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cantinho da casa

cantinho da casa

coisas minhas

Decidi pintar o quarto maior da casa, (foi o quarto dos meus pais) é agora  o que eu chamava de escritório, embora só o usasse quando tinha aquele computador antigo, com  a impressora e o scanner, que o ocupavam uma grande secretária, esta também com pouco uso, pensei pô-lá à venda na OLX, acabei por dá-la.

Os lap top vieram facilitar o trabalho, era na mesa da sala, ou com ele em cima das pernas, sentada no sofá, que trabalhava, ficava a sala sozinha, isto é, tinha por companhia as estantes cheias de livros, questionava-me o que me passava pela cabeça  comprar colecções que não tiveram qualquer uso. Comprava para os sobrinhos e eles não os quiseram.

Nas arrumações de Verão, um a um, costumo limpar os livros, separar os que não interessam para os mandar para a reciclagem, desistia, voltavam às prateleiras. 

Tinha combinado com o meu colega  pintar, ainda este mês, essa sala.

Compradas as tintas, combinara vir uma quarta-feira, o dia mais viável para ele.

Pedi-lhe que me ligasse dois dias antes de vir, precisava de tirar os livros e a tralha que ia pondo lá, inclusive as cadeiras das crianças para os automóveis, dos meus sobrinhos netos estavam nesta sala desde Janeiro, quando regressaram ao Rio, fotografias, peças de decoração, tudo era para ser tirado.

E hoje, ao início da tarde, ele ligou-me a dizer que amanhã vem pintar a sala.

Depois de uma consulta, que foi rápida, vim para casa fazer o serviço.

Novamente me perguntei por que tenho tantos livros que não interessam a ninguém, o que vou fazer deles.

Desta vez, separei-os. Preciso procurar onde os deixar, dar. Não sei!

Até à hora de ir buscar o bebé ao colégio, estive a acarretar tudo , está a sala com um sofá e as estantes vazias.

A mãe do meu sobrinho neto foi à fisioterapia, fui passear com o bebé, às 19:00h voltei à sala, passei a mopa pelo tecto e pelas paredes, convinha limpar o pó antes de pintar.

E com tudo isto, depois de jantar, tratei de arrumar a roupa que passei a ferro de manhã.

Há muito que não me sentia rota de cansaço, adormeci no sofá.

Amanhã de manhã, ele vem cedo pintar a sala e eu tenho de ir a Ofir tratar de um assunto da casa da praia da minha sobrinha.

Se ele não fosse meu colega não deixava a casa entregue, adiava para outro dia.

E se há dias que são de algum relaxe, hoje foi demais.

do fim-de-semana # 2

Visita feita à igreja, hora de almoçar, passámos pelos restaurantes de Fão, que estavam cheios, a espera era de 30 a 40 minutos.

Com um bebé era complicado esperarmos e a fome já apertava. Lamentamos não ter reservado mesa. Mesmo que levássemos o almoço para casa teríamos de esperar. E desistimos.

Sem alternativa para uma boa refeição, decidimos almoçar umas sandes no café-bar do costume, junto à praia.

Há jovens, contratadas nestes fins de semana de bom tempo, que deviam ser mais educadas e ter maior atenção com os clientes. Estão a prestar um serviço, olham para os cliente como se estivessem a fazer um favor, têm o dever de esclarecer as alternativas que podem oferecer se o serviço está demorado.

Estávamos com fome, perguntamos quanto tempo poderia demorar o serviço, a resposta foi seca, mas quando dissemos que poderiamos pedir uma entrada, a postura foi outra. Acabamos por não a pedir, a espera para servir a entrada demorava, também. Mas  as sandes chegaram à mesa em pouco tempo.
Depois do café, fomos à praia, queríamos pôr o bebé a andar na areia.

E ele adorou. Mexia os pés, as mãos pegava a areia, batia palmas, ria-se.

Regressámos a casa, fomos brincar para a relva, piscina limpa e a encher, estavamos só nós três por conta daquele espaço.

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O bebé pontapeava a bola, ia atrás dela. Sentado na relva fazia a sua ginástica do momento e que só as crianças têm agilidade e flexibilidade, aquilo que dei o nome de Pilates Baby.

E passamos para o baloiço.

Foi uma alegria imensa. Ria-se perdidamente.  A mãe segurava-o por trás, mas ele escorregava.

E eu aproximei-me, pus as suas mãozinhas fofas nas cordas, que não as largou, e eu por trás segurava-o pelas coxas e movimentava o banco para a frente e para trás, o miúdo delirou andar de baloiço ( sai  à tia avó e à mãe).

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Antes de regressarmos a Braga, passámos pela loja onde, por quem lá passa sente a frescura dos bons produtos que invadem as nossas narinas: a frutaria e mercearia.

Ao balcão estava uma senhora, a primeira vez que a vi na loja, que ao mesmo tempo que atendia um casal,  resmungava com o filho, que teria cinco anos, um reguila, com a resposta na ponta da língua.

