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cantinho da casa

cantinho da casa

no autocarro

Fui ao ginásio, ontem, de autocarro.

Sempre que tenho tempo, prefiro ir de autocarro, poupo na gasolina, na carteira e o ambiente.

A aula de Pilates é às 11:30h, tenho cartão da TUB, a paragem fica perto de minha casa.

São cerca de 12 minutos ( ao domingo é mais rápido, há pouco trânsito) até à paragem, junto ao Continente.

Tenho de atravessar o parque de estacionamento do hipermercado, subo uma rua um pouco íngreme, que dá para o parque de estacionamento do ginásio.

Subir a rua são cerca de sete minutos ( depende do passo  ).

Depois da aula, voltei à paragem, o autocarro chegava em 10 minutos.

Estava sentado no banco, um imigrante. Pele escura, pelos traços percebi que seria indiano.

O autocarro chegou.

Entretanto,chegaram mais três pessoas. Uma delas entrou, a seguir o jovem, eu e duas senhoras ficamos atrás dele.

Ele tinha passe, passou na máquina, mas esta não o lia.

O condutor do autocarro, pediu-lhe o cartão. Passou uma,duas, três, vezes, e amáquima não lia.

Pediu que esperasse para que os outros passageiros, e eu,  passassemos os cartões.

Eu deixei-me estar a obervar o que o motorista dizia ao jovem.

Comentava que o cartão estaria desactivado talvez porque o tinha junto ao telemóvel.

Eu ofereci-me para pagar a viagem.

Uma senhora brasileira aproximou-se, com uma nota de 5 euros, para pagar a viagem.

O motorista disse que não era preciso que iria tentar perceber o que estava a acontecer.

O jovem não percebia nada do que ouvia, até que lhe perguntei  se percebia inglês.

E resolvemos o problema.

O motorista, reparando que era um passe, pediu-me para lhe perguntar se ele tinha o recibo do valor que pagou pelo carregamento.

O jovem foi à carteira,  tirou não só este como o do multibanco.

Entregou ao motorista que viu de facto o valor correspondia ao pagamento do passe por um mês, mas não percebia porque a máquina não lia.

Até que me perguntou que dia era, e à minha resposta, " dois de Março", ele respondeu de imediato que o recibo datava do dia três de Fevereiro, logo ele tinha de carregar o passe.

Perguntei se ele não tinha de pagar a viagem, ele respondeu que não.

Transmiti ao jovem que não pagava esta viagem mas que tinha de carregar o passe para o mês de Março.

Sentou-se.

Quando eu ia ocupar um dos lugares, comenta uma senhora ," A senhora sabe falar com ele". Respondi que estudara inglês.

Sentei-me atrás do jovem.

E foi então que lhe perguntei de onde era: Índia.

Comentei que compreendia que é difícil para um estrangeiro aprender português.

E dei-lhe um conselho: se tiver algum amigo que fale e compreenda portugês, que o levasse com ele à TUB e explicasse o que aconteceu. E que tenha sempre o recibo com ele.

Não fiz qualquer pergunta sobre se tem emprego, ou do tempo que está em Portugal. 

Quando chegamos à paragem que eu saía, toquei-lhe ao de leve no ombro e desejei-lhe boa sorte.

Com o gesto de gratidão, olhou para mim, levando a mão direita ao seu coração.

Saí.

Nos anos oitenta, fui sozinha para a Suíça.

Arranjei emprego como baby-sitting ( ficava-se a viver em casa da família que dava emprego) para ganhar algum dinheiro, pois queria ir a uma clínica de cirurgia plástica, em  Berna, e ser vista por um conceituado cirurgião.

Na altura estava no último ano do curso, interrompi para ver se realizava um sonho.

Mas não me dei bem. Sentia-me sozinha.

O miúdo, de cinco anos, era demasiado mimado. Não sabia brincar. Tinha de lhe fazer as vontades todas. E atirava-me com os bonecos articulados, fazia troça das pessoas.

Tinha o meu emprego cá, tinha o curso para acabar, não me via ficar lá por muito mais tempo.

Estive um mês e meio.

Cerca de dois anos depois, através de uma familiar que várias vezes esteve internada em Lisboa, no HSM, e sendo ela uma pessoa que travava conversa com enfermeiros e médicos, conheceu um cirurgião plástico. 

