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cantinho da casa

cantinho da casa

coisas do meu dia

Apeteceu-me ir de autocarro para o ginásio, tinha uma aula de Zumba (já escrevi que há mulheres de todas as idades e umas quantas para cima dos 60 ... que são fãs desta modalidade?).

Tento apanhar os movimentos, e alguns até já sei, deixo-me ficar atrás, e, bora zumbar!

Uma dada altura, vem uma música árabe, a professora tira de um saco uns tantos lenços de quadril para usarmos na dança.

Eu não fui buscar.

Tinha o telemóvel pousado, sem som, quando a música começou, peguei nele e fiz sinal à professora se podia filmar.

E assim foi.

3m10 de dança.

No final da aula, a professora deu-me  o contacto do Instagram e enviei o vídeo pelo whatsapp.

Ora, depois de enviar, a professora inclui-me no grupo de Zumba.

E as mensagens já  são muitas.

E costumam combinar almoços.

Sabem como são as mulheres, né?

Parece-me que, de quando em vez, vou passar a ir a estes encontros do grupo da Zumba.

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Quando saí do ginásio, passei na Worten para ver micro-ondas. Tinha uma lista de marcas, da Deco Proteste, com preços acessíveis, que para o que eu quero, servem  perfeitamente, e que me ajudou na escolha..

O meu é da Worten, tem cerca de 16 anos, percebi que mais dia menos dia ia avariar. Ele fazia um ruído que eu não gostava, ontem, ouvi um som tipo estouro, assustei-me, desliguei-o, e não me servi mais dele.

Então passei na loja para ver os da marca, mas não encontrei.

Perguntei à funcionária, disse-me que a Kunft é, agora, a sua marca.

Eu quero o mais básico, só uso mesmo para aquecer sopa ou uma refeição.

Estive a pensar não comprar nada, mas o hábito e a praticabilidade do micro-ondas facilitam a minha rotina na cozinha.

Quando saí da loja para apanhar o autocarro de regresso a casa, saía ele da paragem.

O próximo era 20 minutos depois.

E resolvi vir a pé.

Perto de casa, passei no supermercado para comprar alguma coisa para o almoço, não dava tempo para descongelar nada, acabei por trazer vários produtos que não só estavam em promoção, como tinha saldo em cartão, e, óbvio, aproveitei.

Quando peguei no saco, estava super pesado.

De mochila às costas e com o saco das compras, depois de uma aula de zumba e de fazer cerca de 3km a pé, é dose.

E eu já não sou uma menina, né?

Amanhã, vou tratar do micro-ondas.

 

 

 

 

gestos que caem bem

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Eu acho que, apesar de cota, tenho o dom de ser delicada com as pessoas.

Às vezes, por distracção, ou porque estou a pensar na vida, não faço o que tenho, obrigatoriamente, de fazer: entrar numa loja ou outro lugar e dar o bom-dia /tarde / noite, e ouvido-o do outro lado, peço desculpa e retribuo o cumprimento.

Tirando isto, tenho gestos que muitas das vezes não me competem a mim, mas à(s) outra(s) pessoas com quem me cruzo.

Já foram muitas as vezes que, entrando no elevador do ginásio, sobretudo para descer, e se eu pressionei o botão para subir e/ou abrir-se a porta para entrar, se há pessoas está atrás de mim, aproveitam a descida, o elevador tem espaço para seis pessoas, e entram.

Mas quando saímos para o parque de estacionamento, acontece de tudo: passam à minha frente sem pedir licença; fazem o festo para eu sair primeiro; sou eu que convido a que saia quando levo a mala e prefiro sair depois, já que tenho de a puxar e não quero estorvar o passo de quem vem atrás de mim.

Depois há uma porta que temos de empurrar e que se fecha se a largarmos.

Ora, aqui também há de tudo: quem segura nela e espera que quem vem atrás possa sair e não bater com o nariz nela; e quem pouco se incomoda com isso, larga a porta e quem está atrás, senão se acautela, bate mesmo com o nariz  ( estou a brincar,mas pode acontecer)

E eu nunca faço isso.

Ora, hoje, esperava o elevador, aproximou-se um rapaz .

