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cantinho da casa

cantinho da casa

o milagre da fruta

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Uma vez por ano, no dia 5 de Dezembro, abre-se a porta da Capela de São Geraldo, padroeiro da cidade de Braga.

Ontem, passava perto da Sé ouvi alguém comentar com uma pessoa, " vou à Capela que só abre neste dia".

E lembrei-me da primeira e única vez que eu e a minha  irmã a vimos aberta.

Não me esqueço que, do lado esquerdo e junto aos poucos degraus da entrada,  estava  apenas um homem, que teria 40 e poucos anos, a rezar.

A seu lado um cão guia.

Era um homem cego.

Falamos baixo, não queríamos incomodar quem tão concentrado estava nas suas orações.

Ficamos maravilhadas com o que vimos.

Entretanto, aproximou-se um homem,  funcionário da Sé,  a quem perguntamos o significado de tanta variedade de fruta que decorava o altar e as portas laterais.

Contou-nos em breves palavras que representava o Milagre da Fruta.

Quando ouvi na rua a senhora comentar que ia à Capela, estava mesmo ao lado da entrada lateral da Sé, fui.

Tinha muitas pessoas, contrariamente à minha primeira visita.

De manhã, há representações religiosas das crianças da escola desta da freguesia, que sei que leva meses a preparar. E há a missa.

Durante a tarde, fica a Capela aberta à comunidade.

Mais uma vez, tirei  as fotografias que  simbolizam a história do milagre da fruta.

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coisas da semana que está a meio

Ontem, fui tomar café no jardim do Museu Nogueira da Silva, agora aberto ao público, com os meus amigos da adolescência ( todos reformados, agora ).

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A esposa de um deles, "que conhece Braga inteira", chamou a pessoa que está a gerir o museu. Fez-nos companhia e convidou-nos a visitar a casa.

Eu e a minha irmã já conhecemos.  Mas  não esperávamos  que a senhora nos mostrasse o que não consta da visita ao público: o quarto, o escritório e a capela ( não imaginávamos que dentro do museu existe uma capela).

Foi um privilégio conhecermos este cantinho "escondido" do Museu.

Deixamos os nossos endereços electrónicos para ficarmos a par dos eventos que se venham a realizar lá.

Depois do almoço, passamos na Casa dos Coimbras, compramos o bilhete para ver a Capela da Sagrada Conceição que abria uma vez por ano, penso que na Noite Branca, está, agora, aberta ao público todo ano.

Inclui, também, a subida à Torre, que passa despercebida, pois fica num canto exterior onde tem uma pequena árvore que a esconde a quem entra e sai.

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imagem que encontrei neste blog e que tem fotos do interior da capela

 

A Torre é pequena, tem duas janelas com vitrais, um tecto de madeira. Afixado numa das paredes uma breve referência à sua história.

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O r/c da Casa foi renovado, tem um bar e um espaço para exposições.

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O andar de cima, que conheço, não tem visitas, é propriedade (ou estará arrendada a esta empresa de arquitectura), não pode ser visitada.

A meio da tarde, o casal do Porto veio ver a minha casa. Ela queria recordar esta casa que foi dos meus pais, os convívios, os almoços e/ou jantares que a minha mãe fazia.

E lembrava-se muito bem como esta era, agora com menos divisões, porque eu deitei paredes abaixo, quando a comprei.

Hoje, tínhamos mais uma saída:fazer a visita aos nossos familiares defuntos, mas eu não fui, vinha cá a casa o meu amigo dos biscates pôr um estore novo na varanda e substituir o silicone do poliban e da bancada do lavatório.

Sábado, acaba a visita destes nossos amigos, com um almoço na casa da aldeia ( fui conhecer a casa e almoçar com eles, há cerca de um mês), não vou  porque tenho outro compromisso, marcado há algum tempo e que não quero adiar.

Amanhã, não sei qual é o programa.

Também tenho cá a sobrinha, e os filhotes, que vivem na Irlanda, ainda não estive com eles, na próxima semana regressam a casa,

Presumo que estará na praia, como é costume, quando vêm a Portugal.

E assim passam estes dias, pós mini-férias em Tróia, com visitas e passeios.

Veio tudo a calhar na semana certa.O meu  sobrinho neto continua a ir para a praia, e até sexta-feira, com o colégio.

Na próxima semana, voltamos à rotina, até às férias de Verão.

 

 

 

 

passeio de fim de semana

No passado sábado, convidei uma amiga para dar um passeio comigo, e conhecermos o Castro de São Lourenço, em Esposende.