E falou-lhe em mim. 

Imediatamente tentou marcar uma consulta com ele.

Este meu pequeno testemunho é para mostrar que não é fácil deixar para trás a família e ir à procura de uma vida nova num lugar desconhecido. Não foi o meu caso.

As saudades são muitas, conhecer pessoas não é fácil,  perceber uma língua desconhecida é muito,muito  complicado.

Eu aprendi francês e inglês. Falava fluentemente, no caso, o francês.

E regressei.

E o sonho não se realizou em Berna mas no meu país.

A emigração/ imigração é um bico de obra para quem vem e para quem recebe.

Mas dá-me dó quando a língua é um entrave à socialização.

 

Dia Nacional do Ar

Durante uns meses, já lá vão 2 anos, fui, várias vezes, levar a minha irmã ao hospital público.

Levava o meu carro, estacionava no parque.

Se não ficava lá, regressava a casa, e quando ela me ligasse, ia buscá-la, parava por breves minutos em frente à porta  principal, e seguia caminho.

Uma altura comentava com a sobrinha que se um dia precisasse de lá ir, usaria o autocarro.

Ela comentava: "ah, e tal, não sei por que não vais de carro. Se for porque tens de pagar parque, não compensa o tempo que perdes nos transportes".

A frota de autocarros tem sido melhorada nos últimos dois ou três anos, por que não andar de autocarro?

Ora, o mês passado, num dia de chuva, tive uma consulta.

Fui carregar um cartão que tinha há algum tempo para usar nos dias que me apetecesse ir de autocarro para o ginásio.

É que os autocarros que preciso páram perto da minha casa.

O tempo que leva a chegar lá são cerca de 15 minutos, tendo o autocarro prioridade, como sabemos, e conforme o trânsito, a maioria das vezes, chega a horas.

Hoje, tinha exame de sangue, fui para a paragem. Só tenho de atravessar uma rua.

Quando tirei o cartão para passar na máquina, a tampa de leitura  estava levantada.

Perguntei ao condutor se estava avariada, e o que tinha de fazer. 

Respondeu: "Hoje, não paga nada".

"Porquê?" perguntei.

" Hoje é o Dia Nacional do AR, os transportes são grátis".

Sentei-me, peguei no telemóvel e fui pesquisar no doutor do costume.

Não fazia a mínima ideia que existe este dia.

E assim, fui e vim sem pagar.

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Entretanto, no hospital, decidi não usar o elevador.

Ontem, ligaram-me a pedir que fosse levantar a ressonância magnética ( a médica tinha ficado com este exame) e uma vez que ia fazer o exame de sangue, para subir no elevador junto à entrada, ao andar x, ala y.

E fui.

Achei estranho, porque estava onde a minha irmã fora há dois anos: no ambulatório das pequenas cirurgias. Mesmo assim, a funcionária foi ver se tinha alguma coisa no armário.

Não estava, pois claro. Tinha de ir à recepção da especialidade onde tive a consulta.

Decidi deixar para depois das análises.

O tempo de espera foi de cerca de 15 mintutos, tinha muitas pessoas à minha frente.

Mas despachavam.

Depois de tirar o sangue, lá fui onde devia ir, mas usei as escadas.

Também não era naquele sítio.

Explicaram-me que era de facto no andar x,mas no lado oposto à entrada, que tinha de tirar uma senha para as informações.

Desci as escadas.

Resolvido o assunto nas informações, deram-me um papel com um código de leitura. Estava um vigilante que passava o dito papel e entrei. Ele explicou-me onde tinha de subir pelo elevador.  

E foi rapidamente resolvido.

Mas com estas idas de um lado para o outro, perdi mais tempo que o de espera para os exames de sangue.

Depois, esperei lá fora,com o tempo maravilhoso que faz, mas à sombra, pelo autocarro que chegou à hora certa.

Mais uma vez, dou os parabéns à forma como fui atendida, quer nos lugares errados que fui, e não tirei a senha porque só precisava de levantar o exame, quer no atendimento no laboratório de análises.

Eu não tenho nada a reclamar. E sempre que lá vou, penso que tenho de ir com calma e saber esperar.

Mas há quem se queixe.

Serviço Nacional de Saúde,sim!
Que nunca acabe.

