dias de nortada na praia, segundo uma amiga que está de férias lá para Norte, hoje, acordei cedo. saí da cama antes que mudasse de ideia, preparei sandes e fruta.
se estivesse nortada e não aguentasse o vento,ia visitar uma amiga a Esposende. e não levei o pára-vento.
quando cheguei, não me atrevi a procurar estacionamento perto da praia, já se viam muitos carros na recta que dá acesso ao paredão, logo que visse um lugar estacionava.
e assim fiz. tinha de andar cerca de dez minutos até à esplanada,queria tomar café. para meu contentamento, estava um vento suave e a temperatura muito agradável.
muita gente na praia, decidi ir pela estrada junto ao pinhal, queria isolar-me, há muito espaço onde eu gosto de apanhar o sol e banhar-me no mar, e também ver se aquele e-mail que enviei para a Câmara de Esposende ( que por sua vez reencaminharam para a GNR local) tinha surtido efeito.
e SIM, há pilaretes por todo o lado, toda a zona de dunas está vedada ao estacionamento.
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cruzei-me com a GNR, que fazia a ronda.
bingo!
mesmo assim, ainda há alguns carros estacionados nos lugares destinados aos peões e áreas de pinhal para piquenique.
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a maré vaza, a temperatura agradável, sem estar quente de mais, o vento era sereno ( estive na praia até às 15:00h).
li, e ouvi recentemente de um médico, que para recebermos a vitamina a D necessária, não precisamos de aplicar o protector solar antes de ir para a praia. o ideal é chegar à praia e tomarmos o sol nos primeiros dez ou quinze minutos sem o protector, e depois disso, sim, aplicar sempre que necessário, o que tenho feito.
então, fui ao mar, a água estava um pouco fria, mas banhei-me.
ora estando a maré vaza ( eu não sou muito fã porque tenho receio dos peixes-aranha), quando saía do mar, senti uma picada.
e poucos segundos depois, a dor intensa deixou-me preocupada. não via o pé vermelho, mas passava os dedos e doía-me mais.
frequento estas praias do norte desde criança, nunca havia sido picada por um peixe-aranha,não sabia o que fazer, estava longe do centro.
liguei à minha sobrinha, pedi conselho,aconselhou-me a procurar com os nadadores-salvadores, eles ajudavam.
e lá fui pela beira-mar,de havaianas nos pés, não fosse picada de novo.
muita gente na praia, não consegui ver os jovens.
vi um barraco de aluguer de barracas, pus a máscara, aproximei-me, apareceu-me um homem a quem perguntei onde andavam os nadadores-salvadores. respondeu-me que estavam na linha da praia, apontou numa direcção bem preto e lá estavam eles.
fui ter com eles, dei bom-dia.
sorriram ( desconfiaram o que queria) contei o que se passou, um deles perguntou-me se doía o pé, há quanto tempo tinha acontecido, e comentou que fui a primeira pessoa do dia a ser picada, que estes dias tem sido demais, que eu não estava a chorar
"chorar?!, perguntei.
"sim!, todos choram"
"dói-me, mas porque havia de chorar, aguento a dor",respondi.
" venha comigo!", diz um.
os colegas ficaram, eu fui com ele, ele simpatiquíssimo dizia que estava admirado porque eu não chorava.
comentei que desde criança que frequento as praias e nunca fora picada, tinha chegado a minha vez, não era motivo para chorar.
levou-me a um café em cima da praia, mandou-me sentar e explicou que ia pôr o pé num recipiente com água quente que tentasse suportar o tempo que pudesse e depois disto, quando sentisse que a dor era menor, que caminhasse na areia seca, mais quente, que em pouco tempo a dor desaparecia.
e voltou a dizer que era muito corajosa, que não chorava ( acho que ele estava a meter-se comigo,caramba, um jovem que podia ser meu filho
).
voltei ao meu lugar, lá ao fundo na praia e onde deixara o guarda-sol e o saco com as minha coisas. cheguei, deitei-me na toalha, não voltei ao mar,deixei o pé sentir a areia quente, e a verdade é que a dor passou.
quando for ao banho e que a maré vaza, vou de havaianas ( não é nada agradável estar no mar com os chinelos).
cerca de meia hora depois, ouvi um choro.
via-se uma adolescente sentada na areia, os pais e os avós davam-lhe assistência, a miúda fazia perrice, doia-lhe o pé, pois claro...e fui ter com eles.
expliquei o que me aconteceu e o que o nadador-salvador me aconselhou fazer.
mas estiveram pouco tempo ali, acabaram por sair da praia.
e o vento norte não nos veio chatear deixei-me estar na praia até cerca das 15:00h, porque, entretanto, combinara tomar café com uma amiga que tem apartamento na praia, desde Março, quando começou o confinamento,que faz a vida toda dela lá.
levei-a ao jardim do hotel Axis.
nunca lhe passara pela cabeça entrar no hotel para tomar café naquele pedaço de jardim.
ficou deslumbrada com o espaço e com a vista que tinha sobre a praia.
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"quando quiser desfrutar desta calma e não misturar-me com a multidão nas esplanadas, venho cá tomar o café".
e agradeceu-me muito por a levar lá. e vamos repetir.