Quando entrei, ele entrou, também. Teclava no telemóvel naqueles breves segundos que demora a descer.

A porta abriu-se, ele passa à minha frente, abre a tal porta e larga-a.

A porta bate com força.

Empurrei-a. O rapaz entrava para o carro estacionado perto dela.

Estive para lhe dizer que precisa de ser delicado, visto que não foi correcto passar à minha frente, ( já estou habituada a que isto aconteça),  sobretudo porque não teve a delicadeza de segurar a porta para eu sair, ou até eu impedir que ela fechasse e pudesse sair. Felizmente, há quem o faça: segura a porta e só quando saio, larga-a.

De nada valeriam as minhas palavras, fiquei calada.

Se alguém que me dá a vez para sair do elevador, peço licença, saio, e agradeço.

Assim como não deixam que a porta se feche para eu sair, e agradeço o gesto.

São pequenos gestos que caem bem a todos nós.

À 4ª feira vou ao ginásio, e faço duas aulas seguidas.

A primeira tem umas quantas senhoras, umas mais novas que eu, que costumam passar à frente na fila  esperam que a professora abra a porta, são as primeiras a entrar...mesmo que sejam as últimas a chegar.

Há anos que isto acontece, nunca comentei nada. Cheguei a comentar quando entravamos no estúdio, algumas pessoas  iam de imediato escolher um lugar na sala, pousavam, e pousam, a toalha no chão, para guardar o lugar, passavam à frente de quem estava a pegar num colchão, empurravam as outras e eu sentia-me "lesada" porque achava que era incorrecto fazerem isto. E remungo entrdentes, quando isto acontece.

Eu vou para qualquer lugar, que não seja à frente, porque nos dias mais quentes o ar condicionado está ligado, farto-me de espirrar e fico com frio.

Depois do verão algumas pessoas deixaram o ginásio, outras novas entraram, e vendo que no corredor já estão pessoas que fazem fila, quando a porta é aberta para entrarmos, passam à frente dos da fila.

Até que  num destes dias, falei.

Cheguei ao espaço junto ao estúdio, estavam duas senhoras sentadas, e, de pé, mas do outro lado, junto à parede, um senhor.

Chegaram as senhoras do costume, juntaram-se em grupo, olharam para as que já estavam lá, eu, inclusive,até que a professora abriu a porta e de rompante elas querem passar à nossa frente.

E digo eu: "Então a fila não é para se cumprir? Quem chega primeiro não tem o direito de entrar?"
Respondeu de imediato uma das que fica sempre à frente:"Tem razão.Vocês estavam aqui, façam o favor, entrem. "

Todos os olhos caíram em cima de mim. 

E comentei: "Já se sabe que "há aqui lugares cativos", porque é que também querem passar à frente dos outros?"

Na semana seguinte, estava eu na fila,  quando foi aberta a porta diz uma delas " Vá, está na fila, temos que deixá-la entrar."

Sorri. Fiz-me de sonsa, e entrei na sala.

Mas não resulta.

Hoje, entraram, foram escolher os lugares, atiraram as toalhas e, mais uma vez, em cima das pessoas que já pegavam neles, põe-se de ao lado e, já está!

Até neste gesto não respeitam: da pilha de colchões, pegam aos três de cada vez para as amiguinhas que "nos seus lugares cativos, dizem": " Traz três ou quatro", ou: "Olha traz um para mim, também". E não se dão ao trabalho de cada uma  ir buscar o seu.

É isto que temos.

Ou sou eu que estou mais chata que nunca?

 

 

 

coisas do fim de semana e de alguma má educação

Escrevi sobre o aumento no próximo ano, da mensalidade do ginásio, aqui, mas tenho mais para contar.

Na passada quinta-feira, feriado, fui a uma aula de Pilates à hora do almoço.Vou passar a ir a esta aula, uma vez que não tem muitas pessoas, gosto do professor que, antes da pandemia, dava aula com a bola de Pilates, que eu também  gostava por ser diferente.

Falei-lhe nisso antes de a aula começar, ele disse que era uma boa ideia, e uma vez que o material existe, está na altura de o usar, que ia falar com a CEO.