 

 

 

 

 

 

 

 

uma jovem em apuros

Dizem que pessoas como eu não existem, o que não é verdade, porque há muitas e melhores ( às vezes, sou lixada).

Não gosto de ver pessoas em apuros, sobretudo quando tem a ver com dinheiro.

Tinha escrito, há pouco tempo, sobre algo que fizera para ajudar alguém que não tinha dinheiro, mas não me recordo o porquê da história  para publicar aqui.

Na Praia da Barra, estava no autocarro com destino a Aveiro, numa das paragens entrou um casal de jovems, nos seus vintes.

Sentaram-se os dois, num lugar atrás, até que, alguns minutos depois, o motorista disse: "Pegue o seu bilhete!"

A rapariga vai junto dele, e não sei o que lhe disse que ele respondeu:" não sei que lhe faça, eu não vou pagar do meu bolso"

Ela ficou preocupada, perguntou ao  companheiro quantas moedas tinha.

Ninguém que ia nos lugares da frente, e que certamente ouviu a conversa, disse nada, até que eu perguntei:
- Não tem dinheiro que chegue para pagar o bilhete?

Ela respondeu que sim.

Perguntei quanto faltava para completar o valor.

Perguntou ao companheiro, que lhe respondeu que tinha x, precisava de 1,15.

Abri o meu porta-moedas, vi que tinha moedas,  dei-he o valor que faltava.

Ela gradeceu-me várias vezes.

Foi ao motorista e deu-lhe o dinheiro.

Ambos tinham bom aspecto, apesar dos piercings que ela tinha na bochecha, no nariz e na boca fazerem-me confusão.

Saíram na paragem seguinte.

Não sei o que me leva a fazer isto, não faço julgamento do casal.

Estive para perguntar às senhoras, se queriam colaborar comigo, mas  achei que não iriam aceitar, decidi ser eu a ajudá-los.

Estivesse eu no lugar deles, não entrava no autocarro.

Ia a pé.

 

uma aventura no estádio

Fomos ver o SCB que jogava com Union Berlin.

Decidimos ir de autocarro, mas quando vi o horário, achei que íamos chegar em cima da hora, tendo em vista o trânsito para lá.

Um autocarro que vai directo ao estádio nunca devia sair da cidade 45 minutos antes do jogo,mas pelo menos uma hora.

Quando chegamos e depois de passarmos os telemóveis para a leitura dos bilhetes, dirigimo-nos para as escadas  que, supostamente, davam para o nosso sector.

De repente, vimos um elevador, estava um casal para entrar, fomos na sua direção convictas de que iríamos chegar lá.

Entrou um grupo "VIP", um dos homens cumprimenta, muito sorridente, a minha amiga, ela retribuiu sem se lembrar quem era.

Mas o elevador ia até ao 2° piso.

A menina que estava naquele andar disse que estávamos enganadas, mas abriu uma das portas que dá acesso ao corredor e disse que subissemos as escadas até ao topo.

Mas o topo não nos levava a lado nenhum porque não tinha saída.

Entretanto, desciam outras pessoas que também não sabiam para onde ir.

Descemos de novo, o jogo tinha começado e nós não encontramos a saída. Voltamos ao elevador, estava lá outra menina, muito gira e elegante, que explicou-nos como fazer.

Mas lembrou-se de ver se a porta que dava acesso ao corredor estava aberta, e por sorte estava, disse-nos como fazer.

Subimos, subimos, até que chegamos lá.

A minha amiga transpirava de tanto subir.  Dizia que tinha ginástica para um mês ( ela não frequenta o ginásio nem é fã de exercício fazer exercício físico). Ora, quando perguntamos se era ali o nosso sector, sim,era, mas não daquele lado, mas do lado esquerdo e para cortar caminho tínhamos de atravessar pelas filas onde se sentava o público e eu não queria, de modo algum, descer aqueles degraus pequenos e andar à procura da filaedos lugares.

Estavam três agentes da polícia , veio mais um stweard, e depois de explicarmos tudo, e eu com aquele ar de brincadeira disse que há alguns anos que não íamos ao estádio, disseram eles: " sentem-se aqui que de certeza não vem ninguém e no intervalo procurem os vossos lugares."

