flores nas árvores
Num pequeno jardim junto ao hotel Mercury, a minha atenção foi para um homem que, com uma câmera nas mãos dirigida para cima, fotografava uma árvore.
E foi então que vi.
Lindas! - exclamei.
No regresso, fotografei-as.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Num pequeno jardim junto ao hotel Mercury, a minha atenção foi para um homem que, com uma câmera nas mãos dirigida para cima, fotografava uma árvore.
E foi então que vi.
Lindas! - exclamei.
No regresso, fotografei-as.
Uns dias antes do evento Braga Romana, decoravam-se as ruas a preceito, limpava-se a fonte da Praça da República.
Enquanto ela funciona, não se vê o verdete que se forma nos tubos.
Ontem passei nessa mesma fonte e reparei que precisava de nova limpeza.
Na Avenida da Liberdade, vê-se a azáfama dos funcionários da Câmara que marcavam na terra dos canteiros os pontos onde seriam plantadas novas flores, de verão, para substituírem as de inverno.
Estivemos dois anos sem festividades, achei estranho fazerem já esta mudança. Estamos no mês de São João, é costume fazerem-no depois, já que a população é muita, calcam os jardins, é despesa desnecessária, nesta altura.
Hoje, fui ao Mercado Municipal, lá estavam os jardineiros a trabalhar no que começaram ontem.
Quando passei junto à fonte, estavam os homens a limpá-la.
Uns minutos depois, lembrei-me por que estão a fazer a jardinagem : vamos ter as Comemorações do Dia de Portugal, tudo vai acontecer no Centro Histórico, na Praça da República e na Avenida da Liberdade ( a pouco mais de 200metros da minha casa), razão pela qual estão a embelezar os jardins.
.
"Em comunicado, o município de Braga refere que o “ponto alto” das comemorações será a Cerimónia Militar do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que irá decorrer na Avenida da Liberdade, a 10 de junho, pelas 11:00, contando com a presença de um efetivo total de 2.054 militares.".
Na Avenida da Boavista, a uns poucos metros da clinica, reparei num pequeno balcão, numa porta ao lado de uma farmácia, dentro estava uma jovem que fazia os testes antigénio.
Segui o meu caminho, estava na hora da consulta.
Quando saí da clínica, passei de novo junto à farmácia, não estava ninguém para fazer o teste, entrei e perguntei se teria de marcar hora, que estava de passagem,que não sou residente no Porto.
A jovem farmacêutica disse que certamente poderia fazer, pediu que entrasse na farmácia e perguntasse se era possível, ou teria de marcar.
A farmacêutica disse que podia fazer desde que a colega não tivesse ninguém, ou esperasse um pouco,entregou-me dois papeis para preencher, juntamente com a jovem farmacêutica.
Sem ninguém para testar, ela mandou-me sentar, preencher o impresso e assinar outro onde registara o meu nome e o contacto telefónico.
O teste foi muito rápido.
Perguntou-me se queria que o resultado fosse enviado por SMS ou e-mail.
Pedi que fosse por SMS.
E assim, sem contar, e porque cá na cidade está difícil marcar nas farmácias, tenho o teste feito.
Acabei de receber a mensagem: Negativo.
A semana passada, descia a Avenida da Liberdade, uma senhora nos seus setenta, talvez menos, aproximou-se de mim( presumo que teria feito o mesmo com muitas outras pessoas que subiam ou desciam a avenida) e disse qualquer coisa que não entendi.
Parei, e perguntei o que queria.
Aproximou-se um pouco mais, disse que precisava de dinheiro, que tinha gasto noutras coisas, e pediu-me que lhe desse 2 € (entendi este valor).
Fiquei a olhar para ela, respondi que não tinha, e segui o meu caminho.
Hoje,dei um salto à feira semanal, e no regresso, subia a mesma avenida, uma senhora, que me pareceu ser a mesma, aproximou-se e diz:
- Preciso de um favor. A senhora pode dar-me 10 € para fazer umas compras?
Olhei para ela, disse que não tinha esse valor, o que era verdade, e segui o meu caminho.
Dei uns passos, olhei para trás, deduzi que era a mesma pessoa que me abordara na semana passada. E fiquei a pensar que, nesse dia, ter-me-ia pedido dez euros e eu teria percebido dois.
De vez em quando, ajudo instituições e o mínimo que dou são 10 €. É com muito gosto que o faço.
Se esta senhora precisava de algum dinheiro e me perguntasse se podia dar o que eu quisesse, com certeza que lhe dava.
Assim, não!
Tinha escrito neste meu post que num dia de sol iria dar um passeio pela Foz no Porto.