A aula começou, eu fiquei à frente na sala, ao meu lado direito uma mulher, que,ao lado do colchão tinha o telemóvel e as sapatilhas.

Um dado momento, reparei que ela não fazia os exercícios, permanecia sentada a teclar no telemóvel.O professor olhou para ela, que nem deu por nada, percebi que ele não estava a gostar da cena.

Uma dado momento, pousou o telemóvel, acompanhou-nos no exercício, mas imediatamente pegou nele e voltou a teclar.

Ela não se dava conta de que estava a desconcentrar-me, e quem estava do outro lado, e ao professor, em frente a ela.

O professor muda para outro o exercício, olha para ela, e, de repente, pôs as mãos nos olhos e comenta que não consegue concentrar-se. Volta a olhá-la, ri-se para nós, e mais uma vez, diz que precisa de se concentrar. Ela, de cabeça baixa, escrevia, e não o ouvia.

Ele não teve a coragem de a chamar à atenção. Ele tomou fôlego e começou o novo exercício.

Apeteceu-me dizer-lhe que saísse da aula e fosse teclar fora dali, mas não me cabia a mim fazer isso.

E pensava para mim que esta gente não enxerga, que é uma falta de respeito e de educação. 

Uns segundos depois, sem que desse por nada, ela pousou o telemóvel, olhou para o que o professor estava a fazer, retomou o exercício e até ao final da aula não pegou mais no telemóvel.

A aula acabou às 13:30h, o ginásio fecha às 14:00h, fui buscar as minhas coisas ao cacifo. Quase todas as pessoas estavam de banho tomado, e, de repente, quando saía, estava ela sentada no banco, super descansada, a teclar no telemóvel.

Isto faz-me lembrar que, um destes dias, a minha irmã contou-me que se esqueceu que o ginásio fecha às14:00h ao domingo e dias feriados, estava nas máquinas, tiveram de a chamar para sair  porque estava na hora de fechar. E eu, como é óbvio, "ralhei" com ela. Há anos que fecha a estas horas e ela comentou que não sabia?!

Procuro ir à hidroginástica ao Domingo, sobretudo se não tenho compromisso para ir tomar café, ou dar um salto à praia com a sobrinha, ou os meus irmãos, e/ou nos dias de chuva, como o de hoje.

Quando passei no chuveiro antes de entrar  na piscina, estava um senhor, que costuma fazer a aula, no jacuzzi a falar alto em tom de protesto.

Olhei para ele, que dizia: "eu não ando aqui a pagar para vir ao ginásio e a água da piscina estar fria".

Estavam pessoas na água, não tantas quantas nos outros domingos, e o homem continuava a protestar e dizia que não entrava naquela água.

A professora não era a mesma, mas conheço-a de substituir outros professores, estava de costas para a piscina a escolher a música para a aula.

Quando entrei na água: "Nossa Senhora! Que fria!"

Mas deixei-me ficar.

A professora começou a aula, ouvia-se o homem a falar com outras pessoas que provavelmente desistiram de fazer a aula. A música alta, mesmo assim não abafava a voz dele, que incomodava.

Eu comentava para a miúda que estava do meu lado esquerdo que era uma falta de educação estar a acontecera aula e ouvir-se a voz dele a resmungar.

A professora decide mudar a música para dar uma aula mais activa de modo a que não arrefecessemos.

Vinte minutos depois, ainda se ouvia o homem a falar.

Às tantas, a professora vai na direcção do jacuzzi, levou o dedo ao nariz para ele se calar.

Aproximou-se dele, teria dito que estava a incomodar, mas ele erguia o tom da voz.

Dentro da água, continuavamos o exercício, mas todos olhávamos para o lado do jaccuzzi.

A professora voltou para o seu lugar em frente a nós, e sem comentar nada continuou a aula.

O homem esteve dez minutos calado. Ouviu-se, de novo,a voz dele.

Passaram outros dez minutos, porque às onze horas, vimo-lo sair do jacuzzi, acompanhado de uma senhora, que seria a esposa.

