escola nova
Escola fechada para obras desde 2016, em Janeiro a azáfama das obras acordava a vizinhança, ora eram os camiões que entravam e saíam gerando alguma confusão na rua, ora os chicos espertos não respeitavam a fita que vedava o estacionamento para que os camiões pudessem fazer a curva no início da rua estreita e com um sentido, deitando-a abaixo e estacionando as suas viaturas e, habitualmente, também na curva no final da rua, mas aqui a culpa era dos responsáveis da obra que nunca a vedaram, os camiões não tinham espaço para manobras, era ver e ouvir a confusão que se instalava até que aparecesse o dono da viatura, a tirasse e o trânsito voltasse à normalidade.
As obras nunca pararam, sábados e feriados, havia sempre alguém a trabalhar.
Estamos em Setembro, as aulas começam dentro de uma semana, a escola tem de ficar pronta. E se os trabalhadores eram de mais, esta semana parece que triplicaram.
Às 8:00h os ruídos são muitos, não nos deixam dormir. Os camiões que chegam, o som incomodativo quando fazem marcha atrás, as máquinas que furam os muros para colocarem as redes
São os homens que cimentam o pátio da escola, que berram ou lançam um "ei, olha o fio!", a engenheira que anda de um lado para o outro a coordenar o trabalho, o homem que se baixa e mostra as cuecas e o reguinho, o que trata da limpeza exterior dos vidros das janelas, os electricistas que entram e saem, o camião que descarrega as placas brancas, os moradores que querem estacionar os carros (aconteceu comigo, ontem) nas suas garagens e têm as entradas impedidas pelas carrinhas das obras.
Hoje, mais um dia que tive de sair da cama de tanto ruído que se ouve.
Fui à janela, vi,no meio desta confusão toda, dois pássaros que voavam entre as duas árvores que ficam deste lado do passeio em frente ao prédio, alheios ao ruído e azáfama das obras.
Dentro de uma semana, se tudo ficar operacional, os ruídos vão ser outros.
Serão os chilreares da criançada que vem para uma escola bonita e grande, mas que para isso lhes tirou as frondosas árvores que lhes davam a sombra nos dias solarengos de calor.