As trotinetes invadem as ruas das cidades, umas estacionadas no espaço a si destinadas, outras caídas e abandonadas nos passeios, ou encostadas aos muros das casas, ou até atiradas para os jardins, sem consideração pelas flores que os contribuintes pagam para manterem as cidades atractivas.
E todos sabemos que quem as usa são maioritariamente os jovens que, feitos pilotos de formula tinete1, nos passeios, ultrapassam os transeuntes, que, de costas, não os vêem, muitas das vezes sem tocarem atempadamente a campainha para avisar que há alguem atrás, fazem piruetas rente a quem vai sossegado no passeio, e olha lá que aqui vou eu porque o caminho é todo meu e tenho pressa de chegar ao meu destino.
Também vejo adultos, e alguns de uma certa idade usarem as trotinetes, mas vão com calma e controlo sobre o veículo. E gosto de os ver.
Já apanhei muitos sustos, não só porque aparecem de rompante, como a sensação com que fico é que não controlam o veículo em vêm contra mim / as pessoas.
Sei que vai haver regras para quem utiliza as trotinetes, mas todos sabemos que não é fácil controlar os jovens. Sobretudo estes.
Nas bicicletas passa-se o mesmo. E se faço um reparo ou buzino quando me aparece um ciclista à frente do carro, os gestos são explícitos.
Ou seja, nós que andamos nos passeios, ou a conduzir, nas cidades, temos mil cuidados, não vá surgir um destes espertos e a culpa pode cair sobre nós.
Por fim, vêm os skaters.
Andam nos passeios a uma velocidade louca, não têm buzina ( se a tivessem era o mesmo) ,fazem curvas e contra-curvas por entre os peões, e quem os vê de frente, tem de se afastar com pressa, não vá descontrolar o "veículo" e vir de encontro a alguém que, sossegado e a pensar na sua vida, é apanhado por ele, e "ai Jesus, que queda!"
imagem daqui
Ontem, num passeio largo desta cidade, e com um dia de Sol fraquito mas o suficiente para passear e/ou aproveitar para fazer as coisas adiadas, porque a chuva não nos deixa ( hoje já chove por cá), vinha a subir a rua do centro histórico do Arco da Porta Nova, outras pessoas desciam a rua em direcção à estação de comboio, de repente, do nada, surge à minha frente um skater: Saiu-me um grito, porque estava mesmo a ver que vinha contra mim. As pessoas que desciam a rua, olharam para trás e o skater não travou, fez uns zigue-zagues rentinho a nós, quando lhe digo: " Calma! Tenha cuidado com as pessoas. O passeio é para elas."
Óbvio que ele não ouviu.
Não sou nada contra este tipo de veículos, mas acho que quem os utiliza tem de perceber que os passeios são lugares de passagem de pessoas, crianças e animais de estimação (acompanhadois dos seus donos), e que devem procurar seguir as regras adequadas ao veículo que têm.
imagem daqui