Exceptuando a música, a professora, e nós, os vinte minutos que faltavam para terminar, correru bem.

Quando a aula acabou, a professora explicou que provavelmente teriam feito a limpeza dos filtros e a água arrefeceu.

Fosse ou não, para mim, foi que por ser domingo, e para pouparem no gás, teriam diminuído a temperatura e "esqueceram-se" que hoje havia aula.

Estava fria, sim. Custou-me um pouco a fazer a aula, mas quem estava na piscina não saiu antes dela terminar.

Fui ao cacifo buscar as toalhas e os produtos de banho, quando vou para uma das cabinas, suponho que há 30, para tomar o meu banho quente, e tem vindo a acontecer desde há quinze dias, ao Domingo ( os outros dias não sei porque faço as aulas e tomo banho em casa), os filtros de escoamento da água estão entupidos, os nossos pés nas havaianas ficam encharcados de água. E a juntar a espuma do champô, nenhuma delas escapa à água que se acumula e não vai para lado nenhum.

Ouvia-se as senhoras a protestar que nunca nada aconteceu igual, que não sabem porque ainda não está resolvido o problema, que só se preocupam em aumentar a mensalidade.

E eu acredito que o problema não será do ginásio, porque nunca aconteceu nada disto, talvez seja fora, nos tubos de saneamento, é a Agere que tem de tratar de ver onde está o problema.

Aconteceu, e acontece, várias vezes no ano, aqui na rua, alguém deve ter problemas de entupimento, vem o camião da Agere, os trabalhadores vêm às traseiras do meu prédio, abrem a tampa de saneamento e a longa mangueira é empurrada até ao lugar onde está o problema, e os jactos de água tratam do resto.

Perante estes acontecimentos do fim de semana, amanhã, depois de levar o menino ao colégio, tenciono passar no ginásio e contar o que se passou.

O senhor tinha razão, mas não tinha o direito de estar a incomodar o trabalho dos outros. Caladinho, no jacuzzi, que é bom e raramente consigo um lugar para mim, melhor usufruía dele.

 

um dia cansativo

porque acordei cheia de dores nas pernas, mas não foi de dançar neste carnaval, não.

Foi da aula de Pilate de ontem. 

O cansaço era semelhante às caminhadas que se fazem na montanha. Sei porque em tempos as fiz.

A sobrinha trabalhou, eu e a minha irmã levamos o sobrinho neto a passear pelo centro da cidade.

Uma dada altura,  quis que a tia avó se sentasse no triciclo para ele o empurrar.

A minha irmã é  levada da breca para a brincadeira, fez o que ele quis.

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Entretanto, à tarde, a chuva veio em boa quantidade, fomos para casa da sobrinha brincar com ele.

Amanhã, volto à aula de Pilates.

E ando muito triste com esta guerra na Ucrânia.

 

 

atchooo!

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no meu dia-a-dia,tenho  o cuidado de trazer na mala os imprescindíveis lenços de papel.

maioria das vezes, quem está comigo nunca tem, vai daí que tenho-os sempre à mão para desenrascar o pessoal.

costumo levar o pacote dos lenços para o estúdio do ginásio, sou sensível ao ar condicionado, seja onde for,  sobretudo ao frio, e então nos supermercados, junto às arcas, arrepio-me, pego no que preciso e saio daquela zona o mais rápido possível.

o ginásio abriu após a pandemia, somos obrigadas a  entrar no edifício  e  nos estúdio com a máscara, dispensada durante a aula.

ora, quando estamos deitadas no tapete a fazer um exercício e o seguinte é de pé, é certo queme vem um espirro. pego no lenço,ponho-o junto ao nariz, evito que ele saia. 

mas o que me faz confusão, é que sempre  e exactamente no final  da aula,quando estamos a relaxar, pego no lenço com rapidez e levo-o ao nariz porque, inevitavelmente,  tem de sair..

eu fico sem jeito por  que penso no que nunca antes da pandemia não me passava pela cabeça: o que pensarão as outras pessoas?

 

 

 

 

Pilates funcional

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As aulas de Pilates de segunda e quarta-feira são muito procuradas, as senhoras mais velhas costumam ir muito cedo para o ginásio para conseguirem a senha, que é entregue trinta minutos antes da aula.