Estávamos no topo do estádio, muito bem protegidas. Atrás pelos agentes, e encostadas à parede por onde não passava vento e frio ( levamos kispos e não foram precisos, estava uma temperatura agradável).

E com isto tinham passado cerca de 20 minutos.

Veio o intervalo, ela queria fumar um cigarro ( incrível num estádio não haver um recipiente para pôr as pontas dos cigarros), perguntei a uma segurança, ela disse que não há. Mas tem uma banca em inox, perguntei se a torneira funcionava, porque apagava o cigarro na água. A resposta foi afirmativa, fui verificar, e foi quando vi um copo de plástico com alguma água onde os fumadores deixam as beatas (não gosto desta palavra). E assim a minha amiga fumou o cigarro, porque se não houvesse nada para colocar, ela prescindia desse prazer para não atirar o cigarro para o chão.

No intervalo, não fomos procurar os nossos lugares.

Voltamos aos que tinhamos ocupado,  num deles sentava-se um senhor idoso.

Sentamo-nos na fila à frente, começou a segunda parte com o hino do SCB,toda a gente eufórica,  ganhamos o jogo. Foi lindo. Ver um jogo de futebol na televisão não tem piada, vê-lo no estádio, independentemente de se ganhar ou perder, aprecia-se melhor a táctica de jogo e é excitante.

Acabado o jogo, e porque a descer todos os santos ajudam, voltamos à saída para apanharmos o autocarro.

Num dos andares, ouvimos uma voz feminina dizer "Ó setôra, que bom vê-la! Que saudades! Porque foi embora?"

A minha amiga explicou o porquê de ter saído, comentei eu que a culpa foi do Ministro, elas despedem-se, a jovem abraçou a minha amiga, e ao mesmo tempo que seguia na direcção oposta, disse:"Gosto muito de si, setôra"

( imagine-se a cara de babada da minha amiga, e feliz com o elogio).

Láfora o trânsito era intenso, estavam dois autocarros apinhados de pessoas, andavam a passo de caracol, percebemos de imediato que não teríamos hipótese de entrar porque o motorista não ia abrir-nos a porta.

Decidimos ir de táxi.

O primeiro da fila de três, era o que devíamos entrar, mas vimos um homem no passeio junto ao carro, perguntamos se podia levar-nos.

E respondeu ele: " Está lá o miúdo".

Eu ri-me e disse à minha amiga que se estava lá um miúdo é porque esperava alguém, então teríamos de entrar no segundo táxi.

Perguntamos se podíamos entrar, respondeu o mesmo homem:"Não, têm de ir para esse táxi, está lá o miúdo, é ele que as vai levar".

Desatamos a rir. O miúdo?!

Quando abrimos a porta, estava um jovem que imediatamente nos disse para entrar.

A partir desse momento iniciamos uma conversa sobre o futebol, que ele comentou ter visto no telemóvel, de ir ver o jogo da Selecção (cá em Braga), que já tem bilhete ( nós não), e com uns modos educados e uma conversa fluída, até que a minha amiga perguntou-lhe de onde era.

De Bragança, veio estudar para a UM, está no curso de Mecânica, gosta da cidade, embora conheça pouco, gosta das pessoas.

Quando saímos do carro,demos uma gorgeta pela simpatia, desejamos sucesso para os estudos e parabenizámo-lo pela educação que tem.

Já depois de ele arrancar, comentou a minha amiga: " Ele é muito novo, deve ter 18 anos."

Deduzimos que, enquanto não começam as aulas deve ter este emprego, vai ganhando uns trocos.

 E rimo-nos quando comentamos que o outro táxista sabia o que estava a dizer com,  "Tem um miúdo lá dentro".

Cheguei a casa, o cansaço era tal, tomei um duche, sentei-me no sofá, e adormeci.

Foi uma aventura esta ida ao estádio.

O bichinho entrou. Se tivermos oportunidade de ir ver um jogo que nos entusiasme, voltaremos, mas  acho que nos vamos perder outra vez.

 

 

 

 

sobre a gasolina

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Lera que ia aumentar oito cêntimos, alguém me disse que seriam doze a partir da próxima segunda-feira.

Eu preciso do carro para levar o sobrinho neto ao colégio e para outas situações muito importantes que não quero contar, e para ir ao ginásio.

Sempre que posso, o carro fica na garagem, faço tudo a pé.