Ora o dia chegou mais cedo, e inesperado, pois estava à espera de ir a uma consulta à clínica em Lisboa mas como o pequeno problema que tinha num dente podia ser resolvido no Porto, sexta-feira, ligaram-me, foi marcada uma consulta para hoje ao fim da manhã.
Gostei da médica (jovem e simpática) meia hora no consultório, tudo correu bem, feita a reparação, saí com destino à Foz, tinha a tarde para mim, estava quente, decidi ir a pé.
Mais à frente da clínica, reparei numa loja com umas roupas engraçadas, para todas as idades e estilos, com uns preços bastante interessantes, entrei, e apesar de muitas das peças serem tamanho único, comprei duas blusas.
Era hora de almoço, estava com fome, fui caminhando até que vi o supermercado Bom Dia, atravessei a rua cujos semáforos foram feitos para os automobilistas pois estive uma eternidade à espera que abrisse o dos peões, almocei por lá.
Uma horita a descansar, aproveitei para ler e comentar alguns blogs.
Mal eu imaginava o que tinha para andar. A paragem de autocarro estava ali à minha frente, não me passou pela ideia apanhá-lo e sair na rotunda do Castelo, queria tomar por lá o café, fui andando, andando, andando e o Forte ( Castelo do Queijo) não me aparecia à frente.
Passo ao lado do Parque da Cidade, calculei que estava perto da rotunda, mas a cada 100 metros comentava comigo " que doida, Maria, fazeres estes quilómetro a pé. Porque não apanhaste o autocarro?" , e continuava a andar na expectativa de ver o Forte, a rotunda, o mar.
Não fazia a miníma ideia do comprimento da Avenida da Boavista ( sempre fizera o percurso de carro), cheguei 45 minutos depois de sair do supermercado, junto à Cufra.
Sentei-me na esplanada a tomar o café, deixei-me estar a ver o mar, reparei que os autocarros que vão para o centro param perto do Castelo, fui dar um passeio pelo paredão, em direcção à Foz do rio Douro, caminhei cerca de 4 km, até à Praia dos Ingleses... E fiquei por aqui.
Surge-me aos meus olhos uma paragem de autocarro, apanhei o 500 que passava em São Bento, onde queria ficar para regressar a casa (cansada que estava adormeci no comboio, ahahah!).
Contas feitas, andei cerca de 9,5 km.
E o que vi?
Vi muitas pessoas na praia, casais 3ª idade que apanhavam sol, uns vestidos, outros em fato de banho, pescadores, namorados, estrangeiros, grupos de jovens que brincavam na praia, pescadores, esplanadas cheias e...muito, muito LIXO!
"Que praias sujas, que mau aspecto! De que estão as Câmaras à espera para as limpar? Do Verão?"
Com tanto turista cá de dentro quanto lá de fora, é tempo de limpar ", comentei. Até um skate carcomido da água do mar jazia junto às rochas perto do passadiço. Fiquei desolada, porque era de mais o lixo que se estendia ao longo da praia.
À parte a minha desolação, deliciei-me com o passeio e, como seria de esperar, cá estão algumas das fotografias.
E o lixo
Criei o hábito de levar o carro de 6 em 6 meses à oficina, salvo algum problema que tenha, que é raro, felizmente, tinha marcado para hoje verificarem os travões, o óleo e dar um jeito no pára-choques, que raspei um dias destes a fazer a manobra quando saía da garagem ( farta de a fazer, mas sempre a correr o risco que um dia ia raspar, e chegou esse dia), mas como precisam de o tirar, soldar e retocar, hoje não era o dia adequado, decidimos que ficará para outra altura que não precise do carro e este possa ficar todo dia na oficina.
A pé, e mesmo longe da oficina, aproveitei para passar no mercado e comprar frutas e legumes.
Vinha um pouco carregada, descia a Avenida da Liberdade, aparece-me à frente uma mendiga ( conhecida na cidade), suja, com a voz de choro, com a mesma ladainha habitual: "dê-me uma moeda, tenho fome, dê-me..." encostando-se a mim e acompanhando o meu passo.
Quando alguém vem em cima de mim pedir uma moeda, perco a vontade de dar. Não gosto disso. (Aliás, não precisa de ser um pobre. Uma amiga minha tem o tique de se aproximar das pessoas, encosta-se a elas, o rosto fica muito próximo, os olhos quase se encostam aos nosso quando está a conversar. Fico atordoada. E incomoda-me. E afasto-me.)
De repente, ela diz : "Por favor, dê-me uma moeda, tenho fome. Você tem cara de boa pessoa."
Pousei o saco das compras no chão e respondi: "Muito bem, dou-lhe uma moeda, mas acabe com essa ladainha."
Calou-se.