Há um número pequeno de aulas para reservas na APP, feitas com 24h de antecedência.

Se consigo reservar, óptimo, não quero ir para a fila, tenho até dez minutos antes da aula para a levantar, caso contrário, um mintuo de atraso, a senha vai para alguém que esteja à espera de uma vaga.

Há muitos e variados exercícios nesta modalidade, a professora, muito competente, profissional, simpática, e bonita, varia de aula para aula os exercícios, ontem, os últimos vinte minutos foram em dupla, o que me deu enorme prazer, sinto-me mais capaz de competir que se o fizer sozinha.

E há senhoras que se recusam ficar em determinados lugares do estúdio, outras acham que o espaço  que habitualmente ocupam é seu, ficam com ar de zangadas se alguém ( eu, por xemplo) arranjo um bocado e ali estendo o tapete e a toalha, e fico na minha, uma vez que lugares cativos são pagos e ali não existem.

Ora, quando a professora pediu para fazermos uma dupla com a companheira mais próxima, naquele espaço à minha volta as mulheres tinham par, eu não.

Procurei quem fizesse dupla comigo, vi uma senhora sem ninguém, fiz o gesto para me juntar a ela, mas ela fez uma cara de indignação, comentou qualquer coisa, pareceu-me que queria uma senhora da sua idade para se juntar a ela, talvez uma das "amigas" de café.

Olhei para a professora, que perguntou a uma jovem nos seus quarentas se não se importava de ir para o fundo da sala, havia uma senhora que não tinha par e eu ocupava o seu lugar.

Tinha comigo uma jovem brasileira, seria das primeiras brasileiras do ginásio com quem falei, numa altura que fizemos a aula de Antigravity, alta, um corpo bem estruturado; eu, baixa e magra, quão franzina, juntamos as mãos, os pés, fazíamos os exercícios bem coordenados, estavamos em sintonia, na respiração, nos movimentos, nos agachamentos, até que, num deles, as nossas mãos agarravam-se, ela puxava por mim eu fazia  flexão do corpo enquanto ela inclinava o seu para trás. De quando em vez, e porque sou mais velha, perguntava-me: " estou a magoá-la? por favor, se estou a exagerar, diga-me." E eu pedia que fosse um pouco mais longe...

Invertíamos a tarefa, eu dava o meu máximo de molde a puxá-la para que ela sentisse o exercício, não queria dar sinal de fraca, sem força.

Foram alguns minutos bem aplicados neste treino funcional, gerou-se naquele espaço, motivação, inter-ajuda, socialização.

No final, toda a malta saiu mais alegre. Eu fui fazer outra aula, o aquecimento estava feito. 

Na próxima, se conseguir reservar a aula, não posso esquecer de levar uma bola de ténis.

Fiquei curiosa, vou fazer o possível para fazer a aula.

imaginem uma linha que passa a meio da sala

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Este dia começou logo de manhã com um carro estacionado em frente ao portão que dá acesso às garagens.

Os pais têm de deixar os filhos à porta da escola, esquecem-se que o dia também começa de manhã para quem vive nesta rua. 

Verifiquei se alguém subia a rua, que fosse o dono(a) da viatura, e a  tirasse dali. Mas não. E buzinei, uma, duas vezes.

E no passeio, a meio da rua, vi um grupo de mulheres que conversava. Pensei se não seria uma delas a dona da viatura. 

Esperei cerca de três minutos, já estava a prever chegar tarde ao ginásio (apanho trânsito dos papás que deixam os filhos à porta das várias escolas da zona) e perder a senha da aula de Pilates com Bola.

Sem paciência, espreitei, de novo, para o fundo da rua. Vejo uma das mulheres do grupo aproximar-se.

Ninguém, aqui na rua, fica chateado que deixem os carros estacionados, por breves minutos, em frente às entradas para as garagens, levem os filhos à porta da escola, sobretudo se estes são pequenos, e há funcionários a supervisionar, mas venham de imediato tirá-las e não fiquem a conversar como se não houvesse dia para os utentes desta rua. 

