Femicídio - Divulgação
Estive na passada Quinta-feira na capital. Trouxe um jornal, daqueles que oferecem aos transeuntes, embora este eu o tivesse "usurpado" na clínica onde esperava a minha hora da consulta.
Na página Mundo, reparo nesta foto, que postei. Sem olhar o título, associando-a à fome, a África e à ONU , como escreveu, e bem, o meu amigo TretosoMor, no seu post de hoje, sobre uma pesquisa da ONU à pergunta, " Por favor, diga honestamente, qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo".
África é o continente de grandes recursos, da beleza natural, de uma variedade infinita de raças, com características muito próprias... É também o continente da fome , da guerra entre tribos, do poder das milícias, da "matança", desculpem-me a palavra, da destruição.
Dei atenção ao título da notícia que passo a transcrever: Como destruir uma nação pelo horror do "femicídio".
Femicídio, pensei.... Algo atroz devem fazer algures em África...
" Mulheres são violadas em série, com paus e facas, e vítimas de canibalismo.
"Canibalismo?" ,interroguei-me.
Fui lendo o texto.
Passa-se na República Democrática do Congo e os testemunhos foram levados para os EUA pela activista e escritora Eve Ensler, conhecida de vários livros de sucesso. Esta senhora fundou a cidade da Alegria, uma espécia de aldeia onde as armas não entram e onde as vítimas de violação têm cuidados médicos e psiológicos.
Cito palavras da activista " É a destruição sistemática das mulheres. É uma guerra económica travada no corpo das mulheres. É 'femicídio".
As mulheres são usadas como arma de luta entre facções tribais e milícias que lutam pelas riquezas naturais do país: o ouro, o diamante, o cobalto.
O mesmo artigo refere que a RAISE for Congo diz: " Ninguém sabe. O mundo desconhece" .
A ONG, uma organização no país, refere: "As pessoas vão envolver-se". A palavra de ordem é DIVULGAR
A UNICEF adoptou a estratégia: " Formar congolesas no sentido de fazerem denúncias e apelar à acção mundial. Um dia elas, outro dia nós."
A notícia acaba da seguinte forma:
MARTÍRIO
" Número de anos a que o país luta por dinheiro e poder"
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Mulheres são as principais vítimas da guerra.
Violações e torturas são práticas diárias."
A propósito, lembrei-me das fotos que fazem parte de um painel que se encontra no corredor do edifício da ONU e que dá acesso às salas de reuniões, esta tirada por mim na visita que fiz a Nova Iorque, em Dezembro de 2006.
DIVULGAR é o lema. Não posso ignorar o que li, é este o meu contributo e para que o mundo conheça a guerra dos mais fracos, as MULHERES.