Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cantinho da casa

cantinho da casa

a mochila

Amanhã vou para Lisboa, regresso na sexta-feira.

Arrisquei comprar o bilhete de regresso para o Alfa das 16h, mas corro o risco de ter de ficar o dia inteiro.

Ora para passar uma noite, não preciso de levar a mala pequena pois teria de andar com ela atrás de mim e não me apetece.

Não gosto de usar mochila e também não gosto de saco de viagem ( que esquisita que sou!), mas alguma coisa tenho de levar com o mínimo de roupa que preciso.

Decidi pedir à Sofia uma das várias mochilas que tem. Duas delas são novas, uma é muito colorida, não tem nada a ver comigo, a outra, preta, anda com ela.

Então escolhi a que me pareceu estar em condições para fazer a viagem.

No carro da mãe há vários dias, ontem, deixou-a cá em casa.

A preparar a roupa que preciso levar, examino a mochila, não fosse estar suja por dentro ( sabem como são as adolescentes), noto que  os cantos estão rompidos, embora não sejam visíveis do lado de fora. " E agora? Não vou para Lisboa com isto".

Como não gosto de fazer má figura, pensei nas lojas perto de casa onde pudesse comprar uma mochila até 30 euros.

Na loja Adidas, caras que são, nem pensar.

Lembrei-me da H&M, a cinco minutos de casa.

Vesti-me, e fui.

Encontrei uma em sarja e imitação de pele pelo preço que estava  disposta a pagar: 29,95

Gosto dela, está muito bem para o que desejo, vai, com certeza, fazer muitas saídas. 

IMG_1028.JPG

 

 

 

o último dia na capital

Quarto e último dia, o das consultas, marcadas para as 10h e 11h.

Saímos cedo de casa, a dona do APA acompanhou-nos à paragem de táxis e foi quando aconteceu isto.

Chegámos à clínica antes da hora da 1ª consulta, fomos ao bar tomar café, lemos o jornal, tiramos uma fotografia à paisagem.

DSC00680.JPG

As consultas correram bem, dentro de seis meses volto, mas desta vez ao Porto, ou quem sabe, em Braga.

Descemos a avenida, malas atrás de nós, pensei que no El Corte Inglês houvesse um espaço onde as guardar.

No passeio da rotunda da Praça de Espanha demos de caras com uma guitarra publicidade ao Rock in Rio. Tinhamos de ter uma fotografia, ora, pois!

DSC00687.JPG

E foi então que reparei nas meias. Rasgadas! Que vergonha!

Quando as vesti , novas, estavam bem. 

Destesto as meias rasgadas, tomei a decisão de mudar de roupa.

Costumo levar t-shirts  ou sweats a mais caso possa precisar, mas desta vez levei a conta certa, as que tinha na mala tinham sido usadas, nem pensar vesti-las. Dirigimo-nos à Zara para comprar um t-shirt, mudaria de roupa nos provadores.

Mas não vi nada que gostasse, queria mesmo uma t-shirt simples, básica.

Enquanto a minha amiga experimentava uma peça, deixei a malas com ela e fui ao El Corte Inglês. Dirigi-me à segurança (era uma mulher) e fui informada que junto às caixas do supermercado tem um balcão onde podemos deixar lá a bagagem. "Bingo!",pensei.

De repente, vejo mesmo ao lado um balcão com t-shirts de várias cores. Tinha o meu tamanho, peguei numa azul, paguei e fui ter com a minha amiga.

Voltamos ao El Corte Inglês, dirigi-me à casa de banho, abri a mala,tirei os jeans.  Mudei de roupa, pus as meias no lixo, fomos ao balcão para as guardarem. Aproveitamos para deixar os casacos, podíamos andar à vontade, o dia estava quente.

Demos uma volta pelos vários andares (não tenho paciência para El Corte Inglês). Almoçámos por lá.

Saímos em direção ao Parque Eduardo VII para ela ver as vistas de Lisboa, passamos na  estufa fria.

DSC00691.JPG

DSC00694.JPG

DSC00696.JPG

DSC00703.JPG

DSC00717.JPG

 Fui mostrar-lhe os jardins da Gulbenkian, um espaço simpático e calmo.

DSC00727.JPG

DSC00718.JPG

DSC00728.JPG

DSC00731.JPG

Já estava na hora de seguirmos até Lisboa Oriente,  fomos buscar as malas, dirigimo-nos para o metro.

E foi aí que mais uma me aconteceu. Tenho o cartão VIVA ainda válido, introduzi-o na máquina, marquei a viagem que queria, introduzi as moedas. O talão de pagamento saiu,  o troco e tiro o bilhete da máquina.

Quando passamos os bilhetes no torniquete, a minha amiga passou primeiro, ficou do outro lado à minha espera.

