Escrevi várias vezes, neste cantinho, sobre o preço do azeite de marca que costumo comprar.
Eu só uso azeite.
Há algum tempo que não tinha óleo, e porque me lembrei dos fritos de Natal, comprei uma embalagem de 1 litro.
Também escrevi que, há cerca de um mês, comprei no mercado municipal, e porque a vendedora disse-me que ia encarecer bastante, uma embalagem de 5l de azeite de Vila Flor.
Sempre que lá vou, passo na bancada e espreito as embalagens e os preços.
Vou quando preciso de legumes, ontem, fui ao mercado, passei lá com a ideia de comprar mais uma embalagem, caso o preço fosse o mesmo.
Vi-as, sem preço marcado.Não vi a vendedora, perguntei a uma senhora que estava lá, disse-me que seria 30 euros, mas que a filha é que sabe dos preços que se quisesse esperasse um pouco.
E esperei.
Quando chegou, ouvi a mãe perguntar se tinha azeite em casa ao preço antigo, e disse-lhe para falar comigo.
"Está a 30 euros, mas vai voltar a encarecer", disse-me a filha.
Falei que ela me dissera que se quisesse mais vendia pelo mesmo preço do primeiro.
Ela confirmou.
Eu fora a pé, estava carregada com compras, combinei passar esta quinta-feira, levava o carro e comprava mais uns umas coisas, inclusive mel, que está muito caro, também.
E na conversa que tivemos, disse que não é por falta dele que está caro, mas porque as empresas de transporte cobram muito dinheiro,e as grandes superfícies aproveitam-se de o pôr nas prateleiras a preços incomportáveis para os consumidores.
Hoje,fui à peixaria, o primeiro preço que me chamou a atenção foi o bacalhau, que só vendem por esta altura: 22,50 euros/kg.
Mais próximo do Natal, não duvido que chegue aos 30 euros/kg.
E o peixe está caro, mas aguenta-se.
Já a carne está muito cara.
Trouxe uns bifes da vazia a 15 euros /kg.
Comentei que não está fácil pôr a comida na mesa.
Respondeu o senhor que me atendeu:"A carne mais cara é a que mais se vende".
Calei-me.
O pão saloio que compro na padaria, que antes da pandemia era a 1,30 euro /kg, foi subindo, subindo, o último preço que vira era de 3,80 euros/kg, está agora a 4,20 euros/kg.
E cá por casa não há desperdício.
Faz-se mais arroz,dá para várias refeições.
Coze-se grão, feijão, que dividido doses vai para a arca.
Compra-se legumes,dá-se uma fervura e passa-se pela água gelada, congela-se.
A fruta, compra-se para uma semana, mas não se deixa estragar ( eu adoro fruta, e exagero, às vezes).
Não corto na alimentação.
Houve alturas em que jantava fora com frequência.
Na verdade, um jantar fora de casa, no mínimo pago 25 euros.
25 euros foi quanto paguei na peixaria e trouxe três variedades de peixe.
O não quer dizer que deixe de jantar fora de casa.