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cantinho da casa

cantinho da casa

sem querer, poupei mais

Fui ao Continente comprar areia para a gata, e na loja Zu, alimento seco.

Tenho dois cupões de desconto, um para compras Continente, o outro para a loja Modalfa.

Encontrei nesta uma camisola às riscas,100% algodão, para os dias temperados desta estação.

Passei na peixaria, fui atendida com pouco tempo de espera, deram-me um aparelho que dá sinal para levantar o produto quando estivesse pronto. E esperei cerca de  trinta minutos. Já estava farta de esperar, não tinha mais compras para fazer enquanto o peixe era amanhado, no lugar de muitas pessoas deixava-o " esquecido", mas eu não faço isso, pacientemente, esperei.

Ainda questionei a funcionária que me explicou que o número que tinha no aparelho não tem nada a ver com a ordem de atendimento.

Uns minutos depois, lá senti o aparelho a dar sinal que podia levantá-lo.

Fui buscar a areia, e segui para a fila.

Já na caixa,mostro à funcionária o talão de desconto da Modalfa, diz-me ela:

- Este cupão só é utilizável nas lojas Modalfa.

Comentário meu:

- Mas a peça é da Modalfa.

- Sim, é. Mas não é válido aqui no hipermercado. Para ter o desconto, tem de ir a uma loja física, fora do hipermercado.

Óbvio que observei que era injusto porque na cidade não há loja, que para usufruir dele tenho de fazer vários quilómetros, não se justifica.

Muito simpática, perguntou-me se levava a peça. Trouxe-a porque gostei dela e está com um desconto ( mesmo que não estivesse, trazia-a).

Comentei que tenho de estar atenta aos cupões para que não volte a repetir o erro, pois já acontecera com uma peça Zippy para o meu sobrinho neto e não a trouxe porque o desconto era na loja.

Pensando no assunto, se as peças são da marca e vendidas no hipermercado, por que temos de ir à loja se o produto é o mesmo?!

Já em casa, fiz as contas.

Comprei a camisola com promoção, tive 3,90 de desconto. Se tivesse comprado na loja com desconto no cupão de 25% ,  seria de 3,25 euros.

Afinal, sem querer, poupei mais na compra da mesma peça, no hipermercado.

 

 

presente de aniversário

O Natal está à porta, são muitos os brinquedos que os miúdos recebem.

Ontem, o meu sobrinho neto fez 4 anos, desta vez, decidi dar-lhe de presente de aniversário uma camisola com lantejoulas.

Acho-as engraçadas para eles.

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Quando entreguei o presente, diz-me ele, no seu sotaque carioca:

" Oh, gostei mais da prenda dá tia Eva!".

Disse-lhe eu:

" Mas quando fores para o Brasiu, os teus amiguinhos vão perguntar-te onde compraste a camisa (  o nome que dão a esta peça) e tu vais dizer que foi a tia L de Portugau".

E não deu mais importância à camisola.

Sábado é a festa de aniversário, ele nem imagina que vai receber outra da Lego. Já pensei dizer à minha irmã para trocar o presente, dá-lhe o de Natal na festa de aniversário, e a camisola, no Natal.

Com tantos presentes ele nem vai dar por nada.

 

 

no multibanco

Domingo, uma manhã cinzenta, a chuva era miúda. Apeteceu-me sair.

Passei no multibanco.

Quando estava a tirar o cartão, senti algo que me tocava. Assustei-me.

Uma voz perguntou-me se era ali a caixa multibanco.

Olhei o homem. Era cego.

Respondi que sim, que já ia sair.

Depois de receber o cartão e o dinheiro, disse-lhe que podia fazer a operação.

Desviei-me e ouço a voz dele. Pedia-me que esperasse um pouco, podia precisar de ajuda.

Respondi que sim, que esperava.

O meu receio era que pressentisse que eu estava a seu lado e olhava para o que fazia. Eu estava de costas para a máquina.

Ouviu-se uma voz que saía da caixa. Eu não percebi o que dizia. E ele diz-me que se enganara.

Perguntei se queria que o ajudasse, depois de marcar o código.

Comentei com ele que as teclas deviam ser braille, tmbém, ao que me respondeu que há uma voz gravada que lhe diz o que tem de fazer caso haja algum engano. Depois de marcar o código pessoal no teclado, acrescenta o número 5.

Comentei que desconhecia esse sistema.

Voltou a meter o cartão, marcou o código. O dinheiro saiu. Mas não saiu o talão que ele pensara ter pedido.

Quando perguntei se não precisava de mais nada, respondeu-me para esperar um pouco porque queria pedir o saldo.

Voltou à operação, o talão saiu da máquina.

Quando estava a guardá-lo, diz-me: " Por favor, já agora diga quanto tenho no saldo".

Ele pedira os últimos movimentos. Não vi nada, nem sequer quanto levantara. Apenas olhei para o saldo e disse-lhe o valor.

Comenta comigo: " Está bem.Obrigada.Preciso de pagar a luz, a água, essas coisas".

Tudo feito, agradeceu-me e segui o meu caminho. Várias vezes segui-o com o meu olhar.

Impressiona-me como estas pessoas são desenrascadas Não vêem problema em nada. Estava eu mais preocupada que ele.

Mas senti que ele sentiu que podia confiar em mim. E fiquei feliz com isso.

 

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Ao domingo há lojas abertas no centro da cidade.

Comprara uma  uma camisola às riscas. Gosto dos modelos em V e das cores de primavera. Vestem bem com jeans e saias.

E comprei mais uma, bege, branco e azul.

E tirei a fotografia para o desafio desta semana.