Quando passei o meu acendeu uma luz vermelha. Tentei uma, duas , três vezes, e nada.

Uma senhora ofereceu-se para passar o dela mas também não leu.

Fomos as duas ao guichet reclamar, não estava lá ninguém para nos atender.

Foi então que resolvi meter de novo o meu cartão na máquina, paguei outra  viagem.

Passei o cartão e entrei. Fiquei lixada. "Gatunos!" dizíamos nós. "Nem um responsável para resolver estas anomalias". Fiquei muito, muito zangada.

Saímos na Gare do Oriente, queríamos dar um passeio pelo Parque Expo. Primeiro, uma volta rápida pelo centro comercial Vasco da Gama, saímos para o Parque. Mas, de repente, o tempo mudara. Estava fresco, tínhamos  deixado os casacos com as malas no depósito de bagagens, começara a chover, o passeio foi rápido.

DSC00736.JPG

Mas rimo-nos imenso com a nossa figura, pois queríamos tirar as selfies do costume mas não atinavamos com o telemóvel xpto,  dela. Era o cansaço, pois claro!

DSC00735.JPG

DSC00744.JPG

DSC00747.JPG

DSC00748.JPG

DSC00750.JPG

As fotografias com o nosso amigo Gil.

Regressamos a Braga.

Pela primeira vez, que me lembre, e das muitas viagens que fiz a Lisboa, o Alfa chegou atrasado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3º dia na capital

Terça-feira acordamos cedo, pusemo-nos prontas para ir para a rua, repetir, no meu caso, os Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos, o CCB, os pastéis de Belém ( que não comemos) e a tarde seria o que nos apetecesse fazer.

Descemos em direção ao Martim Moniz, metemos pela Praça da Figueira, tomamos café na Rua Augusta e, como sempre, porque sou curiosa, quando passo à porta, gosto de ver se há alguma exposição, falei à minha amiga no MUDE.

Entramos, estava em exposição peças de mobiliário e vestuário de designers conhecidos do século XX. Reconheci algumas dessas peças de exposições anteriores

No fim do corredor, em frente à saída, tinha um expositor onde se lia "A cor é para todos", Made in Portugal ColorADD, onde se  via, em forma de pirâmide, uma inúmera quantidade de lápis de todas as cores da marca Viarco.

Só fotografado poderia mostrar aqui o quão de apelativo estava o expositor, mas como não se pode fotografar dentro do museu, não tive outra solução senão procurar no site do MUDE.

Sem Título.png

Seguimos em direção ao Terreiro do Paço, para ver o rio e tirar as fotografias para mais tarde recordar (tenho imensas tiradas nos mesmos lugares mas com pessoas diferentes, desta vez não quis tirar) fomos para a paragem de autocarro com destino a Belém, onde uma longa fila de estrangeiros aguardava a chegada do transporte.

DSC00579.JPG

 Alguns turistas tinham bilhete na mão, nós não sabíamos onde os comprar.

Chega um elétrico articulado, tentámos entrar pela frente para comprar os bilhetes, mas a cabine do condutor estava fechada, bati nos vidros para lhe perguntar como adquirir o bilhete, mas ele mostrou-me um ar sisudo, antipático.

Saímos. Andava um condutor dos tuk a perguntar aos estrangeiros se queriam um passeio pela cidade, até que me lembrei de lhe perguntar se havia algum lugar onde pudessemos comprar os bilhetes de autocarro.

Repondeu-nos que era no autocarro que se comprava e que custava 3 euros cada bilhete mas que se quisessemos que nos levava a Belém. 

Agradeci e respondi que não. Mas a fila começou a aumentar ainda comentamos que às tantas até qie seria uma ideia irmos de tuk.

Chamei-o mas ele ignorou-nos. Entretanto, chegou outro elétrico articulado, entramos e foi então que vimos, bem afastadas de nós, a máquina dos bilhetes.

E para lá chegar? Percebíamos que os estrangeiros tinham alguma dificuldade em tirar os bilhetes. Nós, entaladas, no meio dos estrangeiros, pedíamos licença para chegarmos à máquina.

Como sardinhas na canastra e sem que alguém se mexesse, o elétrico ia seguindo o seu percurso e eu comentava com a minha amiga "se entra aqui o agente de fiscalização, estamos lixadas". Confesso que tive muito receio. 

(Contei à minha amiga que, há dois anos, quando a Lia veio passar uns dias a Portugal, aconteceu-nos a mesma coisa. Fizemos a viagem até Belém sem os bilhetes. Aliás, eram poucos os estrangeiros que os tinham).

A cerca de quatro paragens do nosso destino, comentei: "Vamos sair aqui, não me sinto tranquila".

E ainda bem que o fizemos pois encontramos um loja de conveniência e compramos água, que já estava a fazer muita falta.

