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cantinho da casa

cantinho da casa

os meus cinquenta ( reeditado)

A Isabel pediu, cá está o texto do desafio que lançou em 2019, desta vez com mais algumas palavras do que são os 60tas.

Aceitei o convite da Luísa  para participar no desafio que a imsilva lançou no seu blog, sobre os cinquenta ( a meia idade), no século passado era sinal de velhice, a verdade é que, quando  jovem, o conceito que tinha de uma mulher de quarenta anos era de velha, de modo que, quando lá cheguei, decidi que era um disparate, não me via nem sentia a idade, tive sempre uma vida rodeada de amigas e amigos, a maioria mais novas, os anos passaram depressa demais, cheguei aos sessenta com energia, à excepção de algumas mazelas que o raio do tempo se encarrega de me oferecer, e forma de estar, ser e pensar saudáveis.

Tive uma infância a brincar na rua, não gosto de bonecas porque não as tive, os poucos brinquedos que tive eram partilhados com a minha irmã mais velha, fui uma maria rapaz, mas bem comportada...e tímida.

Dediquei parte da minha adolescência aos meus dois irmãos mais novos, uma alegria, uma novidade, foi a fase da minha vida de quase mãe ( mal eu viria a imaginar que na adolescência destes seria eu a "mãe" deles), tinha  férias de um mês na praia, encontros com os amigos, anoiteceres de brincadeira, por isso, uma adolescência saudável.

Vieram os vinte. Ui os vinte! A fase mais louca: o querer e o não querer, a incógnita de saber se iria encontrar o homem da minha vida,  a loucura das noites de Verão nas discotecas, usava tudo o que a moda ditava, o meu 1,50cm não era problema, independente que era, e sou, fazia as férias de Verão com as amigas. 

Os trinta,  trabalhadora estudante que fui, foi a etapa mais difícil e mais crítica da vida, porém, com novas amigas de curso, que me ajudaram a ultrapassar muitas das minhas tristezas, tive momentos de cumplicidade, de desabafos e risos,  acabei o curso, mudei de emprego, deixei a paixão dos vinte, fiz-me uma mulher mais madura, mais sensata, mais feliz e orgulhosa com o que tinha alcançado.

Entrei nos quarenta, novos amigos e amigas de trabalho, alguns namoricos, férias fora do país, amizades mais sólidas, casa própria, carro, maior dedicação à família, mais sobrinhos, as primeiras rugas, os primeiros fios de cabelos brancos, ainda  as noites de discoteca, os dois irmãos mais novos casaram, tiveram filhos. E se a família tinha grande significado para mim, passou a ser o mais importante da minha vida.

Costumava comentar com as amigas que, contrariamente ao estilo de mulher do século passado, os cinquenta são os novos cinquenta:  as mulheres deste século, mais independentes, mais experientes, mais selectivas nas suas escolhas, não dão tanta importância ao que os outros pensam de si, frequentam o ginásio, cuidam de si, são mais sexy.

E foram os cinquenta os melhores da minha vida.

Positiva que sou, mais confiante e segura dos meus actos ( e cometi muitos erros), entrei no mundo da internet, conheci pessoalmente pessoas fantásticas, fiz boas amizades virtuais, fiz viagens que nunca esperei fazer, vivi aventuras que pensava não serem para a minha idade, passei a viver intensamente os encontros, os jantares com os amigos,  dediquei mais tempo à leitura, abri o blog.

Deixei de dar valor a coisas supérfluas, a pessoas negativas, egoístas, mesquinhas,  às conversas e amizades de circunstância.

O meu corpo mudou, ganhei um pneu que me custou aguentá-lo ( já não existe), eu, mulher baixa e elegante, cujos amigos elogiavam o corpo e a idade, não tive a crise de menopausa ( que sortuda, confesso), eis que um dia, depois de uma cirurgia, observava as rugas de expressão que desde jovem me habituei a elas, assustei-me com as que, de repente, faziam-se notar nos cantos da boca. A sensação que tive foi de que os meus olhos não quiseram ver que elas estavam lá há tempos.

