Santini do Porto, ninguém conhece
Pois é, fui ao Porto porque tinha uma consulta, saí em São Bento, fui à Rua das Flores, já cheira a São João por todo o lado, voltei para trás e passei no largo do Loios para comer um gelado Santini...Mas não encontrei a casa.
Perguntei a várias pessoas, aos agentes da polícia que andavam na zona dos Clérigos e todos me indicaram a direção da rua de Ceuta. Eu insistia que a casa era na Praça de Loios, "mas não, não é", respondiam.
Prestes a desisitir, voltei à Praça de Loios. Nada!
Perguntei a dois homens com aspecto de arrumadores de carros que, simpaticamente, disseram-me "É ali!"
"Caramba, ainda há pouco passei aqui, não há nenhuma indicação, folheto, cartaz, nada!", comentei.
"Vê aquela casa branca e aquelas pessoas dentro? É lá!", indicaram.
Entrei. Uma casa grande, entra-se por um lado, sai-se por outro, muitas mesas, todas ocupadas por famílias e jovens que esperavam que os seus amigos, maridos, mulheres, o diabo a quatro viessem com os gelados... Percebia-se que estavam a ocupar as mesas para não perderem o lugar.
A fila era enorme. Fui espreitar o balcão.
Voltei para a fila. As pessoas esbarravam-se na passagem para a casa de banho.
Esperei algum tempo, o suficiente para perceber que eram quase 16 horas, tinha de ir para a estação de metro de São Bento, apanhar o transporte, mudar na Trindade, sair na Casa da Música e andar 10 a 15 minutos a pé até à clínica.
Foi então que desisti. Fui comer uma nata e tomar um café à Confeitaria Ateneia, onde tomo o café e/ou lancho sempre que por lá passo.
Não tenho paciência para filas e quando se trata de coisas que não são importantes, não me incomoda deixar para outra oportunidade.
(Santini, a casa da esquina)