Fui ao porta-moedas, tirei 0,50 e dei-lhe.
Não é pela moeda, não é por desprezo ou nojo de ver alguém sujo. É a insistência e colarem-se a quem passa na rua.
Mas fiquei com o coração muito apertado com o que ela me disse.
muito mais interessante nesta época do ano.
Menos turistas, anda-se melhor nos transportes e nas ruas.
Pena que há muitas obras e atrasa os transporte.
Receei não chegar a Santa Apolónia a horas de apanhar o Alfa para Braga.
Fui ver a loja COS com uma linha intemporal, linda, com peças que são o meu estilo, fiquei encantada com a colecção.
Mas são peças caras, porém, de boa qualidade.
Desci a avenida, passei a estação do Rossio, mais à frente encontrei a loja Mundo Fantástico da Sardinha.
A loja está um pouco espalhafatosa, mais parecia uma loja de brinquedos, mas delirei com as paredes cobertas com latas de sardinhas. Divididas por décadas, cada ano tem registado um acontecimento importante e um nascimento célebre que marcaram esse ano:
O 25 de Abril
Portugal vencedor do Europeu de Futebol
Descolinização da Colónias Portuguesas.
Ano de nascimento da minha primeira sobrinha
Gosto de passar no MUDE ( em obras) e ver o que está em exposição, segui para a Praça do Comércio.
E lembrei-me que o sol estaria a pôr-se, fui na direcção do rio.
Uma banda tocava e cantava samba, a senhora idosa dava show de dança, os transeuntes paravam para ( a) ver a banda.
E foi então que a máquina fotográfica entrou em acção perante o lindíssimo pôr-do-sol ( fotografias do meu iphone, neste post)
Segui pela rua Áurea, este lindo edifício, antigo Banco Totta e Açores, captou-me a atenção.
Passei em A Padaria Portuguesa, era hora de lanchar, não havia pão de sementes, comi uma torrada de pão saloio e um pingo.
O pingo chegou primeiro. A torrada demorou cerca de 15 minutos e torrada demais. Se não estivesse paga, não esperava por ela (para a fama que A Padaria tem, o serviço não é nada de especial ).
As decorações de Natal começam a aparecer, dão vida à noite nas ruas.
No dia seguinte fui à consulta de manhã, não foi demorada, saí mais cedo do que imaginara.
Marcara viagem de regresso para as 16h, tinha tempo para dar um salto ao MAAT.
Na paragem do autocarro, um funcionário da carris ajudava os estrangeiros.
Lembrei-me que não é costume haver fucionários por ali, perguntei qual o transporte que deveria apanhar para Belém. Informou-me que tinha o eléctrico e que estava ali para vender bilhetes.
E foi quando contei que há dois anos e em Abril passado, fora a Belém com amigas e que os autocarros estavam cheios não conseguiramos chegar à máquina para obter os bilhetes.
Explicou-me que a venda de bilhetes na paragem começou em setembro, porque as pessoas queixavam-se disso e do receio de pagarem multa.
Aproveitei para perguntar qual o autocarro que deveria apanhar quando saísse de Belém e em direcção a Santa Apolónia.
O "28", respondeu-me.
Agradeci todas as informações, vendeu-me o bihete para o eléctrico, que achei muito caro. Paguei 2,85 €.
Fui ao MAAT, não vi o interior, apenas queria fotografar.
O tempo ameaçava chuva, decidi comer algo leve antes de apanhar o autocarro "28".
Fui ao café restaurante à saída do espaço MAAT.
Oito funcionários que contei. Três do lado de dentro do balcão, dois do lado de fora, os restantes na cozinha ( vieram à porta, vi-os), poucos clientes almoçavam, esperei vinte minutos pela tosta.
Quando o simpático funcionário a trouxe à mesa, pediu desculpa e justificou que a tostadeira estava avariada.
Mas compensou. A tosta vinha companhada de umas batatas fritas que me fizeram esquecer o tempo de espera.
Quando deixei o restaurante, chovia bastante. Dirigi-me para a paragem.
Encontrei o mesmo funcionário da carris com quem falara de manhã. Falava ao telemóvel, perguntei ao colega se aquela era a paragem do autocarro "28".
"Não, é aquela ali", respondeu-me.
Cerca de quinze minutos depois, vejo ao longe o autocarro 728. As pessoas entraram e, de repente, pensei: "Será que é este o meu autocarro?"
Dirigo-me à porta, fiz a pergunta ao condutor, que não me deu resposta, fechou-a e arrancou.
Olhei o placard que indicava o tempo de espera dos próximos autocarros. Não havia nenhum "28".
Consultei o mapa na paragem. Estava lá o número 728. Os meus olhos seguiram as paragens e lá estava Santa Apolónia.