Quando fazia praia, o meu olhar perdia-se na observação de uma capela branca no cimo do monte,e dizia "ainda hei-de visitar aquela capela".

Nunca pensei procurar  o caminho,  passei milhares de vezes na estrada nacional que liga Barcelos a Esposende, e nunca me ocorreu que a capela ficasse tão perto.

Quando decorria as filmagens de " Mal viver" , em Ofir, Nuno Lopes habituou-me às lindas fotografias que publicava no seu Instagram, e foi numa delas que descobri o Castro de São Lourenço. E associei à Capela.

Naquela altura, proíbidos que estavamos de sair do concelho, as idas à praia não foram possíveis, assim como ir à descoberta do Castro.

E só agora tive oportunidade.

Consultei o google, fiz alguns apontamentos sobre o local onde devia sair, na estrada nacional, e estava feito.

O tempo ficou nublado nesta tarde de sábado, percebi que dificilmente conseguiríamos ver o mar, lá de cimo do monte de São Lourenço.

Ora, já perto do local onde devia virar para aceder à estrada, a minha amiga viu uma sinalização que indicava Castro, e disse-me que devíamos virar ali.

Mas eu fixara a saída um ou dois quilómetros mais à frente. Fiz a vontade, dei a volta, e fomos por o caminho sinalizado.

Chegamos a um cruzeiro, com obras na estrada, lá estava a indicação, segui sempre em frente.

De repente, as setas indicavam dólmenes, e, convicta  de que o Crasto seria por ali,  um novo letreiro indicava-nos um caminho de terra pouco acessível, onde só passava um carro.

Mesmo assim, andamos uns bons metros, surge-nos, de frente, um Jeep. O condutor  fez marcha atrás, uma vez que  ele tinha algum espaço para passarmos, e seguimos.

O que nunca imaginávamos foi que o caminho não tinha fim, não viamos dólmenes, nem Castro. Só víamos eucaliptos, vegetação propícia a incêndio, se estivesse calor, pedras e lama.

E do nosso lado direito a A28.

Estavamos a avançar para nenhures, não víamos nada do que procurávamos.

Consegui um pequeno espaço de terra onde podia fazer manobras e voltarmos para trás.

De repente, e sempre com a A28, ao nosso lado, eu comentei que tinha de virar no local que eu tinha a certeza que fora onde o condutor do Jeep nos dera passagem, mas ela comentou que não, que era mais à frente, porque vira um fino tronco inclinado na estrada e ele estava à nossa frente.
Confiei nela, e segui...mas o caminho era mais estreito e cheio de pedra.

Com calma fui conduzido pelos lados onde havia vegetação para não bater na pedra até que encontrei mais um espaço de terra onde podia dar a volta.

E chegamos onde eu tinha dito: o local que o Jeep nos dera passagem. E lá estava o tronco inclinado sobre a qule bocado de caminho de terra.

Chegamos à estrada, em paralelo, e decidi parar num café e perguntar qual o caminho para os dólmenes ( eu já esquecera que não queria dólmenes mas o castro), um homem que bebia a sua cerveja, ao balcão, disse que ia no carro dele, e que o seguisse.

Eu disse que era imposssível voltar àquele caminho de terra e vegetação, que não ia, que desistia.

E de repente, perguntou: "As senhoras querem ir ao dólmens, ou ao Castro?"

Bolas, comentei com a minha amiga. As indicações eram para os dólmens, ficamos confusas, esquecemos que era o Castro que queríamos ver.

O homem explicou-nos o caminho, estavamos a poucos metros de distância.

Entretanto, comentou a minha amiga: "O homem queria levar-nos para aquele caminho estranho, se o seguissemos era capaz de nos assaltar".

"Eu jamais seguiria o homem. Nem pensar!", comentei.

E em três minutos chegamos lá.

Um lugar amplo, com parque para merendas, um bar, e estacionamento à entrada do Castro.

A partir daqui, foi desfrutar da vista, que apesar de muito nublado, lá de cima da pequena capela ainda conseguimos umas fotografias.

Passamos por Esposende, encontrei amigos meus de Braga, um deles não o via há quase dois anos.

Fomos lanchar,  regressamos a casa, estava a cidade com algum sol, mas a temperatura era de primavera, como tem sido estes dias.

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Voltarei ao Castro de São Lourenço, um dia destes, mas com sol.

 

o "Refúgio"

e continuo com as minhas fotos de Domingo.

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Passei há dias na Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, sita na rua onde vivi, era eu criança.

Subii e descia as escadas da rua de Guadalupe. O muro que separava as pequenas casas das escadas, inclinado que era, servia de escorrega, muitas cuecas rasguei a descê-lo.

