Uma palavrinha meiga sabe sempre bem
Ontem, fui levar o carro à oficina e regressei a pé, a casa.
Ando a namorar um blusão de pele, já tinha espreitado a MD, que tem o que quero, mas como ando a cortar nas compras de roupa, achei o preço exorbitante e desisti.
Passando junto à Bershka, uma das lojas do grupo Inditex, entrei e dei uma vista de olhos pela coleção.
E vi um blusão que gostei. Peguei num e ao dirigir-me a um dos espelhos da loja (não precisava de ir aos provadores), um dos cabides estava sobrecarregado de camisas e ao passar toquei nas peças e estas caíram ao chão.
A loja não tinha ninguém. Duas funcionárias estavam atrás do balcão, na conversa.
Comento, alto: "já fiz asneira" e baixei-me para levantar as cruzetas com as respetivas peças e pô-las no lugar.
Pois bem, nenhuma das funcionárias disse: "deixe estar, eu/nós apanho(mos)".
Vesti o blusão, deixei as minhas coisas junto a uma prateleira de bijuteria e fui buscar o tamanho acima do que experimentara.
Pois bem, elas viram todos os meus movimentos, não arredaram pé do balcão, não perguntaram se precisava de ajuda, e continuaram na conversa.
E eu continuei na minha: servi-me a mim própria e nada comentei.
Mas devia tê-lo feito.