Com estes aumentos, numa semana meti 70 euros ( o que gastava nummês quando o preço rondava 1,30) e o depósito não encheu, pois claro.

Recebi alguns autovouchers, que  só dava fé deles quando entrava no netbanco.

Com esta notícia, o governo espera ajudar um pouco mais os portugueses durante março, o último mês que oferecia o valor de 5 euros e que passa para 20.

Há uns quantos anos atrás,  muitas vezes disse que se pudesse o carro ficava na garagem, mas precisava dele para me deslocar para o trabalho, fora da cidade.

Com certeza que os passes e bilhetes dos transportes também vão aumentar, mas acho que vou passar a ir ao ginásio de autocarro, que são cerca de 10 minutos, ou a pé, que me leva 30 minutos.

Agora, e  sempre que o tempo ajudar, acho que vou pôr em prática o que dizia há anos.

 

 

sobre a gasolina

ao preço que a gasolina está, e a continuar a subir, comentei com a minha irmã que nos dias de sol vou passar a ir para o ginásio de autocarro.

tenho um ginásio aqui perto, pensei mudar,  mas eu gosto de mais do HP: gente simpática, boas instalações, o bar para me entreter a navegar na internet enquanto tomo o café.

as paragens dos autocarros ficam a 100m  de casa.

um deles pára junto do ginásio, o outro obriga-me a subir uma rua com inclinação acentuada, mas nada que as minhas pernas não consigam.

pois então, vou comprar uma série de títulos de transporte.

não vai há muitos meses que atestava 35 euros, dava-me para quase todo o mês. usava, e uso, o carro para ir ao ginásio e levar, ou buscar, o menino ao colégio, e à natação, nos arredores a cerca de 5km 

agora, gasto o dobro a fazer as mesma coisas.

hoje,fui a pé buscar o menino.

 

 

 

 

 

coisas do meu dia

Tinha marcado para hoje deixar o carro na oficina para fazer uma revisão, antes de ir à inspecção, desmarquei tudo,  o carro da minha irmã avariou, foi rebocado, emprestei o meu para ela ir trabalhar.

Fui levar o carro, aproveitei para, finalmente,  marcar uma consulta na clínica de fisioterapia  que fica em frenta à casa da minha irmã.

O médico dá consultas neste dia, tive sorte, alguém tinha cancelado a sua consulta da manhã, ficou para mim.

Depois desta,  foram marcadas as horas do tratamentos, a funcionária perguntou se queria fazer, nesse momento, o primeiro tratamento. 

Com certeza que sim,  ao meio-dia estava a sair da clínica.

A caminho de casa, decidi mudar o trajecto e passar no mercado municipal para comprar fruta, trouxe maçãs, tangerinas, bananas, romãs, castanhas e nozes.

Pensara fazer  lasanha de courgette e espinafres, para o almoço, aproveitava o forno para comer  as  primeiras castanhas deste ano.

Enquanto a lasanha estava no forno, na parte de baixo as castanhas assavam no tabuleiro, duas teriam escapado à faca, dois morteiros ouvi, fui ver o forno ( não o abri), a lasanha estava intacta e tostadinha, o forno cheio de padaços de castanha.

A lasanha estava deliciosa, as  castanhas de Trás-Os-Montes souberam muito bem, comi-as todas.

Sem carro, e com aula no ginásio às 17h15m,  fui para a paragem de autocarro  na expectativa de chegar a horas de conseguir uma senha para a aula das 16h30, estive trinta minutos à espera, já não chegava a tempo, quando  parou e perguntei ao condutor qual a hora do autocarro seguinte: "dentro de cinquenta minutos" - respondeu  -" mas saia daqui  por que as pessoas querem entrar", saí, este condutor não foi simpático,  passei pelo supermercado para comprar detergentes, a empregada vem amanhã, não quero que lhe falte nada ( a ela falta mais eficiência na limpeza da casa), voltei a casa, liguei o pc para ver os horários do autocarro que devia apanhar e que pára muito perto do ginásio.

A aula correu bem ( a D põe-nos KO) pergunta-nos: " meninas, estão bem?" e respondemos "sim", ela é excelente e um amor.

