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cantinho da casa

cantinho da casa

"com o mar não se brinca"

 A reportagem no jornal da noite da SIC foi de um alerta extremo, na minha opinião.

Se não se fizer nada pelo ambiente, quer por cá, quer a nível global, mais 10 a 20 anos, os nossos netos não terão a praia que hoje muito gostam e usufruem.

Em 2014, escrevi este post (fiz um print screen do texto).

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Sempre manifestei que adoro o mar, e sempre disse que lhe tenho  muito respeito.

E o meu respeito está nas palavras que foram o título da reportagem, e ditas por uma das pessoa intervieram nela:

"Com o mar não se brinca".

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"quando regressardes, lembrai-vos que...

sois os meus convidados, não os meus mestres."

Certamente que este vídeo é conhecido, foi publicado durante a pandemia de 2020, vídeo este de um autor desconhecido, e que hoje, em Portugal, e em muitos cantos do mundo onde o vírus está a infectar e matar milhares de pessoas, vem a propósito de que este texto é a lição que podíamos tirar do que a natureza nos quer dizer há muitos anos.

Ela sabe o que faz, e mais cedo ou mais tarde viríamos a sofrer as consequências do mal que lhe fazemos.

 

as plantas na decoração

sabemos que as plantas de interior ajudam a purificar o ar e tornam os ambientes mais confortáveis e bonitos.

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Há cerca de dois anos, comprei uma avenca (gosto muito desta planta, lembra-me a minha avó paterna que teve uma durante muitos anos) , foi difícil encontrar o lugar certo para ela crescer.

Dava muitas folhas, mas eram pequenas e ficavam murchas depressa. Mudei-a várias vezes da marquise para a cozinha, ou para uma das salas,até que no Verão passado, deixei-a ficar na marquise, com todos os cuidados para  que o sol e o calor não a queimassem.

Acertei!

Passado algum tempo as folhas iam crescendo,cortava as murchas, estão agora assim:

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No ínício do outono, procurei nos Viveiros do Cávado algumas plantas de interior, embora com receio, por que acho que elas não se dão comigo, perguntei quais os lugares da casa mais adequados, com mais ou menos luz,  para que crescessem saudavelmente. Comprei plantas jovens para as mudar para os vasos grandes e acompanhar o seu crescimento.

Nesta estação fria, tenho mais cuidado com a rega. E com a ajuda aqui, felizmente, estão a crescer bem. 

Vindo a primavera, irei comprar para a sala e casa de banho. 

Gosto de ver sites de decoração, estão as plantas em todos os ambientes da casa, e embora goste de ver nas imagens, cá em casa não as tenho no quarto, não gosto.

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E também não gosto de ver um espaço dominado por plantas, como aqui:

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Mas em todos os outros espaços, na medida certa, gosto de mais:

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imagens pinterest e daqui.

 

o champô sólido

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quando li este  post  do blogue da Rute, fiquei curiosa em  experimentar  o champô sólido ,também com o objectivo de respeitar o ambiente, usando o mínimo de plástico possível, fui na onda e comprei.

Achei caro, partindo do princípio que não iria  ter a durabilidade dos outros champôs.

Após cada utilização guardava-o numa caixa de plástico para que não secasse.

Gostei do resultado nas primeiras lavagens.

O que não gostei neste champõ foi que, com o uso, desfazia-se nas mãos, ficava melado e em pedaços, desperdiçava produto, achava que o cabelo não ficava como  antes.

Chegou a hora de comprar novo champô, estava indecisa entre continuar com este ou voltar ao líquido. Depois de várias idas à loja de produtos capilares e ver as marcas, optei pela embalagem mais pequena do champô líquido da marca que uso há anos.

Pensei na Lush, para experimentar o sólido, mas  não há a loja ( já houve)  na cidade.

 

ganhei duas maçãs

Precisava de passar no banco e ficando este a dois passos do provisório mercado municipal, a ideia era trazer o mínimo de compras, ia sem carro (uso carro para as grandes compras e para outras que fiquem longe de casa) decidi, hoje, fazer as compras fora do espaço habitual, passei, então, nas vendedoras que  vendem os seus produtos  num espaço à parte, sem bancadas.