Aprendi a aceitar cada faixa etária com gratidão pelo que vivi, já não sou a pessoa que fica obcecada  com as marcas que o tempo se encarrega de dar, quero ter saúde física e mental para viver os momentos mais pequenos e simples, com serenidade, até aos noventa (que duvido) quero ser uma velha gaiteira, se lá chegar, quero ver os sobrinhos netos crescidos e como vai ser o seu futuro. 

Fico grata por acordar de manhã sempre bem disposta, fazer o que gosto, tratar dos meus compromissos, ler, fazer o que me apetece e à noite deitar-me tranquila e feliz porque o dia até correu bem.

Os 60, mais dedicados à família, sobretudo ao sobrinho neto que veio viver de Lisboa para Braga, agora com seis anos,continuarei, enquanto tiver saúde e vida, para lhe dar apoio e outros, sempre que for preciso.Entretanto, nasceram mais três sobrinhos netos.

Em 2019 tinha cinco, agora  oito.

É provável que os mais novos venham a ter, mas ainda é cedo 

A irmã teve cancro, dei o apoio que foi possível.

Felizmente,foi uma surpresa para mim. Com a força e energia que tem, correu bem. Eu esperava reacções piores.

E já passaram dois anos.

Um exemplo para mim e as amigas.

Continuo a fazer da minha vida o que quero e gosto.

Tento viajar cá dentro, vou para fora se se proporcionar, como no verão de 2023.

Acabo com a frase do post que escreci em 2019, porque é o que todos os dias faço: agradecer por mais um dia.
Fico grata por acordar de manhã sempre bem disposta, fazer o que gosto, tratar dos meus compromissos, ler, fazer o que me apetece, e à noite deitar-me tranquila e feliz porque o dia até correu bem".

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uma mensagem

As minhas colegas de trabalho, duas delas amigas, mandaram-me,ontem, pelo whatsapp, uma mensagem que dizia "Faz hoje cinco anos" ,  e uma fotografia de Fátima, em 2017, que escrevi algo aqui.

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Mas quatro anos antes,  fomos, as mesmas pessoas, neste dia.

Eu nunca tinha ido a Fátima no dia 12 e 13 de Maio, o que motivou as minhas visitas posteriores, com elas, ou sozinha,  àquele lugar, onde e sobretudo à noite, é reconfortante.

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com outra amiga, também colega de trabalho, em 2019

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Tenho pensado voltar um dia destes, novamente, sozinha.

Preciso.

 

 

 

um pequeno balanço

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Não me recordo de fazer balanços de cada ano que termina, decidi fazer um pequeno resumo do que foi este 2019.
Em Setembro de 2019, tomei a decisão de acompanhar um meu familiar à fisioterapia que, certamente, acabará no verão de 2020, foi um ano cansativo, fiz, e continuo a fazer, três vezes por semana, ao final do dia, viagens à Maia.
Como sempre, a saúde em primeiro lugar, as muitas visitas ao hospital, sobretudo pela dor no braço esquerdo que me apoquentou alguns meses, felizmente passou, à excepção deste, todas as consultas de rotina e respectivos exames que fiz, deixaram-me tranquila...e que seja sempre assim.
Continuo a frequentar o ginásio, insisto nas aulas de Pilates e Yoga, voltei, porque faz-me falta, à  Hidoginástica, ao domingo ( o ambiente é diferente).

 "Vá para fora cá dentro", este ano não viajei para fora do país. Passei férias no Algarve, que já não visitava há cerca de 18 anos, foi bom rever Tavira e Vila Real de Santo António.
Recentemente visitei Évora, que não conhecia, acho que voltarei.
Já as viagens a Lisboa foram frequentes. Provavelmente, em 2020, irão diminuir.