Não ouvi metade da conversa, estava com o meu sobrinho neto ao colo e enquanto a mãe fazia as compras, eu escolhia umas maçãs, abstrai-me do que se passava por lá, até um determindado momento.

A cliente falava alto, não sei o quê, pois ouvia-se o som da televisão do canal do povo, até que passa à minha frente, estava eu a escolher maçãs, viu-me  com o bebé ao colo,  "saca" das bananas que tocam nas maçãs e uma cai ao chão. Pediu desculpa, não apanhou a maçã, e eu deixei-a no chão, não tinha como pegar nela e pô-la na caixa, de novo se põe à minha frente para escolher maçãs, até que a senhora do balcão, que me pareceu não gostar de ver a cliente ignorar-me, perguntou-me se queria que pegasse no bebé enquanto eu escolhia a fruta. 

Agradeci. A minha sobrinha tinha as compras feitas, pegou nele, eu fui escolher os morangos.

E foi então que ouvi algures como: "Ó Rui ( nome fictício) estás farto de comer gomas, pára com isso!".

Deito os olhos ao miúdo, vejo um pequenote de cabelo loiro, muito parecido com a senhora do balcão, que com ar de rufia lança de novo a mão ao saco das gomas.

De repente, e para que o miúdo deixasse de assaltar o saco das gomas, ouvi-a dizer:

" Ó Rui, olha que lindo bebé. Não queres ter um irmão como ele?!"

Responde  ele, grosseiramente: " Era o que tu querias, já temos a Luísa ( nome fictício)"

O pai da criança entra na loja, a mãe pede-lhe que leve o saco das compras da minha sobrinha, ao carro.

Eu agradeci, disse que o levava.

Já perto do carro, comento com a minha sobrinha que percebia-se que o miúdo dominava os pais,  era um mal educado, eles nada fizeram.

E foi então que ela me contou o que eu não ouvira antes.

O casal cliente que estava na loja, picava o miúdo para ouvir as asneiras que dizia.

Quando saíam da loja, perguntaram pelo pai, ao que a resposta dele foi: " O meu pai foi prós copos", no preciso momento que o pai entrava na loja.

Quando a mãe lhe falou do bebé, meu sobrinho neto, e a resposta foi, " Era o que tu querias, já temos a Luísa", virou-se para a minha sobrinha que o observava, e faz-lhe o gesto que todos nós conhecemos:

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E é isto que acontece em muitos lares portugueses. Não há regras, não há valores, não há respeito, não se incute o mínimo de educação.

Depois, mais crescidos, vão para a escola e tornam-se uns arruaceiros. Desafiam tudo e todos e a escola não consegue dar resposta ao que esta sociedade lhe dá.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

tapetes coloridos

Não uso carpetes, cá em casa, precisava de alguma coisa onde pudesse sentar o bebé ( sobrinho neto) e brincar com ele.

Passei na Decathlon, procurei os tapetes de ginástica para bebés.

Junto à prateleira, no chão, tinha uma carpete e duas cadeiras de encosto.

Ninguém se sentava, estendi os tapetes, combinei-os para ver quantos teria de trazer. Foram nove os que achei necessário para o meu sobrinho neto bebé brincar.

Fotografei, enviei um fotografia à mãe, que me pediu para comprar para a sua casa.

São práticos e pode-se levar para onde quisermos. 

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Trouxe dezoito.

Ficaram apenas dois, na loja.

 

 

chamar de avó dá mais jeito

Começou a creche no dia três, a mãe foi buscá-lo nos dois primeiros dias.

A creche fica a cerca de 12 minutos, a pé, de minha casa. 

No terceiro dia, disse à mãe que enquanto o tempo estiver bom  vou buscar o bebé, posso dar um passeio pelo centro da cidade.

A mãe está a trabalhar, agradece-me de contente,  o filho não precisa de ficar dez horas na creche. 

O bebé está na creche que a Sofia frequentou dos 4 meses aos 6 anos de idade.

Duas auxiliares reconheceram-me de ter andado por lá.

A  semana passada, a Sofia foi comigo para conhecer uma das senhoras.

Foi um momento lindo. Ambas deram um abraço.

Catorze anos depois de a Sofia deixar o colégio, jamais imaginaria que voltaria lá, que iria encontrar duas funcionárias que iriam chamar-me de avó, em vez de tia avó, porque dá mais jeito.

Desde quarta-feira da semana passada que o carrinho do bebé  vai vazio até à creche, mas vem cheio de vida e sorrisos de alegria do meu sobinho neto.

Adoro ser tia avó.

 

 

 

Coisas do meu dia# o abrigo

 

 

 Bebé no carrinho, fomos para a praia de manhã, levamos o termos com a sopa, o tupperware com a fruta.

Chegamos lá, montamos o abrigo para menino  no limite da área das barracas.