Desci a rua até ao Continente. Na paragem em frente a este, há um autocarro que passa de vinte em vinte minutos, leva dez a chegar onde ao centro e muito perto da minha casa, aproveitei para ir à padaria  minha preferida.

Fiz um jantar leve.

Sem notícias da minha irmã, se tinha chegado bem,  o que foi "diagnosticado" ao carro, enviei sms, tive resposta uma hora mais tarde.

Tinha chegado bem, o carro só fica pronto na quinta-feira, precisava do meu para amanhã, na quinta-feira vai com uma colega.

Amanhã, tenho duas aulas no ginásio. Não vou à primeira,  o autocarro não chega a horas, vou para a segunda, noutro autocarro que não passa perto do ginásio,  tenho de fazer a pé uma rua íngreme, mas são só cinco minutos.

Nunca pedi, nem peço, um carro emprestado.

Sempre que deixava o carro na oficina e tinha de ir trabalhar, ia de boleia ou na camioneta da carreira, como se diz cá no norte.

Não fosse a chuva, vinha a pé para casa.

O carro faz falta, oh, se faz!

 

 

 

 

 

 

 

Lisboa é...

muito mais interessante nesta época do ano.

Menos turistas, anda-se melhor nos transportes e nas ruas.

Pena que há muitas obras e atrasa os transporte.

Receei não chegar a Santa Apolónia a horas de apanhar o Alfa para Braga.

Fui ver a loja COS com uma linha intemporal, linda, com peças que são o meu estilo, fiquei encantada com a colecção.

Mas são peças caras, porém, de boa qualidade. 

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Desci a avenida,  passei a estação do Rossio, mais à frente encontrei a loja Mundo Fantástico da Sardinha.

A loja está um pouco espalhafatosa, mais parecia uma loja de brinquedos, mas delirei com as paredes cobertas com latas de sardinhas.  Divididas por décadas, cada ano tem registado um acontecimento importante e um nascimento célebre que marcaram esse ano:

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 O 25 de Abril

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 Portugal vencedor do Europeu de Futebol

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Descolinização da Colónias Portuguesas.

Ano de nascimento da minha primeira sobrinha

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Gosto de passar no MUDE ( em obras) e ver o que está em exposição, segui para a Praça do Comércio.

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E lembrei-me que o sol estaria a pôr-se, fui na direcção do rio.

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 Uma banda tocava e cantava samba, a senhora idosa  dava show de dança,  os transeuntes paravam para ( a) ver a banda.

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 E foi então que a máquina fotográfica entrou em acção perante o lindíssimo pôr-do-sol ( fotografias do meu iphone, neste post)

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Segui pela rua Áurea, este lindo edifício, antigo Banco Totta e Açorescaptou-me a atenção.

Passei em A Padaria Portuguesa, era hora de lanchar, não havia pão de sementes, comi uma torrada de pão saloio e um pingo.

O pingo chegou primeiro. A torrada demorou cerca de 15 minutos e torrada demais. Se não estivesse paga, não esperava por ela (para a fama que A Padaria tem, o serviço não é nada de especial ).

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As decorações de Natal começam a aparecer, dão vida à noite nas ruas. 

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No dia seguinte fui à consulta de manhã, não foi demorada, saí mais cedo do que imaginara.

Marcara viagem de regresso para as 16h, tinha tempo para dar um salto ao MAAT. 

Na paragem do autocarro, um funcionário da carris ajudava os estrangeiros.

Lembrei-me que não é costume haver fucionários por ali, perguntei qual o transporte que deveria apanhar para Belém. Informou-me que tinha o eléctrico e que estava ali para vender bilhetes.

E foi quando contei que há dois anos e em Abril passado, fora a Belém com amigas e que os autocarros estavam cheios não conseguiramos chegar à máquina para obter os bilhetes.

Explicou-me que a venda de bilhetes na paragem começou em setembro, porque as pessoas queixavam-se disso e do receio de pagarem multa. 

Aproveitei para perguntar qual o autocarro que deveria apanhar quando saísse de Belém e em direcção a Santa Apolónia.

O "28", respondeu-me.

Agradeci todas as informações, vendeu-me o bihete para o eléctrico, que achei muito caro. Paguei 2,85  ‎€.

Fui ao MAAT, não vi o interior, apenas queria fotografar.

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O tempo ameaçava chuva, decidi comer algo leve antes de apanhar o autocarro "28".

