uma jovem em apuros
Dizem que pessoas como eu não existem, o que não é verdade, porque há muitas e melhores ( às vezes, sou lixada).
Não gosto de ver pessoas em apuros, sobretudo quando tem a ver com dinheiro.
Tinha escrito, há pouco tempo, sobre algo que fizera para ajudar alguém que não tinha dinheiro, mas não me recordo o porquê da história para publicar aqui.
Na Praia da Barra, estava no autocarro com destino a Aveiro, numa das paragens entrou um casal de jovems, nos seus vintes.
Sentaram-se os dois, num lugar atrás, até que, alguns minutos depois, o motorista disse: "Pegue o seu bilhete!"
A rapariga vai junto dele, e não sei o que lhe disse que ele respondeu:" não sei que lhe faça, eu não vou pagar do meu bolso"
Ela ficou preocupada, perguntou ao companheiro quantas moedas tinha.
Ninguém que ia nos lugares da frente, e que certamente ouviu a conversa, disse nada, até que eu perguntei:
- Não tem dinheiro que chegue para pagar o bilhete?
Ela respondeu que sim.
Perguntei quanto faltava para completar o valor.
Perguntou ao companheiro, que lhe respondeu que tinha x, precisava de 1,15.
Abri o meu porta-moedas, vi que tinha moedas, dei-he o valor que faltava.
Ela gradeceu-me várias vezes.
Foi ao motorista e deu-lhe o dinheiro.
Ambos tinham bom aspecto, apesar dos piercings que ela tinha na bochecha, no nariz e na boca fazerem-me confusão.
Saíram na paragem seguinte.
Não sei o que me leva a fazer isto, não faço julgamento do casal.
Estive para perguntar às senhoras, se queriam colaborar comigo, mas achei que não iriam aceitar, decidi ser eu a ajudá-los.
Estivesse eu no lugar deles, não entrava no autocarro.
Ia a pé.