perdi a cabeça!
Mais uma edição da Agro de Braga, em anos transactos, nas primeiras edições, durava cerca de quinze dias, passando para uma semana, ficou-se de há longos anos pelos quatro dias.
Uma feira que atrai pessoas de todo o norte, tem muita oferta, há muito para ver e consolar os estômagos de coisas tão boas (mas que fazem mal se for um hábito), como os enchidos.
Este ano, temos um Forum novo, mais espaçoso e apelativo, os forasteiros enchem o espaço e os bracarenses aproveitam para provar de tudo um pouco, sobretudo vinho, e gastarem os euros em bons produtos.
Ora andava eu por lá a ver o que poderia comprar, dei a volta à restauração, fotografei enchidos, legumes, doces, gelados, crepes, compotas, até que reparo numas fatias de presunto que saíam de dentro do pão amontoado de propósito para atrair as gulas de quem por ali passava.
Os funcionários, não paravam; um cortava o presunto, outro as bifanas, outro grelhava as carnes que iam para a mesa dos gulosos destas iguarias tradicionais portuguesas.
Um casal comprava um sande, já com o presunto, mas havia mais. Com uma colher o funcionário barrava a outra parte do pão, com queijo da serra. Ai Senhor Jesus, que tentação!
Embora tenha cuidado com a minha alimentação e nem seja grande apreciadora de queijos, aquela sande fez-me despertar o desejo da gula, até porque adoro presunto.
Seis euros cada, pedi uma para trazer para casa.
Quando o funcionário vai segunda vez ao queijo, pedi que não pusesse mais.
À quantidade que põe, um queijo dará no máximo para três sandes.
Voltei à bancada dos doces, faltava a sobremesa para hoje. Embora prefira fruta a doce, mas já que ia cometer um pecado ( espero que não me faça mal), mais uma gulodice não faria diferença.
E trouxe o que ele respondeu à minha pergunta: a ferradura, que leva canela e tem recheio de ovos.
Este doce tem a massa do folar, é uma delícia, porque não é doce demais.
Em casa, fiz um chá e comi uma grande fatia de ferradura, nham, nham, nham (é infalível que o chá de cidreira vai ter de entrar em acção, mais logo).
Hoje, perdi a cabeça!