Em nenhuma compra que fiz aceitei o saco de plástico que me ofereciam. Eu tinha vários sacos de papel do pão, deu para todos os produtos.

Em vendedores diferentes comprei de 1kg de tomate cherry, paguei 0,50 €; beringela , meloas e alface, paguei 2€; alho francês 0,50 €; ameixas 1€.

Vi uma senhora com um grande cesto de maçãs, ela pega num saco de plástico, digo que não quero o saco, vendo que eu tinha o de papel não mão, diz-me:

- Muito bem! Mas deixe-me usar o meu só para pesar e passo depois para o seu.

Depois de pesadas passou-as para o meu e comenta:

- Sabe que para o ano vai ser proibido usarmos sacos pequenos de plástico?  Olhe, acho muito bem. Antigamente, íamos comprar o pão, levávamos o saco,  íamos à mercearia, levávamos o saco. Este tempos modernos vieram alterar tudo e agora que o ambiente está como está, querem acabar com isto, e olhe que eu acho muito bem.E porque a menina está a poupar o ambiente, gostei muito do que fez, dou-lhe mais duas maçãs. 

E eu sorri.

Ainda comprei um ramo de flores 1,50€.

Os meu braços não podem carregar tanto peso, um quilo disto, outro daquilo, o certo é que vim carregada para casa.

 

o sumo e o plástico

Há dias, despertou a minha atenção um anúncio  que passou na televisão sobre o Lidl e a campanha de sensibilização aos veraneantes  para a importância de uma boa conduta ambiental durante a época balnear.

Pesquisei na internet, encontrei o que foi a primeira edição de TransforMAR, em 2018.

Este ano a acção continua em várias praias de Norte e Sul do país, e louvo a atitude desta cadeia de supermercados, que eu também sou cliente.

O que me levou a escrever sobre este assunto, foi o seguinte:

o Lidl empenha-se, e muito bem, nesta campanha, mas dentro de portas reparo, como em todos as lojas de bens alimentares, que o plástico é demais em qualquer produto que, na minha opinião, é prescindível usá-lo.

Ontem, na minha caminhada pelos arredores da cidade, lembrei-me de entrar na loja para comprar pão.

Não é a primeira vez que  vejo os sacos de papel do pão caídos no chão, e por falta de descuido do cliente, que não se dá ao simples gesto de separar o saco do que está por baixo e servir-se de pãoe, em vez disso,  tira-o ao calhas, eles caem e ali ficam. Vêm outros clientes, não foram eles que os deitaram ao chão, pisam os coitados, os empregados que os apanhem ( já tive gestos de apanhar os sacos de pão e entregá-los à empregada, do lado de lá das prateleiras) e desta vez fiz o mesmo, quis observar o comportamento das pessoas.

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Ora, a caminho do pão, junto às prateleiras da fruta, e onde costumam estar as bananas, reparei que no seu lugar estava uma máquina. 

Segui o meu caminho.

De repente, páro!

Algo me fez voltar à máquina.

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Ao lado dela, numa caixa, estavam umas quantas garrafas de plático de duas dimensões. Junto, as intruções para o cliente servir-se das garrafas e das laranjas e ter o seu sumo acabado de espremer.

Questionei-me:  então o Lidl faz a campanha TransforMAR nas praias e usa as garrafas de plástico para o sumo de laranja?

Entendo que usar as de vidro tem outros custos, mas se  esta cadeia está preocupada em a alertar as pessoas para o mal que o plástico faz no ambiente, então porque dispor destes na loja?

 

 

 

 

 

 

coisas de pessoas

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Tinha planeado ir ao ginásio de manhã, seguia depois para a nova loja Ikea com intuito de perder umas horas a ver, com calma, o que gosto: as cozinhas, as salas, os quartos,  as decorações.

Cheguei ao ginásio em cima da hora para ter a senha para a aula (se não for quarenta e cinco minutos antes da aula, às nove horas já não há senhas), convicta que não ia conseguir, saio, do elevador e, "surpresa!" , vejo uma fila pequena.  Uma das senhoras com quem, por vezes, tomo café, comentou :"hoje está pouca gente porque a professora D está de férias".