Nas noite quentes de Maio, íamos à novena, criança que era, por vezes levava aquela celebração para a risota,a minha mãe castigava-me, e nos dias que se seguiam estava quieta a ouvir rezar o terço, ai se algum gesto fizesse!

Tenho boas recordações daquele lugar.

Tinha visitado a capela em  2017,. Soube que, recentemente, por trás da capela, foi erguida uma construção a partir de resíduos industriais, o metal, e no interior, a vermelho, o têxtil.

Deram-lhe o nome de "Refúgio" .

Da autoria do artista Lorenzo Bordonaro, a forma  da estrutura, base e tecto, tem a leitura de dois ícones da cidade: o Mosteiro de Tibães e os Escadórios do Bom Jesus.

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A capela  está fechada à semana, abre ao Domingo para a celebração da Missa, é o seu exterior um espaço de arte e de lazer para os dias mais quentes.

 

 

2º Domingo do Advento - Calendário do Advento - dia 6

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Fui dar um passeio matinal com o sobrinho neto e a mamã,  passamos na Sé, queríamos ver o presépio na ala principal, fomos informadas que estava a decorrer  a missa, só no final poderíamos lá ir.

Entraramos pela fachada norte, pela primeira vez ( vou muitas vezes à Sé sentar-me e rezar, ou simplesmente reflectir) vejo aberta a porta de uma capela que desconhecia ser de São Geraldo, padroeiro da cidade. 

Ficamos estupefactas com a riqueza do altar em talha, mas sobretudo porque nos pareceu estar decorada com frutas, sobretudo maçãs.

Enquanto a fotografava a minha sobrinha perguntou ao vigilante que capela era, e o porquê de as maçãs decorarem o altar.

Ora, ontem, foi dia de São Geraldo, a capela abre uma vez por ano, no dia 5 de Dezembro.

Devido à pandemia, este ano não houve celebrações, pelo que a única maneira de celebrar o dia, era abrir a capela, também hoje, domingo.

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E foi assim que vi, pela primeira vez, esta lindíssima capela. 

Dia de São Geraldo

A lenda:

 “Encontrava-se S. Geraldo muito doente, às portas da morte, em Bornes, na terra fria, nos princípios de dezembro cercado no tugúrio onde se refugiara com os seus familiares, fugindo à neve que abundantemente por aquelas terras caía. Nos ardores da febre que o consumia, pede a um dos seus familiares que lhe traga algumas peças de fruta, para apagar a sede e dar um pouco de alento ao seu debilitado corpo.

Contudo, o seu familiar respondeu-lhe que naquele lugar e com aquele tempo invernoso as árvores estavam despidas de folhagens e frutos. Poder-se-ia encontrar pelo chão algumas castanhas e nada mais.

A esta observação respondeu S. Geraldo:

- Vai e procura!

Então, por uma frincha da porta por onde estava o regelante frio, o servo viu que as árvores, lá fora, ao redor do terreiro, estavam recheadas de frutas.”

 

Podem ver as fotos, aqui.

Foto da Semana # 14

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Quinta-feira, um dia de primavera, que já está atrasada, subimos os escadórios do Bom Jesus.

No primeiro lanço de escadas, a das 10 capelas que contam a Via Sacra de Jesus, no largo que dá acesso ao segundo lanço e onde podemos ver as Fontes dos Sentidos, os visitantes páram para observar e fotografar o que vêem, captei aquela que penso ser a 9ª capela " Queda". 

Gostei de mais da foto, decidi que fosse a escolhida desta semana.

a visita de verão

deste ano, com os meus amigos Afrodite, Rui e esposa, foi pelo Porto e Gaia.

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Começámos com um café, no Café Majestic (cheio de turistas que comiam francesinhas ao pequeno-almoço).

Cá fora, este edifício com a fachada completamente renovada, não passou despercebida.

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Passara várias vezes junto à Sé, nunca entrara.

Foi hoje o dia.

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As fotografias ao Rio Douro e às pontes, levaram-nos para os dois lados do rio. Fui a primeira vez à Serra do Pilar.

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o belo Jardim do Morro

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Descemos as escadas com as lindas pinturas urbanas, e chegamos ao célebre coelho, deste grande artista  (quem sai aos seus...).

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Almoçamos na Afurada e seguimos para a Capela do Senhor da Pedra.

O vento do norte era forte, a areia batia nas pernas, desisti de subir e ver o mar do outro lado da capela.

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Um passeio agradável e em boa companhia, são estes os momentos únicos que ficam para sempre guardados no nosso coração.

Obrigada, amigos.