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cantinho da casa

cantinho da casa

de novo, a minha angústia

Em 2008 aconteceram graves comportamentes com o meu vizinho do 1º andar,  que maltratava a mãe, deixava-me completamente angustiada e sem saber o que fazer, a não ser chamar apolícia, que vinha a casa dele, mas nada fazia,ou podia fazer.

Em 2009, escrevi este post.

E daí para cá, fui escrevendo outros sobre ele, sobretudo quando havia ruído forte em algum apartamento, quando se tratava de obras. Era o fim do mundo com os insultos e os pontapés que dava na porta.

A mãe foi para um lar, penso que em 2009, na altura que eu fui à Segurança Social e falei com uma Assistente Social, e ele ficou a viver sozinho.

Entretanto, soube que a mãe faleceu, talvez em 2017, não estou certa, porque foi-me dito por um vizinho.

Ora se ele era doente, com tendência para a esquizofrenia, com o tempo ele piorava, mas nunca, que eu soubesse, até hoje, ele desse sinal que precisava de ajuda, ou que estivesse a ser tratado por algum médico.

E digo até hoje porquê?

Há algum tempo que, à tarde, quando desço as escadas e passo à porta dele, ouvia-o a falar, não percebia o quê nem tão pouco se tinha alguém em casa, saía  do prédio, desligava o botão, embora, por vezes, tenho receio de passar à porta dele, não sei porquê, até porque ele evita os vizinhos, e na rua, se me vê ou algum dos outros, dá a volta ao quarteirão, vem para casa quando nós já entramos nas nossas. 
Por vezes, cruzámo-nos nas escadas,não há um cumprimento entre nós.

Da hipotética conversa que poderia estar a ter com alguém, ou ao telefone, também, passei a ouvir que ele falava sozinho e emitia uns sons esquisitos, que eu não conseguia perceber.

Ele tem uma voz forte, consigo perceber um ou outro palavrão, até que num dos dias, abri a minha porta e ouvia-o a falar alto, a dizer " que chatice, hihihihi!"  e repetia umas quanstas vezes. Depois parava por uns breves minutos.

De repente, ouvi-o dizer: "Merda, tanta merda.Esta casa de banho é só merda!"

O meu coração batia fortemente, eu tremia,  não podia fazer nada.

Estava dentro de casa, era com ele próprio que falava.

Masontem, foi pior, muito pior.

Estava aqui no meu sossego, quando o ouço cantar, coisa que nunca ouvira  ( ele adora ópera e, à noitte, sobretudo, até por volta da meia-noite, todos o prédio ouve, quiçá deve delirar, porque a ópera para ele ter de ser num volume alto).

De repente, ouço uns sons esquisitos que saíam da boca dele.Entrei em pânico.

Calou-se.

Passados cerca de dez a quinze minutos,voltou ao mesmo.

Abri de novo a porta, junto às minhas escadas, era ele cantor baixo, interrompia e saíam-lhe umas palavras que me pareceram da língua alemã, mas o tom de voz era de tal forma esquisito que me fez lembrar Hitler. Juro!

Fechei a porta, fui para o whatsapp desabafar a minha angústia com o grupo da família.

Como seria de esperar, eu tinha de fazer queixa, tinha de ir à polícia ( que não se mete nisto), procurar ajuda na Segurança Social,  porque se lhe acontecer alguma coisa mais grave as critícas caem em cima dos vizinhos que sabem que ele tem perturbações mentais e ninguém fez nada.

O vizinho do 3º andar, uma pessoa muito educada, com quem raramente me cruzo, e que eu procurei há cerca de três semanas para lhe contar o que ouvira durante uns tempos, dissera-me que iria perguntar na Junta de Freguesia onde pertence o café dele, e que dir-me-ia como fazermos.

Ora, hoje de manhã, senti que não valia a pena incomodar o meu vizinho, passei na Junta de Freguesia desta zona, e expliquei às duas senhoras que me ouviram tudo o que se passou desde 2008, quando a mãe era viva, e depois de ficar sozinho.

Uma delas comentou que este caso já tinha sido referenciado, que a SS interveio, mas ele disse que não precisava, nem queria, ajuda.

Aconselharam-me a ir à SS, deram-me dois nomes de duas Assistentes Sociais.

Entretanto, uma delas pediu-me que esperasse um pouco, ligou do seu telemóvel para alguém.Ouvi-a a relatar o que se estava a passar.

Uma dada altura, ela  diz que vai passar o telemóvel para mim. E falei com a senhora, do outro lado do telefone, mais uma vez,quase tudo o que contara às duas senhoras.

Ela vai contactar a SS e o Delegado de Saúde, e tentar que se consiga fazer uma avaliação e, se possível, interná-lo.

Este homem é um caso muito grave de esquizofrenia e precisa urgentemente de ser tratado.Garanto.

Diz o ditado que "quem não está bem que se mude", pelo que. no ano de 2021, solicitei um mediador imobiliário para avaliar o  meu apartamento, pensei vendê-lo e alugar um mais pequeno.

Desisti da ideia porque os alugueres são muito altos, e comprar um, 80 a 100  mil euros mais caro, não compensava vender este.

Aguardo o desenrolar deste caso.

Para isso, forneci o meu contacto móvel.

 

coisas do meu dia # angústia

Em 2009, escrevi este post sobre o doido do meu vizinho do 1º andar , filho único, doente da tola, mas nunca o admitiu, vive sozinho, que depois de pôr a mãe ( que faleceu)  louca e doente foi para um lar, recebe um subsídio da Segurança Social, foge dos vizinhos, não cumprimentar ninguém; se vê alguém entrar ou sair do prédio, não entra, ou dá a volta ao quarteirão para não se cruzar com ninguém. E quando não pode evitar, aguarda nas escadas que o inquilino saia ou entre em casa.

Em tempos, fiz obras em casa, foi um pandemónio de gritos, de insultos, conforme já escrevi no post de 2009.

Desde então não tivemos mais obras, os ruídos são quase inexistentes, a não ser de alguma reparação que não inclua broca.

Ora o apartamento do lado foi vendido, todo o seu interior nunca sofrera obras de nada, quem comprou está a tirar azulejos, as marteladas ouvem-se, mas nada que incomodem, a não ser de manhã cedo que acordam as pessoas, mas há que ter paciência, um dia elas acabarão.

Hoje de manhã  fui para o ginásio, presumo que a broca teria funcionado durante esta parte do dia, porque quando cheguei a casa, por volta das 12h30, ouvi-a a trabalhar, o ruído era ensurdecedor, até que escuto os berros do sacana " pouco barulho, c@r***,  pouco, f**@-se, c@r***", os berros ouviam-se na rua.

O meu coração voltou atrás no tempo, batia fortemente, as minhas mãos tremiam, pensava " vai começar o espectáculo".

E a broca continuava o seu trabalho, o gajo, covarde, berra dentro de casa, não faz nada, pensa que os trabalhadores vão parar por sua causa, com certeza que nem o ouvia.

E o que me levou a pensar que ela, a broca,  teria começado a sua tarefa de manhã cedo, foi por que isto passou-se durante  15 minutos, a broca parou e deu lugar às marteladas

E o gajo sossegou.

Fico apavorada com este louco. Comento para o meu decote " Sacana, podia vender a casa, alugar uma casa no campo, subir o monte e lançar as suas paranóias, frustações e locuras bem longe daqui."

 Que angústia!