Fiquei lixada. Ninguém diz o número completo. Se o autocarro é o setecentos e vinte e oito, porque dizem vinte e oito?
Passou o 728 na direcção oposta, volto ao placard que indicava sete minutos para chegar à minha paragem.
Calculei que iria dar a volta perto dos Jerónimos, tem paragem por alguns minutos onde entram os estrangeiros. A senhora ao meu lado comentou que se viesse cheio não pararia.
"Como?!", comentei. " Tenho de apanhar o comboio, nem que me meta à frente, ele tem de parar."
Observei de novo o placard, os minutos que faltavam eram os mesmos, aquilo não avançava (não sei que raio de sistema de contagem dos minutos é aquele. Um minuto demora três a passar, bolas!).
Passaram quinze minutos desde que ele passara no sentido oposto, chegou.
Diz a senhora: " Não vem cheio, tem sorte".
Entrei, ia dizer o destino, comentou a condutora: " não precisa dizer para onde vai, é tarifa única, paga 1,85 €"
"Bolas", comentei para os meus botões " no eléctico paguei 2,85€, aqui tem um percurso maior e pago 1,85 €?"
E lá partiu. Contente porque o trânsito andava, embora com muitas paragens, eis que após passarmos a Praça do Comércio,vê-se a confusão das obras. E o autocarro não avançava. E eu a perder a paciência.
Mas chegámos.
Chovia imenso. A maioria dos passageiros saiu em Santa Apolónia.
Faltavam quinze minutos para o Alfa partir.
Aos senhores da carris, por favor, não confundam as pessoas.
Se alguém quer saber qual o autocarro que deve apanhar, não digam, no caso, o "28". Digam o "728".
Estava sujeita a perder o comboio.
Hoje de manhã, na minha caminhada matinal, agora que há sol e a temperatura ambiente é de primavera, passei pela feira.
Descendo a avenida principal, uma senhora idosa, baixinha, vestida de preto, com ar muito doce, aproxima-se de mim e diz-me: “A menina pode fazer-me um favor?”
“Claro que sim, o que deseja?”
“ Gostaria de atravessar para o outro lado da avenida, mas preciso de ajuda.”
“Não devemos atravessar aqui a avenida, é perigoso. Eu até a ajudava, mas não devo e não posso correr o risco”.
“Pois é, custa-me muito andar, atravessar o túnel, tenho medo, e ainda é um pedaço até lá e eu não posso andar muito”, insistiu.
“ Onde é que a senhora mora?”
“ Eu quero ir para o café São João.”
Volto à carga : “Eu teria muito gosto em ajudá-la, mas se quiser ir comigo até junto do túnel, atravessamos lá. Tem menos perigo.” (ajudá-la-ia, mas iríamos pelo túnel).
“Deixe lá. Eu peço a alguém que me ajude.”
Eu insistia: “Mas venha comigo, atravessamos mais acima. Aqui não. Eu conduzo e sei o perigo que se corre a atravessar esta avenida. Desculpe, mas é muito arriscado e eu não quero ser responsável por alguma coisa que possa acontecer.”
E ela insistia “Não. Não posso andar. Eu peço a alguém que me ajude.”
Pedi desculpa, e segui o meu caminho.
Dei uns passos, olhei para trás e lá estava ela com um senhor, parados na faixa do meio da avenida, à espera que os carros passassem para atravessar o resto que lhes faltava para ela ir para o café.
Sei o quanto é perigoso atravessar esta avenida, há muitos idosos que o fazem, buzino quando vejo as pessoas atravessarem à frente dos carros.
São poucas as pessoas que vão pelo túnel para peões, inclusive, eu.
Na Segunda-feira passada, fui assitir à missa de 8º mês de falecimento do meu pai.
Como sempre, evito levar o carro e aproveito para caminhar.
Costumo ir pela conhecida Avenida Central, muito frequentada pelos idosos e por muitos jovens que aproveitam o sol e "curtem" momentos de namoro, de brincadeira, de lazer.
Indo eu na direcção dos sinais para atravessar para o outro lado da avenida, sentados num banco, deparo com um casal nos seus 80as e...
Ela muito bem vestida, ar tranquilo e meigo. Ele, um pouco mais acabado, magro, vestia um fato em tom de castanho, aproximava o seu rosto do dela e o seu braço esquerdo pousava delicadamente no ombro, com carinho e alguma sensualidade.
Fiquei deliciada com a cena.
Falei com os meus botões: " O amor, o carinho, a sensualidade não acabam com a idade. Quem tem o dom de a alimentar, pode prevalecer para sempre".
Como eu gostaria de o viver...eternamente.