Mas esta teve um desplante!

Propositadamente, e para que o meu carro fosse visto, deixei-me ficar a ocupar o passeio. Ela aproximou-se, dirigiu-se para o seu carro e diz: " desculpa!"

O quê?!  Desculpa?! Mas a fulana conhece-me de algum lado?! Olha-me esta!", comentei para o meu decote.

Os carros faziam fila na rua e eu fervia com o pára, arranca, até que segui para o ginásio por um caminho diferente, consegui chegar a horas.

Já na aula, e hoje com menos pessoas que o habitual, com muito ou pouco espaço, as senhoras não têm a noção deste, senti-me claustrofóbica porque estavam quase em cima de mim, peguei no meu tapete e na bola, fui para o fundo da sala.

A aula seguiu o seu ritmo, até que num dos exercício o professor pediu que todas ficassemos de frente para o meio da sala, e como há quem não entenda,  explicou: "Imaginem uma linha que passa a meio, quero que todas se virem de frente para ela".

No estrado, e para que todas percebamos o que vamos fazer, ele coloca-se de lado quando quer exemplificar um exercício.

Mas há a totó.

A totó ficou de frente para mim, isto é, fez o contrário  do que o professor pediu. Fiz-lhe o gesto que tinha de se virar para o meio da sala. 

Perguntou ao professor por que tem de se virar. Este, ao mesmo tempo lhe dá a resposta, acrescenta ela: "Ah! Mas eu prefiro fazer na mesma posição que  o professor toma para explicar " .

E ele acrescentou  que era mais conveninente seguir o que pedira, mas que fizesse como entendesse.

E ela fez como entendeu para si.

Quando tal, a totó estava fora do seu tapete, os seus pés tocavam os meus, ajeitei-me para que não esbarrássemos com as bolas e continuou até ao exercíco seguinte que era executado deitadas em cima do tapete. E a totó só percebeu que estava a fazer tudo mal quando se viu no chão e fora do tapete. E foi então que se desviou de mim.

A senhora tem falta de neurónios. Diz coisas fora de contexto, o/a professor (a) diz uma coisa, a maioria da vezes ela faz ao contrário, porque não ouve as instruções, não tem destreza motora.

Ontem, na aula de antigravity , e já se percebeu que ela não tem capacidade para fazer uma aula destas, além de não conseguir acompanhar os exercícios, a maioria são de equilíbrio, e porque não entende as instruções, põe-se em risco e compromete o trabalho da professora, que orienta.

Não sou contra ela tentar  desafiar-se, mas o senão é que ela não consegue perceber o que a professora diz.

Depois, ouve-se um " socorro!" e lá vai a professora ajudá-la a sair da confusão que se mete.

Todos temos mais agilidade para umas coisas, menos para outras, e eu sou péssima a cortar um papel ou a desenhar uma boneco, fazer um risco. 

Mas no que se trata de actividades físicas, vou para as que acho que sou capaz de fazer, não me faço de esperta e desafio o que sei ser impensável arriscar.

 

 

 

 

 

 

coisas do meu dia

Tinha marcado para hoje deixar o carro na oficina para fazer uma revisão, antes de ir à inspecção, desmarquei tudo,  o carro da minha irmã avariou, foi rebocado, emprestei o meu para ela ir trabalhar.

Fui levar o carro, aproveitei para, finalmente,  marcar uma consulta na clínica de fisioterapia  que fica em frenta à casa da minha irmã.

O médico dá consultas neste dia, tive sorte, alguém tinha cancelado a sua consulta da manhã, ficou para mim.

Depois desta,  foram marcadas as horas do tratamentos, a funcionária perguntou se queria fazer, nesse momento, o primeiro tratamento. 

Com certeza que sim,  ao meio-dia estava a sair da clínica.

A caminho de casa, decidi mudar o trajecto e passar no mercado municipal para comprar fruta, trouxe maçãs, tangerinas, bananas, romãs, castanhas e nozes.

Pensara fazer  lasanha de courgette e espinafres, para o almoço, aproveitava o forno para comer  as  primeiras castanhas deste ano.

