, mas comprar um carro não é decisão para se tomar num dia.

E eu acredito que o carro até amanhã vai ser vendido, mas tenho a certeza que não vai ser o meu familiar a comprar.

Por vezes, passa-me pela mente comprar um carro em segunda mão, com poucos quilómetros e mais moderno.

Mas quando espreito na internet os preços, desisto.

Impensável gastar as minhas economias num carro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

no parque de estacionamento

MERCEDES BENZ S CLASS CABRIOLET 2018 006.jpg

No bar do ginásio, ia tomar o meu café, duas colegas das aulas de Pilates e Antigravity convidaram-me a sentar na mesa delas.

Vinte minutos de conversa, estava na hora de regressar a casa, desci no elevador com uma delas, tínhamos os carros no parque, quando me aproximei do meu, estacionado ao lado de um desportivo, comento eu: "Que carrão giro! Se bem que..."

Ela aproxima-se dele e abre-o.

Nunca a vira chegar ou sair de carro, ri-me e acabo a frase " ...se bem que gosto de os admirar, mas sou fã de carros mais pequenos".

Responde ela: " Eu também gosto de carros mais pequenos, mas este é o que tenho, ando com ele".

Arrancou.

E eu que tenho algum conhecimento dos modelos e marcas, não consegui identificar a deste.

o ronco dos motores

Falperra 2016.jpg

 

Já se ouvem, no centro da cidade, para mais uma prova da Rampa da Falperra,  que se inicia amanhã.

Lamentavelmente, o tempo está cinzento.

Há pouco, enquanto fazia o aquecimento no tapete, no ginásio, um nevoeiro intenso cobriu a cidade.

Agora, aliviou. Oxalá amanhã melhore . A rampa chama muitos forasteiros à cidade.

 

Os carros para as crianças

varioa tlm 107.jpg

Um dia destes tinha ido ao centro comercial, vi uma senhora que empurrava um mini-carro para crianças, mas sem a criança lá dentro, ok.

Hoje de tarde, fui com a minha sobrinha e os meninos centro comercial, vejo passar uma mãe que empurrava um carro vermelho com uma criança lá dentro e diz o meu sobrinho neto: "mamã, também quero um carro vermelho".

O miúdo está cá há cerca de três semanas, já conhece os carros e eu que passo lá várias vezes nem sabia que existiam.

Foi então que percebi. Paga-se 1,50 euros a criança vai dentro do carro, a mãe ou o pai empurra e é uma maneira de as crianças andarem às compras com os pais sem chatearam muito.

Não havia carro vermelho, dos dois que estavam parados, escolheu o mini verde e lá fomos nós calmamente às compras.

Mas o miúdo quis ir ao "parquinho" (parque). Enquanto a mãe foi às compras para o bebé, eu empurrava o carro até ao parquinho, uns minutos de brincadeira, voltou ao carro, fomos dar uma volta pelo centro.

Uma ideia de marketing muito interessante, que  não é caro, não tem limite de tempo e a criança gosta. Fica mais caro aquela coisa do noddy em que se  paga 1 euro e dois minutos depois pára e a criança insatisfeita, quer mais.

 

 

 

 

 

Os motores invadiram a Arcada

falperra_b-470x260.jpg

 

Amanhã temos mais um subida da Rampa da Falperra, mais uma prova europeia de montanha que tem muitos adeptos portugueses e espanhóis.

Hoje, fui a pé ao ginásio, achei estranho os inúmeros de carros com matrícula espanhola que passavam na zona da Makro. Dois camiões passaram por mim com os carros de fórmula não sei das quantas (não entendo disto), e foi aí que me lembrei da Rampa.

Amanhã, manhã cedo, ninguém vai conseguir dormir lá para as bandas da Falperra.

Então ficam aqui as minhas fotografias (por sorte, tinha a máquina fotográfica na carteira) da exposição de carros, no centro da avenida e que vão participar na subida da Rampa da Falperra.

 

dia 15 maio 001.JPG

dia 15 maio 002.JPG

dia 15 maio 003.JPG

dia 15 maio 004.JPG

dia 15 maio 005.JPG

dia 15 maio 007.JPG

dia 15 maio 009.JPG

dia 15 maio 010.JPG

dia 15 maio 011.JPG

dia 15 maio 012.JPG

dia 15 maio 013.JPG

dia 15 maio 014.JPG

dia 15 maio 015.JPG

dia 15 maio 016.JPG

dia 15 maio 019.JPG

dia 15 maio 023.JPG

dia 15 maio 024.JPG

dia 15 maio 025.JPG

dia 15 maio 030.JPG

dia 15 maio 032.JPG

dia 15 maio 035.JPG

dia 15 maio 036.JPG

dia 15 maio 037.JPG

dia 15 maio 040.JPG

 

 

Sinais de mudança?!

Sou uma pessoa simples, não cobiço nada de ninguém, não tenho inveja  de quem é rico ou tem uma vida bastante confortável, nunca tive o sonho de comprar um carro de alta gama, mas noto que nas minhas  caminhadas de fim de semana, os carrões saem à rua.

Hoje, nos 6 km de ida e vinda para e do ginásio, vi 6 carros com matrícula de fevereiro deste ano, tais como um Jaguar, dois  BMW, dois Volvo e

um Porsche, todos de cor preto.

Sinais de mudança?!

Espero que sim.

 

 

 

 

 

NÃO QUERO MORRER…..

Uma carta com data de fevereiro passado, recebida hoje, no meu e-mail, julgo ser de conhecimento de muitas pessoas, sobre um assunto que me toca e aos milhares de portugueses que se encontram em situação precária, " não quero morrer..."a carta de Júlio Isidro, aqui, no meu cantinho.

 

{#emotions_dlg.meeting}

 

Apareceu, por mão amiga, este texto de Júlio Isidro que dá para este fim de semana dar ânimo a todos os que bem pensam sobre o nosso futuro.

 

 

NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!!

NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO  PARA  JÁ SABER TUDO!

 

Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.

E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.

Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente,  ordenadamente, no respeito  das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.

Sou dos que acreditam na invenção desta crise.

 

Um “directório” algures  decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.

Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz.

Parece que  alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.

Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à estrita e restrita sobrevivência.

Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado  que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho.Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.

Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro  entre os medicamentos e a comida.

E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível.

A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o miagre da multiplicação dos pães.

Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de  sair de casa,  suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se  de sangue , 5% dos sem abrigo têm cursos superiores, consta que há cursos superiores  de geração espontânea, mas 81.000  licenciados estão desempregados.

Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho.

Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada”  faz um milhão de espectadores.

Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros.

Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a boçalidade.

Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas  há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados.

Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes.

Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…

Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?

E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.

Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.

E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.

Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.

E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…

Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno- almoço e almoço.

E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome , envergonhadamente , matar a fome dos seus meninos.

É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.

 

Júlio Isidro