Já escrevi algures num post que deixei de ir às aulas de hidroginástica (passei a ir ao sábado, com um ambiente mais agradável) durante a semana, porque o ambiente, tenho que dizer isto, é reles.

Fala-se de de tudo, corta-se na casaca das pessoas, falam alto demais, não estão com atenção à aula, enfim, não faz o meu feitio conviver com este tipo de pessoas.

Adiante. Antes da aula, dirigi-me à casa de banho, estava uma senhora em fato de banho a lavar as mãos, sai outra da casa de banho e diz a primeira: "ó mulher, estás aqui?"

"Sim. Olha já fui mijar, vamos para a hidro?"

Depois da aula, a mesma senhora com quem tomo café, comentava que num dia da semana passada o ambiente estava tão foleiro, que o professor só não deu uma chapada a um senhor porque ele tinha idade para ser seu avô.

De facto, quem frequenta estas aulas são pessoas que andarão pelo setenta anos. Não têm a noção do que é estar numa aula, ou têm, mas por que são terceira idade devem pensar que merecem respeito dos mais novos, logo, que tudo lhes é permitido.

É, sim, uma falta de respeito para quem dá a aula que por vezes tem de elevar a voz para que eles o ouçam e estejam com atenção (escrevi sobre o assunto aqui )

Se eu fosse o professor parava a aula até que se calassem e quando o silêncio fosse pesado, sem proferir uma palavra, retomaria a aula como se nada tivesse passado. Garanto que eles percebiam e surtia efeito.

Fui ao Ikea, a loja que me dá imenso prazer ver tudo, tudo, comprei uns artigos, fui à máquina de pagamento self-service, entretanto, uma funcionária ofereceu-se para me ajudar, paguei. Eram duas e meia da tarde, estava cheia de fome, fui pôr as compras no carro, regressei para almoçar no restaurante Ikea. Comi um arroz de pato, bem cozinhado viam-se bons pedaços de pato semi esfiado, nada gorduroso (já comi pior em restaurantes).

Decidi dar uma volta pelo centro comercial, com bastantes lojas, todas mais do mesmo, à exceção de duas ou três novas marcas, subi à restauração para tomar café.

Aproximo-me do caixa para pedir um café, estava à minha frente um senhor acompanhado de uma criança. Do lado de dentro do balcão, duas funcionárias conversavam.

O funcionário da caixa pediu que tirassem o café para o senhor, chega a minha vez, pago, pede outro café... Uma das funcionárias tirava o primeiro café, continuava a conversar com a outra.  Pôs a chávena no balcão, quando, com a maior arrogância, o senhor diz:

- Isto é café que se tire! Eu pedi um café curto. Em vez de estar na conversa devia olhar para o que está a fazer!"

A funcionária ficou parva a olhar, pegou na chávena, deitou o café fora, foi à máquina e tirou outro café.

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Quando o entregou, diz ele: "um café bem tirado deve estar um dedo abaixo da superfície da chávena. Antigamente as chávenas eram grandes e o café saía mais cheio, era o tipo café americano, mas agora que as chávenas são pequenas, o café, (repetia), deve estar um dedo abaixo da chávena. Não sei se me está a entender."

A funcionária olhou para a chávena e percebendo que o café estava curto demais, perguntou-lhe se queria que enchesse um pouco mais, ao que ele respondeu: "deixe estar, se põe mais café perde o sabor". E voltou a explicar "antigamente...", bláblá.

Entretanto, saiu do balcão, a outra funcionária dá-me o meu café. Quando olho para trás, estava uma longa fila de pessoas à espera que o senhor explicasse à funcionária como se tira um café.

Eu já estava a ficar pelo cabelos com a conversa e a arrogância dele. Quando se desviou do balcão, a funcionária diz-me com a maior descontração, própria de uma pessoa que está habituada a atender todo o tipo de clientes: "uma pessoa está sempre a aprender!" E eu sorri.

Na minha opinão, o senhor até podia ter razão pelo facto de as funcionárias estarem na conversa, mas foi servido, e se o café não estava a seu gosto, o que devia ter dito era: "desculpe, este café não está bem tirado, por favor tire outro", e ficava por aqui.

Quem está atrás do balcão atura cada uma!