Enquanto a lasanha estava no forno, na parte de baixo as castanhas assavam no tabuleiro, duas teriam escapado à faca, dois morteiros ouvi, fui ver o forno ( não o abri), a lasanha estava intacta e tostadinha, o forno cheio de padaços de castanha.

A lasanha estava deliciosa, as  castanhas de Trás-Os-Montes souberam muito bem, comi-as todas.

Sem carro, e com aula no ginásio às 17h15m,  fui para a paragem de autocarro  na expectativa de chegar a horas de conseguir uma senha para a aula das 16h30, estive trinta minutos à espera, já não chegava a tempo, quando  parou e perguntei ao condutor qual a hora do autocarro seguinte: "dentro de cinquenta minutos" - respondeu  -" mas saia daqui  por que as pessoas querem entrar", saí, este condutor não foi simpático,  passei pelo supermercado para comprar detergentes, a empregada vem amanhã, não quero que lhe falte nada ( a ela falta mais eficiência na limpeza da casa), voltei a casa, liguei o pc para ver os horários do autocarro que devia apanhar e que pára muito perto do ginásio.

A aula correu bem ( a D põe-nos KO) pergunta-nos: " meninas, estão bem?" e respondemos "sim", ela é excelente e um amor.

Desci a rua até ao Continente. Na paragem em frente a este, há um autocarro que passa de vinte em vinte minutos, leva dez a chegar onde ao centro e muito perto da minha casa, aproveitei para ir à padaria  minha preferida.

Fiz um jantar leve.

Sem notícias da minha irmã, se tinha chegado bem,  o que foi "diagnosticado" ao carro, enviei sms, tive resposta uma hora mais tarde.

Tinha chegado bem, o carro só fica pronto na quinta-feira, precisava do meu para amanhã, na quinta-feira vai com uma colega.

Amanhã, tenho duas aulas no ginásio. Não vou à primeira,  o autocarro não chega a horas, vou para a segunda, noutro autocarro que não passa perto do ginásio,  tenho de fazer a pé uma rua íngreme, mas são só cinco minutos.

Nunca pedi, nem peço, um carro emprestado.

Sempre que deixava o carro na oficina e tinha de ir trabalhar, ia de boleia ou na camioneta da carreira, como se diz cá no norte.

Não fosse a chuva, vinha a pé para casa.

O carro faz falta, oh, se faz!

 

 

 

 

 

 

 

simpatias que me fazem sorrir

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Uma semana sem ir ao ginásio,  vim de Lisboa muito cansada, sábado fui à aula de Pilates.

Costumo levar uma mala com tudo o que preciso, uns dias mais pesada que outros, habituei-me a ela.

Depois da aula,  mala na mão, dirigia-me para as escadas que dão acesso à recepção. Ao lado delas há o estúdio de bike.

A mala tem rodas. Como é costume quando saio dos balneários, puxo-a até às escadas, páro junto destas, pego nela e subo-as.

Ora no sábado fiz este gesto habitual, estava a decorrer a aula de bike, parei, olhei para um dos colegas de Pilates para lhe adeus, como sempre o faço também, quando escuto uma voz de homem que me diz: " quer que leve a mala? está pesada?"

Olho para trás, vejo um jovem que não teria mais de 30 anos, lindo, barba de poucos dias, uma voz bonita.

Respondo que não, que não é preciso, que a mala não está pesada, que é hábito meu parar nas escadas para pegar nela.

Comenta: "mas eu levo-lhe a mala"

E fiquei sem jeito. Nunca naquele ginásio, alguém, velho ou novo, se ofereceu para levar a mala. E há dias que vai mais pesada, é verdade.

Agradeci, de novo, disse que estava habituada, que desta vez nem estava muito pesada.

Fiquei para trás, não queria que visse o sorriso que me fez vir ao rosto e porque queria apreciar melhor o jovem. 

Ter a simpatia de um homem lindo, que podia ser meu filho,  oferecer-se para levar a minha mala, não acontece com frequência, e com maduras como eu ( estava de costas  quando se ofereceu para levar a mala, certamente não estava à espera  que veria uma mulher madura com corpo de menina, ahahah!).