Estava vento.

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Um casal observava-nos a montá-lo.

Montada este, a minha irmã adormecia o menino,  quando ouço uma voz atrás de mim.

Pedia desculpa mas não podia ter "a tenda" naquele lugar, que não reparara que estávamos a montá-la, teria avisado a tempo.

Respondi que conheço as regras mas como estava no limite do espaço das barracas não haveria problema.

"Basta uns metros mais ao lado, olhe ali naquele bocado de espaço já pode"disse ele.

E o casal não tirava os olhos de nós.

Sozinha, tirei as espias, peguei no abrigo e levei-o para onde ele pediu.

Com uma das espias na mão prendo-o, as outras deixara junto à cadeira do bebé, a minha irmã andava de um lado para outro a adormecê-lo.

De repente, ouço uma voz masculina que me pergunta se quero ajuda.

Agradeci, disse que tinha as outras espias para pôr, então segurava a tenda, ia buscá-las.

Assim fiz. Agradeci, já não precisava de nada.

O bebé dormia no colo, deitámo-lo dentro, ficou tranquilo, protegido do vento e nós também.

A minha irmã perguntou-me de onde surgira o senhor que prestara ajuda, respondi que não vira, que fora muito simpático, e o casal que nos observava, e que podia ter perguntado se queríamos ajuda, nada fez.

Provavelmente, observavam se sabiamos montar o abrigo, ou comentavam qual de nós seria a mãe, já que não temos cara de quem tem um filho bebé.

Uma coisa é certa:  fosse eu a ver a cena,  teria feito o mesmo que o senhor, que surgiu não sei de onde,  e que veio em meu auxílio.

Continuo a afirmar que levar um bebé para a praia exige muita logística.

Faço pouquíssima praia, mas passa-se bem o tempo. Passeia-se pelo paredão, pelos passeios do pinhal, pela piscina ao final da tarde, ora dá-se a sopa, vem a hora da sesta,  depois a papa, mais uma sesta, está na hora de jantar, a mãe chega do trabalho, cabe-lhe a vez de cuidar dele  até dormir o soninho da noite.

Assim se passaram nove dias, no fim de semana acabam as nossas férias, tenho apenas 4h de praia.

Mas sabe bem cuidar dele, lindo, muito sorridente e bem disposto.

 

 

 

 

 

sozinha em casa

isto é, na praia, com o bebé, que a esta hora dorme.

Saíram todos de manhã, estava um tempo fantástico para fazer praia mas era impossível sozinha levar toda a logística que um bebé precisa, fui para a piscina.

O meu irmão apareceu por  cá, deitei o bebé, preparei o almoço, tudo muito rápido porque o bebé dorme cerca de trinta minutos, muito pouco, mas a noite é seguida, acorda de manhã cedo para o biberão.

Esta criança tem as suas rotinas e eu sigo à risca.

Depois do almoço, o tempo arrefeceu,  hora da papa,  o meu irmão decidiu ir embora, estava a ameaçar chuva,  fui dar uma volta com o menino.

Mudei de roupa, convicta de que estava fresco, calcei umas meias ao bebé.

Fomos em direcção à praia,  eis que chegamos lá e " que maravilha de temperatura!", comentei comigo.

Apetecia-me ir para a praia, mas levar o carrinho com o bebé era impossível.

Vim para casa, era hora de mais uma sesta, mas ele não dormiu mais de dez minutos.

Fui buscá-lo ao quarto, sentei-o na cadeira  estamos os dois a desfrutar desta serena tarde que parecia ameaçar chuva mas deu-nos um sol encoberto e quente.

Há seis dias que estou na praia e ainda não tive mais de duas horas deitada na areia.

Um bebé ocupa-nos muitas horas e estando sozinha não faço nada.

Neste momento,  estamos os dois  a gozar a temperatura, ele tira as meias que calcei quando saímos para passear e eu escrevo este post.

Há muitos anos ( a Sofia tem 20, foi a última a cuidar dela, antes das  férias dos pais)  que não estava tantos dias com um bebé.

Como compreendendo as mães que muito dão aos filhos , sabe-se lá com que forças, sobretudo quando eles, os homens,  não colaboram!

 

E apetecia-me tirar uma soneca.

E o pessoal deve estar a chegar.

ela gostaria

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de adoptar este gatinho, que não tem nome,  que trouxe da ABRA para o alimentar como fez com  o Mickey com quem ela passava 24 sobre 24 h a cuidar dele.

Hoje levamos o gato bebé à veterinária.

No regresso a casa, a Sofia diz-me que gostava de ficar com ele.

Fiz-lhe entender que já tem dois gatos, que indo estudar para fora (diz que os vai levar) não pode ter 3 gatos que lhe darão muito trabalho e não pode adoptar todos os gatos que traz para cuidar. 

"Eu sei", respondeu-me. 

 

 

E o Mickey está crescido, lindo, malandro, brincalhão.

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