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cantinho da casa

cantinho da casa

a minha playlist

Sendo parca no conhecimento que tenho de música, desde sempre manifestei os meus gostos musicais, por jazz ( muitas noites ouvi o programa  "1, 2, 3, 4, 5 minutos de jazz" na RN) blues, clássica e pop rock , o meu ouvido escuta (va), gosta (va) ou não gosta (va), lia e leio o que me interessa sobre determinado cantor ou banda, pouco sei dizer ou escrever sobre o assunto. Mas há quem saiba. E escuto as músicas e leio os textos de algumas, poucas, pessoas muito bem informadas e apaixonadas nesta área:  Ricardo ,  Robinson e o Rei.

Encantada pelas belas músicas (algumas desconhecidas) deste três bloggers, sublinho as playlists do Robinson; a discografia minuciosa do Ricardo;  o retrato de reflexões pessoais em o Rei, comentara eu no post do primeiro, e a propósito da publicação desta playlist de música dos anos 80, que um destes dia iria fazer um post sobre o  que foi a minha vida nessa louca década.

Contudo,  vou um pouco atrás, à segunda metade dos anos 60, porque foi aqui que despertei para o que foi a minha adolescência ( um pouco reprimida, mas bem vivida).

Alguma agitação juvenil que saía à rua e se opunha à maneira de viver da sociedade consumista dos anos pós guerra, o desejo de  se mostrarem e  de mudarem as mentalidades, a procura da liberdade de expressão e liberdade sexual, pairavam no ar.

Deste lado do Atlântico, e em Inglaterra, a mini-saia e os hot pants ou shorts ( calções)  que Mary Quant lançou e que vieram revolucionar o mundo da  moda, foi nesta que, com o consentimento da minha mãe, fui a segunda pessoa na escola a usar os calções. E quem levou para a escola esta novidade, foi uma colega de turma, alta, sardenta, elegantérrima, algo irreverente e sempre bem disposta, e com quem me dava bem.

Filha de um político, que penso ter sido governador civil, segui-lhe os passos, pedi à minha mãe que fizesse uns calções de tricot para mim ( oe meus na cor castanho, a minha mãe fez, também,  uma camisola amarela com ilhós a formar conjunto. Nunca me esqueci de tanto que gostei. Vieram, depois, outros, costurados pela modista) foi o virar da página para o que iria ser, também, a minha "independência".

Lado a lado, ela  alta, eu baixa, ambas sardentas, as pessoas olhavam-nos na rua, comentavam... Éramos muito jovens, só queríamos vestir as novidades de então. 

À parte a moda, porque este post é sobre música, nestes conturbados finais de 60,  a minha preferência musical ia para o grupo Creedence Clearwater Revival,   que ainda hoje os escuto com algum saudosismo.

 

 

 

Do lado de cá, os Beatles , chamava-me mais a atenção as imagens a preto e branco que passavam na TV do louco histerismo da raparigas, mais do que as canções, embora viesse a gostar do grupo uns anos mais tarde. 

Músicas que passavam na rádio, íamos para a praia de transistor (rádio portátil)  na mão a ouvir The Doors, ou a canção top durante muito tempo de Scott Mackenzie "If you go to San Francisco".

 

 

The Who, o grupo rebelde que conquistou os jovens pela música e tinha a particularidade de  destruir os instrumentos no final dos espectáculos.

 

 

 

Pink Floyd 

Na procura que fiz das primeiras músicas do grupo, encontrei esta, há muito esquecida, viria a gostar da banda uns anos depois. Hoje, é uma das minhas preferidas.

  

 E porque não são precisas palavras,  para sempre, The Rolling  Stones

 (falarei deles na música dos anos 70)

 

 

Quem tem irmãos mais velhos ouve as músicas que eles gostavam , os discos de vinil LP e  Single andavam por todo o lado muitas outras banda gostei e fui fã, tais como  Beach Boys, The Mammas & PapasThe ShadowsThe Moody Blues.   

Por cá, a minha preferida foi os Sheiks.

 

Mas nós, as raparigas, românticas que éramos ouvíamos  as canções de amor, as canções de protesto, as vozes que nos enchiam os desejos de sermos livres, também.

Cantoras como a lenda falecida há 4 dias, Aretha Franklin, Janis Joplin, na Europa, Gilbert Bécaud,  Sylvie Vartan ( a minha irmã adorava-a)Françoise Hardy, e muitos , muitos outros.

 

Entramos na década de 70...

 

 

A maioria destas bandas e cantores que referi, fui procurar à internet, alguns estavam esquecidos os títulos das cançoes e/ou nomes das bandas.

Também refiro que esta procura recordei alguns acontecimentos da década de 60, tais como:  a revolta estudantil em Paris, em 1968, que levou, também, a que os operários saíssem à rua e manifestassem o seu descontentamento; nos EUA, o movimento hippie e o festival  da contracultra, o Woodstock,  o conflito armado no Vietname, a chegada à Lua.