DSC00586.JPG

Fizemos a visita aos Jerónimos, seguimos para o Padrão dos Descobrimentos, fomos ao cimo para captar as lindas vistas de Lisboa, passamos pela Torre de Belém e mesmo ali ao lado, e porque me lembrei do passatempo do Rui, fomos espreitar o Monumento aos Combatentes do Ultramar.

DSC00596.JPG

DSC00610.JPG

DSC00611.JPG

DSC00605.JPG

DSC00617.JPG

DSC00628.JPGDSC00633.JPG

DSC00639.JPG

DSC00649.JPG

Comentara com a minha amiga a hipótese de almoçarmos no Mercado da Ribeira, mas a hora já ia avançada, estava calor, queríamos ir ao CCB,  ficaria muito tarde, decidimos ficar mesmo por ali. E entramos na Portugália que, àquela hora, estava calma. Na esplanada não havia mesas, escolhemos uma no interior e junto à esplanada.

DSC00659.JPG

Depois de bem alimentadas, fomos descansar as pernas para a relva do CCB, tendo por companhia os pássaros e outras pessoas que tiravam uma soneca. 

DSC00664.JPG

DSC00667.JPG

DSC00671.JPG

 Apanhamos o autocarro para a baixa, subimos até ao Chiado para que a minha amiga ficasse com a fotografia da bela companhia do nosso Pessoa (eu não tirei porque já tenho de outras visitas).

DSC00676.JPG

Descemos o Chiado, não fomos comer os deliciosos gelados Santini, ainda não tinhamos digerido o almoço....

Fomos às compras, estavamos cansadas, jantaríamos em casa.

Mas para acabar bem a tarde, ainda faltava algo que havia prometido a mim mesma fazer.

No FB comentara com esta doce jovem que um dia iria dar-lhe um abraço.

Quis o destino que o apartamento que alugamos ficasse a dois passos daqui.

Por volta das 19h fui procurar o edifício que estava bem à vista. Fui para o lado errado, mas uma funcionária indicou-me o caminho e avisou-me que tinha de tocar uma campainha e pedir autorização para fazer a visita.

Mas na porta lia-se " visitas, das 19h às 21h" . Outras pessoas estavam santadas à espera, esperei também.

19:10h abriu-se uma porta. Surge uma enfermeira que, com um sorriso simpático, diz que podiamos entrar.

Fiz um sinal que queria falar com ela. Expliquei-lhe que era uma surpresa que queria fazer à CC e, de repente, perguntou ela aos visitantes: "Está aqui alguém para a CC?"

Uma senhora que vira na entrada e que comentara para mim mesma que era, de certeza, a mãe, respondeu: "Estou eu".

"Tem mais algum acompanhante?"

"Não", responde, "hoje só estou eu."

"Então tem aqui esta senhora que quer fazer uma surpresa à sua filha. Autoriza que ela vá?"

E expliquei à mãe o que me levava ali. Ela comentou "Ah! É a blogger que a minha filha fala".

Ajudou-me a colocar a máscara e entramos.

Uns olhos espreitavam a entrada do quarto. Sorri. E ela, a CC, reconheceu-me.

Não foram muitos os minutos que estive lá. Eram preciosos para mãe e filha, mas foram suficientes para perceber que o que leio no blog é exactamente o que é pessoalmente.

Não são precisas muitas palavras para dizer o que senti e sinto por esta blogger. A CC tem um coração do tamanho do mundo.

 

Já no apartamento diz a minha amiga "O nosso amigo quer vir a Lisboa e convidou-nos para bebermos um copo".

Chegou por volta das 21:30h, saímos a pé em direção ao Martim Moniz. Entramos no hotel Mundial, subimos no elevador até ao terraço,o  Rooftop Bar,  um espaço muito bonito e simpático convidava  para uma boa conversa e melhores bebidas.

IMG_20160426_224029.jpg

Pena que as noites lisboetas estivessem frias. Alguns clientes agasalhavam as costas com as mantas azuis que os funcinários punham à disposição.

IMG_20160426_222510.jpg

Junto a uma coluna havia uma mesa. Sentámo-nos nos altos bancos, de costas para a coluna que nos protegia do frio. 

As bebidas das mulheres não tinham álcool: sumo compal de beterraba e maçã, cenoura, sumo de limão, geleia (de qualquer coisa que não me recordo), canela, ervas aromáticas e limão. Simplesmente deliciosas! 

IMG_20160426_215849.jpg

Regressamos a casa. Eles ainda beberam chá e comeram bolachas. Eu, que ainda tinha o sabor da bebida fresca, não conseguia beber e comer mais nada.

O dia seguinte seria o nosso último dia em Lisboa. A contar... brevemente.