Lisboa é uma cidade que tem muito para mostrar, há sempre algum lugar a descobrir,  basta eu  querer marcar uma consulta de rotina,  aproveito para um passeio.
Não sendo uma leitora assídua, tenho lido todos os livros do Desafio de Leitura ( desde 2015), mais os que comprei,  no total li quinze livros.
Aceitei participar no Desafio de Escrita dos Pássaros, penso que foi a melhor decisão que tomei este ano, e para continuar em 2020.
Nos finais de tarde de sol, passeava o sobrinho neto, levava-o ao parque.

Vê-lo crescer, desenvolver, dar abraços, brincar com ele, é emocionante. E ele é um doce.
Oxalá a minha saúde continue boa  para acompanhar o seu crescimento.
Em Setembro, nasceu o sexto sobrinho neto. É lindo, o rapaz.
Não é fácil juntá-los todos, mas no verão passado, na praia, num almoço de família, conseguimos reunir dez dos onze sobrinhos, e os sobrinhos netos.
Em Abril almocei pela última vez com o saudoso Rui, ( o mentor dos encontros de bloggers) a esposa, e a blogger Clara.
Lembro-me dele todos os dias, sinto saudades da sua discrição, educação, cultura, seriedade.
Um senhor, o Rui.
Por fim, a família tem estado bem,  percalços todos temos, com o apoio que damos uns aos outros a vida segue o seu percurso normal.
Que 2020 seja um ano positivo, acima de tudo com a família bem de saúde.

Tudo o mais virá por acréscimo.

Feliz Ano 2020.

 

a primeira noite da Noite Branca

Esta festa coincide com as Feiras Novas de Ponte de Lima, não foi, esta primeira noite, de enchente, como esperava, será hoje a noite que receberá muito mais pessoas nesta de que é a grande noite da Noite Branca.

Impossível estar em todos os cantos ao mesmo tempo, andamos pelo Largo do Paço e Câmara de Braga, ao som da música do Brasil ( deixamos Capitão Fausto e The Legendary Tiger Man para os mais jovens), a fome apertava parámos na DGema a comer hamburgueres ( comi uma dose da batata frita, não tinha fome de hambuguer) e uns finos, mais um passeio pelas ruas da cidade, regressamos a casa, deixamos a continuação da folia para a noite de hoje.

E as fotografias que consegui, umas do meu telemóvel, outras dos das amigas, estão aqui. Há mais no Instagram, aqui, na barra do lado.

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E este meu vídeo ( não consigo perceber o porquê destes riscos no vídeo)

Logo, há mais.

 

dance world cup

a cidade encheu-se de crianças, adolescentes e adultos de cinquenta e um países de todos os cantos do planeta, o desfile pelas rua, Braga estava ( e está)  cheia de cor.

De repente, um enorme e divertido grupo ( África do Sul) aproximou-se do lugar onde eu estava com o meu sobrinho neto, junto ao grupo de  bailarinos de Arcozelo, Barcelos, e uma voz  forte, de mulher, perguntou bem alto " can we take a photo with you?" e aquele respondeu à algazarra  "Yes!".

Captei esta fotografia.

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Uns minutos depois o mesmo grupo vê outro a aproximar-se, faz a mesma pergunta, com resposta positiva  e clique,  seguiram todos em algazarra para o ponto de encontro.

Muitos mais grupos passavam, estão neste campeonato de dança cerca de 7 000 participantes.

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os farricocos

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Todos os anos, na quinta-feira Santa, procuro os farricocos e o som ruídoso das matracas a chamar os transeuntes para a procissão Ecce Homo da noite.... Mas nunca as encontro.

Ontem, fui dar um passeio com o sobrinho neto, ouvi as matracas ao longe.

Aproximei-me e finalmente, uns quantos anos depois, vejo-os.

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Depois da fotos, iam executar mais um chamamento, saí dali não fossem assutar o bebé.

A história dos farricocos, aqui