nada melhor que lembrar esta canção que, na minha opinião, mostra a gratidão do amor entre um homem e uma mulher, uma mulher e um pai, e uma mãe, e um filho, e uma filha, e uma avó, e um avô, e os amigoos, e todos os que nos rodeiam.
Gratidão, é a palavra para este meu dia da mulher.
Hoje, ė a final, lembrei-me de ver e ouvir algumas canções.
Mas desisti.
Aquela voz que se ouve "por cima" da canção que explica detalhadamente o que a cantora veste, as características físicas dela ou dele, os movimentos enquanto canta "fecha os olhos, leva a mão ao coração" , e/ou o que os bailarinos ou músicos desempenham, irrita-me.
Será porque na série documental, às segundas-feira, Deus Cérebro, a RTP gostou do resultado daquela voz de fundo que por alguns segundos acompanhava os intervenientes e decidiu metê-la no festival?
Foi, hoje, um dia cheio de trabalho, sobretudo na cozinha.
Aproveitei o forno ligado ,fiz um bolo.
Aspirei. Coloquei as cortinas nos lugares.
Passei as capas das almofadas decorativas, passei as toalhas, mas a roupa de cama e de vestir ficaram no cesto.
Depois de tomar um chá, sentei-me no sofá para ler um pouco,mas estava tão cansada que, de comando na mão, saltava de canal em canal, não vi nada que me agradasse.
No Jornal da Noite da SIC, passou esta lindíssima música cantanda em português por um grupo holandês, que me lembrou que, algures no tempo, a ouvira ao vivo.
Na altura fiquei emocionada, mexeu muito comigo.
Hoje, desafinada que sou, cantei-a com eles.
Matutava quando e onde a ouvira.
Sabia que a ouvira várias vezes com as mesmas pessoas.
E fez-se luz!
Seria o ano de 1995, os colegas formaram um coro,ensaiavam na Gulbenkian.
Eu não cantava, ia assistir, algumas colegas também. No final, íamos beber um copo.
O grupo era formado por homens e mulheres ( vou recordar estes anos com a minha amiga Mafalda), o maestro era professor de música e maestro de uma banda filarmónica. Foi aí que eu ouvi.
Houve um espectáculo, não me recordo onde.
Foi com eles que aprendi a gostar da canção, que estava esquecida, relembrada, hoje, por Rogrigo Guedes de Carvalho.
para mim, só podia ser este belíssimo poema de Florbela Espanca, e na canção interpretada por Luís Represas, para comemorar este dia 21 de Março, Dia Mundial da Poesia... e da Árvore.
de manhã cedo, ia para o ginásio, o rádio do carro sintonizado na RFM, a canção que me recordou, como se fosse hoje, o primeiro beijo, lá atrás no tempo: intenso, caloroso e sensual.
Não vi ou ouvi Cristina Ferreira no Jornal da Noite da SIC, na segunda-feira passada.
Também nunca segui o seu programa, o blog, a página do FB.
Mas hoje, no carro, ouvia a RFM, soube que ela se comparou a sua saída da TVI à morte da Princesa Diana, e pelo muito que se tem dito nas redes sociais, na televisão, nas revistas, na rádio.
Até aqui, tudo bem, mas quando Pedro Fernandes se lembrou de lhe dedicar a canção " Candle in The Window" adaptada à rainha da Malveira, foi o riso dentro do carro.
Gostaria de ter acesso ao vídeo, mas à falta dele, o link.
Diz a lenda que colhendo estas flores da urze na véspera do 1º de maio e pendurando-as, à noite, na porta, muma janela ou varanda, significa que durante o ano não vai faltar o pão em casa.
As histórias são diferentes de região para região, é uma tradição que nem sempre cumpro, mas hoje, quando fui meter gasolina, e de propósito fora da cidade, encontrei-as num terreno do lado de trás da bomba.
As minhas Maias...
Um poema de José Régio
Canção de Primavera
Eu, dar flor, já não dou. Mas vós, ó flores, Pois que Maio chegou, Revesti-o de clâmides de cores! Que eu, dar, flor, já não dou.
Eu, cantar, já não canto. Mas vós, aves, Acordai desse azul, calado há tanto, As infinitas naves! Que eu, cantar, já não canto.
Eu, Invernos e Outonos recalcados Regelaram meu ser neste arrepio… Aquece tu, ó sol, jardins e prados! Que eu, é de mim o frio.
Eu, Maio, já não tenho. Mas tu, Maio, Vem com tua paixão, Prostrar a terra em cálido desmaio! Que eu, ter Maio, já não.
Que eu, dar flor, já não dou; cantar, não canto; Ter sol, não tenho; e amar… Mas, se não amo, Como é que, Maio em flor, te chamo tanto, E não por mim assim te chamo?
Saía de casa quando na RFM aquele primeiro acorde de umas das mais belas e eróticas melodias, que gosto de ouvir com o volume suficientemente alto, mas que não incomode ninguém, «You can leave your hat on» de Joe Cocker, traz-me algumas recordações... Também do filme «Nove Semanas e Meia», na minha opinião, dos filmes ( há outros) mais sedutores e eróticos que já vi.
Era cedo para a aula de Pilates, sentei-me num dos sofás a ver uma revista quando vejo alguém aproximar-se, estender-me a mão ao mesmo tempo que me dá um beijo ( a primeira vez que um professor me dá um beijo) na face e diz: " gosto de a ver aqui, nunca falha".
As palavras que me deixaram com um brilho nos olhos eram dele, do professor de Pilates, um homem jovem, olhos azuis, bonito, e com um humor requintado ( agora é que não vou faltar aos sábados).
Depois do almoço, entro na página principal do Sapo.
Fiquei estarrecida com este título . Li a notícia.
Em todas as modalidades que faço no ginásio, cada professor(a) leva o seu iphone, liga-o à aparelhagem e a música de fundo soa maravilhosamente aos nossos ouvidos, atenuando o esforço e a dor dos exercícios.
O relaxamento tem sempre uma música suave, que não zen ( esta já não suporto).
Percebe-se que há professores fãs das músicas dos anos 80, que eu adoro.
Geralmente, os meus momentos de relaxe não são os desejáveis. Há sempre uma preocupação que invade o pensamento. Mas esforço-me por esquecer e viver o relaxamento.
Ontem, no meu casulo, olhos fechados, uma bela e romântica melodia trouxeram-me lindas recordações de momentos em que " cheek to cheek" desfrutávamos da paixão, das carícias, do amor.