Fui ao café restaurante à saída do espaço MAAT. 

Oito funcionários que contei. Três do lado de dentro do balcão, dois do lado de fora, os restantes na cozinha ( vieram à porta, vi-os), poucos clientes almoçavam, esperei vinte minutos pela tosta.

Quando o simpático funcionário a trouxe à mesa, pediu desculpa e justificou que a tostadeira estava avariada. 

Mas compensou. A tosta vinha companhada de umas batatas fritas que me fizeram esquecer o tempo de espera.

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Quando deixei o restaurante, chovia bastante. Dirigi-me para a paragem.

Encontrei o mesmo funcionário da carris com quem falara de manhã. Falava ao telemóvel,  perguntei ao colega se aquela era  a paragem do autocarro "28".

"Não, é aquela ali", respondeu-me.

Cerca de quinze minutos depois, vejo ao longe o autocarro 728. As pessoas entraram e, de repente, pensei: "Será que é este o  meu autocarro?" 

Dirigo-me à porta, fiz a pergunta ao condutor, que  não me deu resposta, fechou-a e arrancou. 

Olhei o placard que indicava o tempo de espera dos próximos autocarros. Não havia nenhum "28".

Consultei o mapa na paragem. Estava lá o número 728. Os meus olhos seguiram as paragens e lá estava Santa Apolónia.

Fiquei lixada. Ninguém diz o número completo. Se o autocarro é o setecentos e vinte e oito, porque dizem vinte e oito?

Passou o 728 na direcção oposta, volto ao placard que indicava sete  minutos para chegar à minha paragem.

Calculei que iria dar a volta perto dos Jerónimos, tem paragem por alguns minutos onde entram os estrangeiros. A senhora ao meu lado comentou que se viesse cheio não pararia.

"Como?!", comentei. " Tenho de apanhar o comboio, nem que me meta à frente, ele tem de parar."

Observei de novo o placard, os minutos que faltavam eram os mesmos, aquilo não avançava (não sei que raio de sistema de contagem dos minutos é aquele. Um minuto demora três a passar, bolas!). 

Passaram quinze minutos desde que ele passara no sentido oposto, chegou.

Diz a senhora: " Não vem cheio, tem sorte".

Entrei, ia dizer o destino, comentou a condutora: " não precisa dizer para onde vai, é tarifa única, paga 1,85 €"

"Bolas", comentei para os meus botões " no eléctico paguei 2,85‎€, aqui tem um percurso maior e pago 1,85 ‎€?"

E lá partiu.  Contente porque o trânsito andava, embora com muitas paragens, eis que após passarmos a Praça do Comércio,vê-se a confusão das obras.  E o autocarro não avançava. E eu a perder a paciência.

Mas chegámos.

Chovia imenso. A maioria dos passageiros saiu em Santa Apolónia.

Faltavam quinze minutos para o Alfa partir.

Aos senhores da carris, por favor, não confundam as pessoas. 

Se alguém quer saber qual o autocarro que deve apanhar, não digam, no caso, o "28". Digam o "728".

Estava sujeita a perder o comboio.

 

Normalmente não bebo mas...

um dia há sempre um dia...

 

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 (imagem daqui)

 

 

 Gostaria de partilhar uma experiência convosco acerca do "Se beber, não conduza"!

 

Como muito bem sabe, temos tido autênticas lavagens de cérebro diariamente por parte das autoridades competentes acerca deste assunto, através de mensagens de outdoors ou de filmes passados na televisão.   Há umas noites atrás saí com uns amigos e fomos tomar uns copos a um barzinho muito agradável.
Depois de umas Vodkas e uns Whiskies, fiquei com a perfeita noção de que tinha ultrapassado o meu limite de resistência ao álcool e fiz uma coisa que nunca tinha feito antes: usei o autocarro para regressar a casa!  

Pelo caminho reparei numa operação stop com a polícia a identificar os condutores e a fazer alguns o teste do balão mas, como eu ia num autocarro, os agentes fizeram sinal para seguir.  

E foi assim que cheguei a casa são e salvo, sem qualquer incidente, o que constituiu uma autêntica surpresa para mim porque eu nunca tinha guiado um autocarro antes, nem faço a mínima ideia onde é que o arranjei!!!