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cantinho da casa

cantinho da casa

Vila Real

O calor que não me deixava dormir, a partir das 3h levantava-me de hora em hora. Parecia uma criança que vai fazer o primeiro passeio da sua vida de estudante. Acabei por adormecer, acordei antes de o relógio despertar, preparei as minhas coisas, despachei-me para chegar a horas ao encontro que faço por chegar primeiro ( sou british nas horas). E cheguei.

À porta da escola os quatro autocarros já nos esperavam, os alunos também.

Os colegas foram buscar as listas, fizeram a chamada, partimos para Vila Real por volta das 8h45.

Chegamos ao Parque Aquático por volta das 10h45. Antes de  sairmos do autocarro, o colega responsável por cada um dos autocarros,  faz os avisos necessários para as regras de educação e de respeito no/do recinto, e a marcação da hora de regresso. A partir do momento que entrassem no parque, os alunos dos 8º e 9 anos ficariam  por sua conta.  E era vê-los pegar nas mochilas e nos sacos térmicos com  o farnel espalharem-se pelo parque à procura de um bom lugar, se  possível com sombra.

Outros alunos de outras escolas ocupavam já o espaço superior do recinto, escolhemos o inferior, estavamos mais à vontade. De imediato os funcionários foram montar os guarda-sóis para nós.

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A partir daqui, foi desfrutar do parque. Uma das colegas comentou que, comparado com os parque aquáticos do Algarve, este era muito pobre.

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Nunca fui adepta de parques aquáticos, também nunca experimentara, pela confusão que me parece haver. Estava lá, tinha que aproveitar o convívio e a água. A escassos metros de nós uma queda de água era a diversão de muitos dos nossos miúdos.

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Quando comentei que queria deliciar-me nela, as minhas duas amigas seguiram-me. Entramos na água, com uma excelente temperatura. Os miúdos deliravam com a força da água que batia no corpo. E nós também.

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Ora na toalha a gozar o sol e a conversa, ora debaixo daquela água maravilhosa, passamos bons momentos. E o tempo parecia que tinha parado. 

De quando em vez, os  colegas davam uma volta para ver como estavam os rapazes e as raparigas, que diga-se, estas não paravam de desfilar ( ai as hormonas ao rubro).

Os vigilantes sempre atentos às brincadeiras excessivas, e proibidas na água, sopravam o apito.

A verdade é que sendo um parque pequeno, tem o suficiente para miúdos e graúdos se divertirem.

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Há colegas que se divertem com os escorregas, bora lá vê-los aliviarem a carga de um ano de trabalho ( por mais que evitem a conversa vai sempre para a escola) agora com as avaliações e os exames à porta.

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 Ao princípio da tarde alguém fala no jacuzzi. 
- Jacuzzi?! Onde? - perguntei.

Um pequeno espaço cheio passara-me despercebido, pensando eu que seria um confortável "sofá" dentro de água.

E quando entrei e senti o delicioso ondular da água que batia no corpo, na barriga, nos pés, hummm, percebi o que levava a malta  a procurar aquele espaço redondo.

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O parque tem um bom espaço, tem restaurante e bares, está bem apetrechado para servir as delícias dos visitantes, bem vigiado, funcionárioas atentos e simpáticos.

O balneário é muito espaçoso e limpo. Tem bastantes cabines com chuveiros e casas de banho.

Os aspectos negativos a apontar, tem a  ver com o ruidoso megafone fixo na parede do café restaurante, na entrada do parque, que não nos deixa sossegados a deliciarmos do nosso café e da conversa descontraída.

Também  o do grupo de jovens que anda pelo parque com um falcão no braço e uma tartaruga de porte pequeno que são motivo de curiosidade dos adolescentes e crianças, aliciam-nos a pegar nos pobres bichos e tirar uma fotografia.

À saída, expõem as fotografias, perguntam-nos se temos alguma que queiramos levar. A pagar, com certeza.

Não gosto disto. Não concordo com isto. 

No portão de entrada do parque uma placa mostra as proibições do recinto.

Uma delas é de animais de estimação...

Já em Braga, a minha amiga Mafalda perguntou-me: "Gostaste? Valeu a pena?"

Claro que sim - comentei - Adorei!